História De Menino Para Seu Homem - Wincest - Diário de Sam Winchester

1 de Maio de 2005
Olá, eu sou Sam Winchester, e como um caçador não tem muitas chances de amizade, resolvi escrever um diário pra não carregar sozinho o peso dos problemas.
Quando eu tinha 15 anos, descobri que eu sentia um amor diferente pelo meu irmão. Um amor além do amor de irmão, algo proibido de certa forma. Eu tentei lutar contra isso, prezando a memória de minha mãe Mary. Mas a verdade é que, quanto mais eu lutava contra esse sentimento, mais eu o amava.
Não o amo somente pela beleza, pelo corpo perfeito que ele tem, mas pelo caráter. Ele é meu herói, desde pequenos nós somos muito ligados e ele cuidou de mim, mesmo ele sendo somente uma criança também na época.
Mas tudo entre nós mudou quando completei dezoito anos e resolvi me abrir com ele. Eu já não aguentava mais esse sentimento preso dentro de mim.
Meu pai John descobriu, ainda me lembro da fala dele:

"Sam, não importa como seja, cuide de seu irmão, seja como um irmão ou como algo mais, mas não o deixe sozinho, ele cuidou de você quando eu não estava, esteja lá pra ele também".

Fiquei surpreso, conhecendo o meu pai, não esperava isso dele. E eu tentei, tentei de verdade cuidar de Dean como uma forma de retribuir tudo o que ele já tinha feito por mim, mas quando decidi contar a verdade a ele, Dean somente riu como uma piada sem graça, virou as costas pra mim e foi beber no bar mais próximo. Aquilo acabou comigo, mas deixamos isso de lado por um tempo e não tocamos mais no assunto.
Dean passava noites fora bebendo e pegando garotas. Às vezes voltava de manhã e eu tinha que cuidar dele pois chegava tão bêbado que mal se aguentava em pé.

E quando finalmente matamos Azazel, ele decidiu seguir o seu caminho de caçador, sozinho sem mim, ele disse que se eu o tentasse procurar, eu não iria achá-lo. Entendo bem o porquê dessa decisão, ele prefere ficar longe do irmãozinho "gay" dele. Então decidi ir para Stanford, John apoiou minha ideia e de vez em quando aparecia pela universidade para me contar sobre Dean.
Acabei conhecendo Jéssica na faculdade, uma garota incrível, ela se apaixonou por mim e eu, tentando esquecer Dean, aceitei ficar com ela. E mesmo ela sabendo de meus sentimentos por Dean, ela aceitou ficar comigo.
Não a amo como minha namorada, ela está mais pra amiga do que namorada, mas estamos bem. Ela cuidou de mim e desse coração partido, ela está aqui, Dean não.

E aqui estou eu 5 anos depois. Me formei em advogado e Jéssica em veterinária e vou me casar daqui há uma semana, nem sei como isso  tudo aconteceu.
Mandei um convite para Dean por John, não sei se ele virá, mas mesmo que tenhamos deixado de nos falar, ele continua sendo o meu irmão.
Fim.

***autora***
Sam termina de escrever e fechando o diário, coloca a caneta de lado, desliga a luminária na escrivaninha e deita-se ao lado de Jéssica, ele olha um pouco para o teto e não conseguindo dormir, decide ir caminhar um pouco pelas ruas. Ele pega sua blusa de moletom, coloca um tênis de caminhada e sai sem acordar Jéssica.
Enquanto caminha, ele ouve o som do vento batendo nas árvores, algo que é impossível de dia devido o barulho da cidade.
Sam caminha até um parque nas proximidades onde tem balanços de criança, um escorrega e uma enorme casinha na árvore.
O moreno senta em um dos balanços e olhando para as estrelas do céu, faz uma pergunta.

--Onde será que você está agora Dean?

Um silêncio reina após a pergunta sem uma resposta, Sam mesmo sabendo que teria como resposta esse silêncio fica cabisbaixo esperando ter algum retorno, quando de repente escuta uma voz conhecida.

--Estou bem atrás de você nerd.

A vontade que o mais alto tem é de sair correndo e abraçar o irmão, seu coração se enche de felicidade fazendo seus batimentos acelerarem quase que instantaneamente, mas tudo o que Sam se lembra é de como foi esquecido pelo seu irmão, há 5 anos atrás.

--Pensei que não viesse...- falou sem se virar não mostrando seu rosto com feição chorosa.
--Sam... eu... não podia perder seu casamento. - falou o loiro tentando manter o clima leve.
--Chegou cedo demais, é daqui há uma semana. - respondeu o moreno ainda fechado.
--Ah... é que no convite tinha "padrinho de casamento", os padrinhos fazem coisas né? então temos uma semana pra... o que você quer fazer mesmo? - falou Dean indo para o balanço ao lado de Sam e sentando-se ao lado dele.
--Na verdade não pretendo fazer nada Dean, pensei que não viesse.
-Bem... eu não vinha mas, eu não podia deixar meu irmãozinho se casar - deu uma pausa - sem eu estar ao lado dele.

Sam sentiu uma pontada de angustia na voz de Dean, como se quisesse dizer algo, algo que talvez ele esperasse. Mas já haviam se passado 5 anos, não iria guardar mais nenhuma esperança de Dean e estava para se casar, não iria fazer nada contra Jéssica.

--Ok. Quando chegou na cidade Dean?
--Cheguei hoje, estou num hotel aqui perto e como sou um bom caçador, iria chegar de surpresa, mas acabei te achando aqui.

Ambos ficaram em silêncio apenas olhando as estrelas e depois, cada um foi para o seu lado. Dean para o hotel e Sam para Jéssica.
Combinaram de se encontrar pela manhã para Dean conhecer Jéssica e para comprar o terno de casamento de ambos.

Pela Manhã
Dean foi até onde Sam morava para conhecer a cunhada nova e sentiu seu coração ser esmagado por uma onda de ciúmes vendo Jéssica abraçar Sam e beijá-lo no rosto. Sam parecia desconfortável com aquilo, tentando afastar Jéssica de si, mas Dean pensou ser somente coisa de sua cabeça querendo ver algo onde não havia.
Então saíram para comprar os ternos. O loiro pediu para irem no Impala e Sam quando entrou no carro, sentiu tanta nostalgia que quase deixou uma lágrima cair.
A emoção era de que ele sempre era a pessoa a estar ao lado de seu irmão, o banco do carona sempre foi seu, ao lado de Dean e agora tudo tinha mudado. Em breve ele estaria dirigindo um carro e Jéssica estaria no banco carona ao seu lado. E o banco carona do Impala talvez fosse ocupar outro alguém ou ficar vazio por muito tempo.

--Tudo bem Sam? - perguntou Dean vendo Sam olhar o carro com mais cuidado.
--Sim, tudo bem. Vamos.- respondeu Sam friamente.



Continua...