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História De Cero (CNCO AU) - O beijo.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


Olá mores. NOVIDADE: Como prometido, postei fanfic nova de CNCO!!! Link estará nas notas finais.
Como "De Cero" está chegando ao fim eu não podia simplesmente deixar vocês sem nada. Sou uma autora maravilhosa, podem falar. hsuahsuahuahs
Espero que gostem. BOA LEITURA!

Capítulo 12 - O beijo.


Repassei mentalmente o que deveria dizer ao Capitão Miles e meus colegas. Já tinha bolado todo um plano na minha cabeça que não envolvesse Zabdiel e nem Christopher, como já havia prometido. Daria tudo certo. Repeti para mim mesma algumas vezes.

– Martinez. – Chamei-a me aproximando de sua mesa. – Preciso que confie em mim numa coisa e me apoie. Tudo bem?

– Claro! – Se prontificou sem hesitar. – Mas em que? – Deixou seu lado curioso aparecer.

– Você vai ver. – Pisquei tentando ser charmosa, mas ela era muito melhor do que eu naquilo. – Vem comigo.

A conduzi até a sala do Capitão e pedi licença para entrarmos. Ele me encarou sério, esperando que eu desembuchasse logo o que diabos estava fazendo ali interrompendo sua leitura de um relatório.

– Eu e Martinez queremos reportar avanço no caso dos roubos de eletrônicos. Vamos finalmente pegá-los senhor.

Por um instante pude ver nos olhos duros do Capitão certa satisfação, mas logo ele escondeu ligeiramente desconfiado. Levantou-se imponente e passou por nós em direção a sala de reuniões. A morena me encarava aflita sem entender nada. Fiz um sinal de calma e ela revirou os olhos teatralmente.

– Sala de reuniões. – Praticamente gritou no corredor. – Fontana e Taylor. Agora!

Fontana e Taylor já estavam se preparando para terminar o turno e fizeram cara feia com o chamado. Fontana jogou a bolsa de couro na cadeira com certa raiva e lançou um olhar insatisfeito para o parceiro.

Nós quatro seguimos o Capitão até a sala. Passei por último fechando a porta e tomei a frente perto da tela.

– Muito bem detetive Castillo. – Meu superior cruzou os braços fortes. – Estou curioso para saber como você e Martinez saíram da estaca zero e fecharam o caso do nada. – Capitão Miles deixou claro sua descrença.

Engoli seco sentindo minha garganta arder. Eu não podia fugir. Teria que vender muito bem minha história de investigação, ou ele simplesmente e não autorizaria a operação.

– Então senhor, foi um tiro no escuro que deu certo. – Já comecei eu mesma tirando um pouco da credibilidade da coisa, assim a mentira pareceria ainda mais palpável. – Martinez e eu fomos a uma das lojas roubadas no antigo bairro onde morei. Resolvi voltar depois e perguntar sobre os bandidos que eu já conhecia e que operam naquela área. Numa dessas conversas uma pessoa comentou que o Sr. Rodriguez, aquele bandido que tentamos pegar há um tempo, havia se afastado dos antigos negócios e perdido território. Tive um pressentimento. Deduzi também que talvez essa mercadoria não fosse ficar aqui em Miami afinal levantaria muitas suspeitas vender produtos muito abaixo do preço de mercado. Então pedi para um informante nas docas prestar atenção em qualquer atividade suspeita com eletrônicos. Hoje fui informada que o Sr. Rodriguez irá enviar um contêiner cheio de mercadoria roubada para América do Sul. Como vocês podem ver aqui na tela, tenho a foto de um documento comprovando isso. O informante não conseguiu uma cópia, só a foto, mas é o bastante para fazermos o flagrante amanhã à noite. Temos chance de desmantelar toda uma rede de contrabando internacional. Inclusive investigar quem nas docas facilita para esse tipo de atividade.

– Informante nas docas? – A sobrancelha grossa do Capitão Miles se levantou fazendo sua testa enrugar e a luz forte da sala refletiu ainda mais em sua pele negra. Ele sabia muito bem como intimidar alguém. Anos de experiência. Meu coração acelerou e senti uma gota de suor descendo do meu pescoço.

– Sim senhor...  – Respondi baixo. – Conheci em outro caso. Facilitei que ele se livrasse de uma acusação leve em troca de informações de lá. Achei que poderia ser útil um dia, e estava certa. – Inventei nervosa. Eu nunca faria uma coisa dessas, porém era o que os outros policiais faziam. E o próprio Capitão Miles com seu senso ligeiramente torto aprovava. Os fins justificavam os meios, segundo ele.

Um pequeno e ensurdecedor silêncio.

– Finalmente está mostrando o verdadeiro instinto policial detetive Castillo! – Falou enfim me fazendo voltar a respirar com o elogio. – É assim que um bom policial deve agir. Seguir pistas mesmo que pareça improvável. Buscar um novo ângulo na investigação. E principalmente, ter informantes certos nos lugares certos. – Terminou o pequeno discurso se dirigindo principalmente para Taylor e Fontana. – Estão vendo só? Eu sabia que um pouco de pressão faria bem. – Tomou um pouco dos créditos para si. Como sempre. – Parabéns! Vamos pegar esses desgraçados!

– Obrigada Capitão.

– Ah, e parabéns a detetive Martinez também, afinal, tenho certeza que ela te deu todo apoio para seguir as pistas.

