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História De Fã para fã - Sinceridade. Arrastar de asas. Euforia.


Escrita por: Idiomatica

Notas do Autor


Oee Apareci denovo!

Eu sei que estou muito atrasada. Mas estou me esforçando e caprichei nesse capítulo viu?
O arquivo com o roteiro da história foi apagado por um vírus, mas encontrei meu caderno de histórias. Intacto! o/

E férias chegando mais cedo? Sim! Sim! Sabe o que isso significa?
Nada! {Zoas :P Eu acredito que consigo me regularizar}

Vou priorizar a qualidade dos capítulos ao invés da quantidade, ok? Dei meu melhor nesse Capítulo :3 Deu um trabalho danado os diálogos em Japa.

Espero que gostem!
Boa Leitura!

Capítulo 10 - Sinceridade. Arrastar de asas. Euforia.




Capítulo 10
 

Takanori descera do quarto. Estava em companhia de Kouyou ─ sentados cada um em uma poltrona ─ em uma daquelas conversas tanto quanto silenciosas. Uma frase isolada vez ou outra quando o menor comentava algo de seu twitter, isto é ele ─ Takanori ─ estava tão compenetrado que acidentalmente estava isolando o amigo com seus próprios pensamentos. A que, ou quem os pensamentos dele se dirigiam? Lana, Konatsu.

Takanori disse tirando os olhos do celular por um pouco:

 ─ Miyavi wa  shigoto ga memagurushii wo iemashita de, koko de ore tachi to issho ni hayaku kuru wo hoshigaru.          
(Miyavi disse que o trabalho está atordoante e quer logo vir aqui conosco)

Ore wa “isogu” tte kare ni itte.  
(Diga a ele que eu disse para apressar-se)

. Kouyou respondeu calmo. Voltou a pensar em como abordar Lana para conseguir uma resposta, do mesmo ponto onde pensava antes.  Konatsu sempre é fria, mas por dentro ela é muito dócil. Ele pensava observando-a discretamente, queria ir até onde elas jogavam tênis de mesa e conversavam, mas antes precisava pensar no que iria falar.

 

Mil vezes busquei palavras
acrescentei e cortei coisas
¹

 

Além do barulho que a bolinha fazia nenhum outro som vinha dali com clareza para Kouyou.

─ Léa. ─ dizia Lana.

Ela, Erisa segurou a bolinha quando está pingou em sua quadra, olhou bem para a morena e indagou:

─ Fiz algo para me chamar pelo meu nome Sta. Konatsu? ─ um fino sorriso brotou no rosto de Léa.

─ Não... ─ sorriu como quem disfarçava uma tristeza ─ Eu estava pensando justamente sobre esses nossos nomes... Sabe?

─ Como assim moça? ─ Léa apoiou a palma da mão sobre a mesa.

─ Nós sonhamos tanto, criando histórias sobre isso acontecer... Agora nossas personagens se tornaram reais.

─ Verdade né... Konatsu. ─ Léa riu, sem perceber onde Lana queria chegar.

 ─ Sim ─ uma risada escapou por algumas frações de segundos ─ Erisa.

 Erisa sacou a bolinha. E elas voltaram a jogar, porém não durou muito.

Taka, hayaku modoru  
(Taka, volto rápido) ─ disse Kouyou levantando-se de súbito da poltrona.

Ele apressou o passo em direção à mesa onde as duas jogavam. Deixou o amigo sem tempo para reação, Takanori só conseguiu concordar atônito. , Perto delas Kouyou diminuiu ligeiramente o passo e chamou Lana.

Kona-chan, hanashite mo ii?  
(Konatsu [forma carinhosa], nós podemos conversar?)

Hanasu ka?        
(Conversar?)

Abaixando o rosto levemente para olhá-la, ele assentiu com a cabeça que sim. Erisa, do outro lado da mesa, sorriu de forma compreensiva e sinalizou com a mão para que pudessem se afastar para conversar. Retiraram-se a um pequeno raio da mesa, ele começou a falar em um precário inglês, mas resolveu falar em seu idioma-mãe.

