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História De Andrômeda Black e Teddy Tonks - De volta à Hogwarts


Escrita por: amoraweasley

Notas do Autor


Oiie amores, a escritora sumida voltou trazendo mais um capitulo.
Tenho assumido a vida de adulto que nunca achei que estaria pronta para assumir, mas aqui estamos nós. Nunca esqueço do meu dever com nosso casal favorito, mas o trabalho tem me tomado muito do meu tempo e saúde mental, prometo dar a história que vocês merecem.
Boa leitura

Capítulo 86 - De volta à Hogwarts


Fanfic / Fanfiction De Andrômeda Black e Teddy Tonks - De volta à Hogwarts

Não importava para qual lado da cama eu virava, não conseguia dormir... além de estar em dormitório estranho, eu estava sozinha. Nunca tinha percebido, mas agora tinha me dado conta de que nunca dormi sozinha... mas agora era vontade de uma presença especial... faltava Teddy do meu lado..

Já tinha escutado boatos de que os dormitórios das meninas eram protegidos dos meninos, me lembro até uma vez que um garoto da sonserina tentou ir para o dormitório da namorada e as escadas viraram um escorregar gigante... falaram até que as janelas criavam dentes e se fechavam nas mãos de qualquer um que fosse o espertinho a tentar entrar, mas o das meninas... Hogwarts confiava nas meninas e nenhuma já atreveu a quebrar essa confiança.

Será que Dumbledore se importaria se eu por acaso fosse até Teddy? Afinal já éramos um casal... dormíamos juntos, e dormir juntos também não é necessariamente transar. Um galho de árvore bateu com tudo na janela e dei um pulo na cama. Ali eu não ficava mais.

Desci as escadas olhando atentamente para ou degraus, porque se eu caísse iria fazer um barulho que acordaria cada professor, mas também as paredes... ver se enxergava seus tão exibidos ouvidos e olhos... pareciam todas normais. Me deparei com a entrada do dormitório dos meninos... um frio gigante apertou meu estomago, tinha duas soluções ou tomava coragem, ou dormia no salão comunal. Não queria ser a primeira garota a quebrar a confiança de Hogwarts.

Mas será mesmo que eu seria a primeira? Meninas são discretas... talvez já tivesse acontecido, mas não se há relatos disso. Ou será que minerva tinha colocado um feitiço só agora porque sabe que somos assumidamente um casal?

Antes de outros pensamentos, vi uma luz vir do dormitório dos meninos. Lá estava Teddy com sua lanterna.

- Andie?

- Teddy? O que está fazendo aqui?

- Estava indo ver um jeito de te chamar e você senhorita?

- Eu... eu não consegui dormir.

- Eu também não. – ele me trouxe para perto e deu um beijo.

- Não Teddy... as paredes tem olhos e ouvidos.

- Então vamos dar um motivo para falarem algo de nós.- Teddy me pegou em seus braços e me carregou até seu dormitório, como em um conto de fadas.

- Não tem problema se eu entrar?

- kk Que? Ammus trouxe muitas garotas para cá quando estudávamos. – ainda com meu coração palpitando, agarrei o pescoço de Teddy e  entramos em seu quarto.

Mal dormimos

...

No café estavam todos lá. Os professores todos a postos em sua mesa, dessa vez, nós dois decidimos comer nas mesas comunais. Se tinha algo que não iria esquecer era a comida de Hogwarts.

- Quando todos já estavam satisfeitos e as comidas sumiram, Dumbledore veio falar conosco.

- Como estão? Dormiram bem?

- Sim, saudades de dormir ao som de Hogwarts. – Teddy sorriu como um santo, sem perceber que seus olhos estavam profundos de sono.

- Imagino... – ele nos olhou com seus olhinhos extremamente azuis com tom de sarcasmo. – Podem até dizer que tudo aqui fica mais romântico de noite.

Não pude evitar minhas bochechas corarem como um pimentão.

- Mas me diga Andrômeda – ele foi se sentando de frente para mim... nunca imaginei ver ele se sentando em uma das mesas comunais – Na carta que me passou você dizia que precisava de minha ajuda para mais de uma situação, creio que a de Teddy foi uma muito bem conquistada, mas me diga como posso ajuda-los novamente?

