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História Dear Danger - Capítulo II


Escrita por: Srta_Lightwood

Notas do Autor


Olá~

Eu disse que ia tentar fazer maior... mas só consegui acrescentar 201 palavras a mais do que o capítulo anterior (~TT^TT)~ Sou um fracasso :,)
Velho, queria agradecer por todos os favoritos e comentários. Vocês não sabem o quão feliz estou. OBRIGADA! \O/

TODAS AS PARTES DA ANNABETH SÃO NARRADAS POR ELA.
Boa Leitura.

Capítulo 3 - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction Dear Danger - Capítulo II

  Capítulo II

 

   - Percy? – Minhas sobrancelhas se uniram em sinal de surpresa.

   - Olá – ele meneou a cabeça. – Perdoe-me interrompê-la, mas disseram-me que um vinho é um bom presente para novos vizinhos. – Percy ergueu a garrafa. Eu fitei-a; era o meu vinho preferido. Doce e suave.

   - Eu... Eu agradeço, Percy, mas geralmente são os vizinhos antigos que dão para os novos. – Disse, já imaginando-me saboreando uma taça ao passo que assistia a um filme e comia pipoca.

   - Puxa, acho que me confundi então – algo em seu sorriso me fez pensar que Percy fizera de propósito. – De qualquer forma, tome – estendeu a garrafa.

   - Ah... Certo. Obrigada, muita gentileza sua – sorri sendo retribuída.

   Talvez fosse falta de educação de minha parte se não o convidasse para entrar e lhe oferecer algo em troca.

   - Me desculpe, mas queira entrar, está bem? Não tenho nada para oferecê-lo no momento, então, se aceitar, tomemos juntos um pouco do vinho. – Fiz questão de enfatizar o “pouco”, pois já estava sendo bondosa o suficiente em deixar um estranho entrar em minha residência. Como se houvesse lido minha mente, Percy semicerrou os olhos e disse, com uma voz cheia de ternura genuína:

   - Eu adoraria, no entanto, estou ocupado no momento – seus olhos relancearam um ponto qualquer, voltando-se para os meus. Com uma mesura cortês, ele se afastou.

   - Ei, espere! – Chamei-o. Ele voltou-se para mim.

   - Sim? – Arqueou uma sobrancelha.

   - Pode me esclarecer uma dúvida?

   - Pois, não?!

   - Por que pretende construir um condomínio se já moras em um apartamento? Pergunto como arquiteta.

   - Você definitivamente é atenta aos detalhes – Percy passou os dedos sobre os fios escuros do cabelo, ato que não pude deixar de notar. – Quíron sugeriu-me um apartamento, já que não sabemos quanto tempo a construção levará. – Eu aquiesci. – Nos vemos amanhã, então. – Ele se virou e dirigiu-se ao seu apartamento.

   Fechei a porta e fui à cozinha servir-me do vinho. Enquanto o fazia, observava o céu através do vidro da janela. Manchas cinzentas tingiam-no como pinceladas em uma tela, as nuvens estavam carregadas e agrupadas. O tempo nublado fazia-me querer ainda mais assistir a um filme.

   Peguei o telefone em cima do balcão, próximo a mesa, e disquei o número de Luke Castellan. Quando este atendeu, expliquei-o a situação e perguntei-lhe se amanhã mesmo ele poderia me ajudar, no horário combinado com Percy. Ele concordou. Conversávamos tranquilamente até algo chamar-me a atenção.

   - Luke, perdoe-me, mas tenho de desligar. – Depositei o telefone no gancho. Relutante, caminhei até a janela da cozinha.

   Do lado de fora, no alto do prédio da frente, alguém me observava.

   Pisquei os olhos, mas a pessoa já não estava mais lá.

 Fiz o sinal da cruz e fechei as cortinas, indo ao meu quarto e trancando-me. O filme poderia esperar.                                                                                                     

 

   As janelas dos cômodos estavam fechadas, o breu tomava conta do lugar. Silêncio total. Um corpo inerte repousava no sofá, os olhos abertos, mas sem qualquer movimento. Os braços cruzados sobre o tronco, num “x” perfeito.

   O pêndulo do relógio de parede bateu meia-noite.

