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História Dear Diary, a Vampire. - Dear diary, Difficulties in adapting


Escrita por: Leletth-chan

Notas do Autor


Oe, oe.
Tudo bom?
Me preparando picicologicamente para a semana de provas aaaaaaaa
Então, capítulo novinho e é isso aí
~Espero que gostem
~Boa leitura~

Capítulo 23 - Dear diary, Difficulties in adapting


  Thalia fez o feitiço de luz do sol. Foi simples demais, ela disse palavras em latim e pum... virei imune ao sol. Tive a sorte de não ter experimentado sair no sol sem ele, mesmo que estivesse curiosa em tentar. Eu era louquinha assim mesmo.

  Aaron insistiu em me levar para "conhecer-o-mundo-como-vampira" e o mundo se resumia a cidade mais próxima. Eu aceitei e fui, esperando que seria super fácil aprender a conviver nos meios humanos que eu sempre vivi, mas não... não pode ser fácil!

  Quando mais nos aproximavamos da cidade, mais eu ouvia os barulhos típicos dela, os cheiros eram estranhos e me sentia como se estivesse no meio de um estádio de futebol extremamente lotado com pessoas barulhentas.

  — Tudo bem? — Aaron indagou-me.

  — Sim, só muito barulho.

  — Oh, eu também escuto. — Ele apertou os olhos. — Realmente, parece enlouquecedor se não desligar-se.

  Oh, isso ajudou muito, obrigada, meu amor. O vampirismo despertou meu sarcasmo...

  — Vamos descer do carro e andar pela cidade, dear, precisa se acostumar a isso. — Ele abriu a porta do meu lado e estendeu-me a mão. — Não vou lhe soltar.

  Agarrei a mão dele com força e andamos até uma praça, onde ele me levou até o banco. Minha respiração estava completamente irregular e eu fechei os olhos mordi o lábio e tentei não me focar nos sons e nos cheiros... Oh, porra, era impossível.

  Lancei-me no banco e abaixei a cabeça para os joelhos. Aaron sentou ao meu lado e colocou a mão na minha cabeça, a acariciando delicadamente. 

  — Respire fundo, dear, tenha calma. — ele murmurava. — São coisas normais, não se abale. Se desligue; desligue-se dos sons estranhos e dos cheiros e foque em mim.

  Ele levantou meu queixo e eu foquei em seus olhos, respirando como ele. Até que um cheiro... doce e conhecido... tomou conta de mim, chegou as minhas narinas e eu não consegui evitar surtar.

  — Merda, sangue. — Aaron xingou. Nunca imaginei que o ouviria falar isso.  — Feche os olhos, você precisa se controlar. 

  

  Eu estava tentando, sério. Mas falar era fácil!

  — Não, Aaron... — Coloquei as mãos em conchas nos ouvidos. — Dói segurar.

  — Eu sei, sei muito bem, mas não desista. Você não vai querer fazer isso. — Segurou meus pulsos de leve. — Quando você conseguir, vai se orgulhar, sério. 

  Minha visão estava embaçada e pude sentir minhas presas lutando para sair, mas não podia. Aaron contava comigo, eu contava comigo mesma... Respirei fundo e... O sangue se foi.

  — Oh, a pessoa deve ter ido para longe. — Meu namorado notou. — Está indo bem, dear. Só precisa se acalmar...

— Ela está bem? — perguntou uma voz feminina. — Sou médica, se precisar de ajuda.

  Aaron segurou firme meus quadris contra o banco, percebendo que série difícil me controlar e olhou para a mulher. Não conseguiria sair daquele banco nem se quisesse.

  — Sim, sim. Ela está tendo uma... crise de ansiedade. — Ele mentia bem. — Acontece às vezes. Obrigado, não precisamos de ajuda, a presença de estranhos piora a situação dela.

  — Oh, ok. — ela disse. — Melhoras.

   Quando a mulher já estava longe, Aaron se virou para mim ainda segurando.

  — Viu? Você se controlou. 

  — Oh, só porque você quase quebrou meu quadril de tanto que apertou. 

  Ele me lançou um sorriso de desculpas e me deu a mão, andamos até o carro e fomos embora. Iríamos ter um longo trabalho pela frente.

           [...]

— Olha, filha, consegui informações. — Sarah disse.

  Depois da minha imensa vontade de atacar aquela mulher na rua, eu tinha medo de se chegasse perto de minha mãe a atacar, mas não senti vontade nenhuma. O que era ótimo.

  — Fadas que viram vampiras não são comuns, por incrível que pareça. — Ela começou. — Mas, pelo que me contaram, a transformação delas pode ser um pouco mais complicada. Ao contrário das bruxas, elas não perdem os poderes. Como você, eles só ficam mais fracos às vezes.

  — E o que seria "mais complicado"? 

  — Mais sensibilidade aos sons e cheiros, dificuldade de adaptação a nova vida. Hummm... Talvez umas alucinações... — ela disse essa parte baixinho. — ... maior desejo por sangue... dores de cabeça excruciantes...

  — O que?! — eu gritei. 

