1. Spirit Fanfics >
  2. De três pra cinco >
  3. Adicione mais dois a receita e...

História De três pra cinco - Adicione mais dois a receita e...


Escrita por: rkive

Notas do Autor


Oie, oie!
Vou falar só nas notas finais, risos.

Ahn... Boa leitura, crianças!

Capítulo 1 - Adicione mais dois a receita e...


TaeHyung acordou com dor de cabeça e mal estar, uma sensação ruim tomando posse de seu corpo, contudo evitou falar e demonstrar isso para seus amores. Levantou do meio da king size com cuidado para não acordar YoonGi que estava à sua direita e Jeongguk, à sua esquerda.

Não obteve tanto sucesso assim já que YoonGi, movido pelo frio repentino por falta do calor do Kim, acordou e lhe fuzilou com os olhos sonolentos apertadinhos.

— Aonde pensa que vai, Kim? — perguntou baixinho. A voz grave e rouca estava áspera pelo sono, mas isso não impediu o Kim de sentir as tão calorosas e conhecidas ondas elétricas percorrendo seu corpo.

Tae sorriu, empurrando a dor e o mal estar para longe, inclinou-se para o mais velho, deixando um selar na testa e sussurrando um “trabalho” enquanto voltava a se locomover pela cama, YoonGi ia levantar com o pretexto de lhe fazer o café da manhã, mas Tae o impediu dizendo que iria parar em algum lugar pelo caminho e que era para ele voltar a dormir.

Não era segredo que os dois mais novos do trio não sabiam cozinhar, apenas Jeongguk que garantia um macarrão instantâneo com gosto de meia podre – segundo o Min –, portanto YoonGi estava sempre garantindo que os dois se alimentassem corretamente em suas agendas mais que corridas – o Min fazia questão de sair da empresa na hora do almoço apenas para ver seus namorados comendo corretamente, em algum restaurante qualquer. Porém, naquele dia, Tae sabia que os dois precisavam descansar.

Os domingos e as segundas eram a folha do trabalho de Jeongguk, e ele só necessitaria ir à faculdade depois das duas. YoonGi havia voltado a se chamar YoonGi naquela madrugada, quando assinou o último documento que precisava para dar o trabalho naquele álbum por terminado – sempre que estava no trabalho, era chamado de Suga, ideia de TaeHyung, ele sempre iria se orgulhar disso –, teria o resto da semana livre antes de voltar para a empresa para voltar a trabalhar como produtor musical daquele grupo rookie, o BTS. Tae sabia que os dois estavam cansados e não queria incomoda-los.

Andou até o banheiro a passos rápidos e silenciosos. Fez sua higiene pessoal, tomou um banho rápido e vestiu uma roupa confortável – uma calça jeans folgada, uma camiseta larga e lisa de YoonGi e os Timberlands amarelos do Jeon, completando tudo com o gorro do namorado mais velho – o suficiente para sair e passar o dia fora. Pegou as chaves, carteira, duas caixas de bombons – havia prometido às crianças que iria lhes dar chocolate – e rumou para seu Honda vermelho – na época que comprou, seu cabelo era daquela cor – ligando-o e se dirigindo para o orfanato onde trabalhava.



Já estava no fim do dia, terminando de dar banho em um dos bebês que ainda não andavam. Estava exausto – quem diria que apenas ficar algumas horas em um quarto com quinze crianças iria lhe cansar tanto? –, todavia não ousaria reclamar: aquelas crianças lhe compensavam o cansaço com apenas um sorriso. Nessas horas ele lembrava-se dos dois sorrisos que mais amava no mundo, um cheio de gengivas e dentinhos pequenos, bem alinhados, e outro cheio de dentes salientes e grandinhos.

Ao terminar o que tinha que fazer, Tae se despediu de todas as crianças e funcionários – ele era um dos únicos que não morava ali –, e pegou a chave de seu carro, saindo do prédio.

