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História De Andrômeda Black e Teddy Tonks - P.O.V TEDDY - entre o que é certo e o desejo


Escrita por: amoraweasley

Notas do Autor


oiiii meus amores, me atrasei um pouquinho, mas ai está
Para mudar um pouquinho as coisas eu resolvi colocar no olhar do Teddy, só para variar e não ficar sempre a mesma coisa.
A imagem é o nosso querido e maravilhoso Teddy, como as vezes eu posto algumas só da Andie resolvi hoje colocar uma só dele até porque ele estava bem sumido e eu sei que tem uma leitora em especial que gostou bastante dele, assim como eu. Espero que vocês também tenham curtido esse Teddy.
E nessa imagem ele trás um ar ve vergonha e o sorriso que a cada dia conuista nossa Andie heheheh
Então
boa leitura

Capítulo 46 - P.O.V TEDDY - entre o que é certo e o desejo


Fanfic / Fanfiction De Andrômeda Black e Teddy Tonks - P.O.V TEDDY - entre o que é certo e o desejo

P.O.V  TEDDY

- Você vai aonde Teddy Tonks? – Amus olhou para mim de canto.

Ele tinha acabado de sair do banho e eu preferia ter ido antes disso já que geralmente os seus banhos eram eternos, mas por “coincidência” esse não.

- Eu vou... vou dar uma volta por ai.

- Arrumado desse jeito?

- Eu não estou arrumado!

- Teddy você nunca tem bom senso quando o assunto é se vestir. Usa blusa xadrez com calça estampada, azul piscina com verde, cinza de listras azuis com calça de bolinhas.– ele falava como se estivesse relatando um crime.

- Não é todo mundo que tem a proeza que você tem – a mãe de Amus é estilista, uma grande estilista.

Famosa e muito bem remunerada. As roupas que ela faz são de alto luxo no mundo trouxa e o pai sempre foi um bruxo que gostou de se vestir bem.. até mesmo quando solteiro. Amus sabia se vestir e isso vinha de berço.

- Mas não precisa ser filho de estilista para saber que o jeito que você se veste é difícil... quer dizer pelo menos até hoje. Calça jeans azul escura, blusa branca básica e blusa xadrez de tons de azul, branco e cinza... você penteou o cabelo?

- Não... – ele foi até o criado mudo que tinha do lado da cama e pegou sua escova.

- Bem... tem uns fios loiros aqui e tenho quase certeza que meu cabelo é castanho escuro e ... OLHA!               Você é loiro – ele não ia deixar barato. – Vai se encontrar com ...

- Marquei de ver a Andie...

- Ahhhh agora sim faz sentido, já desconfiava só precisava da confirmação. – ele estava com um sorriso malicioso no rosto – Mas eu não posso deixar.  

- E porque não? – minha voz se alterou um pouco, embora tenha perdoado ele a vaga lembrança de Amus beijando a Andie ainda não deixou de me assombrar.

- Porque você penteou o seu cabelo errado – ele veio em minha direção com a escova – Vou ter que passar essa blusa e eu tenho um tênis que vai ficar muito melhor com essa roupa.

- Ei, você não é madrinha de casamento e muito menos sou a noiva.

- Teddy, Teddy, meu podre e sem nexo amigo Teddy... se você quiser ficar com uma menina tem que estar a altura dela e eu não estou falando financeiramente ou questão de status já que sejamos sinceros neles você está em desvantagem.

- Ela não se importa com isso – olhei para o chão envergonhado.

- Eu sei meu amigo, sei disso. Mas eu estou falando de estilo, todas elas reparam...  as roupas falam, dizem muito sobre uma pessoa e sua personalidade. Elas reparam no seu jeito de vestir assim como nós reparamos no delas, por que como eu disse as roupas falam e falam muito.

- Você está exagerando.

- Os leigos podem até achar que é exagero, mas os bem vestidos sabem que é verdade... então me deixe te arrumar para o seu encontro, uma boa impressão é tudo.

- Não é bem um encontro...

- Você a convidou para sair?

- Sim

- E ela aceitou?

- Sim

- E estarão só você e ela.

- Sim... – de bruxos sim.

- Então é um encontro! Me diga onde vai leva-la? Uma sala reservada? Vão comer? Será a luz de velas? Ou apenas... um sofá?... coloque um abaffiato na sala, as cadeiras fazem muito barulhos quando são agitadas – ele sorria maliciosamente e com um certo orgulho pelo meu encontro “como se fosse o meu primeiro”.

