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História De Repente aconteceu - A parte em que me caso com Rukia


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 10 - A parte em que me caso com Rukia


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que me caso com Rukia

No capítulo anterior:

— Não se lembra de nada mesmo?

— Não. As últimas lembranças que tenho em minha mente são de todos tomando saquê e se divertindo. Por mais que tente, não consigo me lembrar de nada.

— Kurosaki-kun se lembra?

— Ele disse que se lembra de algumas poucas coisas. Quer saber? Agradeço não ter recordação alguma, ia ser muito estranho sempre que olhar para Ichigo me lembrar do que fizemos. Se teve uma coisa de boa em estar bêbada é não ter lembrança alguma de ter feito sexo com Ichigo.

 Escutar essas palavras foi como se alguém desse uma paulada em minha cabeça, me senti ainda mais triste. Saber como Rukia realmente se sentia em relação ao que aconteceu na festa de Ishida foi arrasador.

Não tive mais vontade de escutar nada. Saí dali com a cabeça baixa e o coração apertado no peito. Eu destruí a vida de Rukia, ela nunca quis fazer amor comigo e se eu não tivesse tido uma crise de ciúmes e a beijado, nada daquilo teria acontecido.

A parte em que me caso com Rukia

 

Eu esperava uma linda cerimônia no jardim da mansão Kuchiki, com um cenário bem decorado por flores de cerejeira, lanternas orientais, um lindo fundo musical tocando A Thousand e muitos convidados sentados em luxuosas cadeiras brancas que formavam um corredor onde tinha um tapete de pétalas. Porém, não era isso que estava diante de meus olhos.

 

Foi um servo de Byakuya que nos recebeu na mansão Kuchiki assim que cheguei à Soul Society com Rukia e meu pai. Levaram Rukia para arrumá-la e eu e meu velho seguimos o homem até uma sala que lembrava um templo muito do sem graça.

Lá tinha um ancião sentado diante de uma mesa rústica de madeira e alguns poucos assentos. Eu não entendi nada até Byakuya chegar. Ele explicou que era aquele senhor quem realizaria a cerimônia. Pelo o que entendi, ele era uma espécie de juiz e nosso enlace seria bem formal. Transformando isso para os costumes humanos podemos chamar de casamento só no civil. Apenas para minha família, que se resumia ao meu pai, e os membros do conselho dos Kuchiki estariam presentes.

Eu fiquei triste por Rukia, pois não acredito que seja assim que uma princesa da nobreza deve se casar na Soul Society. Eu questionei, até parece que ia ficar calado. Porém Byakuya disse que foi o que deu para organizar, já que Rukia estava grávida e não queria que ela se casasse com a barriga aparente. Que vontade que me deu de dar um soco na cara dele. Então quer dizer que só por que Rukia tá gravida, não merece uma cerimônia de casamento a sua altura? Eu teria feito melhor.

Estava com muita raiva daquela palhaçada toda, mas  me esqueci de tudo quando a vi. Rukia tinha acabado de chagar acompanhada da mesma senhora que a levou. Ela estava tão linda. Vestia uma kimono com alguns nuances de vermelho floral, uma fita branca em volta da cintura que formava um laço nas costas. Os cabelos soltos, apenas com um pingente de flores branca ao lado da cabeça. Eu já disse que Rukia estava linda? Porque se não disse, ela estava muito linda.

Faltavam apenas alguns passos para Rukia chegar próximo a mim quando Byakuya ficou em sua frente e estendeu a mão para ela.

— Você está muito bonita. — Rukia ficou meio confusa, mas não hesitou e pôs sua mão sobre a dele.

— Arigatou, Nii-sama. — na mesma hora o rostinho de Rukia, que estava cabisbaixo, se iluminou. Como ela gosta deste irmão imbecil. Fazer o que, né? Gosto não se discute.

Eles caminharam em minha direção e Byakuya repousa a mão de Rukia sobre a minha.

