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História Dear Diary - Domingo 30.


Escrita por: Wolf_Duchannes

Capítulo 1 - Domingo 30.


O céu estava limpo, quase não havia uma nuvem nele, o sol brilhava forte e aparentava estar em todo de uns 25°C. Eu podia sentir a felicidade emanando de mim. Estávamos correndo um atrás do outro, onde parecia ser um parque ou coisa parecida. Lembrava-me muito o parque perto da escola onde cursei a 1ª e inicio da 2ª série do fundamental, pois eu conseguia vê-la de onde estava a escola, tem até onde me lembro três andares, com inúmeras janelas, lembro-me de me perder procurando a sala de vídeo. Eu estava casado e precisava parar um pouco, me encostei-me a uma árvore bem alta e larga, torcendo para que ele na me visse. Aos poucos podia escutar seus passos sobre as folhas secas caídas no chão. Ele parou. A curiosidade de olhar para ver se ele estava atrás da mesma árvore era enorme, mas brincadeiras são brincadeiras, não podia sair dali ou então seria pego. Mas a curiosidade sempre foi mais forte do que eu. Dei uma pequena olhada por trás da árvore, mas ele não estava lá, me questionei, mas ainda assim dei um leve suspiro de alivio. Ao virar novamente ele estava na minha frente com um sorriso lindo no rosto. Com um olhar de “Eu peguei você”.

–Você não sabe se esconder sabia? –Disse ele. –Sua camisa amarrada na cintura te entregou.

–Droga! Vamos tentar de novo. Eu vou tirá-la. –Tentei sair dali, mas ele me “prendeu” a árvore.

–Não, nada disso, eu ainda não recebi minha recompensa por tê-lo pego. –Ele esboçou um sorriso malicioso no rosto e eu já tinha entendido o que era sua recompensa.

–Ah não recebeu? Coitadinho dele. –Sorri. –Estou aqui, venha receber sua recompensa então.

Ele se aproximou um pouco mais e colocou a mão em meu rosto. Sua testa encostada na minha, podia sentir sua respiração ofegante devido à corrida. Ele hesitava, mas logo nossos lábios se encontraram em um beijo não muito demorado, mas longo o suficiente para ambos ficarem um pouco mais ofegantes.

–F-Feliz agora? –Perguntei em uma tentativa de recuperar o fôlego.

–Ainda n-não.

Nos beijamos novamente, desta vez um pouco mais demorado do que o primeiro, mas quando o beijo acabou... Eu acordei.

