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História De Andrômeda Black e Teddy Tonks - Poção - Pó do amante.


Escrita por: amoraweasley

Notas do Autor


Oiiie pessoal,
Queria dizer que eu adorei saber que vocês gostaram do último capitulo. kk adorei cada come;ntário e para todos os leitores muito obrigada por acompanharem, espero poder tocar a todos :)
Boa leitura.

Capítulo 66 - Poção - Pó do amante.


Fanfic / Fanfiction De Andrômeda Black e Teddy Tonks - Poção - Pó do amante.

O susto foi tão grande que empurrei Teddy para longe, mas infelizmente foi tarde de mais.

- Lu... Lucius. O que está fazendo aqui? – tentei ser doce para não piorar as coisas.

- Eu... eu vim aqui para conversarmos. Te procurei desde que você saiu furiosa!!! – ele dizia pausadamente, irritado. – E o que eu encontro? Minha noiva se agarrando com um garoto qualquer, sua...

Ele estava vermelho de tanta raiva.

- Ou, ou, ou! Olha como fale com ela.

- Com licença, eu estou falando com a minha noiva. Pode deixar que daqui a pouco eu acabo com você. – Lucius me pegou pelo braço e pude sentir seus dedos cravando na minha pele – Então é assim? É só eu sair que você já se esfrega com outro?

- Largue ela!!! – Teddy empurrou Lucius e me abraçou para ver se estava tudo bem. Isso só o enfureceu mais ainda.

- Espera... eu conheço você. – Lucius me esqueceu um pouco de mim e olhou atentamente para Teddy – Você é o batedor sangue ruim da Lufa-Lufa...

- Luc... – tentei avançar em Lucius, mas Teddy me segurou.

Mas eu sei que aquilo doeu nele... pude sentir no abraço dele e a torcida de nariz.

- Eu não acredito... Uma garota como você Andrômeda, se rebaixando a esse ponto? Beijar um perdedor sangue ruim? Isso sim que é descer de nível. Sinceramente eu nem sei se devo ou não me sentir atingido.

Teddy respirou fundo para se conter.

- Primeiramente eu gostaria de dizer que nós não estávamos nos beijando.

- Mas é claro que estavam, eu mesmo vi vocês se beijando! – Lucius estava inconformado.

- Não, o que você viu foi um “quase” beijo que infelizmente você estragou tudo chegando na hora errada. – odeio quando garotos ficam se provocando. – Segundo, eu gostaria de dizer que tenho muito orgulho de ser nascido trouxa. Por último, mas não menos importante eu prefiro ser um sangue ruim de bom caráter do que um sangue puro meio bosta que não tem o amor da mulher que “quer”. 

 Aquela foi a gota d’água da paciência que Malfoy já não tinha. Ele vôo em cima de Teddy, tudo começou com um soco e quando percebi Lucius já estava em cima de Teddy descontando toda a sua raiva.

- Eu vou te fazer engolir cada palavra seu bastardinho de merda – o sangue escorria de vários cortes no rosto de Teddy.

- Me espancar não vai apagar o gosto da boca dela – Teddy mesmo apanhando sorria com gosto para Lucius.

- Lucius, por favor, pare!!! – tentei segurar o punho dele, mas eu não tinha chance com ele.

Lucius era um gigante em comparação a mim. Em uma das tentativas Malfoy se irritou e me jogou para trás, o que me fez tombar e bater a cabeça na sacada. As coisas ficaram embaçadas e minha cabeça começou a queimar.

Não consegui ver direito, mas quando Teddy me viu jogada no chão conseguiu levantar e revidar. Empurrou Lucius que por conseqüência bateu com tudo na janela e tombou para frente desacordado. Não sei ao certo se as pessoas da festas estavam ouvindo ou não, a música estava alta de mais para alguém ouvir um pedido de ajuda.

- Andie você, está bem? – Teddy se ajoelhou do meu lado e me segurou como se eu fosse um bebê. Ele ficou pálido quando me viu “mole” em seus braços.

- Acho que melhor que você... – dei um sorriso, minha visão começou a voltar e coloquei a mão sobre o seu rosto com sangue. Passei a mão de vagar para acaricia-lo. Ele estremeceu um pouco pela dor de uma área afetada. – Você não tem medo da morte, garoto?

- Está falando dessa briguinha? Kk Por favor Andie, minha irmã bate mais forte que ele. – Teddy sorriu e arrumou a minha mexa que caía nos olhos. Ficamos nos olhando como antigamente – E além do mais eu não tenho medo da morte... não mais. Ah um tempo que meu único medo é de te perder...