— Foi um choque para mim, descobrir que Rukia esperava um filho seu. Ela construiu uma careira promissora no Gotei 13 e ser mãe nesse momento não ajuda muito em sua área profissional. — Ele dá um longo suspiro. — Mas a felicidade de Rukia é tudo que importa para mim. E se ela te escolheu para ser pai do filho que espera, eu ficarei ao seu lado e apoiarei sua decisão. — ele falava com aquele jeitão frio, mas conseguia sentir que estava sendo verdadeiro em cada palavra.

Naquele momento eu entendi o que chateou Byakuya. Não foi a vergonha por sua irmã ser mãe solteira e sim ela ter que deixar sua carreira de shinigami, que tanto lutou para conquistar, de lado para viver uma vida de humana ao meu lado.

Ao jugar pelos olhinhos brilhando de minha futura esposa, ela também compreendeu seu irmão e isso me deixou feliz. Sabia o quando Rukia estava triste por achar que Byakuya estava chateado com ela.

 

Como aquele velho falava, eu já estava quase dormindo. Só tinha alguns gatos pingados naquela sala, então por que fazer um discurso tão grande assim? Estava louco para que terminasse logo com aquela cerimônia para eu comer algo, meu estômago urrava de fome. Imaginava que pelo menos um banquete para a recepção Byakuya tinha mandado fazer.

Depois de muito blá, blá, blá, eu e Rukia assinamos um livro e ouvi o ancião dizer as palavrinhas magicas que encerrou aquela cerimônia entediante. “Eu vos declaro marido e mulher”. Confesso que fiquei esperando ele dizer “Agora pode beijar a noiva”, mas o cara fechou o livro, nos parabenizou e foi embora.

Que lástima. Não que eu quisesse beijar Rukia, lógico que não, mas se estou casando que seja com todo que tem direito, né. Aff.  

— Então onde vai ser os comes de bebes? — meu pai tirou as palavras da minha boca.

— O quê? — Byakuya pareceu não o compreender.

— A recepção.

— Não vai haver recepção, eu tenho muitas coisas para fazer. — dito isso, o unha de fome do meu cunhado se despediu de Rukia, que era só sorrisos para ele, e foi embora deixando eu, Rukia e meu pai sozinhos naquele lugar quase vazio.

— Ichigo, vamos logo para casa. Estou com fome. — olhei para ela com tanto desgosto, nem um lanchinho o muquirana nos deu. Tsc.

— Vamos, filho. Acho que dessa pedra não vai brotar água. — tá aí uma das poucas vezes que concordei com meu velho.

•••

Já em casa...

Chegamos em Karakura e já era noite. Depois de um longo dia e daquele casamento desastroso tudo que mais queria era tomar um banho e deitar em minha cama. Sim! Você ouviu bem. Minha cama! Agora estou casado com Rukia, e se ela pensa que vai continuar dormindo no conforto do meu quarto sozinha está muito enganada.

Olhei para Rukia e ela estava tão linda naquele vestido longo e branco. Os cabelos ainda tinham o arranjo de flores. Parecia uma noiva.

Assim que chegamos na casa de Urahara, meu pai deu a ela o vestido e a mim uma roupa social. Estranhei, mas ele disse que deveríamos entrar em nossa casa como noivos. Não discuti, estava cansado demais para isso.

Ao entrarmos em casa estranhei que as luzes estavam apagadas, isso não era comum. Ouvi quando Rukia resmungou “Já jantaram sem mim?”, achei tão bonitinho. Depois da gravidez ela tanto come quanto vomita.

— Eu vou fazer algo para você comer. —disse procurando o interruptor na parede. Quando acendi as luzes, vi que ia demorar um pouco mais para eu ir descansar em meu quarto.

— Surpresa! — ouvi todos que estavam ali falar em um coro.

Fiquei surpreso eu ao ver aquele monte de gente em minha sala decorada com bexigas brancas, uma mesa com bolo e docinhos e em cima dela uma faixa escrita “Felicidade aos recém-casados!”.  Estavam presentes minhas irmãs, Ishida, Inoue, Keigo, Tatsuki, Mizuiro, Sado e até o Renji. Agora entendo porque ele não foi à cerimonia.