Eram 02h45min da manhã. Olhei em volta, e eu estava no meu quarto. As paredes num tom azul escuro devido a noite, e a luz fraca da luminária deixava o ambiente um pouco menos escuro. Tudo isso era um sonho. Eu não estava lá com ele, nunca estive. Admito ter sentido algumas lagrimas percorrerem meu rosto, mas as enxuguei rápido. Deitei novamente na cama e tentei dormir. Virei para todos os lados possíveis, deitei em todas as posições existentes e nada. Peguei o celular e dei uma olhada no meu facebook, e todas as postagens eram iguais as mesmas coisas, tirinhas fazendo piadas do cotidiano, novidades sobre os grupos de K-pop que estavam para terem seu Comeback, (BlackPink está para deputar no mês de novembro, o que me deixa ansioso de mais. Só de pensar que a Rosé pode se arrastar no chão de novo como fez em Boombayah dá até uma tremedeira), minhas amigas postando fotos, fanarts de yaoi e Yuri, novidades sobre Steven Universe, (que na minha opinião é um desenho maravilhoso e pelas minha amigas sou considerado a Pérola. Não que um pouco da minha personalidade não seja realmente parecida com ela mas as vezes me sinto uma Lápis Lazuli da vida). O engraçado é que as redes sociais te roubam muito tempo, quando você quer apenas dar uma olhada, ela consegue fazer você perder de 15min à uma hora do seu tempo. Já eram 03h15min quando me dei por conta. Tentei dormi de novo, pois meus olhos estavam pesados, consegui tirar um cochilo de aparentemente umas três horas mais ou menos (sou péssimo em contas). Depois disso não dormi mais, fiquei na cama até dar mais ou menos umas 7h da manhã, levantei fui ao banheiro, lave as mãos e voltei pra cama. Fiquei acordado até meu pai me chamar pra tomar café às 10h. Ele tinha feito um lanche com salame pra mim. Agradeci, peguei minha caneca dos Minios, que ganhei na páscoa da minha tia, coloquei suco, e fui pra sala. Comi o pão, tomei o suco e velei o prato e o copo até a pia, depois segui para a pia do lavabo e escovei os dentes lavei o rosto e “arrumei” o cabelo. Ele está ressecado devido ao “descolorante” e a tinta. Em uma tentativa frustrada de pintá-lo de azul, o mesmo ficou verde, mas um verde bonito, não o aquele verde do lápis de cor, estava mais para aquele verde das folhas das árvores depois da chuva. Quando minha professora de matemática notou até me chamou de árvore, mas já tinha o apelido de Brócolis e Alface. Mas dentre eles, Árvore é bem melhor (hehe). Mas fiz o possível para que ele ficasse arrumado. Quando voltei pro meu quarto tirei o pijama e coloquei minha calça preta que acredito que seja feita em sarja e minha blusa preta de Kuroshitsuji (Um anime muito bom a meu ver, afinal, TEM UM SEBASTIAN, UM GRELL E UM UNDERTAKER! Desculpa... Me exaltei um pouco), coloquei os óculos e abri as janelas. A luz do sol fez com que as paredes do quarto revelassem sua cor original, a parede da porta, da janela e a de trás do guarda roupa era um azul bem claro, quase um azul gelo, o teto também é dessa cor. A parede onde ficam minha estante com livros, algumas Monster High, a impressora e meu computador, é um azul mais escuro. Não um Azul Royal, mas um Azul parecido com um Celeste ou Cobalto. Acho que o Celeste é mais correto. Acho que você já notou que meu quarto não é muito normal, mas eu o acho muito agradável. Principalmente o chão com o piso xadrez em preto e branco, com “rachaduras” brancas desenhadas no preto e “rachaduras” pretas desenhadas no branco.

Os domingos aqui em casa costumam ser muito parados, antigamente minha tia costumava vir aqui almoçar conosco, mas ela e minha mãe tiveram um desentendimento e ela deixou de vir. Agora se eu quiser vê-la preciso ir até a casa dela ou até o posto onde ela trabalha como enfermeira. Aproveitei o dia parado pra terminar de cortar o tecido para um casaco/colete que estou fazendo. Costurar é relaxante e agora depois que tenho uma noção melhor de costura por causa do curso que faço durante a semana, fica muito mais fácil. Os tecidos que tenho pra fazer esse casaco/colete são 2 metros de sarja preta e 2 metros de cetim com lycra verde. (Sim é por causa do cabelo). Fiquei mais ou menos uns 15 minutos cortando tecido e depois que eu cortar fui almoçar. Durante o almoço meus pais e eu estávamos assistindo “Um suburbano de sorte”, (não se esse é o nome original do filme), Mas como eu como rápido eu fui o primeiro a terminar então coloquei o prato na pia e vim pra o computador. Onde me encontro sentando na cadeira escrevendo isso. Não sei se posso chamar isso de diário ou coisa parecida, mas pretendo escrever tudo o que me acontece. A fim de aliviar tudo o que sinto. Dizem que ajuda.