- Respeito por favor! Ela não é como as outras.

- Sei que não é, o pouco que conheci dela já foi o suficiente para saber disso... sem tirar que se fosse igual as outras não teria enfeitiçado seu coração. Só queria saber o seu grau de comprometimento com ela – agora Amus não sorria mais maliciosamente e sim como um simples amigos que se mostra do lado do outro. Mas que também tinha um olhar de criança que acabou de descobrir um segredo.

- Vou leva-la para a cozinha.

- Para a cozinha??? Você está louco? Sei que faz tempo que você não tem um encontro, mas panelas sujas e elfos domésticos não dão um ar romântico. Coloca isso  – ele me jogou um par de sapatos muito bonitos e que pareciam bem caros.

- Bem... ela não sabe cozinhar e eu me ofereci para ensina-la.

- Ahhh agora tudo faz sentido... Você sabia que garotas adoram garotos que cozinham? Meu garoto! Agora me de essa blusa para eu poder jogar um feitiço para desamassa-la.

- Não precisa desamassar, vamos cozinhar... nos sujar! - ele veio arrumar o meu cabelo, mas eu não deixei.

- Teddy... você não ouviu nada que eu disse? – ele não ia desistir até conseguir o que queria.

Tirei a blusa xadrez e a entreguei, em um segundo ela já estava passada.

- Agora posso ir? – fui em direção á porta.

- Pera – ele quase voou para cima de mim e me encharcou com o perfume dele, nem tive tempo de impedi-lo – Agora sim está pronto para seu encontro.

- Seu idiota, você jogou perfume na minha boca! – joguei meu travesseiro nele.

- Pelo menos quando vocês se beijarem seu hálito estará ótimo.

- Isso não vai acontecer... ela me vê como... amigo – as palavras chegaram a pesar.

- Você só pode ser cego... então deixe que eu te ilumine. Qualquer um que passe alguns segundos perto de vocês é capaz de saber que é bem mais que amizade. Cara chega até a dar calor ver vocês juntos, o jeito que vocês se olham é que nem nos filmes do jeito que os casais apaixonados se olham.

- Nos filmes sempre acontece alguma coisa para separa-los- abri a porta e sai do dormitório.

- Mas sempre acabam juntos no final. Que horas volta?

- Não sei – fechei a porta e tomei meu caminho ao salão principal.

....

Pareciam horas que eu estava ali, mas minha espera não durou nem cinco minutos. Então pude ter a sensação de que alguém estava me olhando e logo a vi... ela estava linda, não... ela estava perfeita. Ela até podia estar simples, mas aquela roupa... a valorizava por inteiro. Claro ela era bonita pelo o que era, isso é o mais importante... mas fatores externos também não podem ser deixados de lado.  Ela tem o corpo lindo... é magra porém tem tudo na medida certa e sem exageros. Ela veio em minha direção e a cada passo que dava fazia meu coração acelerar e quando ela sorriu... a meu Merlin, senti que tudo a nossa volta se iluminou. Ela era uma estrela que sozinha conseguia iluminar a noite inteira.

-Pronta para aprender a arte da culinária?

- Sim.

- Você... você está... está muito... – embora eu quisesse falar as palavras não saiam, não conseguia parar de gaguejar. Mas ouvir o risinho dela por causa disso já foi uma recompensa.

- QUEM ESTÁ AI? – a voz de Filtch ecoou no corredor – Alunos fora da cama? Madame Nora vá na frente.

- Vamos - peguei a mão dela e a conduzi por um corredor.

Viramos aqui e ali. Tínhamos que ir em direção ao salão comunal da minha casa, mas parecia que mesmo tentando despistar o que nos seguia a sombra do faxineiro não desaparecia.

- Teddy para onde estamos indo? – já estávamos correndo.

- Já estamos chegando...

