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História De repente, escondidos. - Parte IV


Escrita por: ksnrs

Notas do Autor


Naruto não me pertence e seus personagens também não.
O intuito dessa fanfic é totalmente interativo e sem fins lucrativos.
Por isso, não me processem, por favor. Não tenho como pagar uma fiança e da cadeia não dá pra postar.

Boa leitura!

Capítulo 4 - Parte IV


Sakura virava uma moleca quando Gaara chegava. Ela esquecia de qualquer discrição porque a saudade era maior. Assim que o viu, pulou no colo dele no meio da rua e quando ouviu a proposta de irem pra casa, não pensou duas vezes. Veio arrastando ele pela mão, enchendo o noivo de beijos, até entrarem em seu apartamento. Era tão óbvio o quanto se davam bem, que chegava a dar gosto de ver. Quem os via pela rua, cumprimentava satisfeito. Sabia que, por alguns dias, Sakura estaria plenamente feliz.

- Você comeu? Eu posso fazer um lanche pra você, se quiser... – ela perguntou, enquanto ele deixava as coisas na beirada da sala, como sempre.

- Não. Tô morrendo de fome mesmo. – resmungou e viu pelo canto do olho, Sakura começar a preparar alguma coisa. Foi até ela e se sentou ao lado do balcão, admirando a vista da noiva fazendo seu lanche. Se perdeu um segundo, contemplando-a. Adorava ver Sakura se movimentar. Sorriu sozinho. Linda. – Como foi esse mês, rosinha? Se comportou? – perguntou sorrindo.

Eles tinham essa história do “Se comportou”. Isso era uma maneira velada de manter o assunto das escapadas sempre em pauta. Dessa forma, não fingiam que isso não acontecia, mas também era respondido só com sim ou não. Detalhes eram desnecessários e as coisas estavam indo muito bem assim. Desde que começou esse arranjo dos dois, toda vez que Gaara chegava, perguntava a mesma coisa pra Sakura e ela sempre respondia que sim. Isso significava que não tinha tido ninguém enquanto ele esteve fora. Aos poucos, essa fidelidade escolhida dela, começou a pesar em seu coração. Sakura não era fiel por imposição. Era fiel porque queria ser, mesmo podendo se aventurar com alguém por aí. Isso fez com que ele mesmo perdesse o interesse nas escapadas. Ela nunca soube disso, até porque Sakura nunca fez a mesma pergunta à Gaara, ela nunca perguntou se ele tinha se comportado. Mas se tivesse feito, teria ouvido desde o segundo mês de noivado que ele estava sendo fiel também. Gaara teve duas aventuras, as quais Sakura soube. Depois disso, nunca mais. Não falou pra ela, ela não perguntou, se mantiveram assim.

Quando fez a pergunta, dessa vez, achou que a resposta ia ser a mesma. Mas ela o olhou por cima do ombro e deu uma risadinha sacana.

- Sério?! – ele perguntou rindo, surpreso com a mudança. Sakura balançou a cabeça rapidinho, envergonhada por admitir e dando um riso nervoso. E Gaara se sentiu estranho. Nunca tinha passado por isso, por essa sensação. Ele não gostou da ideia de outra pessoa ter tocado sua Sakura. Tentou manter a postura de sempre e sorriu, um sorriso forçado, quando ela o chamou pra sentar na mesa, levando o lanche em um prato. Ele foi, andando meio no automático, sentindo a visão meio turva, a garganta apertando. O combinado era só o sim ou não. Mas queria mais. Precisava de mais. Precisava saber se essa mudança no comportamento dela, significava alguma mudança nos planos dos dois. Se sentou na cadeira e logo Sakura pulou no seu colo, como fazia sempre.

- O que foi, Gaara? Você tá sério... – ela notou a apreensão no semblante dele.

Ele respirou fundo e pegou o sanduíche, dando uma mordida generosa. Adorava os lanches de Sakura, que eram o ápice dela na cozinha. Qualquer coisa além disso era sofrível.

- O fato de você ter dormido com alguém, muda alguma coisa entre nós? – perguntou com a boca cheia, olhando pra Sakura com aqueles olhos verdes claríssimos, denunciando o desconforto com o que tinha ouvido.