De repente dois fios se juntaram em minha mente.

- Sim... claro, me desculpe. Fiquei tão feliz com a conquista do certificado que esqueci do outro favor. – me senti uma criancinha boba – Bem, tem outro probleminha...

- Por favor, sou todo ouvidos. – Ele se sentou na mesa como um menininho curioso.

- Bem... embora eu esteja muito feliz com o fato do Teddy trabalhar, eu também quero ajudar na casa. Kk Assim, posso não ter o talento de Teddy, na verdade não sei fazer nada, mas...

- Não? Posso ser muito ocupado, mas os professores sempre gostam de falar de seus melhores alunos e tenho certeza que seu nome já me foi mencionado por mais de um. Até mesmo a nossa bibliotecária vivia inconformada de tantos livros que te via pegar. Pode chamar isso de nada?

- Exato, livros. Sei que sempre estudei, fazia questão disso... eu já era considerada uma patricinha pelo meu nome, mas não ia ser chamada de burra. Mas na hora que todos tiveram a chance de mudar as matérias focaram em um emprego, eu não... nunca precisei me preocupar com isso e mesmo que eu achasse errado ser apenas a esposa de alguém, também não fui contra isso, não tive outro objetivo. Hoje as coisas são diferentes, eu quero trabalhar... e trabalhar com livros. É sobre o que mais eu entendo, são minha vida.

- Por que me parece tão incomodado Sr. Tonks?

Teddy estava praticamente se coçando todo, vermelho segurando o que queria falar.

- Eu... eu não estou de acordo com o que ela quer fazer. – ele disse sem olhar para mim.

- E por quê?

Teddy passou a mão por seus cabelos e suspirou fundo.

- Andrômeda é uma perfeita bruxa, não estou falando que ela não seja capaz ou não deva trabalhar, mas é muito perigoso.

- É perigoso para nós dois, Teddy. – cruzei os braços impaciente, já tivemos aquela conversa tantas vezes e agora ele queria brigar bem na frente do diretor...

- Sei disso, mas eu estarei procurando emprego no mundo trouxa, embora seja perigoso e reconheça que estarei me arriscando mesmo assim. Sei que o mundo trouxa é mais seguro para nós do que o mundo Bruxo... e é exatamente onde as pessoas que podem nos caçar frequentam. É mais fácil dela ser encontrada.... rastreada e... e se nos encontrarem...

Teddy perdeu a fala, parecia até que lhe faltava ar. Segurei a mão dele com carinho e olhei para Dumbledore que nos observava atentamente.

- Mas é exatamente por isso que viemos aqui, já conversamos que o fato de eu trabalhar é inegociável... eu amo meu mundo e é nele que quero trabalhar, mas preciso de sua ajuda, diretor. – ele estava tão atento que seus olhos brilhavam por trás dos óculos – Eu pensei que se quero trabalhar por lá terei que me disfarçar e tentei de tudo. Li e reli vários livros, mexi com feitiços e poções com o limitado material que tinha em meu estojo que peguei quando fui embora de casa... mas fada funcionou, consegui algumas alterações no meu rosto, no meu cabelo... teve até um dia que ele ficou rosa e ia mudando para roxo quando bem entendia... mas tudo foi passageiro, difícil e até mesmo doloroso...

- O que você que é a capacidade de um polimorfo.

- Poli... o que? – Teddy parecia voltar ao normal.

- Polimorfo.... lembro de ler isso em algum lugar... são pessoas que simplesmente podem mudar a aparência quando bem entendem.

- Exato – Dumbledore se arrumou na cadeira – Podem não só mudar alguns traços, mas todos se assim quiserem. Podem se transformar em qualquer pessoa, só de terem visto só por um instante... mas são extremamente raros, 90% dos casos ocorre por nascimento e processo para se tornar um é extenso, complexo e como você disse doloroso... é preciso estar em um nível muito avançado em transfiguração e ainda sim ter algum traço de um antepassado com essa pré-disposição.

Ao ouvir aquilo, minha esperança caiu um pouco, Teddy percebeu e apertou cuidadosamente a minha mão.

- Então... então não há chance de... – as lágrimas se acumularam em meus olhos.

