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História De Joelhos (Malec) - Ninguém precisa se machucar


Escrita por: coracoesvazios

Notas do Autor


Bom dia, gente maravilhosa ❤️

Capítulo 39 - Ninguém precisa se machucar


Fanfic / Fanfiction De Joelhos (Malec) - Ninguém precisa se machucar

ALEC

Valentim escolheu uma sala de chá popular para nosso encontro, o que foi bom. Eu conhecia o lugar e sabia que tinha pelo menos três saídas diferentes se precisasse delas.

Como esperado, a maior parte da tripulação estava lá, agrupada em diferentes mesas. Valentim estava sentado sozinho, no centro, comendo um bolo e bebendo seu chá como um maldito rei. 

Eu estava prestes a entrar quando meu celular tocou.

Era Clary.

Franzindo a testa, dei um passo para trás, fora da vista da frente janela e atendi.

— Eu tenho algo. — disse Clary, quase sem fôlego. O som de sua voz fez o cabelo da minha nuca se arrepiar.

— O que é?

— É seguro falar?

Eu dei outro passo para longe da porta, virando as costas no caso de alguém sair.  

— Fala logo, mulher!

— Jonathan. — Eu podia ouvir o tremor em sua voz, mesmo pelo telefone. — Ele está planejando algo. Algo grande.

— Como você sabe?

 

— Ele se encontrou com Imasu, Kolya e Hodge. Eu os ouvi dizer "lobo". Só pode ser você, Alec. Eu não ouvi o quê exatamente, mas eles carregaram armas e foram embora.

Verifiquei meu relógio antes de lançar um olhar cauteloso para dentro do restaurante. Nenhum desses quatro estava na comitiva de Valentim. Isso não poderia ser bom.

Jace me viu pela janela e franziu a testa, uma pergunta silenciosa em seu rosto.

— Quando? — Eu perguntei, virando as costas para ele.

— Agora mesmo. Liguei para você imediatamente.

Se eles estavam vindo para me emboscar, eu tinha pelo menos vinte minutos para eles chegarem aqui do armazém. Teria que ser uma reunião curta, então.

— Não conte a ninguém que falamos. — eu disse antes de desligar.

Exalando uma respiração firme, estalei meu pescoço e entrei no salão de chá como se nada tivesse acontecido.  

O olhar de Jace me seguiu por todo o caminho, uma dúzia de perguntas silenciosas flutuando no ar como fumaça.

— Alec. — Valentim disse com um sorriso, apontando para o assento ao lado dele. — Boas notícias, espero?

Me apoiando na beirada da cadeira, a empurrei para trás, me dando uma visão melhor da porta da frente e da cozinha.  

— Onde está Jonathan?

Valentim riu.  

— Ah, está com suas putas, cheirando uma montanha de cocaína, imagino. É por isso que você está aqui discutindo negócios em vez dele.

Eu não estava com vontade de ser lisonjeado. Era atípico de Valentim e uma perda do meu tempo.  

— Quando Jonathan propôs essa ideia, você sabia de quem era aquele cofre?

Valentim piscou, ou pela minha brusquidão ou pela pergunta.  

— Porquê?

— Porque pertence a Rhysand Archeron. — Observei sua expressão com cuidado. Ele não demonstrou nada, exceto, talvez, aborrecimento. — E não havia esmeraldas, como você disse. Era informação... sobre todos nós.

— Você conseguiu?

— Consegui o quê? — Eu inclinei minha cabeça para ele.

Um lampejo de irritação cruzou seu rosto, enrugando os canto de seus olhos. 

— O pendrive.

Meu estômago se contorceu em nós. Pedaço de merda mentiroso... 

— Eu nunca disse nada sobre um pendrive.

Ele riu novamente e estendeu as mãos.  

— Você disse que eram informações, Alec. O que mais poderia ser? Polaroids como nos velhos tempos? Se acalme. 

Lancei um olhar para Jace.  

Ele estava na mesa ao lado, sentado reto como uma tábua, seu dedo indicador batendo na toalha branca enquanto nos observava.  

Além de Magnus, ele era a única outra pessoa que sabia que eu tinha o pendrive. 

O que foi que Azriel disse ontem à noite? “Sinto cheiro de traição no ar.”

— Então você o conseguiu? — Valentim pediu novamente.

— Claro. — eu respondi, tentando manter o rosnado fora da minha voz.

— Onde está, então?

— Não aqui.

Valentim ergueu as sobrancelhas, momentaneamente atordoado.

— Por que não?

 

— Eu pareço um idiota pra você? — Eu atirei de volta. — Meu pagamento acabou de triplicar. Entre limpar depois da merda que Jonathan fez e trair Rhysand, esse trabalho vale mais do que o preço original.

— Exceto que você fodeu tudo também. Você deixou o refém escapar.

— Eu peguei a chave e matei o garoto. Ao contrário da porra do seu sobrinho, eu mantenho minha palavra.

Valentim estava prestes a responder quando um carro preto parou na frente do salão de chá e estacionou, interrompendo nossa conversa.  

Quando a porta do passageiro abriu, Azriel saiu. Abotoando o paletó cor de vinho enquanto caminhava, seu olhar encontrou o meu pela janela da frente. 

