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História De repente, pai - Ano Novo em família


Escrita por: ThaliaTsukiyomi

Capítulo 6 - Ano Novo em família


Fanfic / Fanfiction De repente, pai - Ano Novo em família

Era dia de fazer as compras do mês. Fora a primeira vez que Sarada me acompanhava nesta tarefa – já que as outras vezes que eu vinha ao mercado, ela estava na escolinha. E quando o assunto era fazer compras, Sarada ficava incrivelmente alegre.

Assim que chegamos no estabelecimento, ela se empolgou indo buscar o carrinho e fez questão de empurra-lo.

Paramos na ala de frutas e legumes, e aos poucos eu escolhia o quais iríamos levar para casa. Quando me virei para pôr no carrinho, ambos tinham sumido.

- Sarada? – Senti um arrepio na espinha.

Apressadamente a procurei pelos os corredores e felizmente a vi parada encarando algo em uma das prateleiras.

- Ei, Sarada! – Chamei a sua atenção, fiquei aliviado. – Você me deu um grande susto!

Uma caixa grande de sucrilhos havia roubado toda a sua atenção. Ela pegou, estava claramente curiosa.

- O que é isso? – Ela me perguntou, mostando-me a embalagem.

- É cereal.

- Cereal? – Ela observava a caixa grande, fascinada.

- Nunca comeu?

- Nunca... – Após retirar os olhos da caixa, ela me abriu um sorriso. – Podemos comprar isto para o lanche?

- O quê? Lanche?!

- É que parece tão gostoso... – Comentou baixinho. – Acha que é muito grande para mim?

- Não é isso... Posso comprar se quiser. Mas isso é para comer no café da manhã. – Eu expliquei.

- Pode comer doces no café da manhã? – Ela ficou perplexa com a revelação.

Parando para pensar, Sarada não é uma criança que costuma comer muitos doces. Isso faz me lembrar da Sakura, que também não era muito fã.

- Bem... Como posso dizer...Isso parece uma sobremesa, mas pode comer como refeição! Substitui o arroz ou o pão. – Tentei tirar a dúvida que ela tinha. – Por que não come amanhã no café da manhã?

- Tá! – Ela me sorriu. Levou o cereal para pôr no carrinho. – Vou fazer isso! Você também vai comer, Sasuke?

- Eu não. – Voltamos a procurar as outras coisas que faltavam. – Não dá sensação de ter comido só com isso.

Feita as compras, voltamos para casa. Só deu tempo de chegar, que o meu celular começou a vibrar em meu bolso. Pensei logo que seria o Itachi ou alguém da empresa com alguma dúvida, mas me surpreendi com tantas chamadas não atendidas da minha mãe.

Se fosse um tempo atrás, eu estaria morrendo de medo e repensando em todas as merdas que eu tinha feito quando eu era um adolescente encrenqueiro.

- Alô. – Eu soltei a mãozinha gorduchinha da Sarada, ela correu em direção do nosso quarto.

- Liguei várias vezes e você não atende! – Disse Mikoto, minha mãe, uma dona de casa de meia idade. Estava irritada.

Veio me encher logo de cara...

- Ah... Bem, é que...

- E então? Está tudo bem? – Ela cortou a minha justificativa

- Hm... Estou bem. – Respondi.

- Seu idiota! Estou me referindo à Sarada!

- Ah... Ela está bem. – Fui na cozinha beber um pouco de água. – Também está indo direitinho na escolinha.

- Está alimentando ela bem? – Minha mãe parecia calma agora, mas levemente preocupada. – E o banho? Não está deixando a casa bagunçada, não é? A poeira pode dar alergia...

- Tá tudo bem! Está melhor que antes. – Eu disse. – Se eu deixo o quarto sujo, a Sarada fica brava.

- Você já tem 30 anos, o que pensa que está fazendo?! – Seu tom de voz mudou. – Levando bronca de uma criança de seis anos!

Eu tenho 28...

Depois de beber a água, coloquei o copo na pia e fui para a sala. Me sentei no chão, perto da mesinha de chá.

- E o que você quer, mãe? – Suspirei. – Não foi você quem disse que não queria se envolver em problemas?

- Não foi bem assim... – Ela ficou alguns segundos calada. – Você virá para cá no ano novo, não é?

- Não. – Respondi pesadamente. – Não vou voltar. Vou dar trabalho se eu for com a Sarada.

- Não pode ser assim! Faz quanto tempo que você não volta?! E vai fazer bem para Sarada brincar um pouco em um quintal grande...

É, parece que dona Mikoto decidiu parar de me ver como um irresponsável e me quer novamente.

- Tudo bem. Estarei aí.

{...}

No caminho para a casa dos meus pais, a Sarada parecia estar bastante empolgada. Talvez por ser a primeira vez que estamos viajando juntos...

- Sasuke. – Ela me chamou. A menininha estava alguns passos à minha frente. – É pra direita ou esquerda?

- Direita. Mas não saia correndo. – Lhe avisei. – Às vezes passa carros por aqui.