- Não precisa mais temer... - fechei os olhos por um momento e puxei todo o ar dos meus pulmões. Agora era a hora... - Eu te amo, Teddy Tonks.

Ele congelou, achei até que me largaria. Seus olhos brilharam novamente e ele sorriu abertamente para mim. Por favor, que não seja um sonho...

- Eu te amo, Andrômeda Black.

E ali naquela varanda iluminada pela luz da lua fui beijada enquanto era segurada delicadamente pelo que posso chamar de “amor da minha vida”. Já tinha lido tanto sobre cenas românticas e beijos que me faziam sonhar por semanas... mas nada se comparava a realidade que estávamos vivendo.

Aquele beijo era diferente de qualquer outro. Era um beijo desesperado e delicado... era saudade e ternura, era... perfeito. Perfeito de mais para durar...

Um frio percorreu minha espinha...  

- Que cena mais tocante ... agora devagar, solte a minha noiva! – Abri os olhos e pude ver Lucius com a varinha apontada para a nuca de Teddy.

Vi nos olhos de Teddy que ele iria reagir, mas ele estava de costas para Lucius e não via o rosto de ódio dele... não via a frieza em seus olhos acinzentados. Tentei lançar uma mensagem mesmo que inconsciente para que ele fizesse exatamente o que Lucius pedia e por mais improvável que seja ele pareceu entender.

Teddy me colocou cuidadosamente no chão.

- Levante-se – Lucius estava quase partindo sua varinha ao meio. Mas não a tirou na nuca de Teddy – Vamos seu gambá, não me faça perder tempo.

Ele se levantou o mais devagar possível... estava com medo. Eu podia sentir isso, por mais que ele tentasse me lançar um olhar tranqüilizador de “Vai ficar tudo bem” Eu sabia que não ficaria... chorei por nós dois.

- Não a machuque...

- Ah... isso você pode ter certeza. Nunca machucaria a mulher que amo. Mas você... – Um sorriso despretensioso surgiu em Malfoy. - EXPULSO!!!

Teddy foi empurrado com tudo para a parede, tão forte que fez até a janela de entrada tremer com o impacto. Então caiu no chão feito uma pedra, o som de alguma coisa se quebrando não foi o mais assustados. O que mais me preocupou foi que não havia sinais de que ele estava respirando ou... não, não.

- NÃO... – me levantei ainda zonza e tentei ver se Teddy estava bem, mas Lucius me segurou pela cintura.

- Nem pense nisso...

- Me solte Malfoy – já não sabia se estava chorando de raiva, desespero ou dor.

Os braços de Lucius me seguravam tão forte que mal podia respirar. Tentei soca-lo ou empurra-lo, mas quanto mais tentava mais ele apertava... aquilo ia deixar marcas. Ele me colocou sentada na mureta da varanda, estava tão na beirada que se Lucius decidisse me soltar, seria meu fim... Com nojo de mim mesma, me agarrei a ele com toda a minha força possível com medo de que ele me empurrasse para se vingar.

“ele não pode, não vai fazer isso. Afinal ele não machucaria a mulher que ama”

Ele me largou do abraço e deixou que eu viesse mais para frente. Ele estava confuso e impaciente. Lucius, estendeu a mão para encostar em mim e eu esquivei,  ainda com medo de tombar para trás e cair no vazio da noite.

- Fique quieta! Eu vou te ajeitar para atravessarmos o salão para irmos a um lugar mais tranqüilo para conversar.

- Eu não vou fazer nada disso.

- Não foi uma sugestão. – ele usou o tom de ameaça familiar que meu pai usava quando dava uma ordem a um elfo doméstico. Lucius tentou encostar em mim de novo e eu esquivei. Não sou um elfo doméstico, muito menos propriedade dele. – Certo, te darei uma sugestão. Ou você me deixa te arrumar para fazer o combinado ou eu jogo o gambá por essa sacada e ele vai ficar mais estraçalhado do que animal atropelado.

Olhei para Teddy ainda desacordado, uma última lágrima caiu do meu rosto.

- Você é um monstro...

- Não meu amor, eu sou seu noivo. Então... temos um acordo? – fiz que sim com a cabeça e ele se acalmou. – Sabia que ia concordar comigo, meu bem.

Então ele pegou um lenço do bolso e começou a limpar minhas lágrimas e o estrago que elas fizeram ao meu rosto maquiado, Lucius até usou um feitiço para ajudar. Arrumou meu cabelo manualmente com toda a delicadeza. Depois ajeitou meu vestido, limpando aqui e ali... se aproveitando para passar a mão onde ele quisesse.