Estava um tanto curioso para com a correria que teve ali durante o dia, mas estava mais ansioso para voltar para casa e ser recebido pelo Min, com seu sorriso de gengivas e olhinhos apertados. Jeongguk ainda não devia ter chegado, já que ia passar na casa daquele tal de Yugyeom – Tae morria de ciúmes, mas nunca iria admitir isso, não queria dar o braço a torcer – para fazer um trabalho da faculdade.

Iria entrar no carro quando a governanta do orfanato surgiu correndo. A face da mulher parecia abatida, mas ela tratou de colocar um pequeno sorriso, como que pra diminuir o cansaço e o desgaste causado pelas crianças.

— O que houve, ajuhmma? — perguntou com cautela, era visível que ela iria lhe pedir alguma coisa.

— Chegaram duas novas crianças, Tae, mas não conseguimos fazê-las falar nem interagir. — explicou e passou as mãos nos cabelos alvos enquanto suspirava. — Eu não me surpreenderia, né, temos crianças que passam muito tempo sem falar depois de sofrerem o que elas sofreram, mas… isso não está nenhum pouco normal, TaeTae.

Não era surpresa para TaeHyung que lhe chamassem. Ele era um dos funcionários que melhor se dava com as crianças, geralmente os pequenos lhe eram enviados para ele cuidar depois que passavam pelo psicólogo – Kim MinJae era um bom profissional, porém Tae tinha uma dinâmica mais ativa e menos mecânica para com as crianças.

— Onde elas estão? Quando chegaram? São irmãs? — disparou enquanto voltava para o prédio. — Tens informações sobre o que aconteceu com elas?

Se as crianças lhe foram passadas, algo de muito ruim lhes tinha acontecido e MinJae não soubera lidar com. Tae era formado em psicologia s mais tempo que MinJae, mas não gostava de tomar esse posto quando estava ali, no orfanato. Isso lhe levou a cursar pedagogia e formar-se no ramo como um dos melhores da classe.

— Eles estão na sala de brinquedos, são gêmeos bivitelinos… — ela fez uma careta de pura confusão, mas logo as desfez e continuou: — Chegaram tem algumas horas, depois de passarem pela assistência social Estadual. Seus pais morreram em um assalto a domicílio alguns dias atrás, os gêmeos ficaram como reféns e o mais velho está com a perna quebrada, os assaltantes não tiveram dó das crianças.

— Machucaram-nos?! — mais gritou que exclamou, seus olhos levemente arregalados com a surpresa e a raiva que já lhe tomava.

Apertou o passo e a pequena senhora lembrou uma das características mais marcantes de TaeHyung: ele se preocupava com todos, mesmo que a pessoa lhe tenha feito mal alguma vez.

Ignorando os chamados da gordinha atarracada, Tae logo chegou à sala de brinquedos. Adentrou-a com passos largos, porém calmos, contradizendo seu estado de espírito. Seus olhos logo se chocaram com os gêmeos de cabelos escuros e olhos profundos, estes que estavam sentados em cadeirinhas de plástico – uma vermelha e uma verde. A garotinha parecia nervosa, roendo um cookie com os olhos baixos, parecia amedrontada; já seu irmão estava limpando algumas lágrimas fujonas e cutucando o gesso que estava moldado a sua perna direita, envolvendo toda a área do peito do pé até uns centímetros abaixo do joelho. Eram pálidos em demasia, com olhinhos escuros e lábios pequenos.

TaeHyung lembrou do seu namorado mais novo e um pequeno levantar no canto de seus lábios aconteceu.

Quando os dois notaram-no ali, lhe olharam com certo receio. TaeHyung andou até eles e, com passos calmos e um sorriso apologético, sentou-se na cadeirinha roxa à frente deles.

— Oi, crianças… — a garotinha continuou a roer seu biscoito, com o olhar baixo, enquanto o garotinho virava a cabeça para o lado, cortando contato visual. — Ahn… sou TaeHyung…

— Você também vai dizer que “sente muito"? — perguntou a pequena, a voz áspera e fraca sobrepujando a infantil que deveria ser doce e aguda.