Pensando bem faz sentido para mim porque meu pai comprou um vestido branco para Rukia mesmo sabendo que íamos nos casar na Soul Society.  Aquela era um festa surpresa de casamento.

— Que lindo! — exclamou Rukia toda empolgada.

— Renji nos avisou que na Soul Society só teria a celebração do casamento e nada mais, por isso organizamos essa recepção. Não podia deixar o casamento do meu filho com sua irmã passar em branco. — essa frase seria perfeita se não fosse pelo finalzinho. Esse velho está cada dia mais pirado.

— Rukia não é minha irmã! — gritei, ele me tira do sério. Tsc.

— Kuchiki-san, Kurosaki-kun, parabéns pelo casamento! — Inoue nos cumprimentou toda sorridente. Ela abraçou Rukia, que na mesma hora fica com o rosto rubro. Minha agora esposa não está acostumada com demonstrações afetivas.

— Arigatou, Inoue. — disse ela encabulada.

Todos vinham nos cumprimentar e eram abraços, palavras como “Lhes desejo toda felicidade do mundo”. Tenho que admitir que não sou muito fã dessas coisas também, mas ver meus amigos e família reunidos em um momento importante de minha vida foi reconfortante.

— Desculpa não ter vindo te ver antes, Rukia. Mas você sabe bem como é complicado achar uma autorização para vir ao mundo dos vivos. — Disse Renji.

— Não se preocupe, eu entendo. — Me acharia ciumento se eu dissesse que não gostei quando Rukia arreganhou aqueles dentes para Renji? Não é ciúmes, eu só acho que como ela é minha esposa não deveria ficar toda animadinha perto dele, afinal não é segredo algum que esse bobão sempre teve as quatro rodas arriadas por Rukia.

— Se não percebeu eu estou ao lado dela, seu idiota. — tive que fazer minha presença ser notada já que eles conversavam como se eu nem estivesse ali. Renji sempre foi um mal educado.

— Sério? Nem percebi. — fala com aquela cara de cínico.

— Mas estou e o mínimo seria me cumprimentar também, seu grosso. — Renji consegue me irritar.

— Eu já ia falar com você, era só ter um pouco mais de paciência, imbecil! — esse cabelo de fogo conseguiu falar mais alto que eu.

— Dá para os dois idiotas pararem de brigar? Estão estragando minha festa de casamento! — aquela baixinha maldita chutou minha canela e a de Renji. Cara, que raiva. Quando Rukia vai para de me bater? Agora eu sou seu marido e ela precisa me respeitar.

Nem consegui me defender, pois Yuzu apareceu com uma bandeja com petiscos para os convidados.  Rukia correu para se servir, mas quando chegou perto fez uma cara de enjoada e perguntou. “Foi você quem fez?” Yuzu balançou a cabeça desanimada. Ela ficava triste porque Rukia enjoou de sua comida, mas minha irmã sabia que era por culpa da gravidez e acabava relevando.

— Esses foi eu quem fiz, Kuchiki-san. — Inoue surge com outra bandeja. Na mesma hora o rosto de Rukia se iluminou e ela pegou a bandeja da mão de Inoue e sentou-se no sofá comendo de tudo que tinha ali. Se Rukia não se cuidar vai ficar uma bola. — Acho que ela gosta mesmo da minha comida. — diz animada.

— E da minha não. — resmunga Yuzu cabisbaixa. Tadinha.

Acho que Rukia estava mesmo era com fome para comer as coisas esquisitas que Inoue cozinha como se fosse a coisa mais gostosa do mundo. Eca!

— Então você e a Kuchiki finalmente se casaram. Não posso dizer que isso me deixa surpresa. — Como assim, Tatsuki? Até você acha que eu e Rukia tínhamos um romance ou algo do tipo?

— É, aconteceu. — não queria gastar minha saliva falando que não tinha nada entre nós, que só tínhamos nos casado por causa do bebê e blá, blá, blá. Já estava me acostumando com os comentários sobre eu e Rukia.