─ Kona-chan ─ Ele deu um breve suspiro ─ Kyou wa itsumo minna ga okane to suteetasu wo miseru. Itsumo, itsumo.                 
(Hoje as pessoas sempre querem exibir dinheiro ou status. Sempre, sempre)

Compreendendo com certa dificuldade, a mestiça morena concordava com a cabeça.

Nanimo wo motteimasu datte, itsumo suteetasu no hyouji ga ataeru nanika wo sagashiteru.            
(Ainda que não tenham nada demais, sempre procuram algo que lhes proporcione status)

Ela permaneceu em silêncio.

Kimi wa kono ningen no you dewa nai. Kimi ni ore wa juuyou ga omotte ja nai.          
(Você não é esse tipo de pessoa. Eu não tenho importância para você.)

─ Machigatteiru! Watashi ni Kimi wa juuyona jinbutsu.          
(Está errado! Você é uma pessoa importante para mim.)

Kouyou deixou escapar um pequeno riso enquanto sorria de canto. Ele respirou fundo, suspirou e voltou a olhar no fundo dos olhos da morena.

 

Comecemos por ‘eu te amo’
Não importe o quão frio sejamos,
 nós temos um ao outro
nas palmas das mãos do amor. ♪

 

Sou, Ore wa Kimi ni itooshii hito desuka?      
(Então, eu sou para você uma pessoa querida?)

Eu poderia estar corando neste exato momento. Lana pensou consigo. Passou as mãos sobre o rosto fazendo uma pressão sobre as bochechas e os olhos, para disfarçar.

Dou imi* da?      
(Onde quer chegar?) ─ continuavam falando no idioma-mãe do guitarrista.

─ Eu só quero uma resposta. Saber em quem me concentrar, para conhecer melhor.

─ E tem a Isabel. ─ Ela balbuciou quase inconscientemente, porém ele percebeu.

─ Isso. É por isso. Vocês são muito parecidas, mas ─ ele fez uma pequena pausa ─ de alguma forma ainda parecem opostas. Você é mais gentil.

Gentil? Ele está falando sério? Sempre sou fria, corto as pessoas, e sou gentil? Pensou ela, rapidamente.

─ Você é mais delicada que ela... ─ e ele se manteve em silêncio.

─ Sou mais comportada que ela. ─ Disse com um ligeiro veneno em suas palavras.

Ele riu, não tinha como não concordar depois de Isabel colocar a mão dele sobre seu “coração” usando um decote. Ele impediu que um pequeno amontoado de fios que insistiam em querem cair sobre o rosto dela caísse.

─ Todos os mistérios que você faz, Kona-chan, todos eles me intrigam. Você é tão quieta e ─ pausou quase rindo ─ e tão fria comigo, mas com a May e a Erisa, principalmente com a May, é diferente. ─ outra pausa ─ Você deve imaginar porque estou falando primeiro com você. E eu tenho 32 anos nas costas, apesar de tudo.

─ A nossa diferença de idade é gritante.

Ela falou acidentalmente com uma voz seca. Ela acomodou seu peso e olhou para algum lugar abaixo. Voltou a falar:

 ─ É estranho pensar que até um tempo atrás eu ficava fantasiando se isso um dia aconteceria ou como aconteceria. Agora estou aqui, você interessado em mim... Minha personagem se tornou real.

Lana conseguiu fitá-lo por um breve momento olhando no fundo dos olhos, soltou uma sombra de sorriso, o qual se desmanchou no som de apesar, enquanto ela continuava.

Apesar disso, tão rápido. Você me parece tão estranho. Não consigo fingir que estou à vontade. Não quero isso para mim.

─ O quê?

Kouyou balbuciou surpreso e confuso ao mesmo tempo. Inconscientemente repetiu as palavras dela, passavam lentas em sua mente. Não entendeu se a resposta dela fora um sim ou um não. De qualquer forma, lhe quebrava as esperanças de qualquer jeito.