As palavras da pequena lhe pegaram desprevenido e ele não pôde fazer nada que não fosse arregalar os olhos em surpresa. TaeHyung não podia acreditar que crianças de, aparentemente, oito anos estavam lhe deixando tão surpreso assim.

— Foi apenas isso que eles lhes falaram? — perguntou com uma ponta de indignação na voz, sabia que mostrar tal sentimento iria lhes fazer recuar, mas não conseguiu refrear-se.

Suspirou baixinho e bagunçou os cabelos castanhos e lhes lançou um olhar apologético. Tá, eram crianças, não iriam entender… porém, Tae odiava tratar crianças como seres inferiores, sabia que elas, na verdade, entendiam tudo muito melhor que muito adulto por aí.

Notou que as crianças pareciam cansadas e levantou-se, mostrou um sorriso pequeno e se abaixou na frente delas.

— Eu não vou dizer que não sinto muito, eu sei quão ruim é perder os pais e apenas receber um “meus pêsames” ou “sinto muito” das pessoas ao redor. Vocês são crianças e é ainda é mais difícil de aceitar tal coisa. — suspirou ao ver lágrimas nos olhos dos pequenos. — Eu estou aqui para ajudar vocês, mas essa ajuda não irá valer de nada se vocês não quiserem. Eu estou disposto a cuidar de vocês aqui nesse orfanato enquanto vocês não forem adotados. Vocês querem receber essa ajuda?

Os dois entreolharam e lágrimas escorreram dos olhos da pequena quando a mesma desatou a chorar no ombro do irmão.



Ao chegar em casa, YoonGi correu até ele com um vinco entre as sobrancelhas, os olhos apertadinhos transmitiam sua preocupação. Porém, antes que YoonGi pudesse chegar até ele, Jeongguk surgiu do chão e o abraçou por trás, agarrando sua cintura e enchendo sua nuca de selares.

— Demorou hoje, Tae… o que houve? Você se atrasou pro jantar. — mesmo que não tenha sido o primeiro a abraçar o namorado – ele fazia questão disso, Jeongguk falava que era injusto, mas ele sempre usaria o “eu nasci primeiro” como desculpa –, a preocupação era maior e YoonGi não se ateve a esse pequeno detalhe. — Você nem avisou que iria demorar…

— Imprevistos… chegaram duas crianças hoje e… — Tae suspirou baixinho ao que seus olhos marejavam.

YoonGi sorriu compreensivo enquanto calava o acastanhado com um beijo. Puxou-o pela cintura e colou os corpos – claro que puxando Jeongguk contra TaeHyung, fazendo um sanduíche com o Kim.

TaeHyung fungou um pouco antes de Jeongguk separar o abraço e começar a puxa-lo para a cozinha, dizendo que ele tinha que provar a comida que o namorado mais velho havia feito.

A noite depois disso se passou calma, o Min e o Jeon não tocaram no assunto das crianças e apenas fizeram isso quando estavam, os três, na cama, se preparando para dormir – eles tinham que dormir cedo para acordar cedo, Jeongguk e TaeHyung teriam que ir trabalhar pela manhã, deixando o Min sozinho.

Tae lhes contou o que aconteceu e eles não deixaram de se preocupar com as pequenas.

TaeHyung se sentia responsável por elas, depois que os pequenos começaram a chorar em seus braços, Tae jurou que as protegeria. E ele iria fazer isso, nem que tivesse que chegar um pouco depois do horário normal em casa.



Passando-se duas semanas desde que havia conhecido as crianças, elas já até sorriam para suas pequenas brincadeiras, mesmo que não fosse nada exagerado. YoonGi gostava de dizer que era o “efeito TaeHyung”, todos os seres que lhe conheciam se apaixonavam pela personalidade doce de TaeHyung, e com as crianças não fora diferente.