Então quando estava tudo “perfeito” ele me beijou... de um jeito bruto e possessivo. Me fez descer da sacada e colou meu corpo ao dele. Me senti a mais suja de todo o mundo bruxo... e enquanto ele passava aquela boca venenosa pelo meu pescoço pude olhar para Teddy uma última vez. Atirado no chão do mesmo jeito, sem indícios de que iria acordar.

“Merlin.... eu te imploro”

- Certo. – ele se soltou de mim – Agora nós vamos atravessar o salão como um casal apaixonado. Nada de truques se não...

Ele não precisava completar a frase, independente do que fizesse eu sei que seria muito pior do que eu poderia causar a ele.

Então quando Lucius pôs a mão na janela, ele respirou e colocou um sorriso no rosto como se nada daquilo tivesse acontecido e por mais difícil que fosse, fiz o mesmo.

Ele abriu a janela e demos de cara com a festa que acontecia normalmente... ouvi Lucius conjurando um feitiço para trancar a sacada.

“Socorro, tem um garoto ferido do outro lado dessa janela. Por favor preciso de ajuda... “ – eu gritava para mim mesma. Tinha que avisar alguém... mas não podia. A cada passo que eu dava podia sentir que a vida de Teddy estava se distanciando... Merlin.

Não sei se eu parecia convincente, mas Malfoy estava atuando por nós dois. Sorria e acenava para todos como se tudo estivesse bem...

Já na saída trombamos com Amus. Ele estava com duas garota, uma em cada braço e elas eram idênticas. Elas pareciam intactas, mas Amus estava do avesso... a calça toda amassada, a blusa toda colocada de mal jeito e desabotoada, a gravata então estava na cabeça de uma das meninas e na cabeça dele parecia uma calcinha... Hamp, o velho Amus de sempre.

Mas independente do seu estado, ele era a minha salvação. Não sabia bem ao certo como expressar “ Vá para a varanda ajudar Tedddy...” apenas com os olhos... mas tinha que tentar. Ele olhou para mim bem na hora que Lucius parou para dar um breve aceno para seja lá quem fosse... era a minha deixa.

Fiz a minha maior cara de desespero e devagar gesticulei “Teddy. Ajuda. Janela grande”  Não sei se ele entendeu nem se conseguiria compreender que teria que “ abrir uma janela” , mas foi o que pude fazer na minha situação... pelo menos Malfoy não tinha percebido e passamos para os corredores.

Meu coração dava um pulo a cada sala que passávamos. Subimos as escadas e Lucius abriu a porta como um perfeito cavalheiro. Ao entrar naquela sala pude sentir a minha sina sendo assinada. O ar me faltou e sentia as paredes se fecharem... era como se eu tivesse voltado naquela biblioteca na festa de ano novo. Parei no meio da sala com medo de olhar para Lucius, com medo até de respirar.

- Eu não entendo... – senti seu olhar cair sobre mim. – Eu tenho tentado de tudo para ser o cara perfeito!!! Eu já te dei chocolates, jóias, roupas, status, o anel de noivado... O QUE MAIS VOCÊ QUER DE MIM?

Ele elevou a voz e jogou uma cadeira contra a parede. Ele conseguiu minha atenção... a cada segundo mais assustada.

- Nada... – quase sussurrei, mas depois falei mais alto. Aquela era a minha oportunidade de encerrar o noivado. A primeira real chance em dois anos e talvez a última – Esse é o problema Lucius, você TENTA ser... mas não é. Porque se você fosse mesmo o “cara perfeito” saberia que eu não ligo para nada dessas coisas. Não ligo para quantas jóias ou o tamanho delas. Não me importo com vestidos nem nenhuma roupa... nada material me interessa... e o material é tudo o que você é... Entende?

Tentei ser calma, mas só parecia fria a calculista... Fazer o que? Meus sentimentos estavam a flor da pele e o único cara que eu queria estava desacordado ou pelo menos era no que eu queria acreditar.

- Não... eu posso ser... – ele se aproximou de mais para o meu gosto e depois endureceu. – Eu posso ser o cara ideal...

- Não Lucius, não pode...

- Porque não? Não vai me dizer que é por causa daquele gambá? Kk e você acha que ele é “ o cara perfeito”, aquele sangue ruim. Acha mesmo que ele é melhor que eu?

- Sim... – Lucius, engoliu o seco – Aquele cara é muito mais homem, muito mais humano do que você jamais será Malfoy.

- Merlin... minha noiva enlouqueceu. – A inconformação dele me irritava.

- Não, muito pelo contrário. Nunca estive tão sã e decidida.

- Não, não está. – ele elevou a voz – Se eu acreditasse nisso, poderia te chamar de vadia por ter me traído, traído seu noivo futuro marido e pai dos seus filhos. Então é conveniente achar que estava fora de si, sendo assim eu posso esquecer tudo e voltar ao nosso bom relacionamento.