─ Tem certeza disso? ─ perguntou entrecortado

─ Eu te amo ainda mais agora que sei que as coisas que li sobre você são reais. Mas viver tudo que sempre imaginei ─ uma pausa sofrida, ela fechou os olhos com força ─ Não me desce. É estranho demais para mim. ─ mais uma pequena pausa ─ Por enquanto pelo menos.

Kouyou levou uma das mãos aos olhos e pressionou-os, respirou fundo e suspirou. Ele ficou um pouco confuso, porém resolveu deixar para terminar de esclarecer em alguma outra vez. Desculpou-se com um sorriso fraco esperando ela dar alguns passos, só então ele seguiu na mesma direção onde Isabel e Léa estavam.

Um espaço grande formava a área da sala de vídeo, de descanso e de jogos. A de vídeo era reservada para simular um cinema e um sofá no formato de uma letra L separava a sala de descanso da de jogos. Lana se dirigiu a sala de vídeo sentou-se em um sofá que encontrava-se desocupado, reclinou-se e deitou-se.

Léa e Isabel tinham encontrado um assunto de comum interesse, e devagar uma conversa tinha surgido. Da forma que Lana chegou, ela interrompeu sua com versa com Isa , pediu para que aguardasse e foi em direção a que estava deitada, sem ânimo algum.

─ Konatsu?

─ Oi. ─ respondeu ela com toda a delicadeza de uma pessoa estressada.

─ O quê foi? ─ Léa já imaginava o pior que Kouyou poderia ter dito.0

─ Kouyou, Uruha, Guitarrista que não é o da tya Stella. ─ respondeu  em tom que desconversava.

─ Ah, bem... Você não que falar?

─ Sinceramente... ─ ela fez uma pausa longa e desencostou a cabeça do sofá para falar ─ Não.

─ Okay ─ Disse ela com um pequeno afago em seu braço. Erisa era bondosa mesmo que não tivesse muita intimidade com uma pessoa. ─ Melhoras ─ desejou e saiu.

Havia a possibilidade que de longe Isabel tivesse escutado que o motivo de seu desânimo era o gritarrista Kouyou, porém Léa não quis acreditar que ela seria maldosa a ponto de dar em cima dele apenas porque Lana estava mal. Apesar disso, ao olhar para o sofá onde antes estava sentada falando com Isabel, agora ela gesticulava para que o guitarrista sentasse ao seu lado. A  televisão de grande porte que antes estava desligada, agora encontrava-se ligada, aparentemente no único canal que falava português brasileiro da rede de canais.

Kouyou estava de pé, atrás do sofá onde Isabel estava. Ela acariciou o lugar ao lado dela para que ele se sentasse.

─ Kouyou-san! Sit here please, a little bit more and the movie will begin.          
( Kouyou! Por favor sente-se aqui. Um pouquinho mais e o filme vai começar.)

Isabel falava em um tom levemente doce e manhoso no final. Terminou sorrindo e as covinhas criadas pelos seus piercings deram um ar fofo.  Ele olhou-a e olhou em direção a Lana, deitada com os olhos cobertos pelo antebraço. Seu olhar cruzou com o de Léa, ela segurava o antebraço, séria até então, com o cruzar de olhares ela deu um leve sorriso e deu meia volta em direção ao vocalista fora daquela sala. Kouyou manteve o olhar por mais umas frações de segundo em Lana, então Isabel o puxou pelo antrebraço e ele sentou-se ao lado dela.

A televisão falava sobre um desfile de moda japonesa no Brasil, e o guitarrista não entendia nada do que a voz feminina dizia. Aquilo o interessou levemente e ele apoiou a mão no assento ao lado, com o olhar fixo na tela. Isabel mantinha um leve sorriso, olhou para a tela e para ele. Ela estava à frente de onde a mão dele apoiava-se, achegou-se quase se encostando a ele e depois se debruçou sobre os joelhos para mirar a tela. Qualquer desavisado que entrasse na sala pensaria que Lana adormeceu ao ser vela de um casal.