Elas podiam não sorrir com frequência e preferirem ficar quietos, no quarto deles; mas sempre que TaeHyung estava livre, elas corriam para o seu colo, atrás de abraços com cheirinho de talco e colônias infantis – Tae sempre estava cuidando dos bebês mais novos, estava sempre com o cheirinho deles.

Havia descoberto uns muitos dias atrás que as crianças chamavam-se Yong TaeGeuk e Yong TaeYoon – sendo TaeGeuk a irmã mais nova e TaeYoon, o mais velho – e que eles tinham apenas sete anos.

Naquele dia em particular, Jeongguk não teria nada pra fazer e, como um bom amante de crianças, resolveu dedicar esse dia livre para ir ao orfanato – eles estava sempre recebendo ajuda voluntária, não é fácil cuidar de tantas crianças, então Jeongguk e YoonGi estavam sempre que possível dando apoio ao Kim.

Quando o Honda vermelho estacionou na frente do orfanato, Jeongguk saiu pulando animado dele. TaeHyung achava isso engraçado e sempre acompanhava o mais novo em suas gracinhas, fazendo aquele orfanato virar uma bagunça – no sentido bom já que eles estavam fazendo as crianças rirem e distraírem-se.


Já era quase três da tarde quando Jeongguk terminou de banhar um dos bebês mais novos – coisa que ele não fazia um ano e meio atrás, Jeongguk demorou a aprender, tinha medo de derrubar a criança dentro da banheira e afoga-la, Tae teve de ser muito paciente com o namorado, na época – e TaeHyung lhe puxou para o canto, onde TaeGeuk e TaeYoon lhes esperavam.

— Geukie, Yoonie — Tae riu com os apelidos que também usava para seus namorados. — Esse é meu namorado, Jeongguk.

As duas crianças mediram Jeongguk dos pés a cabeça, não permitiam a aproximação de ninguém que não fosse TaeHyung, MinJae ou a governanta. Mas se fosse TaeHyung, a única pessoa em quem confiavam de olhos vendados – TaeYoon ainda ficava com um pé atrás, mas já faziam duas semanas que se conheciam, era justo dar um voto de confiança para aquele que estava sempre ali por eles –, a apresentar a pessoa, eles até poderiam pensar em abrir uma brechinha. Principalmente se fosse “um dos dois príncipes encantados do Tae Oppa", como dizia TaeGeuk em seu jeito meigo de dizer que Jeongguk e YoonGi eram bonitos.

Jeongguk se viu desconfortável com os olhares em cima de si, mas abriu um dos seus melhores sorrisos e as cumprimentou com animação – que nem de longe era falsa, ele estava mais que animado por conhecer uma das principais alegrias de TaeHyung.

— Boo — ele viu os olhos da pequena se iluminarem com o apelido que Tae usava para se referir a ele. —, esses são TaeYoon e TaeGeuk. Crianças, esse é Jeongguk, meu namorado mais novo.

TaeGeuk foi a primeira a abrir um sorriso para o de dentes grandes. Jeongguk se viu tão fascinado pelo sorriso infantil que não hesitou em sentar na frente da pequena com um de seus sorrisos mais abertos, do tipo que fechava seus olhos e fazia ruguinhas surgirem no canto.

— Jeongguk oppa parece um coelho, TaeTae oppa! — TaeGeuk abriu o maior sorriso que já havia aberto desde que chegou ali, a felicidade e a fascinação em ver o lindo casal homoafetivo a sua frente lhe aqueceu o peito e fez seus estômago revirar em um sentimento que ela não conhecia, mas que era nostálgico.

Mesmo que não soubesse colocar isso em palavras, TaeGeuk sentia e entendia tudo o que acontecia ao seu redor. Não era sua pouca idade que a faria ignorante ao mundo.

