História De Longe - Hora da Revanche

30 de Abril, 2017

Cá estamos! Último dia do mês! O tempo realmente não espera ninguém! E ainda por cima, um domingo... Pra resumir o que aconteceu na minha VIDA nessas semanas (sim, porque quatro semanas rendem coisas demais), eu diria que... nada de interessante (mas como minha vida é uma prostituição, então NÃO...). Só tirando o fato de que estou me relacionando bem com aquela garota, por mais que seja inacreditável. Mas acho que ela prefere minha irmã, whatever né...

[10:30]

Peraí... eu disse domingo? Sim, e acabei de acordar, finalmente... depois de toda a sofrência pra descobrir o nome daquela... pessoa de bom coração (só que não). Como em todos os dias, meu primeiro movimemto é: braço esquerdo um pouco para baixo para pegar meu mari... quer dizer... celular! E vejo aquele luz idiota piscando sem parar, na moral, quem quer que seja o ser humano que criou essa luz, se eu encontrar, vou mandá-lo à merda na mesma hora, porque meu senhor... o bagulho não para enquanto você não dar uma olhada, é tipo um anti-vácuo, porque eu sempre acabo vendo só pra que essa luz pare de me irritar. Mas, como de se esperar... KATLEN. Pego meu celular e vejo: "Oi princesa, vai sair hj?". Hã? Princesa? Algo de errado não está certo! Imediatamente respondo: "Vou não baranga, porquê?". Aí 2 segundos depois: "Vamos no parque ent, chama sua amg lá.". Puta que pariu! Primeiro, odeio pessoas que ficam abreviando essas palavras, e segundo, ela falou pra mim chamar a Kate? Lá vai eu: " Até onde eu sei, você e Kate não são próximas.". Ela nem responde... resolvo falar que vou chamar, se não nunca mais ela fala comigo, não posso discordar dela nem à distância.

[13:00]

Já no parque, eu, Katlen e minha irmã esperamos por Kate. Acho que ela só vem mesmo pra ver minha irmã, porque ela nunca olha pra gente quando ela está por perto. Mesmo assim, gosto dela, e acho ela bem carismática. Estávamos lanchando numa lanchonete (dã...), que tinha ali perto.

-- E aí.-- Ela chega.

"E aí"??? Tô muito mal acostumada com essa louca.

-- Acho que um "olá" fica melhor, não? -- Brinco. Nós quatro rimos.

-- Vão ficar me olhando mesmo? Vocês me convidaram, e convidados só ganham, amigas. -- Ela diz, vendo a gente comer.

-- Que folga, heim? A gente devia fingir que nem te viu. -- Vez da Katlen.

-- Daqui a pouco vocês passam a mão no bolso e só vão sentir a bunda mole de vocês. E aí?

-- Nossa... Você sendo você né, vai logo lá. -- Entrego o dinheiro pra ela.

Depois disso, a gente conversa e conversa, vamos para o parque. Kate já rouba a Joyce de mim e vai brincar com ela, e eu e Katlen ficamos olhando a diversão das duas.

-- Hum... Ciúmes? -- Katlen pergunta, vendo que eu olho para as duas sem parar.

-- Ciúmes? Hahaha... só gosto de ver essas duas mesmo. E também acho que Kate merece depois do que sofreu.

-- Você têm dado bola demais para essa garota.

-- Talvez, a ciumenta aqui seja você. -- Meto logo de cara.

-- Eu?? Qual é, vocês duas tem conversado nessa semana mais do que eu e você conversamos em um mês!

-- Só mais uma prova de que ela está me dando mais atenção que você. -- Outra bomba.

-- Affs, garota. -- Calo a boca dela.

Sou muito franca nas horas que sou provocada, creio que herdei isso da minha família, com um dedinho de Kate também, ela têm me ensinado uns truques pra não aceitar desaforo.