 

≾≿

Entre escolher de permanecer na sala de vídeo ou ir até o vocalista, Léa calculou mentalmente as possíveis conseqüências de cada escolha. O Takanori pode até pensar que estou gamada nele se eu for até lá. Mas, ainda é melhor do que ficar aqui. Eu ficaria encarando a Isabel dar em cima do Kouyou. Isso não iria prestar.

Takanori estava sentado em um par de poltronas, as quais estavam inclinadas em uma angulação que as deixava quase uma de frente para a outra. Um meio termo entre os sofás da sala de descanso e a mesa de sinuca da sala de jogos. Léa sentou-se ali e permaneceu silenciosa apenas observando Takanori vislumbrar o celular deitado no encosto com o tornozelo cruzado sobre o joelho. Pouco mais de um minuto para que o vocalista mirasse o olhar para ela.

Erisa Miru yo! Yatta nanika omoshiroi ga Kimi ni miseru.
(Erisa olhe! Finalmente algo interessante para te mostrar)

Ela teve um leve pico de alegria ao perceber que Takanori buscava algo interessante para mostrar para ela. Ele dizia sobre uma coisa qualquer a respeito dos shows. No que Takanori contorceu-se para aproximar o celular dela, ele bateu a mão no chapéu que usava e este caiu no chão atrás de ambos. O cabelo dele revelou-se levemente bagunçado pelo chapéu, porém continuava charmoso com os óculos escuros que ele usava. Até o tempo dele levantar para pegar o chapéu Erisa já o tinha feito, ela comentou algo sobre a quantidade de chapéus diferentes.

─  Takusan o motte. Shuushuu* desu.   
(Tenho muitos. Uma coleção.)

─ Eh? Shuushuu? ─ Ele está falando do que? Chuchu e abobrinha?Pensou Léa.

Ah, imi wa colection.     
(Ah, o significado é coleção.) ─ Os dois riram um pouco.

Daí o charmoso vocalista tentou fazer o convite mais interessante usando um tom de voz sedutor. Convidou-a para ir ao seu quarto para ver e experimentar a tal coleção. Ela pensou um pouco, mas acabou aceitando.

Sem nem sequer avisar os dois desceram as escadas rumo à recepção e tomaram o elevador rumo ao quarto de Takanori. Giselle aguardava o elevador quando outra pessoa desceu em seu andar, ela pôde ver Léa ali, mas só teve tempo de dar um sorriso malicioso para ela sem se importar se o outro veria ou não. Tomaria o elevador para descer quando voltasse àquele andar novamente. Antes de entrar no quarto, o cachorrinho de Ruki já sentira o cheiro do dono e começou a latir.

─ Hello Koron. ─ Disse apenas. Destravou a porta e entrou no quarto.

O pequeno cachorrinho latia eufórico para o dono. Este o afagou por algum tempo e só então ele implicou com a existência da mulher. Alguns latidos com Takanori rindo e logo ele mandou Koron se calar. Léa levantou as mãos rendendo-se para o cachorro, ele calou-se e foi aos pés do dono o qual tomou um maço de cigarros do bolso e acendeu enquanto ela ficava parada. Ele sorriu de canto e indicou onde ficavam seus chapéus.

Sono doa wo hiraku koto ga dekiru.  
(Pode abrir essa porta) ─ Ele indicava para o armário.

Ali havia uma mala, ela ajoelhou-se e olhou para trás. Ele acenou com a cabeça com o cigarro na boca. Ao abrir a bolsa viu cerca de oito chapéus  encaixados um sobre o outro em duas pilhas, cada uma em um suporte apropriado.

Sukinakoto o kokoromiru koto ga dekimasu.
(Pode experimentar o que quiser.)

Léa sorriu e começou a se divertir.