Ela deu um suspiro alto e se levantou do colo dele. Pra Gaara isso foi assustador.

- Esse não é o combinado? A gente pode fazer o que quiser, até o casamento? – perguntou, levemente impaciente.

- É... sei lá. Se você quer transar com outros caras, além de mim... – e se concentrou no lanche. Sakura o olhou incrédula e cruzou os braços, se encostando na mesa, ao lado dele.

- Sério, Gaara? Do jeito que você tá falando, parece que não faz a mesma coisa... – viu ele terminar de comer, limpar a boca tranquilamente e estender a mão pra ela. Em segundos, tava no colo dele de novo.

- Eu não faço a mesma coisa. – disse firme, a encarando com os olhos intensos que ele tinha. Sakura se estremeceu com a declaração.

- Como assim? Você não tá dando suas voltinhas lá em Suna? – perguntou assustada. Ele negou com a cabeça. – Desde quando?

- Desde a última vez que eu te contei. – respondeu honestamente.

Sakura sentiu uma tonelada cair nas costas. Isso já fazia quase um ano. Depois disso, ele tinha se mantido fiel. Olhou pra Gaara, que a olhava de volta com doçura, e, naquele instante, se arrependeu de tê-lo traído com Naruto. Gostava demais do amigo. Mas amava muito Gaara. Fez um carinho no rosto dele, que estreitou os olhos ao sentir aquele toque tão conhecido de mão.

- Eu sinto tanto a sua falta... – ela confessou baixinho, hipnotizada pelos olhos dele, que se fechavam devagar, conforme os dedos roçavam seu rosto.

Gaara pegou a mão de Sakura e deu um beijo na palma.

- Mês que vem, minha rosinha. – e sorriu, ao ver Sakura arregalar os olhos. – Eu vim pra te falar isso. Terminei as últimas coisas que eu precisava e o que sobrou, eu encerro logo. No próximo mês, eu quero você comigo o tempo inteiro.

Sakura deixou escapar um sorriso. Tentou conter também uma lágrima, mas foi impossível. Tanto tempo juntos e sofrendo com a distância. Agora um mês... parecia um século, ao mesmo tempo que parecia um segundo. Começou a rir como louca, abraçando o pescoço dele e dando beijos espalhados em seu rosto. Gaara também ria, largo, satisfeito de ver que nada tinha mudado, apesar dessa escapada de Sakura.

- Em um mês você consegue se desligar de tudo aqui? – perguntou sério, tendo que se livrar do ataque de Sakura, que ainda o agarrava sem parar. Ao ouvir isso, ela pensou.

- Acho que sim... – devaneou, traçando em pensamento o que teria que fazer pra deixar Konoha pra trás e ir pra Suna de uma vez. Uma pessoa veio em sua mente: Naruto. Mas ao olhar de volta pra Gaara, a resposta foi simples. – Eu dou um jeito. – e sorriu com sinceridade.

A primeira coisa que encantou os dois, em ambos, foram os olhos. Então, a cada vez que paravam um segundo e se olhavam, tanto um, quanto outro, se perdiam nos olhares. Sakura se ajeitou mais no colo de Gaara, passando uma perna em volta do seu quadril, pra encará-lo mais diretamente. Ele a trouxe pra mais perto e fez um carinho leve em seu rosto.

- Eu não aguento mais ficar longe de você, rosinha... – falou baixinho, deixando os olhos correrem pelo rosto dela.

Sakura encostou a testa na dele e fechou os olhos, sentindo a respiração quente de Gaara bater em seu rosto. O peito começou a subir e descer descompassado e o coração acelerou. Tava sentindo tanta falta dele. Roçou o nariz devagar na pele branca do noivo, que expirou devagar, ao sentir o movimento sutil. Deu um beijo casto em sua bochecha, depois outro no canto da boca, até encontrar com os lábios dele. Então, se lembrou do quanto ele era maravilhoso. A boca pronta de Gaara estava ali pra recebe-la. Úmida, quente, doce, como sempre. A língua, ávida por um beijo que desejou desde o momento em que se viram na rua. Deram um beijo grandioso, sem pressa, onde a cabeça gira pros lados, pra buscar mais ângulo. As mãos de Sakura se enfiaram pelos cabelos de Gaara e as dele pressionavam seu quadril, a empurrando pra frente e pra trás no colo, estimulando uma ereção crescente, que surgia sob a roupa. Não dava mais pra ficar ali.