— I-CHI-GO! — aquele idiota do Keigo veio correndo em minha direção, mas eu saí de sua frente e ele bateu de cara na parede. Bem feito! Quem manda ser bobão. — Que maldade, Ichigo! Só queria te dar um abraço e parabenizar pelo casamento. — choramingou.

— Você já fez isso duas vezes.

— Você é muito mal agradecido. Não sei como uma garota tão linda e bacana como a Kuchiki-san se apaixonou por você.

— Nem eu. — com um cara tipo o Keigo não adianta dar corda senão só sai besteira.

— Aí garotão, deixou a Kuchiki caidinha por você. Até fizeram um bebê antes do casamento. — meu sangue ferveu na hora quando o ouvi falando aquela besteira. Que vontade de chutar seu traseiro.

— Quem fez bebê? — eu me engasguei com o suco que tomava quando Rukia apareceu ao nosso lado e fez essa pergunta.

— Ninguém, Kuchiki-san. Estava aqui falando com o Ichigo que estou louco para casar e ter filhos também. — ele disfarça. Já conhecia muito bem a personalidade não amigável de Rukia.

— Isso parece divertido. — ela fala sorridente.

Como assim parece divertindo, Rukia? Esse idiota quer dizer que vai arrumar uma mulher para engravidá-la também. Tem horas que a inocência de Rukia para certas coisas me irrita.

— Talvez a Arisawa-san queria fazer uns bebezinhos comigo, o que acha? — O que tinha no suco de Keigo para falar assim com Tatsuki? Ele não tem amor a vida?

— O que disse, seu idiota? — ela segura em seu colarinho tirando seus pés do chão.

— Eu só estava brincando. Onde está seu senso de humor? — fala cheio de medo.

— No mesmo lugar para onde foi minha paciência. — bem que seria muito legal ver Tatsuki quebrar a cara de Keigo.

— Vamos cortar o bolo? — Grita Inoue salvando Keigo. Que pena, não foi desta vez.  

— Parece delicioso! — Disse Rukia, que estava a um segundo ao meu lado, e quando olhei já se encontrava na mesa do bolo. Que baixinha gulosa.

— Ichigo vem tirar fotos para o álbum de casamento. — Oi? Que álbum de casamento? Meu pai tem cada ideia.

E lá estava eu ao lado de Rukia fazendo pose para as fotos. Ela quem me arrastou, pois papai disse que só ia cortar o bolo quando tirasse as benditas fotografias. Aff.

— Abraça a Rukia-chan, Ichigo. — meu velho era quem tentava nos fotografar.

Eu coloquei meu braço em seu ombro de forma tímida. Me senti constrangido com toda aquela situação.

— Isso nem de longe é um abraço, Ichigo. Como foi que vocês conseguiram fazer esse bebê? Ô, casalzinho sem sal. — Berra Keigo. Eu disse que estava com vergonha? Vergonha tô sentindo agora com os comentários desse sem noção.

— Cala a boca, Idiota! — falo louco para dar uns tapas nele.

— Me abraça logo, Ichigo. Quero comer bolo. — Rukia resmunga. Eu pensado que ela estava tão constrangida como eu, e essa baixinha só pensava no bolo.

Me posicionei atrás dela, envolvi meus braços em sua cintura, inclinei um pouco meu corpo colocando meu rosto ao de Rukia. Se eles queriam fotos românticas então vamos acabar logo com isso.

Consegui sentir quando o corpo de Rukia ficou rígido, acho que ela não esperava por isso. Mas eu, bom, eu confesso que adorei a sensação de tê-la novamente junto a mim.

Aquela foi nossa primeira foto como um casal.

Continua...

 

 

 

 


Notas Finais


Olá queridos?

Quero muito agradecer pelos comentários que tenho recebido desta fic, tem me deixado tão feliz, muito obrigada!

Para quem leu Portal para o desconhecido acho que se lembra do casamento deles né? Foi um dos capítulos mais lindo da fic, na minha opinião. Então, nessa casamento eu fiz uma referencia a ele quando Ichigo diz as coisas que ele imaginou que teria em sua festa de casamento. Alguém ai percebeu? Falem a verdade hein.

Beijos queridos!


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