- Bom relacionamento? Merlin, Luicius você que está louco e acima de tudo cego. E deixe-me acrescentar que você não tem direito nenhum de me rotular como vadia ou de me exigir fidelidade já que estamos noivos a mais de dois anos e isso nunca te impediu de beijar e dormir com cada maldita aluna dessa escola! Esse negócio de noivado nunca te parou e torna-lo público não o torna mais forte, apenas soa forçado.

- Mas eu mudei!

- Mudou? Como posso ter certeza que está levando isso realmente a sério? Mas na verdade isso não me importa porque que eu nunca senti nada por você, então nunca te cobrei fidelidade.

- Mas eu te amo e sei que você me ama.

- Merlin... acho que você é o louco. – ele me ignorou.

- Por isso vou considerar que aquele inseto foi apenas um mero caso, assim como as outras que me relacionei nesses últimos anos.

- Hamp... não o compare a suas fãs malucas. Teddy é muito mais que isso, ele é o amor da minha vida! – tapei a mão na boca quando aquilo escapou. Lucius ficou de uma cor indecifrável, achei que fosse me amaldiçoar ali mesmo... mas me senti tão livre e leve, poder finalmente assumir aquilo. – Eu... eu amo ele e...

- Cale a boca – Lucius passou a mão na minha boca, enquanto se segurava para não fazer algo que não se arrependesse. – Como pode dizer isso Andrômeda! Como pode brincar com essas coisas? Não suje a sua boca falando essas bobagens...

Nós ouvimos a exclamação de alguém vinda da porta e nos viramos no mesmo segundo....

Narcisa.

Ela estava dura como uma pedra e pálida, com as mãos na boca como se não acreditasse no que estava vendo. Eu podia compreender, reagiria do mesmo jeito se visse o cara que eu gosto dominando minha irmã e a calando com uma das mãos... Era uma cena de horror, talvez difícil de mais para ela, mas isso poderia faze-la entender de quem eu estava querendo escapar. Quem sabe assim ela me entendia... quem sabe assim ela veria quem ele realmente é pelo lado que ele não mostra a fãs como ela. Independente da paralisia de Narcisa, meu peito se aqueceu de alegria. Alguém para me salvar...

- Ciça... – me soltei dos braços de Lucius. Ignorei qualquer dor que aquele “abraço” tinha me causado.

- Narcisa, ainda bem que você chegou. Sua irmã está precisando de ajuda e rápido... ela está delirando, falando coisas sem sentido.

- Não... Ciça, não acredite nele. Se tem um louco aqui é ele – eu tinha tantas maldições que rondavam meus pensamentos.

- Louco eu? Hamp! Pelas barbas de Merlin, Andrômeda! – Lucius começou a falar comigo como um médico fala com o paciente – Queira me desculpar Narcisa, pela cena que você acabou de presenciar... eu perdi um pouco a cabeça. Mas entenda que eu peguei sua irmã se agarrando com um qualquer!

Narcisa olhou para mim ainda sem ter uma reação.

- Ele não é um qualquer!

- Tem razão, é pior do que isso. Ele é um inseto! Um maldito SANGUE RUIM!

Eu quis voar no pescoço dele. Queria poder acabar com ele ali mesmo sem nem me preocupar em usar magia... Mas gelei. Gelei dos pés a cabeça por ele ter dito sobre Teddy na frente de Narcisa. Senti meu mundo cair por terra quando eu a olhei... só que eu senti que na sua reação que havia mais espanto do que surpresa.

Merlin... as falas me faltaram. Ficar com Teddy significava largar a minha família... então alguma hora eles iriam descobrir, mas eu queria que tivesse sido através de mim... não por Lucius ou por uma carta enviada a nossa família vinda de Narcisa... agora aquilo estava perdido.

- Ciça... olhe. Eu sei que é difícil, mas eu te imploro que me deixe explicar. – Tentei chegar até ela, mas de algum modo a risada de Lucius me fez parar.

- Ela ainda acha que para isso tem argumentos – ele limpou uma lágrima falsa – Eu não disse Ciça, ela enlouqueceu. Mas não precisa se incomodar eu irei cuidar da minha querida mulher. Creio eu que ela se arrependerá e isso poderá ser esquecido. Não é cunhada?

Narcisa abriu e fechou a boca várias vezes. Deu um passo e recuou... sem escolher um lado e aquilo doeu como uma facada.