Já TaeYoon engoliu em seco e desviou o olhar de Jeongguk para TaeHyung, que lhe fitava com intensidade. TaeHyung notou o receio da criança e se abaixou na frente dele, puxando-o para um abraço apertado e quentinho, com cheirinho de talco e colônia infantil.

— Está com medo do tio Kookie? — utilizou o apelido que seu namorado mais gostava e que parecia mais fácil para os pequenos. — Daquele carinha ali que tem sorriso de coelho?

TaeYoon nada disse, apenas arrastou a perna magoada até que estivesse completamente dentro do abraço de TaeHyung, sentido-se protegido.

— Não precisa ter medo dele, TaeYoonie… Jeongguk nunca faria mal a você, ele é inofensivo. — como que para comprovar o que dizia, Tae se afastou um pouco de TaeYoon para acertar um tapa no bumbum do Jeongguk, que havia levantado do chão para ver o que quer TaeGeuk queria lhe mostrar.

Jeongguk virou-se com uma interrogação estampada no rosto e revirou os olhos quando viu TaeHyung rindo e TaeYoon com os olhos pequenos arregalados. O Jeon balançou a cabeça de um lado para o outro e avançou para cima dos dois, afastando TaeYoon sem machucar e pulando em cima de TaeHyung,  como que pra se vingar.

Suas mãos foram para a lateral do corpo do hyung e, ali, ele começou as cócegas. A gargalhada gostosa do Kim logo invadiu sua audição e ele virou o rosto para as duas crianças, pedindo ajuda sem se pronunciar com palavras.

Logo as duas crianças estavam em cima de TaeHyung, brincando com Jeongguk de fazer o de cabelos castanho-mel rir alto e escandalosamente – a sorte de tais era que estavam na biblioteca, onde tinha isolação acústica e nenhuma das crianças mais novas acordariam com o barulho que faziam.

E… tão rápido quanto Jeongguk chegou, TaeHyung se livrou dos três. Olhou ferozmente para o Jeon e os dois Yong antes de sair correndo atrás deles, rindo baixinho dos gritos fofos que os três deram ao saírem correndo de si. Iria se vingar.



Depois de quase um mês, YoonGi já estava trabalhando em outro álbum. Havia concluído duas músicas em uma semana e tudo estava correndo muito bem, a artista que estava trabalhando no momento, Suran, era muito compreensiva e talentosa. Não tinha muito o que fazer e esse era um dos motivos que o fazia gostar de trabalhar com a cantora.

Naquele dia em especial, haviam terminado de gravar uma música e o CEO da empresa lhe disse pra ir descansar, já que faziam alguns dias que não ia pra casa e estava vivendo de energéticos e cafés fortes.

Qual não foi sua surpresa ao chegar em casa naquele sábado e se deparar com seus dois namorados sujos de trigo e duas crianças correndo pela cozinha, falando que o que quer que ele estivessem fazendo precisava de açúcar.

Quando os quatro lhe viram, abriram a boca em surpresa ao mesmo tempo. TaeGeuk e TaeYoon correram para se infiltrar entre as pernas do Jeon e do Kim.

— Oi, amor, tudo bom? — Tae foi o primeiro a se recuperar da pequena surpresa e correr até ele, deixando TaeGeuk fugir para as pernas de Jeongguk.

Um beijo foi dado na bochecha do mais velho, que puxou o Kim pela cintura e colou os lábios atrás de um beijo de verdade.

O sorriso que se formou nos lábios apessegados de Jeongguk foi lindo o suficiente para amolecer o coração das crianças que ali estavam. TaeYoon não ousou soltar das pernas de Jeongguk quando YoonGi se aproximou com Tae em seu encalço e tomou os lábios do Jeon.

TaeYoon olhava com estranheza para o Min, ele sabia que o namoro do seu tio TaeTae era diferente do que as historinhas que ele contava. Nas histórias, a princesa ficava com o príncipe, os dois se casavam e viviam felizes. Mas seu titio Tae tinha dois namorados e nenhum deles era mulher. Deveria questionar isso?