E em menos de alguns segundos virei na falha da parede (ela dava a impressão de que não tinha nada além de uma parede sólida, mas era apenas um truque de iusão.... um feitiço muito bem elaborado para os fugitivos que roubam da cozinha.). Andie estava atrás de mim e não esperava que eu virasse, então quando entrei na falha agarrei ela pela cintura e puxei. A entrava era bem estreita, dois corpos não cabiam com muito conforto... quando eu a puxei ficamos frente a frente colados um no outro só que antes de qualquer coisa a segurei contra meu peito e tapei sua boca com minha mão do jeito mais delicado possível. Ela até se assustou quando eu a calei... não devia ser muito normal entrar em uma falha imperceptível e ser exprimida contra outra pessoa em um espaço apertado e ter sua boca coberta... mas ela não lutou, apenas obedeceu as ordens mudas.

- ALUNOS FORA DA CAMA, ALUNOS FORA DA CAMA! – Filtch gritava. Vimos ele passando reto bem na nossa frente e continuando o caminho.

Ficamos ali mais um tempo para ter certeza de que Filtch não ia voltar, depois de um ou dois minutos soltei um suspiro de alívio e só depois senti a respiração abafada de Andie na minha mão... tinha esquecido desse pequeno detalhe. Soltei minha mão e ela voltou a respirar normal, também aliviada por não termos sido apanhados.

 Quando ela se recompôs do susto sorriu para mim como se fosse uma criança que tivesse curtido a brincadeira, mas do nada ela ficou vermelha. Não pude compreender o porquê até que percebi que não tinha espaço nenhum entre nós apenas um palmo separando nossos rostos... ela era bem baixinha em relação a mim. A proximidade também me deixou envergonhado, mas não me sentia desconfortável. Poder vê-la de perto era algo que eu podia fazer durante horas.... os olhos dela eram lindos, um castanho claro esverdeado que eu nunca tinha visto e a boca... vermelha e delicada.

Como eu queria poder acabar com esse pequeno espaço que tinha entre nós, como eu desejava aquilo, mas... o espaço entre nós era bem maior que aquele. Amus podia estar certo como podia estar errado, qualquer passo falso, qualquer movimento desejado e inesperado eu a perco.

 Quase a perdi por um ciúmes sem sentido, por uma raiva na qual eu não podia sentir... não tinha o direito trata-la do jeito que eu a tratei. Tive muita sorte por ela ter me perdoado, foi a notícia mais feliz... foi como eu tivesse recebido a noticia de que o natal seria antecipado. Ela pediu para que eu ficasse na vida dela, mas como amigo e por mais que isso doa, por mais que meu maior desejo seja provar que eu posso ser muito mais que um amigo... se é como amigo que ela me quer, então eu serei o melhor amigo que ela já teve. Pude até sentir meu coração apertar depois desse pensamento.

Dei um passo para o lado e nos tirei da fenda escondida da parede, o silêncio tomou o lugar. Não consegui decifrar Andie, o rosto dela não expressava uma emoção na qual eu não tinha conhecimento. Lia também tinha esses momentos indecifráveis... garotas, porque sempre tão complicadas?

- Venha, a cozinha é por aqui – continuei o caminho até parar em frente ao quadro da fruteira.

- Teddy, por que paramos? – ela me olhava como se eu fosse um louco por ficar observando aquele quadro.

- Porque chegamos- eu sorri respondendo sua resposta.

- Mas eu não vejo nenhuma porta...  –  ela olhava para todos os lados tentando encontrar alguma entrada, estava totalmente perdida. Não tinha como não rir do desespero dela.

- Porque não se entra por uma porta! Se entra por essa belezinha bem aqui na sua frente – apontei para o quadro. Ela me olhava como se eu tivesse perdido os sentidos.

- Teddy...

- Meio maluco não é?  Feche os olhos.

- Como?

- Feche os olhos – eu disse me aproximando, a cada minuto ela parecia mais assustada.

- Mas por quê?

- Porque é ultra secreto o modo de como se entra na cozinha. – eu tentei deixar o mais místico possível.

- E eu não posso saber? – ela cruzou os braços parecendo uma criança birrenta, mas tinha um sorriso estampado no seu rosto... um lindo sorriso estampado em seu lindo rosto. Pude sentir um enorme frio na barriga.

- Bem... é que como eu sou da Lufa- Lufa tenho que proteger a entrada da cozinha e eu já dei  mancada por deixar uma sonserina vir até aqui em baixo consciente.   – tentei parecer autoritário, mas isso só fez com que o sorriso dela aumentasse... o que fez a minha tentativa fracassada valer a pena.

Ela descruzou os braços, se aproximou e pegou minhas mãos. Aquilo fez meu coração bater tão forte que tive medo que ela ouvisse meu batimento.