- Você sabia que tem muitas mulheres que queriam estar no seu lugar. Ter um marido para sustenta-las, viver ociosa em casa sem precisar mover um dedo. – Ele disse firme, com um tom até curioso em sua voz.

- Sei disso, sei até bem demais... talvez se as coisas tivessem sido diferentes esse realmente seria meu destino, mas as coisas não são assim. Cansei de fazer e ter tudo do jeito fácil e também... Há fantasmas demais na minha cabeça para me assombrar se eu ficar sozinha em casa. Quero poder ser mais do que uma simples peça de decoração em uma casa... quero ser útil. Se me disser que não há um modo como me ajudar, então eu irei me sugestionar a qualquer outra possibilidade que me de esperança, mesmo que para isso eu tenha que tomar uma poção a cada duas horas.

Até Teddy se conteve para não derrubar uma lágrima. Sei que não era fácil para ele, viveu em casa sem a mãe, criou sua irmã porque os pais se matavam no trabalho e compartilhava os mesmos fantasmas que eu.... os mesmos pesadelos. No primeiro dia em casa decidiu que ia trabalhar para poder ocupar a cabeça, sabe que eu mereço o mesmo... só não quer perder outra pessoa.

Dumbledore nos olhava atentamente, em um momento achei que o tinham petrificado. Suas vestes o deixavam com um ar místico de poder... mas não aquele poder autoritário, um poder sábio ancestral vindo de outra época, talvez até outro mundo. Chegou um momento em que não sabíamos quem estava avaliando quem.

Quando pensei em chamar a Professora Mcgonagall, ele se ajustou no banco.

- É incrível poder ver uma flor finalmente desabrochar com tanta graça e determinação. – nesse instante uma delicada xícara de chá se materializou em suas mãos – Não posso lhe fazer uma polimorfa, está muito além de meus limites, mas por acaso já ouviu falar do feitiço da máscara?

Teddy olhou para mim procurando alguma resposta, realmente aquele nome não era estranho. Creio que para ele também não...

- O feitiço da máscara não muda sua aparência, mas apenas a imagem que os outros vão ver. Com ele você poderá sair para qualquer lugar, sem que as pessoas te reconheçam.

Teddy soltou um pequeno risinho ao meu lado.

- O que foi? – apertei sua mão por interromper Dumbledore.

- kk Nada, é só que parece uma magica de um livrinho de historinha no mundo trouxa.

- Também mais conhecido como feitiço da Cinderela. – Dumbledore piscou.

-Esse.... esse mesmo, então quer dizer que? – os olhos de Teddy se arregalaram e Dumbledore soltou um discreto sorriso. – Pensei que fosse bobagem.

- Será que alguém pode me explicar...

Teddy ainda surpreso se virou para mim enquanto intercalava o olhar entre mim e o diretor.

- É um conto de uma menina que quer ir ao baile, mas não pode ir porque foi proibida pela madrasta... dai vem uma Fada Madrinha e joga uma magia para arruma-la e fazer de um modo que ninguém a reconheça... mas, não pensei que fosse verdade.

- Ahhh cara Sr. Tonks, todo conto tem um pouco de verdade. – Dumbledore piscou. – Mas como você mesma ressaltou, o feitiço tem um limite de tempo. Em trouxas, como na princesa da história, não dura mais que algumas horas... em bruxos pode chegar a durar dias, semanas.... até meses se for bem feito. – algo dentro de mim já brilhou – Creio eu que posso tentar dar um jeito de fazer durar alguns anos.

- Isso... isso seria perfeito. – eu queria poder pular aquela mesa e abraça-lo. Sei que entendeu, pois me abriu um sorriso muito fofo de velhinho e um aceno.

- Precisarei um tempo para fazer algumas consultas, mas creio não ser mais de uma ou duas horas. Enquanto isso fiquem à vontade para passear por ai.

Antes dele se levantar peguei sua mão.

- Obrigada. –  Com outro aceno ele foi em direção a sua sala.

...