Fique um pouco surpreso. Mas... Foi só chegarmos que ela ficou calada.

Se agarrou em minhas pernas e escondeu o seu rosto, como sempre fazia na presença de pessoas que ela não conhecia.

- Bem vindo, Sasuke. – Minha mãe nos recebeu com um sorriso. – Que bom que veio, Sarada!

- Ei, Sarada...? – Ela se recusava a me largar.

Nem com a presença e mimos da Izumi fez com que a criança saísse do meu encalço.

No almoço – que por sinal era um belo de um banquete - além dela não repetir, como sempre faz, Sarada estava estranhamente quieta e nem sequer disse uma única palavra. Os doces que o Itachi fez para a sobremesa, ela nem os tocou.

Para onde eu ia, ela vinha logo atrás. Estava me sentindo como tivesse voltado ao funeral da Sakura.

- Estou indo ao banheiro. – Eu disse. – Não precisa vir atrás de mim!

Foram palavras em vão...

Ela veio desgrudar de mim, quando Izumi lhe ofereceu alguns foguinhos de artifícios, e ambas foram se divertir no quintal. Depois brincaram com alguns joguinhos.

Já de noite, minha mãe esquentou a água do banho e pediu para que eu e Sarada fossemos os primeiros. Logo depois a coloquei para dormir.

Voltei a me reunir com os meus familiares.

- A Sarada já dormiu? – minha mãe perguntou.

- Sim. – Sentei-me com eles.

- Ela é sempre assim? – Desta vez foi o meu pai que perguntou, ele tinha um jornal em mãos.

- Não. – Eu disse. – Em casa ela conversa bastante. A Sarada consegue se abrir bastante mesmo com adultos, ou até com a mãe de seus amiguinhos.

- E os Haruno? – Itachi perguntou. Todos presentes na sala o olhou sem entender. – Vai levá-la para os visitarem?

{...}

O clima havia ficado estranho e Izumi acabou mudando de assunto eu sequer consegui responder...

Quase não consegui dormir pensando na pergunta de Itachi. Eu não sabia ao certo se eu deveria ir ou não.

Eu sinceramente, não os perdoei pelo o que fizeram com Sarada, principalmente com a Sakura. Mas, estranhamente tive uma enorme vontade de ir lá.

Logo após do café da manhã, eu simplesmente sai, sem dizer para onde ia. Apenas pedi para que cuidassem da minha pequenina.

Eu tinha que ir, senão, ficaria com uma sensação estranha de não ter feito algo! Quando me dei conta, eu já estava bem de frente à residência deles.

Por um momento, quis dar a meia volta. Estava indeciso. Mas eu por um lado queria provar o quanto Sarada é uma boa garota.

Eu precisava.

Respirei fundo e tomei coragem, após eu tocar o interfone, a porta foi aberta.

Era Mebuki com a sua carranca de poucos amigos.

- O que faz aqui? – Ela foi rápida na pergunta. Curta e grossa.

- Ah. – Procurei a minha carteira. - Eu trouxe fotos da Sarada. – Tirei algumas pequenas fotografias. – Aqui estão.

Primeiro, decidi mostrar fotos da Sarada  sem falar da situação atual dela. Queria ver a reação dela...

Honestamente, fiz isso querendo vê-la perturbada.

- Ah... – Por um momento, vi Mebuki relaxar os ombros. Ela observava cuidadosamente. – O jeito dela...

Mas ela não sentiu intimidade em nenhum momento. Ela parecia estar vendo fotos de filhos de parentes que não via há muito tempo.

- Apesar da enorme semelhança na aparência que ela tem comigo... – Eu comecei, estava olhando carinhosamente para as fotos que a mulher à minha frente tinha em mãos. – Sarada lembra bem mais a Sakura em vários aspectos.

- Veio de longe só para me entregar isto? – Ela riu de deboche. – Vá embora! Já não bastou tudo o que fez com a minha família? Com a Sakura?

O jeito como ela fala deste assunto está me deixando muito irritado!

Eu realmente não deveria ter vindo.

- Vocês sempre estão colocando a culpa do falecimento da Sakura em mim. Pois bem, eu aceito essa enorme responsabilidade! – Estava quase explodindo de raiva. – Mas fique sabendo que a culpa é maior é toda sua. Você que falhou como mãe! Sakura não contou sobre a gravidez, pois sabia que vocês não iriam aceita-la e, muito provável, iriam querer que ela retirasse. Estou errado? – A encarei. Mebuki parecia perplexa.

- Nos façam um favor, deixa-a usar o seu sobrenome e corte logo todos esses laços com nós Haruno!

- Meu sobrenome?

- Ela deve passar por situações desagradáveis se tiver o sobrenome diferente de seu responsável. – E sem mais nenhuma palavra, Mebuki fechou a porta na minha cara.  


Notas Finais


Desculpem quaisquer erros.
Qualquer coisa, aceito alguém para dar uma revisada nos próximos capítulos


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