Foi tirado de seus pensamentos quando foi erguido do chão pelas mãos grandes de TaeHyung e posto em seu colo, assim como Jeongguk fazia com TaeGeuk.

— YoonGi hyung, esse é TaeYoon e essa é TaeGeuk; crianças, esse é YoonGi, meu namorado e do Jeongguk. — TaeHyung apresentou. — Nós conseguimos passe de passeio para TaeGeuk e TaeYoon hoje. Estávamos pensando em fazer uma comemoração por seu último álbum ter sido um sucesso e TaeYoon ter tirado o gesso antes de ontem.

YoonGi parecia aéreo. Seus olhos brilhantes passeavam de TaeYoon para TaeGeuk, enfia de TaeGeuk pra TaeHyung e de TaeHyung pra Jeongguk. Algo no seu coração agitou ao ver seus dois amores carregando duas crianças e tagarelando sobre comemorações.

Sua imaginação fértil lhe levou para a ideia de uma comemoração de uma festa de aniversário para os dois e um sorriso com gengivas de fora se abriu ao mesmo tempo que seus olhos tornavam-se duas meia-luas.

— ...mas TaeYoon tem alergia a amendoim, então nós decidimos fazer… — Tae teria terminado seu monólogo se YoonGi não tivesse lhe interrompido.

— Amor, vamos fazer assim… — começou com cautela, olhando ao redor, para a bagunça que estava a cozinha. — Vocês limpam minha cozinha enquanto eu tomo banho e eu venho fazer as coisas, sim?

A risada de TaeGeuk fez Jeongguk rir junto. Os dois, com medo do quê YoonGi fosse fazer por rirem do seu ataque de possessividade com a cozinha, saírem correndo para o banheiro do quarto.

Tae balançou a cabeça e pegou uma vassoura. YoonGi resmungou um “criança petulante” e ajudou o namorado a limpar a cozinha. TaeYoon foi colocado em cima de uma banqueta, com Tae sempre por perto para ele não cair.

YoonGi sorriu enquanto via o zelo do namorado para com a criança, mas não o deixou ver o sorriso. Continuou limpando a mesa cheia de farinha de trigo.

— Então você é o famoso TaeYoon? — perguntou lançando um sorriso para o menor, que, depois de um mês e meio já havia vencido a timidez para com as pessoas novas – coisa de TaeHyung, é claro –, lhe fitou com os olhos um pouco arregalados e acenou com a cabeça. — Sou Min YoonGi, TaeYoon, espero que meus namorados não tenham te deixado louco. Eles têm esse poder.

— Yong TaeYoon! — o pequeno se apresentou e abriu um sorriso grande, aquele hyung não parecia nem um pouco assustador, na verdade ele era até fofinho. — Eu gosto deles, hyung!

— Eu também gosto, TaeYoonie, na verdade, eu amo. — aproximou-se dele esquecendo da presença de TaeHyung ali e bagunçou os cabelos cheios de farinha de trigo. — Eles são incríveis, né?

— Sim! Muito! — a criança estava muito animada, dando mini-pulinhos na cadeira, amava falar sobre seus hyungs. — Quando eu cheguei no olfanato, TaeTae hyung cuidou de eu e comprou sorvete. Ele cuidou de eu quando meu appa e minha omma foram levados por aqueles hyungs e noonas de blanco.

YoonGi deixou a boca se abrir em surpresa e olhou para TaeHyung, que observava a criança embasbacado. O Kim não imaginava que ele fosse se abrir tão rapida e facilmente com YoonGi, era uma surpresa ver o Yong conversar com o Min de maneira tão aberta.

— Você tem vontade de ter outra família, TaeYoonie? — YoonGi perguntou e aquilo fez TaeHyung ficar a beira das lágrimas.