Ele se levantou, com ela encaixada em seu colo, e Sakura enlaçou as pernas em volta de sua cintura. O caminho que Gaara ia tomar, era o conhecido, até o quarto, onde ia sempre. Mas fazer isso com Sakura em seu colo, rebolando sem parar, beijando seu pescoço de modo descontrolado, mexendo com a sua capacidade de raciocínio, fazia com que esse caminho se tornasse uma prova difícil de executar. No meio do corredor, a prendeu na parede e tomou sua boca em outro beijo. Dessa vez, mais devasso, com uma mão mais possessiva, prendendo seu seio com força, enquanto mordia o lábio dela devagar.

- Colabora, gostosa, senão eu não consigo chegar na cama. – falou com a voz rouca, mas com uma malícia descarada, que arrancou um sorrisinho sacana de Sakura.

- Eu vou ficar quietinha, prometo. – respondeu com falsa inocência, e foi a vez dele dar um sorriso de canto.

- Eu sei que não vai. – a desencostou da parede. – E é por isso que eu te amo tanto... – e partiu firme, antes que ela recomeçasse os beijos torturantes em seu pescoço.

Assim que passou a porta do quarto, deitou com Sakura na cama e foi incisivo pra cima dela. Gaara tinha seu próprio jeito, seu lado dominador e isso enlouquecia Sakura. Quando a colocou na cama, imediatamente, as mãos dele já foram puxando as roupas dela com uma fúria desnecessária, ditando as regras do jogo, a colocando em submissão e ela sorria sem parar. Era bom demais tê-lo por perto. Podia ajudar a tirar, mas ele não gostava disso. Tinha um prazer imenso em ele mesmo despi-la a não ser quando ele pedia que Sakura fizesse isso. À ela, nesse momento, restava aproveitar. E nunca, nunca, ela saía menos que satisfeita.

Ele puxou a camiseta dela e jogou pro lado, se concentrando no sutiã. Deitou de novo, beijando toda a extensão de seu corpo, mordendo a pele devagar, enquanto se livrava da peça íntima. Abocanhou seu seio com sofrimento, sugando forte, como sempre fazia, enquanto apertava o outro. Girava a língua em uma tortura maldosa, arrancando gemidos profundos da garganta de Sakura, que, pra ele, eram o céu. Desceu o rosto até a saia, abrindo o botão e puxando tudo pra baixo de uma vez. Gaara não ligava pra roupas e esse tipo de sensualidade. O que ele gostava mesmo, era de ver Sakura assim, como ela estava: toda nua, olhando pra ele com os olhos estreitos, esperando seu próximo movimento.

E ele faria isso. Abriu o botão da própria calça, pra dar alívio e espaço ao pau latejante de tesão que tava sentindo e se concentrou e dar prazer pra noiva gostosa, de quem estava morrendo de saudade. Se deitou ao lado dela e achou a boca vermelha de Sakura. Começou a beija-la sem pressa nenhuma. A mão forte, correu direto pro meio de suas pernas, afagando a boceta dela devagar. Só aí, Sakura já deu uma amolecida. Encontrou o clitóris durinho, excitado, e começou a estimulá-lo, com carinho, com cuidado. Ela arqueou o corpo e aumentou os gemidos, agora mais profundos, vindos direto do fundo da garganta. Não teve como não sorrir. Continuou a massageá-la com aquela delicadeza, com aquele carinho, sentindo o corpo de Sakura reagir ao seu toque. Pra ele, aquilo era uma delícia, vê-la assim, se retorcendo de tesão. Fez movimentos leves, circulares, ouvindo aqueles gemidos gostosos, que ela dava. Introduziu um dedo e ficou naquele entra e sai, enquanto o polegar continuava fazendo a massagem boa. O corpo de Sakura tava fora de controle. Ela já não conseguia mais segurar os gemidos e muito menos as contrações. Sabia exatamente o que estava acontecendo. Os carinhos de Gaara estavam extraindo dela a própria consciência e espalhando uma onda insana de calor e eletricidade pelo corpo que, conforme aumentava, maior era a necessidade de gritar. Tentou conter o gemido, morder os dentes, agarrar o travesseiro, mas não deu. Quando o ápice do choque veio, soltou tudo o que tinha guardado. Gozou na mão dele e quando o olhou, viu seus olhos verdes minúsculos, a olhando cheios de prazer, enquanto ele mordia o lábio, tomado de desejo. Era uma princesa pra ele, e ele fazia qualquer coisa pra agradá-la. Até dar os orgasmos mais maravilhosos.