Estávamos deitados debaixo da minha árvore favorita, bem em frente ao lago. Teddy estava deitado na minha perna e dividíamos uma maçã bem vermelha que achamos pelo caminho. Nos esticamos e ficamos tomando um sol, o silêncio entre nós misturado com aquela paisagem maravilhosa de verão acabou sendo a sensação mais agradável que compartilhamos a muito e muito tempo. O sol batia em nossos rostos e fazia o cabelo de Teddy ficar extremamente loiro, enquanto eu mexia neles. Seus olhos estavam fechados, achei até que estivesse dormindo.

- Me diz que foi tudo um grande pesadelo... – ele me disse ainda de olhos fechados. – Me diz que ainda somos estudantes bobos tomando sol no lado durante o intervalo só esperando o almoço ficar pronto. Me diz que você ainda é aquela garota misteriosa que fica me afastando para o meu bem e eu sou aquele menino apaixonado insistente que dá qualquer desculpa para te falar com você ignorando qualquer senso de razão e segurança... porque... porque o mundo não parece ser assim tão mal quando estou perto de ti

- Teddy – lágrimas começaram a se formar em meus olhos.

- Diz que... que depois daqui irei almoçar com Ammus, McLaren e.... e Lia, que provavelmente já vai ter acabado com tudo o que estiver perto dela e vou poder chamá-la de dragão e que roubarei a coxa de frango que ela ainda está mastigando e não pode me xingar porque nossa mãe sempre foi severa em hábitos á mesa.

Assim como eu Teddy deixou algumas lágrimas escaparem.

- Eu sinto muito... – só consegui dizer aquilo, em um fraco sussurro que talvez nem mesmo ele tivesse escutado.

- Eu não quero abrir os olhos... sinto que enquanto eu deixá-los fechados essa realidade que descrevi será a única verdade.

O que eu podia dizer a ele? Nenhuma palavra seria o suficiente, sei que não fazia isso para que eu me sentisse mal... mas algo de muito ruim surgia crescia em mim. Lágrimas ainda caíam de meus olhos e tentava fazer o possível para que não caíssem em Teddy.

E se eu fechasse os olhos? Qual seria a realidade que teria?

Seria aquela menina quieta e reservada que tirava boas notas, mas não tinha uma vida social? Estaria indo para uma aula e teria que acabar sentando com Lucius porque ele estaria guardando o meu lugar. Ia pedir para que ficasse quieto, pareasse de ficar me cantando ou ia explicar a ele o assunto que estávamos tendo em aula. Depois iria para o salão comunal para almoçar com Rox, Lestrange e minhas irmãs... Narcisa ficaria vendo seu reflexo na colher e arrumando o seu cabelo, Bellatrix estaria reclamando de alguma da aula, da comida, dos professores, do clima ou qualquer outra coisa, talvez alguém viesse falar alguma coisa da guerra que naquele momento estava apenas no jornal. Depois das aulas, eu iria apanhar um livro na biblioteca... voltar ao quarto, conversar com minhas irmãs que naquele tempo... eram as meninas mais incríveis de todas para mim. Narcisa era uma linda flor e Bella.... era linda, sexy, livre, forte, decidida... minha irmã mais velha que me abraçava quando trovejava, me ensinou a levitar objetos antes dos professores para que eu não precisasse ficar carregando todos os meus livros e beijava meus machucados para sarar... que me puxava para dançar nas festas e me enfiava em encrencas superdivertidas.

Me pergunto ainda como aquela menina foi se transformar nesse monstro bem debaixo do meu nariz... Como narcisa, tão leviana e ingênua foi capaz de se voltar contra mim.

Para finalizar, eu iria dormir com o boa noite delas... e iria sonhar com o lufano loiro, maluco que queria ficar perto de mim e me fazia sentir muito mais do que eu achava que era.

Algumas lágrimas começaram a cair de meus olhos.

- Eu acho que está chovendo. - Quando eu abri meus olhos Teddy já estava me abraçando.

- Você devia ter me escutado. Seu idiota – As lágrimas caíam e caíam. – Poderia ter conhecido outra menina... aquela Letícia, ter uma vida melhor e normal.

- Tem razão – até solucei com aquilo – Seria mais fácil... mais normal... mas não teria amor porque não teria você. Nós dois perdemos muito, não diga que não tem saudades. Queria dizer para aquele Teddy de um ano atrás que ele conseguiu achar a menina que derrubou ele e deixou só seu livro para que pudesse encontrá-la.

