POV Lisa
- Oi, Lisa.- falou Nicole ao atender o celular - O que foi?
- Estou indo para aquela boate nova aqui perto. Quer ir também? A Sidney desmarcou.
- Tenho que estudar pra prova. Você devia fazer isso também. Essa é bem difícil.
- Eu não preciso estudar. Vou me sair bem de qualquer maneira. - falei o óbvio - Mas até você? Todo mundo tá estudando pra essa prova idiota...
- Então não me peça "ajuda" na hora dessa "prova idiota"! - disse ela enfática, desligando o telefone.
Que belas amigas eu fui arrumar!
8 horas depois...
Sinto minhas pálpebras pesando ao abrir os olhos. Tenho dificuldade em me lembrar do que aconteceu e por que minha cabeça parece estar pegando fogo.
O carro dá um solavanco e sinto uma enorme vontade de vomi... Espera aí! Carro? Como eu vim parar em um carro?!
Tento ver quem está dirigindo sem me mover muito, para que o motorista não perceba que eu acordei. Mas a única coisa que consegui descobri com minhas técnicas ninjas de discrição foi que é um homem.
- Já sei que está acordada. - falou o motorista - Não sei se é efeito do álcool, mas você não é uma pessoa muito discreta.
Me xinguei mentalmente. Eu só me meto em confusão. Só espero que não seja um maníaco dessa vez...
- Tudo bem. Você não deve estar se lembrando de nada, então vou explicar: estávamos em uma festa. Eu não vi essa parte, mas você com certeza bebeu muito e quando eu cheguei perto pra falar com você, seu vômito acabou me... atingindo, vamos dizer assim. Logo depois você desmaiou e eu estou te levando pro hospital agora.
Eu não podia enxergar com muita clareza no momento, mas conhecia essa voz de algum lugar.
- Alguma pergunta? - quiz saber ele.
- Meu vômito cheira bem? - foi a pergunta mais racional que consegui formular.
- Desculpa, - disse ele rindo - mas não. Seu vômito é muito fedorento. Inclusive, acho que esse cheiro nunca vai sair da minha camisa.
- Assim você não vai me esquecer nunca mais, não é mesmo?
- Acho que uma cena como essa é um pouco difícil de esquecer.
- Que bom que não fui sequestrada por um psicopata. - falei de repente - Você não é um psicopata, né?
- Bem.... - disse entre risadas - não me considero um.
- Que bom! Um problema a menos para me preocupar.
- Qual é seu nome, afinal? Você está há algum tempo no meu carro e nem sei como chamá-la.
- Lisa.
- Lisa é um apelido, certo?
- É. Meu nome mesmo é Elizabeth. - fiz uma careta ao pronunciar - mas não gosto dele. Prefiro que me chame de Lisa.
- Ótimo, Lisa; mais alguma coisa que queira saber?
- Qual é o seu nome?
- Cameron.
- Nós nos conhecemos? - perguntei - Eu não estou com a memória muito boa, mas acho que te conheço de algum lugar.
- Creio que não nos conhecemos. - falou ele com um sorriso enigmático.
Algum tempo depois, o carro parou em frente a um hospital que eu nunca vi antes.
- Onde estamos? - pergunto, ainda olhando o prédio.
- No hospital.
- Eu sei, mas que hospital é esse.
- Você não mora nessa cidade?
- Moro aqui faz uns 4 anos.
- Então você não deve se lembrar desse hospital, porque é bastante conhecido por aqui.
- Não. - falei com firmeza - Nunca vi nem ouvi falar desse hospital, aqui no Madison.
- Madison? - perguntou Cameron surpreso - Estamos em Nova York.
- O... o que?
E esse é um bom exemplo do tipo de problema que eu sou acostumada a ter...
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