Já se passava muito tempo desde a última vez que esteve naquela cidade. Havia morado ali por muitos anos e ir embora foi algo muito difícil e doloroso apesar de necessário. Estava de volta apenas por um dia, iria visitar uma pessoa da qual sentia muita falta.
Uruha sorriu ao se lembrar do menor.
O ruivo planejava há anos visitar Takanori, seu ex namorado que foi deixado para trás naquela mudança, mas a insegurança e incerteza o impediram. Porém, na noite passada havia finalmente tomado coragem e ligado para o menor, o número de seu celular continuava o mesmo de sempre, o que possibilitou o contato entre os dois na noite anterior a sua chegada no município.
Takashima tremia de leve enquanto caminhava pelas ruas pacatas, Ruki havia o dito que estava demasiadamente quente no lugar e isso fez com que o Ruivo não se importasse em pegar uma blusa para si, porém, o frio agora o castigava pela decisão. Sua ansiedade estava estampada em seu rosto, precisava ver o menor o mais rápido o possível, então andava um pouco rápido enquanto repassava mentalmente o endereço do menor.
“-Você ainda mora no mesmo lugar?
-Sim! Vai vir para cá? -Perguntou Takanori, animado com a ideia.
-Sim, estarei ai amanhã… Estou com saudades…
-Eu também, Uru… Eu também…”
E logo o coração do ruivo, antes já acelerado, pareceu querer rasgar seu peito e pular dali, pois ele chegou onde lembrava ser a casa de seu amado. A casa estava extremamente diferente, algo estranho pois em momento algum Ruki havia comentado uma reforma, mas Uruha ignorou isso e apertou a campainha para logo depois ser atendido por uma mulher.
-Olá? -Disse a mulher baixa de cabelos negros.
-Olá, er… Eu gostaria de falar com o Takanori. -Uruha disse soando gentil.
-Ah, sinto muito mas não tem ninguém aqui com esse nome.
-Mas… Eu lembro que ele morava aqui… – Uruha disse mais para si mesmo do que para a mulher mas mesmo assim ela ouviu e lembrou de algo.
-A pessoa que procura é Takanori Matsumoto?
-Sim, é ele mesmo.
-Sinto muito querido, mas não vai encontrá-lo. A casa de Takanori foi incendiada há anos atrás e ele não conseguiu sair, dizem até que ele mesmo pôs fogo na casa pois sofria de depressão com a partida de alguém. – A mulher disse com pesar.
Uruha congelou no lugar com lágrimas em seus olhos, não podia acreditar no que ouvia, até porque, havia conversado por telefone com o menor um dia antes. Porém, toda e qualquer esperança de ser mentira o que ouvira da mulher desapareceu ao ver no meio do cemitério da cidade uma lápide com o nome de Matsumoto Takanori. Naquela tarde Uruha chorou de tristeza,e naquela noite ele chorou de medo quando ouviu seu telefone tocar com o nome de Ruki no contato.
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