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História De Joelhos (Malec) - Tão, tão estúpido, Alexander!


Escrita por: coracoesvazios

Notas do Autor


Depois desse só faltam 6 capítulos... daqui a 3 dias termina 🥺

Vamos lá ❤️

Capítulo 80 - Tão, tão estúpido, Alexander!


Fanfic / Fanfiction De Joelhos (Malec) - Tão, tão estúpido, Alexander!

MAGNUS

Entre a massiva caça ao homem por Kazimir, e fugir das perguntas da polícia sobre como James tinha acabado com quatro buracos de bala em seu torso, os federais decidiram que era o momento perfeito para fazer sua jogada.

 

Do nada, mamãe me ligou com o pior ataque de pânico até hoje. 

— O FBI está aqui! Magnus, você tem que vir aqui. Agora!

 

Papai deve ter pegado o telefone porque a próxima coisa que eu soube, ele gritou tão alto que eu quase podia sentir a saliva voando para mim. 

— Seu filho da puta! Eu vou te esmagar porra. Você está me ouvindo? Você e seu maldito russo. Assim que meus advogados terminarem isso, eles irão atrás de você! Eu não me importo com quem você é!

 

— Pelo quê? — Eu perguntei, me certificando de manter meu tom leve caso essa merda estivesse sendo gravada. — Não sou eu que sou culpado de fraude de investimento ou de corrupção.

 

 Senhor, precisamos desse celular. — disse outro homem ao fundo.

  

— Acho que o diploma em negócios funcionou para mim, afinal, hein pai? — Pelo volume e pela quantidade de palavrões, eu tinha certeza de que ele tinha me ouvido.

 

 Não! Isso é uma relíquia! — minha mãe gritou ao fundo logo antes da linha ficar muda.

 

Olhei para o telefone por um minuto, tentando imaginar que tipo de caos estava acontecendo na casa dos meus pais.

 

Quando finalmente olhei para cima, Alexander estava me observando com as sobrancelhas levantadas. 

— Quer ir para a casa dos meus pais? — Eu perguntei com um sorriso irônico. — Minha querida mãe está à beira de um colapso.

— Não. — ele respondeu rispidamente, saindo da cama com um suspiro resignado. Eu o observei marchar para o chuveiro, nu, e mordi meu lábio para abafar um ruído apreciativo. — Magnus!

  

— Sim, eu estou indo. — Eu chutei as cobertas e corri atrás dele.

 

Uma hora depois, estávamos no vestíbulo dos meus pais, avaliando os danos. A casa tinha sido claramente revirada, gavetas deixadas entreabertas e papéis aleatórios espalhados pelo chão. Uma cópia do mandado de busca estava sobre a mesa de centro na sala de estar, detalhando tudo o que os federais estavam procurando, o que era muito.

 

Minha mãe estava sentada no sofá, segurando um vaso vermelho e esburacado que custava mais do que o aluguel da casa de Alexander. Ela nem parecia estar ciente da nossa presença até que eu sentei no sofá ao lado dela e tentei erguer a porra do vaso.

 

— Mãe. Você pode colocar o vaso para baixo. Eles foram embora.

 

— Magnus! — Ela me abraçou tão rápido que quase caí para trás. Se Alexander não estivesse ao meu lado, eu provavelmente teria feito isso. — Graças a Deus você está aqui! Veja o que eles fizeram!

 

Ela jogou os braços em volta de mim e começou a soluçar, pingando lágrimas de crocodilo no meu ombro. Bem, talvez fossem reais. Afinal, ela estava vendo sua vida desmoronar diante de seus olhos. Sua imagem pública já estava abalada e agora seu espaço pessoal estava igualmente destruído.

 

— Mãe, o que aconteceu? — Eu perguntei, lançando um olhar para Alexander.

 

Alexander revirou os olhos e foi embora com o vaso, o colocando na lareira com nenhuma gentileza que minha mãe não  teria apreciado se estivesse prestando atenção.

 

— Seu pai foi preso! — Ela se afastou de mim e enxugou os olhos com um lenço. — Primeiro ele foi sequestrado por aquelas pessoas terríveis. Eu dei a eles tudo o que tínhamos para recuperá-lo e agora isso! 