[17:30]

Tempo passou, e e Katlen já até fomos ao shopping pra matar o tempo, e quando eu volto Kate e Joyce ainda estão lá, se divertindo. Tô vendo que a Lara vai ter que sair pro jogo, porque desde que minha irmã conheceu ela, eu nunca mais ouvi ela falar da nossa prima.

-- Se divertiram? -- Chego e pergunto.

-- Muito! -- Joyce.

-- Acho que ela já disse tudo. -- Kate, como sempre fugindo dos assuntos.

-- Então, vamos embora?

-- Ah não... Só mais um pouco. -- Joyce, denovo.

Resolvo deixar ela brincando enquanto bato um papo com a Kate.

-- Parece que vocês duas se amarraram mesmo. -- Digo.

-- Gosto dela. Muito fofa e engraçada. -- Hã? Essas palavras existem no dicionário tosco dela?

-- Katlen se mandou, acho que ela tá sentindo ciúmes da gente.

-- Eu e você? Então ela tem problemas. -- Ela não se decide. Uma hora: Legalzinha, outra hora: Chata...

-- Acho que você prefere minha irmã mesmo.

-- Sem dúvidas. Não te desprezo, mas sua irmã me encantou mais.

-- Você devia gostar muito da sua, né?

-- Eu não gostava dela, eu a amava. Ela era que nem a sua, simpática... alegre... com uma vida cheia de sonhos, mas infelizmente nós não podemos escolher quem fica. -- Durona mas dramática. Quase me arranca uma lágrima.

-- No fundo, você tem um coração.

-- Eu tenho lições de vida, isso sim. Dê valor a ela.

Não ouço palavras assim, desde... nunca. Realmente, ela têm me conquistado cada vez mais, todas essas surpresas que ela faz, são incríveis.

[18:20]

Enfim, quase chegando em casa, ainda no ônibus, Nós duas conversamos enquanto Joyce cochila no banco ds frente, seria uma surpresa se não estivesse cansada!

-- Foi muito legal, hoje. Valeu pela Joyce também. -- Digo.

-- Digo o mesmo, há muito tempo não me divertia assim. -- Denovo, em tom de drama.

Nossa parada chegando, acordo minha irmã e nos preparamos pra descer. Mas como eu disse que toda hora Kate surpreende, lá vem mais uma:

-- Espera, não desçam! -- Ela barra a gente

-- E agora, o que foi? -- Pergunto.

-- Motorista, não pare na próxima! -- Ela grita. Olhando fixamente para fora da janela.

-- E porquê não? -- Pergunto, denovo...

-- Pare de perguntar! Você parece uma vitrola quebrada, só fala a mesma coisa!

Sem entender nada. Resolvo esperar pra ver.

-- Vocês vão pra minha casa hoje. -- Ela diz.

Peraí... ela disse isso mesmo? Meu senhor, com quem estou lidando?!?

-- E porquê? -- Eu, claro.

-- Pelo amor de Deus, me diz que você não me perguntou isso denovo!! Vocês vão e pronto!

Se essa garota acha que vai me tratar como quiser... que ela se prepare!

Chegamos, não sei onde, mas chegamos. Só tem ela na casa pelo que consigo perceber, bagunça geral, embalagens de tudo o que se imaginar no sofá... É... parece eu quando minha mãe está de férias.

-- Tudo bem... Agora quero saber o PORQUÊ disso tudo. -- Me atrevo novamente. -- Posso colocar em ABNT se você quiser, mas que você vai me explicar, você vai.

-- Liga pra sua mãe e diz que você vai ficar aqui hoje. -- Kate sendo Kate.

-- Como? Não ouvi... -- Sonseira Time!

-- Escuta, só não armo um barraco, porquê tenho consideração com sua irmã. Agora faz o que te pedi, por favor?

-- Ah, agora sim... Tem alguma coisa pra beber? -- Parece que o jogo virou, não é mesmo?

-- Como é que...

-- Epa, não sejamos hipócritas!

Até que gostei de vir aqui, é bom pra ela ver o quão chata ela é!