- Eu não te derrubei. – limpei minhas lágrimas – Eu esbarrei.

- kkk Você parecia um trasco desengonçado correndo. Quase perdi a consciência quando cai no chão.

- Acho que perdeu... ninguém em seu lugar sabia o que você sabe iria fazer tudo de novo. O Teddy de um ano atrás ia te chamar de louco.

- Talvez... porque ele ainda não tinha vivido o que eu fui vivendo com você ao longo do tempo. – ele enrolou uma mecha do meu cabelo com delicadeza.

- A Andrômeda de antes era capaz de pedir para transferirem para outra escola se soubesse de tudo. – o olhei bem fixamente

- Não iria... não conseguiria resistir ao meu charme.

Nós dois rimos e ficamos lá, simplesmente curtindo a vista. Não demorou muito para que a Professora Mc.Gonaggal viesse nos chamar para novamente Dumbledore.

Já em sua sala ele deu um largo sorriso para nós, enquanto estendia seus braços abertamente nos convidando para sentarmos.

- Já sei um jeito para que possa se disfarçar e poder trabalhar tranquila. – ele estendeu um livro que devia ter pelo menos uns mil anos de idade. – É um feitiço que foi muito usado ao longo dos séculos, antigo... antiguíssimo. Embora seja muito difícil de se realizar, é muito eficiente. Já foi até relatado em um conto trouxa na história de Cinderela. Creio que Teddy possa conhecer.

- Nos dias de folga, minha mãe lia essas histórias para nós. – deu um lindo sorriso com a lembrança.

Fiquei curiosa com o conhecimento que os dois possuíam, Cinderela ... vou deixar anotado mentalmente para procurar esse livro depois. Devem tê-lo na sessão de histórias trouxas.

- É o seguinte, o feitiço consiste em mudar a sua aparência pelo olhar do outro... não mudando ela fisicamente e sim visualmente. Não terá nenhum efeito colateral...

- Isso parece muito bom.  – mas notei que ainda tinha algo para me dizer – Mas...

- Mas não é duradouro.

- Quanto tempo?

- Bem, geralmente dura horas... mas sei que consigo fazer durar cerca de quatro meses para você não ter que se enfeitiçar todo dia. – ele puxou a varinha – Irei fazer agora para que possa ver como se faz e depois irei desfazer para que possa tentar. Tudo bem?

Fiz que sim com a cabeça e ele logo me encantou. As palavras que dizia parecia ser em um idioma arcaico da magia, de difícil pronuncia... mas pelo preço da liberdade, valia a pena.

- Pronto.

Teddy e Dumbledore ficaram me encarando. Não sabia se tinha dado certo até que me estendessem um espelho. Quase tomei um susto, encostei em vários lugares do meu rosto e fiz algumas caretas para ter certeza de que era eu. Meu cabelo e os olhos continuavam da mesma cor, mas de resto tudo tinha mudado.

- Uau – foi a única coisa que Teddy foi capaz de dizer.

- Sim sim, é impressionante. Agora você tem de fazer um pequeno exercício para que Teddy e somente ele possa te enxergar do jeito que você é. – Afirmei com a cabeça para que soubesse que eu estava pronta – Quero que mentalize como o seu rosto é de verdade, depois quero que tente recolocar sua imagem direto na cabeça dele e...

Antes que Dumbledore falasse alguma coisa, Teddy já pode me reconhecer. Em partes por saber que nós dois tínhamos uma conexão muito forte.

- Bem... acho que já está quase tudo certo. Aqui está o processo detalhado de como refazer o encanto daqui a quatro meses.

- Obrigada – peguei o pergaminho e o acariciei com as minhas mãos.

- Agora só precisa de um nome.

- Como? Teddy e eu nos olhamos confusos.

- Ora, do que adianta mudar seu rosto se no seu crachá estará o seu nome em letra de ouro? – ele deu uma piscadinha como se estivesse falando com crianças – O encanto é muito bom, mas não perfeito. Se permitir que muitas pessoas te reconheçam, então ele quebra. Se alguém muito próximo a você, ver ou escutar o seu nome se dirigindo a você, ele quebra, principalmente se for alguém que foi muito próxima. Entendeu?

