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História De Repente aconteceu - A parte em que temos nossa própria casa


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 29 - A parte em que temos nossa própria casa


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que temos nossa própria casa

No capítulo anterior:

- Ichigo... – A fitei. -... Quando tiver algo te incomodando fala comigo, acho que nosso maior problema é a falta de comunicação e isso é tão irônico porque somos amigos não é? Apesar de hoje ser sua esposa e mãe de seu filho, ainda somos amigos não é?

- Você tem toda razão. – A trago para próximo de mim e lhe dou um beijo na testa. – Vou me policiar mais em relação a isso, pode confiar em mim, Rukia.

- Eu sempre confiei, seu idiota. – ela me fita e sorri para mim.

Ah, não resisti e tomei seus lábios de forma urgente. Minhas mãos a despia, não queria mais esperar para ter minha esposa nua em meus braços, a deseja tanto e meu corpo chegava queimar de tanto desejo. Mas como a vida nem sempre é como esperamos fomos interrompido pelo som estridente do choro de Ichiro, ele acordou e ao julgar pelo escândalo que fazia não voltaria a dormir tão sedo.

- Acho que isso vai ter que esperar mais um pouco. – ela se divertia ao ver minha cara de frustação.

- Espero que não seja por mais uma semana. – me lamentei.

A parte em que temos nossa própria casa

 

- O que achou, Rukia? – falo incomodado depois de vê-la olhar cada cômodo da casa e não dizer nada. Será que não gostou?

- Você alugou essa casa e a decorou sozinho, Ichigo? – sua expressão ainda era uma incógnita para mim, mas pelo menos ela falou algo.

- Sim. Bem, na verdade eu arrumei alguns detalhes. Já aluguei a casa com as mobílias e o quarto de Ichiro ainda tem que dar alguns retoques. Achei que você ia gostar de arrumá-lo do seu jeito.

Minhas mãos suavam e eu me sentia um completo idiota por estar nervoso e com medo da reação de Rukia, afinal eu aluguei a casa sem lhe comunicar. E Rukia não ficou sabendo por mim, então acho que é isso que me deixa mais apreensivo.

Algumas horas antes...

- Podemos voltar para onde nós paramos? – abraço Rukia por trás assim que ela coloca Ichiro no berço. Ele voltou a dormir, finalmente.

- Não.

- Por quê? – falo indignado. Como assim Rukia não queria fazer amor comigo? Ficamos brigados por uma semana. Essa irritante não sentiu minha falta? Aff.

- Queria que me levasse em outro lugar agora que Ichiro dormiu, posso pedir Yuzu para cuidar dele.

- Que lugar seria esse? – fiquei todo animadinho pensado que Rukia estava querendo expandir nossas possibilidades sexuais. Aonde ela queria afinal?

- Me levar para ver a casa que você alugou para morarmos. – fiquei sem palavras. Como assim? Quem contou para ela?

- A casa? – gaguejei feito um bobão.

- Inoue me contou que você alugou uma casa. No dia que meu taichou veio visitar Ichiro, ia me contar sobre ela, né? – Ishida e sua língua grande. Na certa ele contou para Inoue, que não resistiu e estragou tudo falando para Rukia. Tsc, cambada de língua solta.

- Era para ser uma surpresa. – falo desanimado.

- Não gosto muito de surpresas. Podemos ir agora? – fala de forma frigida. Essa dai é Rukia, minha esposa nada romântica e estraga prazer.

Quem disse que conseguia negar algo para Rukia? Ela é tão geniosa que quando coloca uma coisa na cabeça é quase impossível fazê-la mudar de ideia. Mas tudo bem, já tinha que falar da casa mesmo.

Yuzu ficou tomando conta de Ichiro e eu e Rukia fomos ver onde seria nosso novo endereço.

Tempo atual...

- Eu gostei de tudo, Ichigo. Quando podemos nos mudar? – finalmente consigo respirar ao ver o sorriso no rosto de Rukia. Mal podia acreditar que ela se agradou com a ideia de nos mudarmos.

- Pensei que fosse reclamar por gostar de viver na casa do meu pai.

