-JiEun!- Ouço a voz do meu chefe gritar pelo meu nome
-Quê?- Me assusto e guardo a revista debaixo do balcão
-Aishhhh, essa menina...- Ele pega a revista de minhas mãos e coloca de novo na prateleira ao lado- As revistas só são para os clientes que compram, você não é cliente e nem pagou por isso
-Ahjussi... -Abaixo minha cabeça- Desculpa
-Tá! tá!- Ele respira fundo- Vou sair mais cedo, preciso que você feche a loja- Falava enquanto tirava as chaves do bolso e jogava no balcão
-Okay- Pego as chaves- E coloco de baixo do vaso de flores, né?- Pergunto só para ter certeza que faria certo
-Sim- ele olha pra mim- você já sabe como funciona, por que fica fazendo perguntas bobas? Huh?- Sua expressão sem paciência não me assustava mais
-Desculpa- sorrio de lado
-Qual é a graça? Aigoo- Ele também entra na brincadeira e sorrir- Ah, menina insolente...
-사랑해, 아저씨 (Eu te amo, ahjussi em coreano)- Sorrio meigo e brincalhão para ele
-Aigoo- Ele levanta a mão como se fosse me bater, me escondo atrás do balcão, rindo- Aishh, eu já vou indo
Observo ele partir, eu estava agora literalmente sozinha. Olha através da vitrine da mercearia a rua movimentada, as pessoas na calçada... Passam 10 minutos, até uma ajumma aparecer
-안녕하세요- faço uma reverência- posso te ajudar em algo?- pergunto sorrindo
-Oh... Sim, aonde fica a sessão do iogurte, minha jovem?
-Ah, na sessão 6, ali, olha!- Mostro a sessão de longe para ela
-Aigoo, mas é tão longe, e eu andei tanto para vim até aqui- ela se vira para mim e faz uma expressão de cachorrinho abandonado- poderia ir até lá pegar para mim?
-Okay- sorrio- eu vou
Minha intuição dizia que algo de ruim estava prestes à acontecer, mas não podia agir com desconfiança com uma velinha, então seguir o corredor e peguei um iogurte de ameixas
-Velhos gostam de ameixa, né?
Fiz um gesto de "sei lá" com os ombros e voltei para o balcão, olhando a embalagem do iogurte
-Ajumma, você gosta de ameixa?- assim que chego, me deparo com a velha na caixa registradora pegando o dinheiro rapidamente- Wtf... Ei! Você não pode fazer isso- Entro pela a portinha no atrás do balcão- Ha! Você está presa, eu vou chamar a polícia
-Vai sonhando, criança...- Ela pula pelo o balcão com uma estrelinha e sai da loja correndo
-É o quê?- Saio correndo atrás dela- Ahjumma!!!! AHJUMMA!! Alguém me ajuda, ela é uma ladra!!- Paro ao me lembrar que havia deixado a loja sozinha, com posso ser tão desligada?- merda...
Volto correndo, eu não era de correr, chegando lá me sento no chão, olho em volta e vejo que não havia ninguém, foi um alívio saber que não tinha sido roubada novamente. Vou até a caixa registradora, meu coração estava a mil, pela a corrida e pela a preocupação, conto 200 mil wons faltando, meu coração pula para fora...
-Onde eu vou arranjar 200 mil wons?- bufo preocupada- aishh...
Duas horas depois
9 horas da noite, exatamente 9 horas da noite, arrumo minhas coisa e fecho à loja, coloco a chave de baixo do vaso como meu chefe havia me indicado... Ou ex-chefe. Aigoo, o que eu vou fazer? Inventar uma desculpa? Alienígenas? FBI? Ahhhhhhh, o que eu faço? Vou seguindo a rua escura em direção à minha casa. Talvez, eu simplesmente conto a verdade... Uma velinha chegou, pediu para que eu pegasse o iogurte para ela e quando eu cheguei lá, estava roubando a caixa registradora, assim que me viu, saiu dando um mortal, fui correr atrás dela mas ela era mais rápida, fim... Ahhhhhh. Bato na minha cabeça. Ninguém vai acreditar
-Moça... Me ajuda- Ouço uma voz masculina e ignoro
-Agora não, não é só você me está com problemas
-Moça...- Escuto alguém cair no chão, acordo dos meus pensamentos
-Oi? -Estava escuro, cheguei mais perto e vi com a claridade de um poste só- Ai meu Deus...- Havia um homem, caído, inconsciente, achei que fosse um bêbado, até perceber que a coisa realmente estava séria- Oppa, você está bem?- coloco o mesmo no meu colo
-Está doendo- logo depois dessa fala ele desmaia
-Não, não, não... Acorda, por favor- bato de leve no seu rosto
Analiso todo seu corpo, a rua estava escura não via muita coisa, até sentir algo molhado na minha camisa, toco no local úmido, com anseio e medo, vejo minha mão coberta pelo o sangue do homem em meu colo, arregalo os olhos
-Não, não, não...- procuro o local de seu ferimento, se encontrava abaixo de seu oblíquo externo
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.