Afirmei, um nome... um nome. Um a luz logo me veio a cabeça.

- Elizabete... Tonks.

Teddy sorriu e segurou minha mão, quase deixou uma lágrima cair quando me viu pegar o nome de sua mãe.

- O sobrenome talvez seja um pouco arriscado, devido aos acontecimentos que ouvi falar. – Então ele sabia o que tinha acontecido, talvez não tivessem colocado no jornal, mas ele sabia...

- Eu sei, mas não tem outro sobrenome do qual eu queira usar. – Dessa vez Teddy deixou a lágrima cair, mas depois de muito tempo era uma lágrima de felicidade. – E minha irmã nunca se esforçou para saber o nome de nenhuma pessoa que não sentisse que fosse digna dela, ela não sabe nem o primeiro nome de Teddy, não foi capaz de chama-lo de qualquer outra coisa que não fosse xingamento.

Dessa vez Dumbledore concordou e em um passe de mágica, me entregou documentos tanto trouxa como bruxo, com o nome que eu tinha escolhido.

Aquele era o começo de uma nova vida.

...

Dumbledore fez questão de nos acompanhar até os protões de Hogwarts, junto com a Professora McGonnagal.

Não pude me conter e dei um grande abraço no diretor para agradecer, o que o fez corar levemente. Subimos nas carruagens para pegarmos o trem de volta para Londres, mas antes que saíssemos ele se aproximou.

- Antes que fossem, gostaria de entrar em um assunto que... que começa a parecer necessário. – ele nos olhou com seriedade – Sabem que a cada dia a guerra bruxa fica mais descontrolada, o números de seguidores de Voldemort crescem, enquanto o de aurores diminui.

Ouvir aquele nome foi um grande choque para nós. Desde o colégio, as pessoas evitavam fala-lo em vão, pois começaram a dizer que era mau agouro, me dava nojo só de lembrar do encontro que tive com esse homem... se é que podia ser considerado humano. Nem mesmo em casa dizíamos seu nome, com a desculpa que era sinal de respeito. Mesmo assim, ouvir aquele nome na boca de Dumbledore parecia ter quebrado um pouco com todo aquele poder.

Logo que voltei a mim, o diretor voltou a falar.

- Bem... talvez seja cedo demais para falarmos nisso, mas eu tenho algo em mente para... para colaborar com o ministério, mas para isso precisarei de pessoas que estejam dispostas a lutar pelo nosso mundo bruxo e...

- Pode contar conosco. – Teddy disse sem nem pensar.

Dumbledore sorriu de um modo melancólico e lançou um olhar de piedade a nós.

- É de grande gratidão que ouço isso, mas espero não ter de convocá-los. – ele se afastou da carruagem – Boa viagem.

Até chagarmos ao trem, uma nuvem fico sobre nossas cabeças. A guerra estava cada vez pior, mas será que o ministério estaria a ponto de desabar daquela maneira? Me lembro quando os burburinhos começaram a cerca de dois anos sobre um homem com a vontade de limpar o mundo bruxo... as reuniões que começaram na minha casa. Pessoas que começaram a morrer de modo misterioso, a eclosão da guerra que foi anunciada a menos de um ano atrás. Será que Dumbledore já estava na linha de frente para falar de um modo tão sombrio assim? Será que depois de tudo o que passamos teríamos de empunhar nossas varinhas e combater cara a cara essas pessoas... “comensais da morte”, como já tinha escutado várias vezes de meu pai. O que seria de nosso mundo se tudo aquilo continuasse?

Aqueles pensamentos só foram embora quando ouvimos o barulho do trem para chamar os passageiros. Teddy e eu corremos para chegar a tempo. Quando entramos na cabine, sentamos para pegar o ar que foi nos roubado na corrida.

O sol batia fortemente em nossos rostos... deitei a cabeça no ombro de Teddy e por um momento afastei todas as coisas ruins que aconteceram ou que podiam acontecer... para pensar que agora estávamos bem e seguros, prontos para começar nossas vidas de verdade. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado :) quero muito voltar a falar com vocês e ler seus comentários.
Um grande, grande beijo
Obrigada por lerem.
Nos vemos no próxima capitulo kk não desistam de mim, por favor.


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