- E gosto, mas lá já não tem espaço para nós. Ichiro tá crescendo e mal tenho lugar para guardar suas coisas.

- Foi nisso que pensei quando decidi alugar essa casa. – mentira. Queria o quarto só para nós.

- A casa é linda, Ichigo.

- Tá feliz? - Apesar de ver o lindo sorriso que estava em sua face, ainda assim perguntei. Precisava ouvir dos lábios dela que estava realmente feliz com nosso novo lar.

- Confesso que não esperava. É muito bom viver com sua família, mas como disse, precisávamos mesmo de um lugar só nosso. Eu estou muito feliz.

Seguro no braço de Rukia e a puxo para um abraço. Ela respira fundo e encosta sua cabeça em meu peito. Eu não conseguia parar de sorrir de tão satisfeito que fiquei.

- Agora essa casa é nosso lar e vamos ser muito felizes aqui. – os braços dela enlaçaram minha cintura e os meus fizeram o mesmo.

- Vai ser ótimo ter um cantinho só para Ichiro. Tô ansiosa para nos mudarmos. Quero arrumar o quarto dele todo em azul e rosa.

– Só azul, Rukia. Rosa é cor de menina.

- Quem disse isso? – ela parecia indignada.

- Quem disse? – Fico pensativo, essa baixinha tem cada ideia. – Ah não sei! Desde sempre se diz que azul é de meninos e rosa de meninas.

- Isso não faz sentindo algum para mim. Eu uso azul e gosto muito e meu filho vai gostar de rosa também. – fala autoritária.

Resolvi ficar calado. Se tem uma coisa que aprendi durante minha convivência com Rukia, é que não adianta discutir com ela porque se Rukia for contrariada ai que ela faz mesmo. Vou dar um jeito de fazê-la desistir do rosa sem que suspeite que é minha vontade.

Depois que mostrei toda a casa para minha esposa, ficamos sentados na sala. Eu não dizia nada, apenas a escutava falar animada sobre as coisas que gostou da casa e as que gostaria de mudar. Não imaginei que Rukia reagiria tão bem assim em relação a nos mudarmos, cheguei a pensar que ela até se recusaria a sair da casa do meu pai. Isso só mostra que não conheço minha esposa completamente, ainda tem muito que preciso descobrir e vai ser maravilhoso desvendá-la. Rukia tem sido uma agradável surpresa.

•••

Quando contamos para minha família que nos mudaríamos, papai fez aquele drama, mas não esperava menos dele. As meninas me apoiaram e ficaram felizes porque a casa que aluguei não era tão distante da delas.

Alguns dias depois, eu, Rukia e Ichiro nos mudamos para a nossa nova residência. Foi uma sensação tão boa entrar naquela casa com minha esposa e filho e saber que ali seria nosso cantinho.

Rukia estava toda sorridente, ela foi direto para o quarto de Ichiro mostrar para ele a decoração que ela mesma fez. Sem o rosa. Consegui! Até parece que o menino entendia alguma coisa.

Uma sensação agradável dominava meu coração. Depois de tantos problemas sentia que finalmente seriamos como uma família de verdade e feliz. 

Mais tarde...

- Acha que Ichiro vai ficar bem dormindo longe da gente, Ichigo?

Tínhamos acabado de deitar, eu estava com a barriga para cima e Rukia apoiando a cabeça em meu peito.

- Lógico que sim, mas se ele chorar poderemos ouvi-lo pela babá eletrônica. – acaricio seus cabelos na tentativa de acalmá-la. Não posso julgá-la, Ichiro sempre dormiu em nosso quarto e é natural que Rukia fique preocupada na primeira noite que ele fica sem a gente.

- Ichigo, vai lá no quarto dele novamente e fala alguma coisa para testar se aparelho está mesmo funcionando?

- De novo? Já fizemos isso um monte de vezes, Rukia. Relaxa, vai ficar tudo bem. – dou um beijo em sua testa. Quem imaginou que Kuchiki Rukia, a tenente da 13° divisão, seria uma mãe tão protetora.

- Tem razão, tô ficando paranoica.