- Não, não será esquecido. Sabe por que? Porque eu em minha sã normalidade estou dizendo que eu amo aquele nascido trouxa Lucius,independente das conseqüências. Então por favor, faça o melhor para você e aceite.  Se me dão licença, eu vou para meu quarto – Eu olhei o mais decepcionada que pude para Narcisa – E a propósito Luicius, se por acaso não tenha deixado muito claro, estou rompendo o nosso noivado.

Quando virei as costas senti algo tomar conta do meu corpo e me impedir de dar um passo se quer. Luicus me lançou um petrifico totallus...

- Eu não faria isso se fosse você meu amor.

- Me deixe ir Malfoy! – me esforcei ao máximo para falar.

 - Narcisa eu preciso pegar uma coisinha no meu bolso, você pode por favor segura-la?

Ele me lançou mais um feitiço que pareceu me incapacitar levianamente...

Eu estava de costas para os dois. Mas rezei para que Ciça saísse do seu transe e me ajudasse a escapar dali. Eu a perdoaria por não ter me ajudado antes, ela só precisava reagir contra Lucius... mas as coisas não foram assim. Senti a mão de Ciça no meu pulso e depois ela me abraçando por trás e segurar meus braços.

O feitiço me incapacitava de revidar... mas naquele momento não foi isso que me paralisou, foi a traição. Nunca tinha sentido isso e o gosto era amargo... era doloroso. Nunca imaginei que ela fosse capaz disso... minha própria irmã.

- Ciça... – deixei outra lágrima cair, mas não houve nenhuma resposta. Apenas soltou um pouco as mãos... um pouco, mas não soltou.

- Eu não queria que fosse assim. – Lucius se virou com um saco na mão e despejou um pó rosa na outra.

- O.... o que é isso? – eu podia morrer de medo ali mesmo.

Narcisa também ficou com medo, pude sentir pelo jeito que ela me segurava.

- Sabe Andie, eu realmente achei que você fosse me amar... ainda acredito, mas depois de hoje creio que para isso acontecer você precisará de uma ajudinha.

- LUCIUS O QUE É ISSO?

- Tudo bem meu amor. Isso não vai causar nenhum afeito colateral... eu nunca machucaria você. – ele passou a mão pelo meu rosto.

Queria recuar... queria fugir e gritar. Mas Narcisa me segurava de um jeito que fazia aquilo ser impossível.

- Lucius, eu... eu te imploro...

- Você me ama? – Ele recolheu a mão, me dando uma chance.

- Andie... por favor diga que sim. – Finalmente Narcisa abriu a boca.

Meu cérebro ia explodir. Eu queria sumir.

- Não, Malfoy. Mas minha irmã... se é que ainda posso ser chama-la assim, te ama.

- O que? – ele olhou para Ciça, confuso e pude sentir Ciça paralisar de novo.

- Ela te ama, cegamente e sinceramente vocês dois se merecem.

- kk Não diga bobagens Andie. Eu te fiz uma pergunta ... Você me ama?

- Eu prefiro morrer ao passar uma vida inteira ao seu lado, Malfoy.

Aquilo o atingiu... atingiu em cheio. Mas ele não reagiu, apenas respirou fundo e deu um sorriso... um verdadeiro predador olhando sua presa.

- Sei que vai mudar de idéia meu amor.

Ele sorriu e soprou aquele pó em mim e tudo se apagou...

 ...

P.O.V NARCISA

Andrômeda ficou fraca e senti ela escorregando de minhas mãos. Deixei que desmaiasse e caísse no chão com delicadeza, mas Lucius a pegou antes que tombasse. Ela a segurava como se deve segurar a flor mais delicada.

- O que vo... você deu a ela? – vê-la inconsciente, me estremeceu.

- “Pó do amante”. – ele disse orgulhoso de si mesmo.

- Pó do amante? – esse nome me era familiar.

- Sim. Ele é como uma poção do amor só que mais potente e mais eficaz. Ele faz com que a pessoa esqueça o seu “amor” anterior e faz com que se apaixone pelo primeiro que a beijar.Foi criado por uma bruxa que não acreditava mais que o amado fosse largar sua mulher, por isso chamado de “pó do amante”. - Ele arrumou o cabelo de Andie que caía em seu rosto.

- Ele não foi proibido pelo ministério? – algumas aulas de história da magia passaram pela minha cabeça.

- Sim, a uns trezentos anos mais ou menos. Proibido pelo seu propósito e por ser difícil de achar evidencias dele. Uma poção inalada é muito mais difícil de detectar do que uma ingerida. – ele olhava para minha irmã do modo que eu queria que ele olhasse para mim... - Quando ela acordar eu a beijarei então ela se esquecerá daquele... gambá. Ah propósito Ciça, agradeço pela ajuda, não teria conseguido sem você.

