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História Dear Diary - Diário da Morte


Escrita por: rickhigherwood

Capítulo 20 - Diário da Morte


Respiro fundo e me lembro daquela chave a qual eu achei no quadro que está no corredor da cozinha.
(Não, não... Bobagem minha. É teoricamente impossível aquela chave ser a chave que abre esse baú. Até porque nós temos aquele quadro há anos, foi passado de geração em geração. Nossos antepassados que já moraram em Green City passaram para cada um de...)
Ah, meu Deus! Como isso é possível? Isso não pode estar realmente acontecendo...
Vou até meu quarto e pego a chave que eu deixei em cima da penteadeira. Então, volto correndo até o baú no sótão. E eu não tô acreditando. É realmente a chave do baú!!!
Eu arregalo os olhos como quem não está acreditando no que está vendo. Eu abro o baú e tem várias coisas lá dentro. As mais notáveis eram: um barquinho aparentemente de madeira dentro de uma garrafa de vidro com uma tampa em forma de rolha, um porta-jóias, um toca-discos antigo, um telescópio pequeno, um bilhete para um show da Broadway, um relógio de bolso e um livro que parecia mais um diário. Tudo estava empoeirado, a minha rinite me ataca nesse momento.

Ouço alguém subindo as escadas velhas do porão. Melanie aparece e diz:
- Que lugar repugnante é esse? Não sabia que tínhamos um porão nessa casa.
Diz ela vindo até mim e se ajoelhando perante o baú.
Rick p.v.o
- Isso não é um porão, Melanie. É um sótão. Porões ficam em baixo das casas não em cima...
Ela franzi a testa.
Melanie p.v.o
- Uh, isso é um baú do tesouro. Tem jóias antigas aí dentro? Adoro coisas rústicas e antigas.
Rick p.v.o
- Eu não sei... Eu por acaso achei a chave desse baú no quadro que temos do nosso bisavô na sala. Tipo tava emperrado na pintura. E eu só sai do seu quarto e vi o alçapão do sótão no teto, mas... Ah, Cristo. Isso é tudo muito estranho. Coisas estranhas começaram a acontecer desde que nos mudamos para cá, coisas anormais e inexplicáveis.
Melanie abre a boca descrente.
- Meu Deus! Que tipo de coisas estranhas? Coisas como ouvir alguém te perseguido mas não ter ninguém? Bilhetes anonimamente secretos vindos de absolutamente ninguém que você conheça? Balance a cabeça como sim.
Eu balanço a cabeça assustado. Como ela poderia saber de todas essas coisas?
Melanie p.v.o
- Eu achei que estivesse ficando maluca. Eu fiquei com medo de contar e sei lá vocês me internaram num hospício.
Rick p.v.o
- Não fala isso, garota. Por mais chata e insuportável que você seja. Eu te amo e sempre vou acreditar em você quando precisar de mim.
Ela sorri.
Mexemos no baú. Melanie pega o porta-jóias. Eu pego o suposta diário. Assopro pois ele também está empoeirado. E já posso ver que nele está escrito: Diário da Morte.
Ele é simplesmente assustador. É totalmente preto, seu tecido é robusto como pele de crocodilo, as letras são de um tom arisco de dourado, a capa já está desgastada e as folhas amareladas.
Eu o abro e já na primeira página tem uma anotação.
"Dedico este livro à todos os meus futuros descendentes. Este diário será passado de geração em geração como o maior bem que já possui. Tudo quanto este diário contém é extrema importância tanto para o mundo humano quanto o mundo das trevas.
Ele será passado para o escolhido dentre vários de uma família da linhagem de Abraham. Somente vós que sois o escolhido para proteger o livro sabe as palavras que o tira do oculto."


E então, eu me lembro da carta na qual eu recebera hoje mais cedo na escola. A carta da qual eu pensei que fosse do Noah. Eu não sei como, mas as palavras ficaram cravadas na minha mente. Eu passo para outra página do livro e vejo que ele está todo em branco. Todas as páginas estão em branco. Não há nada lá para ler.
O que será que ele quis dizer com as palavras do o tira do oculto.
Eu digo em voz alta:
- Absalem eshuagogo mamakenho!