 

Eu roubei um olhar para Alexander, que se virou com a menção de sequestro, arqueando uma sobrancelha para ela.

 

— Por favor, não me diga que ele ainda acha que tivemos algo a ver com isso... — Eu a empurrei para trás suavemente, colocando minha expressão mais preocupada e olhando tristemente para Alexander. 

 

Ela fungou e limpou o nariz antes de responder. 

 

— Acho que ele está projetando. Entre o assalto ao banco e o que você passou. Então o... desacordo... – seus olhos se voltaram para Alexander. – No restaurante. Eu acho que ele está sob muito estresse e ele não sabia o que estava dizendo naquele hospital. Ele até falou com a polícia, mas eles disseram que não valia a pena perseguir, o que quer que isso signifique!

 

A mão de Alexander, que antes estava descansando na lareira, se moveu uma fração de polegada mais perto do vaso. Se ela continuasse falando, eu tinha a sensação de que ele ia estilhacá-lo na parede.

Hora de redirecionar a conversa antes que eu pegasse cacos de seis mil dólares do chão.

 

Dei um tapinha na mão dela, fingindo meu aceno empático. 

— Então por que ele foi preso? Eles disseram?

 

— Oh, Deus, querido. Não me lembro! — Ela me deu um tss e tocou sua testa antes de acenar com a mão em pequenos círculos, como se isso ajudasse a desenterrar a memória. — Fraude! Todo tipo de fraude. Corrupção. E evasão fiscal! Quem eles pensam que ele é? Al Capone? — Quero dizer… foi de onde tirei algumas das minhas ideias, então não era um exagero.

   

Ela olhou para cima novamente, agarrando minha mão com tanta força que realmente doeu. 

— Meu Deus! Levaram tudo! Eu não tenho meu celular, meu computador. Eles nos disseram que nossas contas bancárias estão congeladas. — Uma risada exasperada saiu dela, seguida imediatamente por mais lágrimas. — Não sobrou quase nada nas contas. Eu tive que dar tudo para os sequestradores! Oh, seu pai estava tão bravo, Magnus... Ele me disse que eu nunca deveria ter dado aquele dinheiro a eles e ele estava certo. Olhe para nós agora. Não temos nada!

  

Separei minha mão da dela, a colocando de volta em seu próprio colo com outro pequeno tapinha. 

— Eu sei que este é um momento muito ruim agora... mas você ligou para Milton?

 

— O quê? Não! Porquê? — Seus olhos se arregalaram e ela se inclinou para frente, agarrando meu antebraço.

 

Fingindo uma careta, desviei o olhar. 

— Eu sinto muito. Eu não deveria ter trazido isso à tona.

 

— Me diga! — Ela apertou meu braço, à beira das lágrimas novamente.

 

Voltando meu olhar para o dela, deixei meus ombros caírem, tentando me fazer parecer tão pequeno e triste quanto possível. 

 

— Não sei, mãe. Eu acho que você deve cobrir todas as suas bases. Você não quer ficar na merda junto com ele. Você lembra do que aconteceu com Beth quando o marido dela foi preso por abuso de informações privilegiadas?

 

— O quê?! — Seu queixo caiu quando ela respirou a palavra. — Por que iria... mas eu não fiz nada!

 

— Você é casada, então todos os seus bens são bens conjugais, mãe. Se ele for considerado culpado, como John foi, você perderá tudo. Onde está Beth agora? — Pisquei solenemente, praticamente estremecendo quando disse a resposta. — Indiana…

  

Ela colocou a mão na base de sua garganta, seu peito arfando. Sem dúvida, seu modo de vida estava diminuindo diante de seus olhos, retrocedendo no milho como a pobre Beth. 

Na realidade, eu não tinha ideia de onde diabos a antiga Sra. Randolph estava, mas claramente minha mãe também não.

 

— Mas... — eu disse, desviando o olhar novamente. — Não, não importa. 

 

Alexander estreitou os olhos para mim do outro lado da sala. Ele parecia divertido e preocupado, muito parecido com a noite em que exigiu saber a totalidade do plano. 