- Não há de que...

“ Eu não teria conseguido sem você” aquilo foi uma pontada... A cara de desespero de Andie me voltou a memória. A necessidade dela me pedindo ajuda... na hora eu pensei em desarmar Lucius, mas... não consegui. Só de ouvir aquela voz doce me pedindo um favor... só de poder ter a atenção dele em mim era como estar sob o efeito de alguma droga. Espero que ela me perdoe...

- Ainda não consigo acreditar. Apaixonada por um sangue ruim... Você acredita nisso?

- Não... ela não devia estar bem. Talvez fosse coisa do momento, como uma tensão pré matrimonio em que as pessoas saem com outras pessoas e falam coisas sem pensar...

Me desculpe Andrômeda... eu sei, eu sinto o que você sente... Sei que você o ama, mas isso é proibido. Espero que ela entenda o que eu estou fazendo por ela. Não posso perder a minha irmã, mesmo que para isso eu tenha que perder Malfoy.

- Você tem razão – ele sorriu e quase perdi o ar – KK sem tirar o que ela disse sobre você me “amar”. Que loucura...

Ele riu irônico como se aquilo fosse o maior absurdo. Aquilo foi outra facada no meu peito... queria poder dizer que aquilo era mentira. Queria poder dizer que se por acaso ele não quisesse mais aquele noivado eu estaria a sua disposição, ele não precisaria desperdiçar seu tempo me conquistando como faz com Andie.... mas ele escolheu perdoa-la, mesmo depois do que viu e eu tinha que respeitar.

- kk Sim, uma grande loucura... – não consegui ser convincente e ele percebeu a minha chateação.

- Ciça – ele encostou Andrômeda no chão delicadamente, veio até mim e pegou minhas mãos – Não fique assim, porque a verdade é que eu realmente te amo.

QUE?  Eu estava sonhando?Meu coração se encheu de alegria... Merlin, ele iria me escolher?

- Luci... Lucius eu...

- Você é como uma irmãzinha para mim, Ciça. Talvez a única além de Rox que eu considere assim. Eu sinto que posso contar com você para tudo.

Acho que eu preferia não ter ouvido aquilo... meu sorriso muchou, mas eu o mantive...

- Ah... certo. Obr... obrigada Lucius...

- Imagina – ele deu um soquinho no meu braço. – Ah... ela está acordando.

Ela começou a se levantar e ele a ajudou. Andie estava confusa e olhou para todos os lados, até que Lucius a deixou de frente para ele.

- Lucius? – ela perguntou ainda confusa.

- Sim meu amor, sou Lucius seu noivo. – ele delicadamente mostrou o anel de noivado dela.

Andie olhou atenta para Lucius, mas com um olhar doce e ele a beijou. Naquele momento luzes azuis começaram a subir e depois sumiram no mesmo instante. Então assim que o beijo acabou ela passou a mão pelo rosto dele e sorriu com paixão e o beijou de novo.

- Meu amor – ela o abraçou.

Tinha funcionado...

Eu tenteava lutar contra meu talento, mas as vezes não conseguia. Como legilimente podia sentir a emoção das pessoas e o que Andie sentia naquele momento não era nem metade do que ela sentia pelo Lufano... era um sentimento falso e que infelizmente, ela foi obrigada a viver aquilo e acreditar que era amor... eu fiz isso a ela e pude sentir o arrependimento me tomar.  

...

P.O.V Andie

Acordei meio tonta, sem saber onde estava. Me vi na minha cama, toda coberta e confusa...Me sentei e levei a mão na cabeça, ela estava uma confusão. Parecia que tudo estava meio borrado.

- Andie... – Ciça sentou na minha cama e colocou gentilmente a mão na minha perna. – Como você está?

- O... o que aconteceu? – minha cabeça latejava.

- Ontem teve uma festa e você bebeu de mais... – vagamente me veio a lembrança de me arrumar em frente ao espelho e segurar um copo na minha mão – Então você escorregou e bateu... a cabeça.

Também me lembrei de cair e da queimação de bater a cabeça no chão... o resto estava tudo borrado.

- Sim... eu... me lembro de alguma coisa assim.

- Eu te vi jogada e tentei te levantar – Ciça falava com um certo pesar... Também me recordei de Ciça tentando me segurar... ou alguma coisa assim. Tudo parecia uma névoa na minha cabeça. – Lucius nos viu e te carregou até o dormitório... o resto do caminho eu pedi ajuda para outras meninas.

Meu peito se aqueceu de alegria.

- Lucius? E como ele está? – tentei me movimentar, mas não conseguia... tudo parecia doer.