- Eu não conto para ninguém – ela falava como uma garotinha curiosa.

- Hummm, não sei não... – eu entrei na brincadeira dela me “fazendo de difícil”

- Eu juro! Promessa de Black – ela colocou as duas mão estendidas para reforçar a sua palavra. A postura dela parecia a de um soldado, não pude deixar de rir

 - Não sei. É proibido a entrada de alunos na cozinha... ser um guardião da cozinha é muita responsabilidade. – tentei imitar um general durão, mas foi só ela se aproximar novamente para eu perder a guarda.

- Você não confia em mim? – ela me olhou com aqueles olhinhos castanhos esverdeados extremamente grandes e com carinha de cachorrinho... não era mais brincadeira, a pergunta foi séria.

- Confio. Bem, vamos lá... – falei em meio a um grande suspiro e em retorno Andie abriu um enorme sorriso e me abraçou como se me agradecesse, senti minhas bochechas queimarem no mesmo instante- kk okay, agora eu preciso abrir, neh?

Ela também estava muito corada e se afastou... minha vontade foi de retirar o que eu disse e puxa-la para um novo abraço.

- Desculpe...

- Não por isso. Então tá...

Fiquei de frente para o quadro e comecei a fazer cosquinha na pera da fruteira pintada e não demorou muito para que ela começasse a se contorcer de rir e enfim virar uma maçaneta... Me lembro da primeira vez que fiz isso e achei a maior idiotice, achei até que os meninos mais velhos tinham tirado uma com minha cara e quando Amus falou para irmos embora a pera resolveu se transformar na entrada da cozinha. Olhei para Andie e ela estava de queixo caído, parecia até que aquela fosse a primeira demonstração de magia que ela tinha visto da vida.

- Mas... como... como você...  mas isso não tem sentido! – ela estava incomodada, não conseguia acreditar kkk

- Vamos? – fui entrando, mas entre a porta e a escada que levava a cozinha estendi a minha mão a Andie. Ela recuou dando um passo para trás, ela não estava mais curiosa estava desconfiada e com um pouco de medo do desconhecido. –Não confia em mim?

Ela fez uma cara de brava quando eu usei a frase dela, mas suspirou fundo...

- Confio – ela pegou a minha mão e me seguiu, só que ao invés de abraça-la eu apenas sorri em troca...  eu já tinha sentido muita  coisa e testado muito o limite de fazer besteira, então evitar aproximação seria o mais seguro a se fazer... mas a gratidão por saber que ela confia em mim foi o suficiente.

- Só uma coisa... quando você falou aquele negócio de... de... de não ter nojo de Elfos-doméstico... você estava falando a verdade neh? Não era só para dar uma de durona ... porque se tiver é bom falar agora – nós estávamos na entrada da cozinha.

- Mas é claro que eu estava!!! – ela falou como se eu tivesse a ofendido.

- Okay, desculpa... mas é que é importante saber disso antes de entrar na cozinha.

- Não, eu não tenho nojo algum... mas por que isso agora?

- Acho melhor deixar que você veja com seus próprios olhos.

Eu a puxei e finalmente chegamos á cozinha de Hogwarts.

- TEDDY!!! – os Elfos-domésticos vieram em nossa direção e começaram a nos rodear.

- Por isso que eu perguntei... – eu sorri meio desconcertado – Andie você tá bem?

Ela parecia que ia cair para trás... estava branca e com os olhos arregalados, completamente sem reação. Até me arrependi de ter trazido ela, parecia que tinha entrado em um transe... Droga Teddy seu idiota, olha o que você fez. Você disse que ia introduzi-la no seu mundo aos poucos e essa é a segunda vez que você a faz pular de cabeça, SEU BURRO!!!

- Andie, me desculpe... Vamos sair daqui, me desculpe, me desculpe mesmo. – TEDDY SEU BURRO.

Eu peguei o ombro dela e a conduzi até a porta... droga ela nunca mais vai querer falar comigo, até os bruxos mestiços abominam Elfos. Eu pedi de mais dela... Só que antes de chegarmos á escada ela parou. Quando eu a olhei Andie já tinha tirado a mão da boca, em seguida olhei para a saída só que ela fez um não com a cabeça, sorriu e foi em direção aos Elfos.

- Oi! – ela disse toda tímida, mas decidida a conversar com eles.