 

≾≿

Giselle tomou o elevador quanto este parou novamente em seu andar, porém agora estava vazio. Foi meio a esmo buscando os demais, passou pela sala de refeições sem muitas esperanças de encontrar alguém, a recepção também não lhe tinha ninguém familiar então por fim subiu ao mesanino dando de cara com o par de poltronas onde antes estavam sentados Léa e Takanori. De um lado na sala de descanso duas crianças brincavam em um tablet enquanto uma bela mulher jovem lia uma revista sabe-se lá de que. A Parte de jogos estava vazia. Dentre os sons que vinham da sala de vídeo ela ouviu a familiar voz de Isabel, disputando com a da televisão.

A porta da sala de vídeo estava encostada então ela entrou. Giselle esperava encontrar todos ali, com exceção dos dois que vira no elevador. Porém dos três sofás que se encontravam dispostos em um meio círculo, somente um a esquerda da sala encontrava-se ocupado. Isabel aparentemente traduzia para Kouyou o que a voz feminina da reportagem dizia, em meio a toda escuridão do ambiente.

Minna wa doko?  
(Onde está o pessoal?)

Isabel fez uma cara de desgosto por não saber falar Japonês e o guitarrista respondeu. Stella e Aoi nos quartos, Kai e Valquíria tinham saído e ele não via Akira há muito tempo. Pelo que ele sabia, o líder da banda, Kai, estava com Valquíria; e foi isso que Giselle entendeu. Na realidade ele estava em um compromisso discutindo com Hiroito um assusto em nada agradável. Enquanto Valquíria estava em um táxi em direção a casa de Akira, junto dele.

Sou da? Magazin o yomu. Jya.           
(É mesmo? Vou ler uma revista. Até.)

Giselle não escondeu sua decepção, apesar de estar tranqüila por pensar que Akira estaria sozinho. Não lhe ocorreu confirmar se isso era verdade. Ela deu meia volta e foi a sala de descanso ler alguma coisa.

 

 

≾≿

Sou... sanpou ni ikimashou ka?          
(
Então... Não quer dar uma volta?) ─ Akira convidava Valquíria para um passeio nas redondezas em seu Mustang envenenado, sobre o qual debruçava-lhe as mãos. ─ Eu vim mais para buscar o carro, mas aqui nas redondezas se pode curtir a velocidade... ─ Ele continuava a dizer em japonês.

─ Acho melhor não... ─ dizia Val pensativa. ─ Talvez pegar um caminho mais longo... Não sei. ─ fez uma pequena pausa ─ Se dermos uma volta, chegaremos muito tarde ao hotel, eu acho. 

Quando ele fez menção de falar, o celular dela tocou. Do outro lado da linha falava Ster, pedindo socorro pois o taxi em que estava tinha quebrado e ela não entendia as placas de onde estava para chamar um outro táxi. Val tampou o telefone e falou com Akira se tudo bem resgatá-las. Estava ótimo para ele, ela sorriu de canto e ele foi abrir o portão para partirem para o resgate.

─ Ster, onde vocês estão mesmo? ─ perguntou Val ─ Nós já vamos!

Tereza ─ Ster, como ela a chamava ─ indicou que era no meio da avenida mais próxima do aeroporto. O relógio já devia marcar algo como 19h. No caminho até lá Val explicou como pôde em japonês para Akira quem eram elas e sobre tudo de como elas tiveram acesso ao camarim no dia do Show no Brasil, meses antes.

Do outro lado da linha, após desligar, Ster falava com sua amiga Fátima.

─ Ela disse que já estão vindo.

─ Plural? Ela e mais quem? ─ perguntou Fátima, arqueava as sobrancelhas estranhando.

─ Então... Estava pensando nisso agora... ─ Ster cutucava a própria bochecha, pensativa enquanto mexia no celular. ─ Quer ouvir uma música?

─ Pode ser. Enquanto a gente espera.