Arqueando uma sobrancelha, eu juro que houve um sorriso antes de ele abrir a porta e caminhar até a mesa de Valentim.

 

— Valentim. — Azriel disse com nada de sua simpatia habitual. Ele não esperou pelo reconhecimento de Valentim antes de se virar para mim. — E você é?

Me levantei lentamente, oferecendo minha mão e mascarando minha confusão atrás de uma carranca.  

 Alexander Lightwood.

 

— O Lobo de Yakutsk em carne e osso. — Azriel sorriu e apertou minha mão com firmeza, como se ainda não nos conhecêssemos. — Azriel Venuste.

Valentim também estava de pé, estendendo a mão.  

— É bom ver você de novo, Azriel.

Azriel olhou para a mão de Valentim e se sentou sem tocá-la.  

— É Sr. Venuste para você. Sente-se.

Você poderia ter ouvido um alfinete cair.

Retomando seu assento, Valentim manteve a cabeça erguida, apesar do profundo insulto.

Pedindo licença, me virei para sair, mas Azriel colocou a mão no meu antebraço.  

— Não, Alec. Fique. Eu não vou demorar.

Olhei para Valentim enquanto me abaixava de volta na cadeira. Seu sorriso parecia mais uma careta. 

Tenho certeza de que ele já estava pensando em maneiras de Azriel ter um terrível “acidente” nas próximas semanas. E pelo olhar desconfiado que ele me deu, tenho certeza de que eu também estava na lista.

Cruzando as mãos sobre a mesa, Azriel olhou para o homem à sua frente por um momento. O silêncio continuou até que ele finalmente falou.  

— Rhysand sentiu sua falta na reunião ontem à noite.

Valentim ficou tenso.  

— Em tão pouco tempo, é difícil fugir de compromissos anteriores.

— Quando Rhysand liga, você atende. Se você não pode fazer isso, então para que serve você como capitão?

— Eu sou um fiel e...

Azriel levantou a mão, o cortando.  

— Fomos traídos, Valentim. Alguém pegou algo de Rhysand, algo muito importante. Fui encarregado de recuperá-lo.

Imaginei o pendrive, escondido em um lugar que só eu conhecia. Os homens de Rhysand estiveram perto de encontrá-lo uma vez antes, o que me levou a acreditar que Magnus estava certo. Só era rastreável quando estava conectado, caso contrário eles já o teriam caçado.

— Quem?  Valentim perguntou, surpreendentemente convincente em sua descrença. — Quem ousaria fazer uma coisa dessas?

— Isso é o que eu vou descobrir. E quando o fizer, não serei muito agradável para ele. Eu te prometo isso. — Azriel se virou para mim, uma sobrancelha arqueada. — Você não ouviu nada, ouviu, Lobo?

Eu balancei minha cabeça lentamente, mantendo meus dentes cerrados.

 Se certifique de me avisar se você ouvir alguma coisa. — Azriel se levantou abruptamente e abotoou sua jaqueta novamente. — Vou embora.

Valentim estava de pé em um piscar de olhos.  

— É isso?

Azriel o ignorou e continuou andando.

Olhei para o meu relógio. Os vinte minutos terminaram. 

Eu não queria ser “previsível” como Jonathan disse e sair pela porta da frente em uma emboscada. Mas, novamente, eu quase nunca usei a mesma porta duas vezes, o que significava que ele provavelmente estava instalado nos fundos, esperando por mim no beco. Além disso, sair com Azriel me dava um escudo humano muito poderoso.

Olhando para cima e para baixo na rua, abri a porta para Azriel.

Ele passou e parou na calçada enquanto seu motorista dava a volta na traseira do SUV para abrir a porta do passageiro traseiro.

— Você sabe que Valentim terá mais perguntas agora. — eu disse.

Azriel sorriu, um sorriso brilhante e juvenil completo com uma covinha. 

— Onde está o pendrive, Alec?

Pisquei, fingindo surpresa.  

— O quê?

— O pendrive de Rhysand. Cadê? — O sorriso nunca deixou seu rosto.

— Eu não sei do que você está falando. — Me certificando de que minha expressão estava tão severa como sempre, me recusei a desviar o olhar primeiro. Eu nem pisquei.

— Rhysand não sabe. Ele não precisa saber. Apenas dê para mim e então está feito. — Azriel esfregou as mãos, como se estivesse tirando o pó delas. — Ninguém precisa se machucar.

— Você não pode me machucar mais do que os outros que tentaram, mas faça o que você deve fazer. — eu respondi alegremente.

Azriel se aproximou, seus olhos se estreitaram no meu ombro antes de pegar algo. Um dos fios de cabelo de Magnus saiu, preso entre os seus dedos.

— Eu não estava falando de você.

O sangue sumiu do meu rosto.

Eu não me incomodei em dizer adeus. Girei nos calcanhares e corri pelo quarteirão para o meu carro.  

Foda-se Jonathan e o que quer que ele estivesse fazendo. Eu tinha que chegar até Magnus antes dos homens de Azriel.


Notas Finais


Me contem tudo ❤️

Obrigado por ler, você é especial ❤️🌻


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