A última semana que se passou, não foi a melhor da minha vida, pois eu havia perdido uma amiga. Quero dizer, não a perdi exatamente, mas ela teve de ir embora, foi morar longe e não a veremos na escola, o que me deixou mal. Ou pior. Nesse mesmo dia uma amiga que considero muito virou pra mim e disse que estava sozinha e que não tinha amigos. E eu perguntei sobre mim e outra amiga, Mas ela disse que éramos apenas colegas. Não a culpo sobre achar isso de mim, afinal eu realmente acho que não sou um bom amigo. Claro que isso foi um tiro, se minha auto estima já estava lá em baixo com isso ela desceu mais um pouco. Minha outra amiga estava mal e eu não podia ajudá-la, pois era um problema do que eu não posso simplesmente falar “Isso vai passar” ou “Relaxa logo você supera”, foi exatamente o que eu fiz. Ajudei? A resposta é evidente. Não. Nossa professora de português foi embora porque a nossa professora titular que estava afastada voltou. Não tenho nada contra a atual, até acho que posso dizer que gostei dela, mas a antiga era uma professora que estava com a gente deste o começo do ano e no meio dele ela tinha ido embora, mas voltou. Só que dessa vez eu não acho que ela vai voltar. Ela ainda não deu sinal, ela não mandou mensagem pra mim ou para minhas amigas se estava bem ou não. Ela apenas sumiu. O que já não me deixa bem. Muita coisa aconteceu nesse dia e antes dele também. Eu sei que foi errado o que fiz, mas para mim no momento pareceu certo. Escutei a conversa dos meus pais e descobri que aos olhos deles sou “Estranho” ou “diferente”. Tem muita coisa sobre mim que eles não sabem e que talvez os ajudasse a me entender melhor, mas a primeira dessas coisas eu não posso simplesmente dizer.

Uma vantagem de ser eu é que eu me alegro com pequenas coisas, uma coisa que deixaram um pouco melhor foi o fato de eu ter conseguido uma pequena pedra de Lápis Lazuli e uma Cianita Negra. Duas pedras que acho lindas, agora só falta fazer os colares com elas. Nesse dia eu estava com a minha melhor amiga, o que foi muito bom. É estranho, mas eu fico bem com ela, e eu acho muito legal que nos conhecemos no começo do ano e ambos já confiam segredos um ao outro. Outra coisa que me deixou mais alegre foi ter conseguido um colar com uma Opal (Opala ou Pedra da Lua), uma coisa que sei sobre essa pedra é que ela permite que nossos sentimentos estejam mais visíveis (Eu acho que por causa dessa pedra que estou meio sensível esses dias), e o fato de ter conseguido dançar Boombayah duas vezes mais rápido do que a coreografia original. Quase desloquei o braço e quase levei uma surra por ter me arrastado no chão fazendo a parte da Rosé, mas vamos deixar isso em OFF okay?

Quinta-Feira, na hora da saída foi o pior momento da minha vida. Dar adeus a uma amiga da qual com toda certeza vou sentir muita falta, e pra ser sincero, já estou sentido falta da minha Canceriana que se acha Leonina, (É confuso, pois ela nasceu bem na transição dos signos. Entre Leão e Câncer. Ela tem muito do signo de Leão, mas ela é Canceriana, quando ela descobriu ficou surpresa e indignada. Foi engraçado!) A verela virando a esquina e sumindo... Doeu. Mas doeu muito, subi a rua da escola com a minha amiga e ambos quase chorando (Eu já estava, mas okay) Nos despedimos e eu segui andando pra casa na companhia do meu amigo. O que foi horrível, porque eu gosto dele e aparentemente ele sabe. Eu sei que isso parece um pouco idiota, mas a minha vontade era de deitar na rua e deixar um carro passar por cima. Por impulso comecei a andar na rua e não na calçada. O meu amigo viu um carro vindo e me puxou dali. Depois deu a maior lição de moral que já tinha levado no mês. Nessa rua tem uma viela por onde ele passa pra ir pra casa depois antes ele me pediu uma foto. O que eu não achei muito normal, mas tirei mesmo assim, depois ele me deu um abraço e foi embora. Coloquei os fones e segui andando. Cheguei em casa, arrumei a mochila, almocei e fui pro curso. Foi um dia normal como todos os outros, eu continuei a camiseta que estamos fazendo como exercício, ao fim do dia minha bancada varreu a sala e fomos embora. Na sexta fui jogar Fatal Frame III, não fizemos muito progresso, mas os sustos são as melhores partes. Ontem fui pra lá de novo e passamos o dia conversando o que foi muito legal. A noite eu fiz pipoca e resolvi assistir um filme que gosto muito “O Diabo Veste Prada” Eu simplesmente amo esse filme. Quando minha mãe chegou, nós jantamos e fomos dormir.

Obrigado “Diário” por me escutar. Com amor L.



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