- Ai que saudade dos seus dedos, amor... – murmurou molinha, se virando pra ele e laçando seu pescoço com os braços.

- Só dos dedos? – ele brincou, falando com malícia, roçando a boca no pescoço de Sakura. Ela deu uma risadinha.

- Não... de todo o resto também... – respondeu sorrindo, beijando a boca dele.

Gaara a afastou de novo. Se estava com saudade, ele mataria essa saudade. Se levantou da cama, sendo acompanhando pelos olhos verdes de Sakura e começou a se livrar da própria roupa.

- Diz pra mim, minha rosinha... – pediu com uma perigosa malícia. – Você é minha? – e a encarou de volta, com um sorriso de canto matador.

Sakura se ajeitou na cama e mordeu a pontinha da unha.

- Só sua, meu vermelhinho. – respondeu manhosa.

Ele deu uma risada seca.

- Bom saber... – resmungou, se livrando do que ainda tinha e começou a se tocar, olhando pra ela. – E se eu dissesse que eu quero que você seja só minha?

Ela o olhava com desafio, como se quisesse pagar pra ver do que ele era capaz. Ficou sentada no colchão, por entre aqueles lençóis bagunçados, esperando pelo próximo movimento do seu homem. Gaara, por fim, veio até ela e Sakura ficou de joelhos, de frente com ele.

Ela puxou os cabelos de Gaara pela nuca. Mordeu o queixo dele e perguntou:

- E, você, meu gostoso, de quem é?

Nunca foi de outra. Nunca seria de outra.

Ele não respondeu. Só riu. Se livrou das mãos rápidas dela e a colocou de costas, de quatro pra ele. Com ela naquela posição, colocou a boca em seu sexo, já úmido dos orgasmos que tinha tido. Quando Sakura sentiu a língua do homem andando por suas partes sensíveis, se estremeceu. As pernas bambearam. Gaara colocou as duas mãos nas coxas dela, segurando firme. Com a boca abafada pelo lugar onde estava, falou:

- Não cai!

Era uma ordem. Ela não podia cair e ele, pelo que parecia, ia fazer de tudo pra que isso acontecesse. Com a língua, estimulava, rapidamente, o clitóris da moça. Com o dedo, penetrava profundamente, buscando pontos que pudessem dar, pelo menos, mais um orgasmo a ela. E, com o nariz, roçava a parte interior das coxas, que Sakura sabia que eram lugares prazerosos. Ela se agarrava ao colchão, deixando marcas de suas unhas no lençol.  Arfava, seu peito subia e descia, buscando um ar que era inexistente no lugar. Se remexia, ficando ainda mais empinada, e isso aumentava ainda mais a área de ação de Gaara já que, quanto mais empinada, mais excitado ele ficava, e mais empolgado em tortura-la. Sakura suplicava, baixinho:

- Me fode... – quase um murmuro. Ele não entendia, tanto pelo volume que ela falava, tanto pela concentração no que estava fazendo.

E ela se controlou o máximo que deu. Tentou mesmo. Só a masturbação já estava sendo difícil de fazê-la se manter de pé. Mas quando ela sentiu... Quando ele teve que morder e depois lamber a bunda dela... ah, aí foi demais. Aí ela gozou, fazer o quê?! E gozou nele. Na boca dele. Que adorou. Era o que queria desde o começo. Se refestelou sentindo Sakura se apertar em sua língua. Respirava fundo o cheiro dela, saindo de dentro do seu corpo. Como ele amava aquele cheiro, como ele amava aquela mulher. Viu que ela ficou fraca. Com o braço forte, pegou duas almofadas e encaixou embaixo do seu quadril. Limpando a boca com as costas da mão, falou, safado:

- Uma delícia! Agora, eu vou te comer! Você quer?