As duas encostaram-se ao táxi agora parado. O motorista japonês escutava a radio em uma música tranquilizadora enquanto ele lia o jornal sobre a luz do interior  carro.

 

≾≿

Cerca de meia hora se passou até um Mustang vermelho encostar do outro lado da avenida onde o táxi com as duas amigas de Valquíria parara. Ela pediu para que o baixista aguardasse enquanto ia chamá-las. Nem Tereza nem Fátima perceberam a aproximação, somente quando Val chamou-as alguns passos de distância.

─ Demorou mais chegou, ta? ─ disse com a voz um pouco mais alta, bem sabia ela que as duas escutavam bem alto a música nos fones.

Fátima olhou antes e demorou um pouco a reagir. Já Ster tirou os fones e de pronto saiu correndo em direção a amiga.

─ Ah! Há quanto tempo não te vejo Val! ─ abraçou-a.

─ Estava com saudades Val! ─ Fátima veio devagar e se juntou ao abraço na lateral do táxi, onde estavam fora de perigo de serem atropeladas.

─ Digo o mesmo de vocês. ─ ela sorria efusiva.

─ Onde está seu táxi? ─ perguntou Ster olhando ao redor.

Dois carros passaram de um lado e três do outro lado da avenida, e o único parado era um mustang vermelho com o pisca alerta ligado.

─ Você tem um mustang Val? ─ indagou Fátima seguindo o olhar de Ster.

─ Então, aí está uma surpresa. Apenas me sigam.

As duas se entreolharam antes de seguir. Tudo que podiam distinguir dentro do mustang era um vulto e nada mais. Valquíria entrou do lado do passageiro, que ficava para a calçada, Fátima iria entrar atrás do mesmo lado e Ster do outro.

Ao entrar a silueta pareceu familiar para Fátima. Os cabelos pretos escorridos dela caíram sobre a vista quando sua cabeça pendeu para o lado, incrédula. A silueta tinha cabelos loiros familiares e usava uma bandana preta cobrindo-lhe do nariz para baixo. Usava óculos escuros.

─ Akira, watashi no tomodatchi Fati-chan.        
(Akira, minha amiga Fati [forma carinhosa])

O baixista virou-se para trás. Por debaixo da bandana ele ria e era possível perceber isso pelos seus olhos. Ele resmungou em sua língua materna que não deveria fazer isso e tirou os óculos escuros. Era estranho vê-lo sem a maquiagem forte que cobria seus olhos, mas Fátima estava eufórica demais para perceber isso.

Hello. Hajimemashite. 
(Olá. Muito prazer.)

Fátima tentou respirar fundo uma, duas vezes. Sem sucesso. Tentou falar algo. Bateu a mão onde se abria a porta e quase caiu para fora. Gritou para aliviar aquela euforia. Val abriu a porta do carro para ver, ria e ria. Junto com os outros dois.

─ Val!? Fátima o que foi? ─ Ster dizia sem entender, pois não memorizara bem o rosto dos integrantes da banda. Apenas ria com a reação da outra.

─ Valquíria! Você quer me matar do coração? ─ Ela deu outro grito menor. Entrou novamente no carro. ─ Me desculpe, Reita-sama ─ Dizia ofegante. ─ Eu posso te tocar?

Ele riu um pouco e estendeu o braço. Ao tocá-lo ela respirou fundo. Ster e Val continuavam a rir. Depois Aira juntou-se aos risos, porém contido.

─ Valquíria estou te devendo um favor eterno.

O baixista deu partida no carro rumo ao mesmo hotel onde estavam hospedados.

 


Notas Finais


3.400 palavras está bom?
Gostaram? Me esforcei :3 ( E eu já disse isso)

*ShuuShuu = Palavra estranha né? Fiquei rindo sozinha quando procurei no dicionário.
Primeiro trecho ¹ Do poema "O Bilhete" - Elias José

A música utilizada foi: "'Aishiteiru' Kara Hajimeyou" - Miyavi

Desculpem-me eventuais erros. Até o próximo Sábado. :*


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