Os Elfos olharam para mim e em seguida para ela, quando Andrômeda tentou chegar mais perto eles recuaram. Deu para notar no olhar dela que aquilo a magoou um pouco... ela estava perdida e dava perceber, mas era coisa dos Elfos serem tímidos com os bruxos, temer os bruxos e ela não estava acostumada com centenas deles.

- Pessoal, essa aqui é Andrômeda Black minha...amiga – a palavra falhou, mas saiu.... e doeu. – Andrômeda esse é o meu pessoal.

Eu segurei a mão dela porque mostrando ou não ela ainda estava assustada com aquela situação. Ela me lançou um olhar doce e contente por eu estar tentando ajuda-la.

- Menina Black? – uma elfo doméstica bem velhinha veio em nossa direção. Sempre que eu ia na cozinha ela estava instruindo e ajudando os Elfos em suas determinadas tarefas . Nunca veio falar comigo, muito menos olhado para mim.

- Sim? – Andie olhou desconfiada para a Elfo, também não entendia da onde a conhecia.

- Como cresceu... – ela chegou perto de Andie e a analisava de cima a baixo.

- Desculpa, mas... eu te conheço? – ela tentou ser o mais doce possível para não ofender a Elfo idosa. 

- Sim, mas não se lembra. A última vez que nos vimos a senhorita tinha um pouco mais de um ano. – Andie assim como todos nós estava confusa e em silêncio querendo saber mais daquela história... acho que essa é a primeira vez que aquela cozinha fica em total silêncio- Eu servi os Black em uma parte da minha vida, para ser mais especifica eu que cuidava de você e de sua irmã mais velha. Quando eu fugi sua mãe estava grávida da terceira...

- Diksy? – Andie falou com a fala meio torta, tentando se lembrar de um passado distante.

- Então já falaram de mim para a senhorita – a elfa... Diksy, falou sem nenhuma surpresa.

- Pouco...

- O que exatamente minha jovem? – ela continuava sem mostrar nenhuma curiosidade, na verdade tinha até um pouco de tédio em sua voz. Eu não estava gostando daquela elfo...

- Bem pouco. Apenas que tinha uma elfo chamada Diksy que cuidava de nós duas e que nós sempre gostamos muito dela só que ela nunca gostou de nós e quando soube que teria uma terceira fugiu para não ter mais uma bebê para cuidar. – Andie falava com um pouco de rancor na voz. Uma tristeza por estar vendo um ser que a abandonou ...

- MENTIRA!!! – a velhinha se exaltou. Ela tinha olhos verdes extremamente grandes e orelhas pontudas e enrugadas. – Eu as adorava, adorava vocês duas por de mais! – ela foi abaixando o tom.

- Então por que fugiu? – Andie não estava mais assustada e sim curiosa... e deu para notar que tinha um pouco de raiva em sua voz. Eu e o restante dos elfos olhávamos de Andrômeda para Diksy.