Ela riu. Confirmou com a cabeça. Os olhos verdes faiscando, num misto de ódio e desejo. Se empinou ainda mais pra ele:

- Tá esperando o quê?

Ele apertou o bumbum dela e se encaixou, sem entrar.

- Tô esperando você confirmar mais uma vez que é só minha! Que esse corpo gostoso é só meu! Que essa bunda gostosa é só minha! – e deu um tapinha.

Ela se contorceu. Respirou fundo.

- Sua, meu gostoso! Toda sua... – e foi interrompida pela primeira estocada firme. Nem ele aguentava mais. O grito de Gaara foi alucinante. Digno de um orgasmo dos mais intensos. E entrava forte nela, o som do corpo dele, se chocando contra o de Sakura era alto, viril.

- Que isso, minha rosinha... extraordinária. Você tá um sonho... – falava de olhos fechados e cabeça jogada pra trás.

E a mulher estava extraordinariamente confortável na posição em que se encontrava. As almofadas sob o corpo tinham a deixado mais alinhada com a altura dele, de modo que ela se aproveitou. Na verdade, ela só se aproveitou mesmo. Teve uma montanha de micro-orgasmos que vinham como pequenos choquezinhos, ainda mais quando ele se remexia dentro dela, ou gemia alto.

Gemendo, Sakura sentiu que Gaara estava quase lá. Apertou-o o máximo que pode e arrancou um palavrão da boca dele. Riu, maliciosa, por cima do ombro. Ele, de pirraça, deu um tapinha no bumbum dela, que apertou de novo. Gaara cerrou os dentes e entrou mais forte e mais rápido. Então, ela se livrou das almofadas e ficou exatamente de quatro pra ele, puxando uma das mãos de sua cintura e levando-a até seu seio, debruçando-o sobre suas costas. A cabeça de Gaara estava bem perto da dela, tanto que Sakura conseguia sentir sua respiração quente contra seu pescoço.

- Assim é melhor... você fica mais pertinho de mim... – falou, entre os dentes, alucinando pelo hálito quente dele se espalhando pela sua nuca.

Ele cravou os dentes pelas suas costas, chupando e lambendo a pele exposta da mulher. Depois, se arrependia de marca-la:

- Você é tão linda, Sakura... tão perfeita... – falava, arfando, com o ar faltando.

Ela rebolava, se remexia, ditando o ritmo das estocadas. O joelho, completamente ralado.

Mas Gaara levantou. E pelo modo como levantou, eram os últimos segundos. Começou a estocar forte e firme, com rapidez e fundo. Sakura sentiu que estava sendo rasgada no meio, tamanha era a intensidade que ele a penetrava, como se quisesse provar alguma coisa. Era tão alucinante, que ela sentia o corpo inteiro se esvair. Os orgasmos com ele eram sempre assim. Tiravam sua força. E a dele, porque quando gozou, gozou muito e gozou gritando. Caiu, deitado, ao lado dela e disse:

- É lógico que eu sou seu, minha rosinha. Não precisa perguntar. – puxou o rosto dela. – Se você quiser, claro.

Sakura deu um sorriso molinho, cansada e foi pro peito dele, como sempre fazia. Ele a abraçou com carinho, deixando-a bem encaixada dentro do seu corpo.

- Eu te quero pra sempre, meu amor. – respondeu mansinha, dando um beijo no peito dele. Gaara respondeu com um no topo de sua cabeça. – Você fica até quando?

- Amanhã. – ouviu ela resmungar. – Eu tenho que ir pra resolver logo o que tá parado, rosinha. Mas pensa, que a próxima vez que a gente se ver, vai ser pra se casar. – encerrou animado e viu Sakura se animar também.

Ela apoiou o queixo no peito dele e o olhou.

- Finalmente, né? – brincou com ele, que riu.

- Você que quis esperar... por mim, você não tinha nem vindo embora daquela vez que foi pra Suna. – respondeu rindo.