Se eu te disser você acredita? As palavras começaram a aparecer no livro como magia. Um brilho dourado saiu de dentro das entrelinhas e surgiram não só palavras, mas desenhos e fórmulas também.  Nomes e histórias! Aquilo não era apenas um diário era um livro de feitiços de segredos e sabe se la mais o que!
Melanie viu isso e veio até mim.
- Que macumba foi essa?

Rick p.v.o
- Eu me pergunto a mesma coisa!
Ficamos pasmos olhando um para o outro por um tempo.
As palavras apareceram assim do nada. E agora o que eu teria que fazer? Apenas lê-las?
Eu ia começar a fazê-lo. Mas, ouço minha mãe nos chamando.
- Crianças! O jantar está pronto, desçam e venham. Onde vocês estão?
Melanie engole a saliva:
- Amh... Estamos no sótão, mamãe.
Mamãe p.v.o
- Nós temos um sótão? Hum... Que legal.
Nós rimos. Então saímos de la juntos e fechamos tudo. Guardo o diário no meu bolso do meu casaco. Digo, no casaco do Noah, ainda estou com as roupas dele. Ah, meu Deus. Eu fico maluco só de pensar...

Descemos para o jantar e comemos. Percebi que esse assalto que nos acontecera serviu para unir nossa família, e sinceramente acho que estávamos precisando disso.
Mamãe p.v.o
- Bom, os policiais revistaram toda a casa e chegamos a conclusão de que eles não roubaram nada. Nada mesmo! Ou eles só fizeram isso por diversão ou por que não encontraram o que queriam. E o que quer que seja, espero que não esteja aqui.
Melanie olha para mim e eu endago:
- Não devemos nos preocupar com isso, né. Não vai acontecer de novo.
Papai p.v.o
- Como pode ter tanta certeza, filho?
Diz ele me provocando.
Rick p.v.o
- Eu não tenho. Só acredito nisso.
Continuamos a comer.
Melanie p.v.o
- Bom, eu já terminei. Vou lavar os pratos e depois tenho que fazer a lição. Mamãe p.v.o
- Obrigada, filha.
Elas sorriem.
Eu vou para o meu quarto para avisar Noah e Hughes do que aconteceu hoje.  Deixei os dois a tarde toda sem noticias de nada.
Ligo para Huggie, ele atende.
Huggie p.v.o
- Ah, finalmente! Achei que você fosse me matar de curiosidade. O que aconteceu?
Rick p.v.o
- É difícil de explicar. Mas, assaltaram nossa casa hoje de manhã.
Huggie p.v.o
- Meu Deus! Isso é sério? Mas sua família está bem? Eles levaram algo?
Rick p.v.o
- Felizmente não.
Huggie p.v.o
- Espera, não entendi. Não, sua família não está bem ou não, eles não levaram nada?
Eu rio alto.
Rick p.v.o
- Por que eu ficaria feliz se a família não estivesse bem? Hahaha você é doido.
Huggie p.v.o
- Ué, vai saber né... Eu por exemplo odeio minha irmã Sirah. Hahaha brincadeira... Ela ouviu.
Rick p.v.o
- Eu quase me esqueço. Você avisou o Noah por mim?
Huggie p.v.o
- Sim, eu avisei... Ele fez uma cara de preocupado e disse obrigado. Ele não te mandou mensagem ou ligou?
Rick p.v.o
- Não mesmo. Nada. Eu até achei estranho. Vou ligar para ele depois...
Huggie p.v.o
- Nossa, que garoto complicado. Nunca vou entender esse relacionamento de vocês.
Rick p.v.o
- Pois é... Mas é isso. Eu só ia avisar você, agora vou ligar para ele, tá?
Huggie p.v.o
- Tudo bem, até amanhã na aula.
Rick p.v.o
- Até!
Desligo o telefone e começo a achar que Noah não está sendo honesto comigo em algo... Mas o que seria?
Abro a caixa de mensagens e o telefone. Não há uma mensagem se quer, um telefonema, nem uma figurinha. É horrível se sentir tão amado por uma pessoa num momento e tão esquecido por ela horas depois.

Eu tento ligar para ele mas ele não atende. Ligo e ligo várias vezes e nada Noah Urrea.
Rick p.v.o
- Desisto! Por que ele não me atende?
Pego minha toalha e vou para o banho.
Depois disso me deito para dormir mas não consigo parar de pensar o que ele pode estar fazendo de tão importante à ponto de não me falar nada o dia todo?



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