- Seus parentes nunca disseram que eu tina um bebê, não é? – o silêncio de Andie a respondeu – Eu era serviçal na maternidade do St. Mungus e seu pai pediu ao hospital uma Elfo para ajudar a sua mulher com a bebê porque ela era muito nova, uma menina ainda e a mãe dele já tinha falado que não iria ajudar a menina em nada... então eu fui levada e cuidei de Bella e logo depois cuidei de você... Você foi a que eu tive mais afeto. Ajudei não só depois do seu nascimento, mas também ajudei sua mãe durante a gravidez.  E eu adorava vocês e vocês a mim. A mãe de vocês não tinha problema comigo, mas o pai de vocês... ele não gostava de ver o afeto entre as filhas dele e um ser desprezível como ele fazia questão de se referir a mim, então ele me batia... me ofendia e ameaçava por ser tão carinhosa, então acabei sendo menos afetuosa com vocês. Só que o ódio do senhor Black era muito grande e me mandou embora por um tempo e quando viu que precisava de meus serviços me levou de onde eu estava sem levar em consideração que eu tinha tido um bebê nesse tempo que fiquei sem servir – Diksy deu um suspiro longo e triste –  Ele deixou que eu levasse meu bebê para sua casa contanto que eu desse preferencia a vocês e que isso não atrapalhasse em nada no meu serviço. Tinha uma outra Elfo com um filho e que era fiel ao trabalho... o nome da criança era Monstro se me lembro bem. Mas enfim, não dava para trabalhar do jeito que eu trabalhava, eu não me dedicava 100% a vocês... me dedicava 90% e 10% para meu bebê e quando a sua mãe viu que ia ter mais uma seu pai decidiu que eu devia voltar ao que era antes – a elfo segurava as lágrimas que estavam nos seus olhos – Então deu o meu bebê para os Malfoy como um presente de família para família e eu não pude aceitar isso. Eu podia suportar ofensas, ameaças, chutes e outros maus tratos, mas eu não ia deixar que ele desse meu bebê. Então fugi... fugi para tentar tê-lo de volta, mas os Malfoy me negaram, negaram meus serviços em troca do meu bebê... desolada e triste o professor Dumbleodore me acolheu e me colocou para servir na cozinha... Sei senhorita Black que nós nascemos para servir, que nosso destino é aceitar os maus tratos sei disso e muito mais, sirvo desde que me conheço por Elfo ... não tenho lembranças antes da servidão, mas até eu tive o prazer de lembrar da minha genitora... lembro muito pouco, mais do dia em que o bruxo da casa dela me deu para o hospital e me lembro da tristeza dela. Mas não deram esse prazer para o meu bebê.... o meu Dobby.  Seu pai o condenou á servidão antes mesmo dele aprender a andar, pensei até que os Malfoy iam recusar um Elfo tão pequeno e “inútil” só que eles tinham um bebê também e iam criar meu Dobby para servir a criança desde pequena... meu bebê Dobby.

Diksy não pode aguentar mais, o nome do seu bebê abalou muito e os Elfos começaram a consola-la. Eu mesmo pensei em dar um abraço naquela Elfo-doméstica, ela sofreu o que nenhuma mãe deve sofrer... mas antes eu lembrei o porque ela estava contando sua história, estava contando para Andie.

Eu olhei para Andie no mesmo instante que me lembrei e ela estava tão abalada quanto a Diksy,  lágrimas solitárias estavam caindo dos olhos dela e as suas mãos estavam sobre a boca... então não pensei duas vezes em abraça-la . Nem consigo imaginar o que ela deve esta passando, já era contra a família por tantos motivos e agora mais um foi acrescentado a lista, mais uma crueldade dos Black. Ela se virou, deitou a cabeça no meu peito e chorou. A cozinha estava dividida, em Elfos com Diksy e nós dois .

No que pareceram horas, mas que não deve ter passado de alguns minutos Andrômeda se afastou delicadamente de mim e tentou abrir um sorriso... apenas tentou. Ela foi em direção aos Elfos que se afastaram a medida de que ela se aproximava apenas Diksy continuou onde estava. Andie se ajoelhou e ficou do tamanho da Elfo e as duas ficaram se olhando, em um impulso ela abraçou Diksy que se assustou com a ação. Ninguém estava esperando aquilo, todos deram gritinhos de surpresa e outras diversas outras emoções, até eu me assustei. .. Uma Elfo sendo abraçada por uma bruxa sangue puro por espontânea vontade. Diksy não acreditou, estava em total choque. Estava sendo abraçada por uma Black a menina que cresceu entre monstros, a filha de um homem que fez tamanha crueldade e que por natureza e criação a menina teria que ser igual ao pai... mas não era. Com medo e certa desconfiança ela abraçou Andie e logo voltou a ver que por trás de tudo que Andie deveria ser, ela viu a “senhorita Black” como a menina que ela ajudou a cuidar dês da barriga, a menina por quem ela sentiu afeto.

Quanto mais eu a conhecia mais a admirava, mas não era momento para falar aquilo... não era momento para falar absolutamente nada. Elfos um a um foram chegando nos dois seres de espécies tão diferentes e que estavam matando o preconceito com um simples gesto e foram se  juntando e fazendo parte do abraço... acho que aquela cozinha nunca tinha presenciado uma cena tão linda.

- Então ... eu sei que você não veio aqui para me conhecer – Diksy disse se soltando do abraço.

- Eu a trouce para ensina-la a cozinhar – fui me metendo no que devia ser um papo das duas e todos se lembraram que eu existia.

- Querem ajuda? – Diksy se dirigiu a mim.

- Muito obrigada, mas eu gostaria de ensina-la sozinho apenas gostaria muito se vocês pudessem pegar as coisas que iremos precisar.