Eu não ousei sorrir para ele, mesmo que cada parte de mim quisesse. Alguém deveria me colocar na porra de um Oscar depois dessa performance.

 

— Mas? — Mamãe olhou para cima rapidamente.

 

— Se você pedir o divórcio, você pode pelo menos proteger o que é seu.

— Como?

 

— O acordo pré-nupcial. — eu respondi simplesmente. — Isso garante a você o dinheiro que você trouxe para o casamento. Então você pelo menos tem o que o vovô montou em seu nome. Além disso, vai distanciar você do caso criminal do papai aos olhos das autoridades e da opinião pública.

 

— Mas eu não teria nada.

 

— Não, mãe, você teria a confiança do vovô. E tenho certeza de que todos os seus amigos ajudariam você a se reerguer depois de uma... enorme traição do papai. — Ela se inclinou para trás, olhando para a mesa de café novamente com uma expressão vaga. 

Tenho certeza que era muito para ela processar. As únicas decisões que ela precisava tomar no dia-a-dia eram onde fazer compras ou quais férias elaboradas ela queria tirar sozinha. Qualquer coisa relacionada à casa, ou finanças, ou, você sabe, a mim, foi deixada para meu pai. 

Como ele se foi, tudo caiu em seus ombros delicados.

 

Depois que ela refletiu sobre isso pelo que pareceu uma eternidade, ela olhou para cima, determinação escrita em seu rosto. 

— Você pode ligar para Milton para mim?

 

Um sorriso começou a puxar minha boca até que eu o forcei ir embora, tirando meu telefone do bolso. 

— Claro, mãe. E não se preocupe. Eu vou ajudá-la com isso da maneira que puder.

 

Do outro lado da sala, Alexander bufou e desapareceu de vista.

🌻🌻🌻 

Horas depois, Alexander e eu finalmente saímos da casa da minha mãe com promessas de ligar mais tarde. 

Mamãe e Milton, o fiel advogado da família, se despediram de nós e retornaram à sua tarefa – revisar os documentos legais e preparar toda a papelada que seria necessária para o divórcio pendente. 

Até Milton concordou que ela precisava agir rapidamente para preservar seus “interesses”, ou seja, seus honorários exorbitantes.

 

— Estou simultaneamente impressionado e um pouco assustado com você agora. — disse Alexander quando saímos da garagem e nos dirigimos para casa. — Eu não sabia que você podia mentir tão bem.

 

Estendi a mão e apertei sua coxa.

— Acho que estou lisonjeado...?

 

— Você deveria estar. Não há muitas coisas que me assustam. — Ele se inclinou e me beijou rapidamente enquanto o sinal ficava vermelho.

 

— Gostaria de poder dizer o mesmo. — murmurei, deixando minha cabeça cair para trás contra o encosto de cabeça.

 

Ele me lançou um olhar com o canto do olho. 

— Você está preocupado com Kazimir?

 

— Sim... entre mil outras coisas.

— Bem, não esteja.

 

— Sim, fácil para você dizer.

 

— Isso vai acabar amanhã. — O sinal ficou verde novamente e sua atenção voltou para a estrada.

 

O cabelo da minha nuca se arrepiou com a certeza em sua voz. 

— Como você sabe disso?

 

— Porque eu recebi uma mensagem de Kazimir mais cedo, quando você estava lidando com sua mãe.

 

— E…? — Isso não era bom. Nada bom. Isso significava que Alexander estava planejando fazer algo estúpido. Ou perigoso. Ou perigosamente estúpido. 

 

— Eu disse a ele para me encontrar amanhã. — A cabeça de Alexander virou para mim, seu aperto no volante ficou mais forte. — E eu vou dar a ele o que ele quer.

 

Estúpido! Tão, tão estúpido, Alexander!

 

Engoli minha ansiedade e tentei manter minha voz neutra. 

— Não é você o que ele quer?

 

— Vou dar a ele algo melhor. — Seu queixo se ergueu em desafio natural quando ele respondeu. — A filha dele.


Notas Finais


E esse Magnus meio criminoso manipulador? Até o Alec ficou com medo kkkk

Obrigado por ler, você é especial ❤️🌻


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