- O que acha de estreamos a nossa cama?

- E já não estamos?

- Não desta forma. – Giro meu corpo para ficar sobre o dela. – Quero fazer amor com você em nossa cama nova.

Beijo o pescoço de Rukia e a escuto gemer, isso é minha deixa para continuar. Minha boca foi subindo em busca dos lábios de minha esposa e, quando os tomei em um beijo, foi tão gostoso. Senti os braços de Rukia enlaçarem meu pescoço e sua mão acariciar minha nuca.

- Agora não precisamos nos preocupar em acordar o Ichiro. – a escuto sussurrar quando nossos lábios se separam.

- Nem em sermos ouvidos por meu pai e as meninas. – não que Rukia se importasse muito com isso, era eu quem tinha que tampar sua boca. Ela deu um sorriso tão lindo que não resisti e lhe dei um selinho. – Tá feliz?

- Por que tá sempre perguntando isso?

- Porque... – confesso que não sabia o que responder.

- É porque ainda tem medo de um dia eu me arrepender de não ter aceitado o cargo de capitã, né?

Rukia me conhecia melhor que eu mesmo. Confesso que isso me incomodava muito, talvez fosse esse o motivo de querer saber a todo tempo se ela estava feliz, afinal de contas, fora ela quem teve de ab-rogar tantas coisas para viver comigo.

- Não é disso, só curiosidade mesmo, nada demais. – lógico que não vou admitir que ela tem razão, senão essa baixinha chata vai ficar se achando.

- Sei.. – óbvio que ela não acreditou, mas quem liga. - ... Eu sou muito, muito feliz. Entende isso de uma vez por todas, seu idiota. – a mão dela, que ainda estava em minha nuca, me puxou de encontro aos seus lábios. Entendi que ela não queria mais conversar, a beijei intensamente aproveitando que sua boca estava já aberta e suguei sua língua sentido o gosto saboroso e ao mesmo tempo viciante que só encontrei nos lábios de Rukia.

Nos amos pela primeira vez em nosso novo lar e confesso que foi maravilho, a química que existe entre eu e Rukia é algo que talvez nunca mais consiga com ninguém. Em minha vida ela é única e quero estar ao seu lado todos os dias até o fim de minha vida.

O que foi? Sei que isso é brega, mas quem disse que o amor é moderno?

•••

Passado algumas semanas que já estávamos na casa nova, recebemos uma visita que não me agradou muito, mas que deixou Rukia radiante. Se ela fica feliz eu estou disposto a fazer o sacrifício de aturar meu cunhado e o bobão do Renji babando em minha esposa e filho.

- Ichiro está muito lindo, Rukia. – escuto Renji falar com um sorriso largo no rosto. Ele estava com meu filho no colo.

Mesmo Renji e Byakuya não vindo com frequência a Karakura, Ichiro já os reconhece e gosta muito deles. Não sei que graça ele vê nesses bobões.

- Lógico, ele se parece com o pai. – disse todo orgulhoso, meu garoto hoje está com oito meses e é uma criança tão linda. E modéstia a  parte, fica a cada dia mais parecido comigo.

- Não seja convencido, seu idiota. Mesmo Ichiro se parecendo com você, por algum milagre da natureza ele é bonito. – Renji disse com ironia.

- O que quer dizer com isso, seu...

- Nem se atrevam a começar a brigar. – diz Rukia muito irritada.

Eu viro a cara para o lado e Renji se cala. Nem eu ou ele queremos contrariar minha esposa, sabemos muito bem o que acontece quando ela fica brava. Tsc.

- Então você rejeitou mesmo a indicação de Ukitake para o cargo de capitã, Rukia? – Diz Byakuya.

- Sim, nii-sama. Eu teria que ficar morando na Soul Society.

-          Não vejo nada de errado nisso, achei que ser uma capitã fosse seu objetivo de vida. Pelo menos é de qualquer pessoa que se torna um shinigami. – escuto Byakuya falar com a maior naturalidade e isso me irrita. Que cara chato.