- Então assim será – ela deu um aceno de concordância – e o que vocês irão precisar?

Todos os Elfos e Andie olharam para mim curiosos.

- Nada.

- Nada? – ela olhou para mim sem entender.

- Isso mesmo, nada no instante. Hoje será só reconhecimento da cozinha, dos temperos e dos utensílios.

- Teddy eu já sei sobre essas coisas, já li todos os livros de culinária que tinham na biblioteca... sei reconhecer de temperos á carnes e sei muito bem aonde e com o que eles combinam eu preciso de prática. – ela disse animada.

Eu não discuti sobre a relutância dela, realmente acredito que ela já deve ter tudo na ponta da língua pelo jeito que ela ama ler. Vejamos...

- Então me tragam legumes... batatas, cenouras, cebolas, mandiocas, mandioquinhas, chuchus.... quero hortaliças também alfaces, couves, espinafres – a cada ingrediente que eu falava os Elfos iam em direção a eles, os traziam e colocavam na mesa mais perto a nós.

- Teddy, para que tudo isso? – ela ficou desconfiada.

- Uma coisa que é básica para qualquer cozinheiro é saber lhe dar com todos os alimentos e o saber como corta-los, porque a partir dai é que a comida começa e se desenvolver... quer saber, voltem tudo o que está  na mesa para seu devido lugar.

- Oi? Teddy eu não ia corta-los? – ela voltou a me olhar como se eu fosse um louco.

- Calma Andie, você vai corta-los... mas para corta-los você terá que saber escolhe-los.

- Mas eu sei escolhe-los, li várias indicações sobre isso. – ela dizia orgulhosa de si.

- Sabe a teoria e como você mesma disse precisa de prática, então vamos botar essas “indicações” em ação...  hoje vou te ensinar a reconhecer os melhores alimentos pelo simples olhar, pelo mais insignificante detalhe ou toque.

- E quando eu vou cortar? – ela estava animada.

- Quem sabe na próxima aula.

- NA PRÓXIMA? Mas eu quero fazer isso hoje...

- Vou pedir a você a mesma coisa que pediu a mim hoje cedo... paciência. A paciência é a arma fundamental para um cozinheiro.

Ela bufou forte, mas aceitou.

- Então por onde começamos? – sua voz saiu doce.

- Que tal pelos legumes, são mais tranquilos.

- Então está bem, me ensine... quero aprender tudo.

...

 O tempo voou, passei quatro horas explicando para Andie como escolher legumes e hortaliças, estávamos acabando o assunto das carnes... quer dizer uma hora ou outra a gente acabava se distraindo e conversando sobre outras coisas, mas na maioria do tempo eu estava ensinado e ela prestando toda a atenção possível, anotando as dicas e o que mais achasse que precisava guardar.

- Que horas são? Deve estar ficando tarde – Andie parou um segundo de anotar.

- Não sei... deve ser meia noite talvez? – tentei consultar minha noção, só que ela nunca foi das melhores.

- Vai dar três horas senhor Tonks – um Elfo surgiu do nada para nos responder.

- TRÊS?! – nós dois nos olhamos preocupados.

- Acho que precisamos ir – falei me levantando do barril que eu estava. – Eu te levo até o salão se quiser Andie.

- Quero sim Teddy, obrigada – ela desceu do saco de batatas e fechou o seu caderninho.  – só preciso me despedir de Diksy.

-Okay, estarei te esperando na frente do quadro. Tchaul pessoal.

- Tchaul Teddy – depois da despedida, subi os degraus e sentei na frente do quadro da fruteira.

...

- Eu adoro fazer lombo de porco, ele é maravilhoso com um purê acompanhando com um molho agridoce... fica dos deuses. – nós estávamos voltando para o salão principal.

- kkk você fala da comida como se ela fosse um amor antigo e verdadeiro. – ela disse em tom apaixonado e zueiro.

- Já me falaram isso só que com outras comparações menos delicadas kkk mas é que cozinhar é a minha paixão. É meu transporte para um lugar longe desse mundo louco, como se fosse um meio para escapar de tudo isso.

- Entendo perfeitamente. A cozinha para você é que nem os livros para mim.

- Exatamente assim. – eu a olhei e nós dois sorrimos – Eu pretendo seguir carreira na culinária, quem sabe ter meu próprio restaurante.