Ficaram um tempo só se olhando e lembrando que lá foi o começo de tudo. Lá se descobriram juntos, como homem e mulher. Mas, uma coisa não saía da cabeça de Gaara, por mais que tentasse. Fez um esforço e, mesmo sem querer, o inconsciente o jogou pra isso de volta.

- Quem tava com você, quando eu te encontrei na rua? Era o Naruto? – perguntou de forma tensa. Sakura só confirmou com a cabeça e voltou a se deitar, desviando os olhos dos dele. Nisso, ele entendeu tudo.

Quando se aproximou de Sakura, Gaara soube do envolvimento dos dois. Inclusive, teve paciência o bastante pra esperar que ela esquecesse o amigo pra poder se apaixonar por ele. Por muito tempo, essa relação foi unilateral, apesar de Sakura sempre ter correspondido aos seus beijos e carícias. Foi quase um ano pra começar a ser correspondido no sentimento. Ter Naruto por perto não era bom. Fechou os olhos, respirou fundo e concluiu o que não queria. A única vez que Sakura tinha escapado coincidia com um momento em que Naruto estava na vila.

- Ele voltou pra ficar? – perguntou sem esconder o desagrado.

- Não sei, Gaara. – ela respondeu seca. – Mas eu já conversei com o Naruto e ele sabe que eu tô noiva e não pretendo me separar de você.

Isso, por um lado, tranquilizava Gaara. Mas, por outro, significava que Naruto já tinha tentado alguma coisa, que levou Sakura a falar sobre isso com ele.

- Foi ele? – perguntou frio. Ela se levantou, apoiando no cotovelo e o encarou.

- Por que você quer saber isso, amor? Eu nunca perguntei... – foi interrompida.

- Foi ele. – Gaara mesmo concluiu. – Sakura, me responde agora. Você ainda quer ficar comigo depois que ele voltou?

Ela se ajeitou ainda mais e se sentou pra olhá-lo.

- Lógico que quero, Gaara. O que aconteceu comigo e com o Naruto é passado. – respondeu firme.

- Então eu não quero mais que você fique com ele. – ele rebateu de imediato. – Se você me garantir que vai conseguir impor os limites da amizade, eu confio em você. Mas dormir com ele de novo, de jeito nenhum, tá me ouvindo? – e era a imponência do Kazekage que falava com ela nesse momento. Sakura concordou com a cabeça.

Um silêncio estranho pairou no quarto. Sempre que Gaara ficava sério, a atmosfera mudava.

- Você tá bravo comigo? – ela perguntou baixinho, apelando pros olhos pidões que sabia que arrancavam tudo dele.

Arrancou mais uma vez. Ele deu um suspiro longo.

- Bravo não, amor. Eu tô com medo. – admitiu, com a voz embargada. – Eu não quero que você mude de ideia.

- Eu não vou mudar, Gaara... – e foi interrompida de novo.

- Então vamos embora comigo amanhã. – ele propôs empolgado. – Você fica lá em Suna e a gente casa mês que vem, como combinado.

Sakura caiu na gargalhada.

- Gaara, confia em mim. Não precisa desse desnorteio. Não vai acontecer mais nada. Eu prometo pra você. – disse rindo, mas com firmeza nas palavras.

Ele deu outro suspiro longo.

- Então tá. – resmungou, contrariado. – Agora vem cá... – e a puxou pro peito de novo. – Vamo deitar um pouquinho, que eu tô quebrado. Vim muito rápido pra cá e ainda quero te pegar mais umas três vezes antes de ir embora.

- Três? – Sakura perguntou, fazendo uma careta.

- Quatro, talvez. Cinco, dependendo de como eu vou acordar amanhã. – ele rebateu, fazendo charme. Mas o clima pairou de novo e Gaara abraçou Sakura com mais força. – Fica aqui comigo.

Ela o abraçou de volta e nem respondeu. Entendeu que aquele “Fica comigo” não se referia àquele momento. Só deu um beijo no seu peito e fechou os olhos, inspirando o cheiro bom que Gaara tinha. Ele podia dormir ali. Com ele, ela podia dormir abraçada assim.



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