  Os cílios se movimentaram, os olhos piscaram saindo de um transe. Ele se levantou, e o fato de estar em um ambiente escuro não pareceu incomodá-lo, pois desviava com facilidade dos móveis. Agarrou seu sobretudo preto e o vestiu. Abriu a porta e saiu, deixando suas coisas para trás.

  

 

 

   O garoto corria, assustado, olhando para trás e certificando-se de que aquela figura estranha não o seguia, embora sua presença fosse inevitável. Por mais rápido que seus pés pudessem ser, o perseguidor parecia estar sempre em seu encalço. Ele gritou, apanhando qualquer objeto ao redor e lançando-o contra o homem.

   O indivíduo ímpio era como uma sombra flutuante em sua visão, nada mais o descreveria melhor. Sem tocá-lo, com um gesto de mão, a criatura afastou o objeto como uma raquete ricocheteia uma bola de tênis.

   O garoto tremia, seu coração batendo como louco e sua respiração tornando-se mais pesada a cada instante. Os passos daquele homem de preto ecoavam em seus ouvidos. Desesperado, o pavor cobrindo suas células como a um manto, e aos poucos afogando-lhe em escuridão.

   Correu.

   Sabia que sua vida, naquele instante, dependia disso.

   Virou uma esquina, entrando em um beco, e amaldiçoando-se por ter desobedecido sua mãe e saído tarde da noite, por mais irônico que poderia parecer. Cometeu o erro de olhar para trás, o alívio invadindo seus ossos. Cogitou pular o muro, todavia trombou em algo sólido, desabando para trás, suas costas chocando-se com força contra o chão frio. Pensou que tivesse batido no próprio muro.

    Era ele.

   - Por favor, por favor, não me mate! – Juntou as mãos em frente ao corpo, suplicando-lhe a vida enquanto pranteava. Não conseguia distinguir o rosto do homem, tudo o que via era sombra, o cabelo negro esvoaçando-se por conta do vento.

   Os céus rugiram em um trovejar, a eletricidade percorreu as nuvens no alto, iluminando o beco, e o garoto vislumbrou dois pontos escarlates mirarem-no, num sussurro mudo e periculoso.

   A Morte estava em sua frente e iria levar sua alma.

   “Perdoe-me, mãe”, o garoto pensou antes de mergulhar em um silêncio completo.

 

   Diário de Annabeth Chase

   São três horas da manhã e eu ainda não consegui pregar os olhos. Tenho de dormir, pois às 7h00 precisarei estar de pé. Ontem conheci um sujeito engraçado, cortês ao extremo, embora deveras elegante e atraente. Quem em sã consciência usa uma gravata de cetim turquesa? Isso é do século passado! Ah, mas...! Alguma coisa em si me chamou a atenção. Acho que foram seus olhos. Mas não digo no bom sentido, algo neles me assustou. Não sei dizer.

   O nome dele é Perseu, mas prefere que o chamem de Percy.

   Ele me trouxe um vinho. E não é um vinho qualquer! É o meu favorito! Minha opinião sobre ele mudou um pouquinho. Estou em dívida e quero retribuí-lo. Talvez faça cupcakes e leve para ele.

   Pergunto-me como ele sabia que eu morava ao lado de seu apartamento.

  Liguei para Luke ontem para pedir sua ajuda em um novo projeto que trabalharei. Ele contou-me que Thalia e ele brigaram novamente e crê piamente que dessa vez eles não reatarão. Sinto por eles.

   Graças aos céus que sou solteira!

   Enquanto conversávamos, uma coisa estranha aconteceu novamente e deixou-me aturdida. Pensei ter visto uma pessoa vigiando-me do outro lado da janela, mas devo ter me equivocado.

   Os galhos das árvores batem em minha janela produzindo um som reconfortante. Achei que fosse chover, o que não aconteceu. O tempo anda cada vez mais lou...

   Puxa, perdoe-me por não ter terminado a escrita, tampouco dizia sobre efeitos climáticos quando relampeou e trovejou ao mesmo tempo. Sinistro. A caneta voou para o outro lado do quarto.

   Ah, estou sonolenta...

   Boa noite.

   E que os Deuses me protejam.

 

   Percy ergueu outra caixa e a alojou em cima do armário do quarto. Todas as suas coisas estavam devidamente arrumadas. Como Quíron dissera, ele aprovaria o apartamento. E aprovou. Exceto pela iluminação excessiva que penetrava o recinto de manhã, por isso mantinha as cortinas fechadas até o presente momento. Amava o escuro, nele poderia ficar sozinho com seus pensamentos. Além de outros motivos próprios que o faziam evitar a luz do sol.