O pequeno iria responder, mas Jeongguk voltou a cozinha com uma TaeGeuk barulhenta. YoonGi não se incomodou nem ficou chateado, virou-se para TaeHyung e disse para ele levar TaeYoon pra tomar um banho, que iria limpar o resto das coisas com Jeongguk.


O resto da noite se passou em pura calma, os cinco comeram o bolo de morango e chantilly que YoonGi fez, junto com o pudim de sorvete e o suco natural de laranja. Brincaram de esconde-esconde pela casa e, ao fim da noite, quando o relógio marcou 22:24hrs, TaeHyung decretou que estava na hora de irem dormir.

Todo mundo reclamou, até mesmo YoonGi, que estava exausto do trabalho, mas TaeHyung foi impassível e mandou todo mundo ir pro banheiro, tomar banho e vestir seus pijamas.

Enquanto ele arrumava o quarto de hóspedes para as duas crianças dormirem, ficou imaginando como seria se todas as noites de sua vida fossem assim. Nunca iria enjoar. A pergunta de YoonGi flutuava pelo seu cérebro e ele não pôde deixar de sorrir largamente ao sentir a mão pequena de TaeGeuk tocar a sua coxa e murmurar um “tô com sono, oppa”, pedindo colo.

Riu soprado enquanto pegava a garotinha que estava enfiada em um pijama lilás. Seu cabelo longo estava em seus olhos e Tae prendeu-os em um elástico negro. Colocou-a na cama no mesmo momento que um Jeongguk encharcado aparecia com um TaeYoon sorridente e cheiroso, dentro de um pijama negro com o símbolo do Batman no peito.

Quando as duas crianças estavam dormindo, os três adultos decidiram ir tomar banho, TaeHyung correu para o banheiro social e trancou-se lá.

Aproveitou para lavar o cabelo e relaxar debaixo da água quente. Seu coração aquecia ao lembrar da pergunta de YoonGi e do carinho que Jeongguk havia desenvolvido pelas crianças.

E foi ali debaixo do chuveiro, nu e cheio de sabão que TaeHyung decidiu que iria conversar com seus namorados sobre a adoção dos dois Yong.


Notas Finais


SHINE FOREVER, YE YE YE YE YE YE
SHINE FOREVER JIWIL BWA NIGA BITNAHJANA
Oi, gente, cheguei ao som de Shine Forever porque... Porque sim, porque tô com ela na cabeça. Hinão da porra!

Enfim... Espero que tenham gostado, eu estou prometendo essa fic de aniversário para a Juh desde novembro do ano passado, e ela era, originalmente, uma JiHope pwp. Mudou, né? HUEHUEHUEHUEHUEHUE
Juh, amor, espero que goste! Eu amei a capa que você fez e – caralho, essa capa foi feita lá pra abril, né? Tô te enrolando tem quase um ano '-' – pessoa mais xonada que eu não existe! @ohseok, parabéns! Que essa data se repita para você por mais muitos anos e a Lia ficou com trauma por eu ter citado o hentai dos pais dela na última vez, então não vou citar o dos seus pra não acontecer o mesmo >.<
E SIM, VAI SER TWOSHOT PORQUE EU QUERO QUE SEJA TWOSHOT AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Amo você, boo, não esquece disso, tá? Quando eu te encontrar novamente, você não vai conseguir fugir do meu abraço.
Agradeço por você ter feito a capa e a Lia por ter betado, se tiver algum erro culpem ela.

Comentei, favoritem, panfletem e... Façam o que quiserem, estou sempre aberta a críticas construtivas! Podem me dar elas por MP ou comentários, não tem problema algum!
Voltarei com o próximo capítulo em pouco tempo, eu juro!
Se quiserem me puxar o cabelo, irritar, stalkear, cobrar algo ou me xingar, meu Twitter é @xnanamichinx (vida de otaku é difícil, meu @ é HORRÍVEL e eu tenho preguiça de fazer outro, wathever)!
Eu falo muita besteira, não se espantem.
XOXO 🐔💙


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...