Rukia olhou para mim e depois voltou sua atenção a ele. – E era, mas... – Ela solta o ar pela boa. Era visível seu nervosismo. - Meus objetivos mudaram quando fiquei grávida de Ichiro. Minha vida agora é aqui com Ichigo e meu filho. – percebi que Rukia estava constrangida, não deveria ser fácil falar de seus sentimentos com o irmão, mas de minha parte eu estava com um sorriso de orelha a orelha. Escutar Rukia falar essas coisas era tão bom. Ela mudou a vida dela por mim, mas não tenha duvidas que eu faria exatamente o mesmo por ela.

- Ser mãe e esposa agora são seus objetivos de vida, Rukia? – ao julgar pelo tom de meu cunhado, percebo que ele não ficou nada satisfeito com a resposta dela. O que ele tem haver com isso? Tsc.

- Mãe, esposa e tenente da 13° divisão. Esses são meus objetivos de vida, nii-sama. – agora ela disse firme, olhando nos olhos de Byakuya e eu senti segurança em cada sílaba dita por seus lábios.

- Não me incomodo suas escolhas, só queria ter certeza se estava certa de suas decisões. – quando Byakuya falou isso foi que entendi: ele não estava questionado a escolha de Rukia em ficar no mundo dos vivos e sim confirmando se era exatamente isso mesmo que ela queria para sua vida.

Nunca vou dizer isso para Byakuya, e se você contar para ele eu nego até a morte, mas admiro esse amor e cuidado que ele tem por Rukia. E o fato de apoiá-la em suas decisões, mesmo sendo contra sua vontade, é algo admirável que realmente me impressiona.

- Arigatou, nii-sama. – o rosto de Rukia ficou todo corado. Ela estava feliz pelo apoio de seu irmão.

- Não precisa agradecer. – acho que não foi só minha esposa quem ficou encabulado. Está aí uma coisa que gostei de ver, o gelo do poderoso capitão da 6° divisão parece que está derretendo.

Byakuya levantou, foi até Renji e pegou Ichiro no colo, o deixando com cara de taxo, pois estava brincado com meu garotão. – Ele cresceu muito. – meu filho olha sério para o tio e em seguida sorri. Apesar da expressão séria no rosto do meu cunhado, em seus lábios tinha um meio sorriso, quase imperceptível, mas tinha sim.

- Ele gosta de você, nii-sama. – fala Rukia com um sorriso bobo no rosto. Essa puxa saco. Eu nem acho isso, Ichiro ri para todo mundo. Aff.

- Você tem um filho lindo, Rukia. Sei que deveria ter dito isso antes, mas eu me orgulho muito da pessoa que você se tornou e tenho certeza que Hisana acharia o mesmo. – ele disse essas palavras em seu habitual tom frio, nem parecia que havia sentimentos. Mas para quem conhece Byakuya, sabe que para ele não deve ter sido nada fácil dizer essas palavras, e eram sim verdadeiras e cheia de amor para com Rukia.

Olhei para minha baixinha linda e ela estava com os olhos marejados de lágrimas e ainda assim continuava a sorrir. Eu fiquei feliz porque sei como era importante para Rukia escutar essas palavras, mas...

- Acho que já está bem tarde para visitas né. – disse como quem não quer nada, já estava sem paciências de dividir minha mulher e filho com esses bobões.

- Não seja grosseiro, seu idiota!

Preciso dizer que ela me deu uma voadora que cheguei atravessar a sala? Quando Rukia vai parar de me bater? Agora eu sou seu marido e o homem da casa, aff.  Quem tem que falar mais alto nessa relação sou eu e não essa baixinha irritante.

- Que droga! – murmurei revoltado ao me levantar do chão.

- Disse alguma coisa, Ichigo? – ela grita.

- N-Na... nada, não.

Quem sabe com o tempo a voz mais alta a se ouvir nessa família seja a minha, né? Quem sabe!

Continua...

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Olá amores!

Então o que acharam do capítulo? O próximo vai ser o ultimo por isso aproveitem para comentar, dizer o que estão achando.

Obrigada a todos que comentaram.

Beijos e uma excelente semana para todos!


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