- Está bem... – ela não olhava nos meus olhos.

- Obrigada, Ciça. – eu sorri, mas ela ainda não olhava para mim – Sei que a gente não estava bem, mas você deixou isso de lado e me socorreu quando eu precisei de você. Obrigada Ciça, você é a melhor irmã do mundo.

Eu a abracei sem nem me precipitar, mas em retribuição ela só chorou.

- Eu... eu não... não mereço esse titulo.

- Verdade – ela gelou enquanto eu secava as lágrimas dela – Você e a Bella merecem dividir esse título kk eu sabia que você não ia querer ele só para você. Agora me ajude a levantar que eu estou morta de fome.

- Está bem – toda atenciosa Ciça me vestiu como se eu fosse um bebê.

...

- Bom Dia. – Régulos estava sentado ao lado de Rox, a final ele tinha que se acostumar com a nova cunhada dele.

- Bom dia. Rox me passa o suco.

- Claro. – Ela parou de jogar comida no prato e me passou o suco. – Andie, Sirius me pediu para que você o visite urgentemente porque se não eles vão te arrastar a força para lá.

- kk Realmente, faz tempo que eu não dou uma passadinha lá, mas com tanta lição... sem tirar que os N.I.E.M´s começam daqui a dois dias...

- E depois que acabarem estaremos todos indo embora dessa escola – Lucius se sentou ao meu lado e me abraçou – Bom dia meu amor.

- Bom dia querido – dei um beijo de bom dia para que nenhum professor visse.

Rox cuspiu o suco e Régulos estava com a boca tão aberta que a própria locomotiva de Hogwarts poderia passar por ela, até Crabbe ficou surpreso. Apenas Ciça que continuou seu café da manhã normalmente...

- ROXANNE sua porca!!! – Lucius pegou um guardanapo para se limpar – Você que vai lavar minha roupa.

- Ma... ele te... Você beijou...amor... querido... QUE? – Ela parecia aquelas pessoas loucas gritando e gesticulando com os pombos na rua.  

- Calma Rox, tudo bem?

- Você está ME perguntando se está tudo bem? Você acabou de beijar meu irmão por livre e espontânea vontade... Merlin, isso é uma miragem?

- KK porque seria? Eu apenas beijei meu noivo . – me aconcheguei nos braços de Malfoy que me dava vários beijinhos no rosto.

- Merlin... que mundo paralelo é esse? Régulos? – ela pediu ajuda, mas ele estava pasmo de mais pra responder? - Narcisa, você está vendo isso ou estou delirando?

- Não vejo nada de mais. – ela não tirou os olhos dos ovos mexidos.

- Mas...

- kk Acho que eu não fui a única a beber de mais – Rox ainda estava confusa... olhava para Lucius como um assassino. – Ai...

- O que foi ? – Lucius, passou a mão sobre meu rosto.

- Nada... eu não estou muito bem.

- AHA!!!! – Rox deu um pulo da mesa

- Estou com dor de cabeça, um pouco dolorida... acho que vou até a enfermaria.

- Eu te levo, estrelinha. – Ele se levantou comigo.

- Não, precisa amor. Não quero que perca a nenhuma aula principalmente de história da magia que tem peso no N.I.E.M’s, mas por favor, avise ao professor Binns que irei me atrasar.

Ele me deu um beijo na bochecha e me deixou ir.

- Andie, espere. – Rox correu para me alcançar – Eu te acompanho até a enfermaria.

- Rox, não precisa. Eu estou bem...

- Não... não está. Andie, você acabou de chamar o meu irmão de amor! Acabou de beija-lo e abraça-lo e nem quis vomitar, sem nenhuma grosseria... Você não percebe a gravidade nisso?

- E porque eu deveria sentir nojo? Rox, nós estamos noivos. Seria estranho querer me casar com alguém que eu sinto nojo, não é?

- Exatamente! Estranho, extranhíssimo. Por isso que estou preocupada! – ela me olhava de louca para louca. – Ou você se esqueceu que odiava o meu irmão?

- Não... mas é como você disse “odiava”, conjugado em um passado distante.

- Distante? – ela me olhou mais inconformada – Ontem mesmo você me disse que queria morrer antes das férias chegarem para não ter que se casar.

- Ontem? – eu tentei me lembrar, mas era tudo borrão... Eu precisava ir na enfermaria.

- Sim, ontem. – me lembrei vagamente daquilo... mas parecia ser em um passado tão distante.

- Não importa, Rox. Talvez eu estivesse estressada, eu ando muito assim desde...

- Desde que Lucius te pediu em noivado?