   Retirou o sobretudo que vestia, depositando-o no cabideiro.

  Mirou o relógio que marcava 6h00. Daqui a uma hora e meia sairia para Arts & Corps e daria início a sua nova construção. A empresa o fez recordar de Annabeth. No meio de uma conversa, Quíron comentara que ele seria vizinho da loura.

   Vinho doce e suave fora uma boa escolha?

   A imagem da mulher abrindo a porta volveu-lhe a mente. A tez desnuda do pescoço e dos ombros, a regata e a calça de moletom.

   - Ah, Annabeth, azul é minha cor favorita...

 

 

  

   Percy escutou os passos de Annabeth do lado de fora e prontificou-se à entrada do apartamento. Encontrou-a aguardando o elevador. A mulher trajava uma calça social e um blaser, os dois de um azul prussiano intenso, muito diferente da roupa prosaica que usara no dia anterior. Os cabelos desciam sobre as costas, soltos, e só então Percy percebeu o quão majestoso e comprido era.

   - Bom dia. – Ele postou-se ao seu lado.

   As portas do elevador se abriram com um “plin”.

   - Bom dia. – Annabeth cumprimentou-o.

   Ela escolheu o botão 1 do elevador.

  As portas se fecharam, trancando-os ali dentro. Tudo se aquietara. Percy ouvia a respiração dela e seus batimentos cardíacos – que estavam relaxados. Notou pequenas olheiras abaixo de seus olhos. Insônia?

   Ela quebrou a quietude.

   - Percy, tomei a liberdade de preparar um esboço da planta – Annabeth retirou um papel dobrado de dentro da bolsa. Desdobrou-o e o estendeu em sua direção. – Veja, como dissera que preferiria algo rudimentar, criei um esboço de uma casa europeia do século XIX.

   Confabularam sobre o projeto, sendo interrompidos com o “plin” reprisado do elevador.

   - Aceita uma carona? – Percy perguntou-lhe.

   Annabeth ponderou o pedido. Uma carona não faria mal.

   - Tudo bem.

   Os dois se dirigiram à empresa no carro de Percy. Nenhum deles trocou uma palavra durante o percurso. Parou no sinal vermelho, o olhar de Percy relanceou um movimento esdrúxulo do outro lado da rua. Uma pessoa encapuzada olhava em sua direção, as mãos jaziam nos bolsos da jaqueta, e um sorriso insano assomava os lábios de quem quer que fosse. Observou o porte da pessoa; as feições eram duras demais para uma mulher.

   Percy não o conhecia, mas definitivamente não gostara do sorriso.

   Antes que pudesse descer e arrancar a força aquele sorriso, uma multidão cercou a figura de capuz, e ele desapareceu em meio a muitos.

   O sinal tornou-se verde, e ele pisou no acelerador.

 

   Newspaper New York Gazette

 

   Ontem à noite, exatamente às quatro da madrugada, o corpo do estudante de jornalismo, Chris Rodriguez, 18, foi encontrado morto no beco Hampstead Hill, pelo guarda noturno. Os médicos que o submeteram à autópsia alegaram ter encontrado dois orifícios pequenos no pescoço do jovem.

   “Parece-me uma mordida de ratazana, já que são muito comuns em becos escuros e úmidos” – constata o médico Will Solace do hospital Survive de Anatomia e Cirurgia. “Mas isto não condiz com a quantidade de sangue perdida pelo paciente” – Afirmou Will. “Acreditamos que tenha morrido de esgotamento nervoso após a grande perda de sangue, pois encontramos o resíduo em suas vestes e no chão onde foi encontrado, porém, como ocorreu, não podemos dizer ainda. Deixaremos nas mãos do FBI”.

   Um acontecimento insólito e imprevisível. Pedimos que não deixem seus filhos perambularem noite à fora.

   Da edição,

   New York City.


Notas Finais


Yo~
Desculpem qualquer erro (^~^)
"Graças aos céus que sou solteira!" (fala da Annabeth). Não por muito tempo querida, NÃO POR MUITO TEMPO BWAHAHAHA *engasga*.
O PRÓXIMO EU DEFINITIVAMENTE FAREI MAIOR!
Até o próximo o/


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