- Espero que consiga, vou comer lá todos os dias. – ela sorriu para mim.

- E você, pretende seguir carreira ou vai gastar o dinheiro da herança? – ela me deu um baita empurrão e em seguida parou de andar... a não, o que foi que eu disse?

- Pretendo ter um emprego. – ela disse determinada.

 - Deixe eu ver.... livros? – fingi uma surpresa sínica o que a fez gargalhar.

- Como adivinhou? – ela entrou no jogo.

- Eu tenho uma intuição muito boa... não deixe minhas notas de Adivinhação te confundirem.

- kkkk claro, elas não dizem nada... Mas sim, meu trabalho tem que incluir livros.

- Então porque não abre uma biblioteca?

- Oi? – ela falou surpresa.

- Ué... se você ama livros e quer trabalhar com eles porque não abre sua própria livraria? Você tem recursos e paixão para fazer isso, não precisa de mais nada.

Andie olhou para o nada como se estivesse visualizando seu futuro e imaginado uma biblioteca, sua própria biblioteca.

- Eu nunca tinha pensado desse jeito... até que não é uma má ideia. – ela continuava imaginando suas coisas – Seria no Beco...

- Só para bruxos... – não pude deixar de sentir uma certa tristeza em relação a ideia.

- Sim – aquilo foi como uma bofetada, ela tinha acabado de derrubar um preconceito e agora estava aderindo a outro – Mas.... não seriam só história bruxas, teriam histórias trouxas. Para que as crianças e adolescente.... público bruxo de todas as idades possam ter a oportunidade de conhecer novas histórias. Acabar com o preconceito na literatura, mostrar o valor dos trouxas em seus livros... parece pouco, mas se influenciar meia dúzia de bruxos já será alguma coisa.

Quando ela disse aquilo e os olhos dela brilharam com a possibilidade de poder fazer o que estava pensando fez com que eu me descontrolasse por completo... eu a peguei pela cintura e comecei a gira-la no alto de tanto orgulho que eu estava sentido. Ela sorria sem entender o porquê daquilo, mas sorria... do jeito mais lindo.  Depois de tanto gira-la comecei  ficar tonto e  a coloquei no chão ainda segurando sua cintura.

- Você é perfeita! – eu a abracei forte, mas ainda tomando cuidado para não machuca-la. As palavras saíram em um único impulso, não tive controle do que disse, quando tomei conta do que eu tinha dito corei no mesmo instante e a soltei.  – quer dizer a ideia... a ideia é perfeita.

O sorriso dela diminui um pouco e em seguida ela corou também.

- Foi você quem me deu a ideia...

- É... nós formamos uma ótima dupla – eu tirei uma mecha de cabelo que caía no rosto dela e isso fez com que ela corasse ainda mais... e ficasse mais linda se é que era possível.

- Formamos sim. – ela se aproximou de mim o suficiente para que nossos corpos voltassem a ser quase um só de tão perto.

Ela olhava para cima para poder olhar em meus olhos e por um segundo já não tinha corredor, não tinha escola... não tinha nada apenas nós dois. A vontade de beija-la era além de mim, mas um zumbido na minha cabeça não me deixava... ela olhava para minha boca e eu para a dela, mas nenhum de nós tomava alguma atitude.... tomávamos cuidado até com nossa respiração.

- Bo... boa.. boa noite Teddy. – ela queria ir embora, mas não fez isso... não se afastou.

- Boa... boa noite Andie – eu beijei sua testa e tomei o rumo, deixando parte de mim na frente do salão principal... na frente de Andrômeda. Fui acompanhado pelo arrependimento e  consolado pela razão.

“Deixar como estar é tê-la por perto, é o certo a se fazer “, pude ouvir minha consciência falando comigo.

Se é o certo... então porque me sinto tão culpado? 

O arrependimento foi tomando conta da razão e para não explodir de raiva acabei dando um soco na coisa mais perto de mim... pobrezinha da armadura, nem teve tempo de saber o que a atacou...


Notas Finais


Então, o que acharam?
hehhehee ai meu Merlin, espero que tenha ficado bom.
Dar uma mudada nas coisas é sempre bom,neh. Se vocês gostarem dessas trocas de olhar eu faço mais, Okay?!
Gente esse sorriso desse Teddy é apaixonante
Bem pessoal obrigada por lerem.
Bjs
Até semana que vem no próximo capitulo.


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