- Olha Rox... eu sei que é difícil de acreditar. Eu sei que eu não gostava dele, mas... quem sabe toda essa antipatia foi por não compreender que eu gostava dele. Quer dizer eu sou tímida, não sei muito bem como lidar com as minhas emoções... quantos casais você não conhece que se odiaram no começo? Eu por exemplo posso dar vários exemplos que já li – Ela me olhou como uma analista – Pare vai... eu sei que é estranho,mas ele tem tentado tanto ser o cara ideal que agora eu vejo que ele sempre foi esse cara.

- Eu não sei... isso está muito estranho. – ela começou a me rodear, me olhando como a culpada de um crime – Muito estranho.

- Você sempre quis que eu desse uma chance para ele. Eu decidi dar e você me condena?

- Não, eu nunca disse isso. Apenas disse que ele gostava de você, mas nunca te pedi para dar chance a ele porque eu sei que ele não te merece. Sem tirar que de uns tempos para cá eu só tenho te visto definhar por causa desse noivado e...

- Olha, as pessoas mudam, assim como seus pensamentos. Sei que nós dois já brigamos muito, mas agora eu vejo que foi tudo perda de tempo porque eu estou muito feliz com alguém que me ama e faz de tudo por mim. Mas se você quiser acreditar ou não ai deixo por você, agora se me der licença eu preciso ir a enfermaria.

Rox me deixou ir, provavelmente ainda achando que eu estava louca. Não sei porque era tão difícil de aceitar, pessoas se apaixonam aos montes da noite pro dia.

...

- Senhorita Black?

- Bom dia madame Pomfrey, eu preciso de alguma coisa que me ajude na dor de cabeça.

- Vamos ver... a enfermaria está um pouco carregada, mas... – ela mordeu o lábio – Venha comigo. Por acaso essa dor de cabeça é efeito colateral de algum feitiço ou poção?

- Não... – um borrão rosa me veio a mente – Eu só acordei assim...

- Certo, então vai ser tranqüilo.

...

Ela me levou até um armarinho cheio de vidros coloridos e de diferentes tamanhos. Madame Pomfrey misturou uns e outros e a poção acabou ficando de uma cor rosa choque.

- Tome. Isso vai te ajudar, dê uma hora... se persistir volte pela manhã.

Tinha um gosto muito ruim, era tão doce que dava enjôo. Logo a Madame me deixou sozinha e no seu lugar deixou uma outra poção que ajudava para ânsia... ela tinha começado a pouco tempo, mas era a melhor enfermeira de Hogwarts.

- Andie! – um garoto veio ao meu encontro... era bonito, charmoso. – Te procurei a festa inteira.

- Desculpe, mas... nós nos conhecemos?

- kk Está de brincadeira neh? – ele sorriu para mim.

- Desculpe, mas...não. – fiquei envergonhada...

- Sou eu, Amus. Amus Diggory, seu amigão! E olha Andie, eu agradeço pelo toque que você me deu. Cheguei lá a tempo, a Madame Pomfrey disse que se ele tivesse ficado lá mais tempo, teria que ir com urgência até o St. Mungus.

- Ham... me desculpe, é um prazer te conhecer, mas eu não faço idéia do que está falando...

- Andie... está perdendo a graça. – eu olhei mais envergonhada para ele... Amus me olhava como se eu fosse louca... assim como os outros. – Vem aqui comigo.

Ele me pegou pela mão, não tive tempo de reagir. Então paramos em frente a uma maca. Nela estava um garoto loiro, deitado como um robô na cama. Estava com um faixa enorme da cintura até o ombro e uma bandana grossa na cabeça. Estava dormindo como uma criança, tranqüilo e despreocupado.

- Olha, não sei o que acontecendo contigo, mas... – ele sorriu inconformado – Mas estamos aqui por causa do Teddy, se lembra? Você me deu um aviso para ajuda-lo porque ele estava desmaiado. Ele acabou batendo a cabeça e quebrou duas costelas... mas a Madame disse que daqui a uma semana ele estará novinho em folha. Novinho para você usa-lo, mas vai com calma kk

Ele piscou pra mim sorrindo.

-Olha eu sinto muito pelo que aconteceu com o seu amigo, mas... eu não o conheço.

...


Notas Finais


Então amores?
Eu sei que vocês já odeiam Lucius, mas dessa vez eu acho que estourei.kkk Mas é aquele negócio, na minha opinião a Narcisa e o Lucius se merecem.
As aulas deles já estão acabando pessoal... o coração está na mão com tudo isso. Mas se várias coisas acontecem em um minuto, imagina o que pode acontecer em menos de um mês? hehehe
Obrigada por lerem
Um beijão
Até o próximo capitulo.


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