– Claro! – Martinez respondeu num pulo. – O senhor me conhece. Sempre cobrindo minha parceira enquanto ela dividia todos os detalhes dessa investigação comigo. – Respondeu irônica entre os dentes.

– Certo, vamos trabalhar pessoal. Temos uma operação para montar. Vamos fazer hora extra! – A animação do capitão Miles não contagiou a todos, mas certamente eu estava aliviada. Em breve tudo acabaria e Zabdiel estaria livre de qualquer chance de ser preso.

Saí da delegacia esgotada mentalmente, ainda haviam muitas coisas a serem preparadas para que a operação desse certo.

Dirigi sem prestar muita atenção, admito. Tudo que eu queria era tomar um banho quente e foi o que fiz assim que cheguei no apartamento. Tirei as roupas apressadamente e me enfiei na água. Não sei exatamente quanto tempo fiquei ali, imersa em pensamentos, mas sei que demorei.

O interfone tocou, pensei em ignorar, afinal não esperava nada nem ninguém, mas poderia ser o porteiro querendo me entregar alguma encomenda que fiz online, já que quando passei na portaria ele não estava.

– Pronto. – Atendi secando os cabelos na toalha.

– Srta. Castillo, boa noite. O Sr. Zabdiel está aqui em baixo. Pode subir?

– O que? – Indaguei atônita. Eu tinha escutado direito? – Quem?

– Sr. Zabdiel. – O porteiro soltou uma espécie de risada pelo nariz que não entendi. – Ele disse que é um velho amigo da senhora e que a sua reação seria exatamente essa. – Explicou o riso.

Filho da puta. Zabdiel sabia se relacionar com as pessoas muito bem e aposto que havia conquistado a simpatia do porteiro já se antecipando a um possível impasse.

– Ah... – Demorei meio segundo para me organizar mentalmente e acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. – Sim. É um amigo... Pode deixar ele subir. – Me dei por vencida. O estresse de fazer o porteiro expulsar Zabdiel dali seria pior.

– Ok. Bom papo para vocês. Tenho certeza que tem muito o que conversar.

O coitado do porteiro não tinha ideia do quanto estava me torturando com aquela ideia. Desliguei rapidamente e corri para o quarto. Me enfiei na primeira roupa que vi pela frente. Um short de moletom soltinho e uma blusa de alcinha. Parecia mais um pijama, mas não tinha problema. A conversa seria rápida se dependesse de mim.

A campainha tocou. Senti meu coração se agitar no peito. Quando abri Zabdiel me lançou o sorriso mais largo e sem vergonha do mundo.

– Boa noite. – Me cumprimentou apoiando-se no batente da porta.

– Boa noite? Para quem? Primeiro: como descobriu aonde eu moro? – Joguei as perguntas nele com raiva.

– Te segui. – Respondeu mexendo os ombros, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Inclusive, você é uma policial. Não deveria ter notado que um carro estranho te seguia? – Debochou brincando com fogo.

– Vai se foder. – Cuspi as palavras pausadamente e tentei fechar a porta.

Sendo mais rápido Zabdiel segurou a madeira e se colocou para dentro do cômodo, ficando muito próximo de mim.

– Alexia, precisamos conversar. – Usou um tom mais profundo, encarando-me fortemente.

– Eu disse que te daria noticiais depois... – Exasperei cansada. – Depois que prendesse o Sr. Rodrigues...

– Nós temos muito mais para conversar do que a sua operação policial. – Anunciou apertando levemente os olhos e revelando suas intenções. Ele queria conversar sobre nós, como eu temia. – Eu não consigo te entender, Alexia. E isso me deixa louco.

– Bom, entre na fila. Ninguém me entende Zabdiel. Nem eu mesma, para ser sincera. – Respondi sem muita paciência, mas a expressão triste dele me deixou com um gosto amargo na boca. – Desculpe. – Me arrependi da atitude áspera. – Minha cabeça é uma tempestade de coisas agora Zabdiel. Tudo que a gente viveu. O que aconteceu comigo depois que me afastei. O que está acontecendo agora. Quando eu te beijo parece que nada mudou, mas quando eu abro os olhos sei que tudo mudou.

– Então, só me beije. – Zabdiel interrompeu meu discurso confuso puxando meu corpo contra o seu. – Só me beije e pare de pensar.

Pisquei duas ou três vezes, processando aquela fala, aquele pedido e não o neguei. Não consegui.

Beijei Zabdiel com calma, aproveitando a sensação boa de sua língua quente na minha. Beijei Zabdiel com toda a saudade que ainda tenho dentro de mim. Beijei Zabdiel revivendo coisas dentro de mim que achei estarem perdidas. Aquele beijo significava muito. Significava tudo. Não havia como negar. Ele mexia comigo como nenhum outro. Eu ainda amava Zabdiel com a mesma intensidade de anos atrás e queria me agarrar a doce ilusão que ele ainda me amava também.


Notas Finais


A fic nova se chama "The Reason" e é um romance/drama. Quem quiser conferir >> https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-reason-cnco-21269678 << Vou adorar ver vocês por lá me apoiando.
E esse capitulo hein? Gostaram? COMENTEM!
É muito importante para mim a opinião de vocês. Respondo todos com muito carinho.

PLAYLIST DA FIC:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLYoRkZiAoimUWEmBCIApMPSH4As7iwpPJ

Beijokas!


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