  — Mas é temporário, só até seu corpo se acostumar com a ideia de ser uma... híbrida. — ela disse. — Por que é isso que você virou. Uma híbrida.

A palavra híbrida ecoou na minha mente por todo o dia. Não sabia que era possível ser dois seres sobrenaturais ao mesmo tempo, mas eu era.

Mas a parte ruim nem era o fato de eu ser aquilo, mas sim, dos problemas que eu teria que enfrentar até me acostumar. Depois da tempestade viria a calmaria.

— Não se preocupe, dear. — Aaron me sentou no colo dele, já em seu quarto.

Às vezes aquele era meu lugar favorito no mundo.

— Já superamos muito coisa. Você vai conseguir. — Ele beijou minha testa.

Me virei de frente para ele, prendendo minhas pernas em sua cintura e me arqueei um pouquinho na busca pelos seus lábios. Beijei-os lentamente e com carinho.

— Obrigada. — sussurrei contra eles.

Ele desceu as mãos pela minha cintura e as parou acima de meu quadril, onde puxou-me para perto.

Não sabia como seria a experiência de ter uma relação como vampira, mas me parecia uma boa ideia e algo que eu deveria experimentar. Quando um vampiro faz sexo com uma humana ( que ele goste) as coisas tem que ser mais... calmas para não feri-la. Mas quando faz com outra vampira...

Com as mãos nos ombros dele, o empurrei para trás e colei nossos lábios novamente. Cai de quatro em cima dele. Suas mãos subiram meus cabelos e sua boca voou para meu pescoço, mordendo lá. Foi ainda melhor do que antes que eu virasse vampira. Sentei-me sobre seus quadris e mordi o lábio de baixo, gemendo baixinho.

Aaron empurrou-me para o lado e jogou-se sobre mim, beijando-me novamente e com mais avidez. Passei minhas mãos por suas costas, procurei a barra de sua camisa e levantei-a lentamente, toquei seu peitoral com as minhas unhas e pude perceber que ele se arrepiou. Nesse momento, o único som que eu realmente queria ouvir e com o qual me importava era o som de Aaron.

— Juliette... — murmurou em meu ouvido. — Irei-lhe uma das maiores vantagens de ser uma vampira.

Estava ansiosa por isso.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

Acordei mais tarde que o costume e levantei-me da cama. Juliette dormia tranquilamente ao meu lado, do jeito que era, duvidava que alguma coisa a acordasse. Vesti-me e fui até a cozinha. Fiquei surpreso ao ver Sarah abrindo minha geladeira.

— Oi. — eu disse.

— Oh. — Ela se virou. — Eu cheguei e decidi fazer um... chá.

— Tuuuudo bem.

Peguei uma bolsa de sangue e sentei em uma cadeira, bebi o sangue e joguei-a fora. Tinha o dia livre de reuniões ou qualquer outra baboseira do mundo vampiro. Havin não havia sido encontrado ainda, mas eu não tinha muito o que fazer quanto a isso.

Vampiros de todo o estado estavam procurando ele, o que eu poderia fazer? Só esperava que quando o encontrem, mandem direto para cá assim poderemos mata-lo com nossas próprias mãos.

Passaria o dia com Juliette, talvez a ensinando novas coisas do mundo vampiro e como aproveitar bem seus poderes, talvez como havíamos feito na noite passada quase inteira.

No dia anterior, havia me preocupado quando ela sentiu o cheiro de sangue e eu tive que segura-la para que não atacasse alguém. Matar era algo que aconteceria, mas não algo que eu queria ter de lidar naquele momento Juliette teria que lidar com a culpa e a sensação que a perseguiria, mas superaria. Eu esperava. Mas também esperava que não fizesse aquilo tão cedo, talvez depois de aprender a lidar com a nova vida. Um problema de cada vez.

Observei Sarah pegar um bule, enche-lo de água e leva-lo ao fogão. Se ela fizesse chá, eu também ia querer um pouco. Depois de um tempo, um barulho irritante saiu do bule.

Ouvimos um grito vindo da sala e, após reconhecer que era de Juliette, Sarah correu até lá e eu fui atrás. A vampira estava semi ajoelhada no chão com as mãos cobrindo os ouvidos.

— Que som horrível é esse? — ela gritou.

Corri até ela e me abaixei a sua frente, agarrando seus ombros e a puxando contra mim.

— Que som, filha? — Sarah se abaixou também.

— Não sei. — ela apertou mais as orelhas. — Mas é horrível!

Juliette apertou a cabeça contra meu peito e parecia que queria se enterrar lá dentro. Acariciei os cabelos da nuca dele e beijei sua cabeça.

— É o barulho do bule, Sarah. — eu expliquei. — Realmente, é horrível. E por estar próximo e alto, Juliette não consegue desliga-lo ainda.

Peguei seus braços e me levantei, a levando comigo e sentando-a no sofá. Pedi para Sarah desligar o fogo e ela disse que o chá provavelmente já estava até pronto, mas eu não queria mais beber nada.

— Dear, está bem?

— Sim, sim. Já desligou... — ela murmurou. — Parecia que meus tímpanos iam explodir.

— Eu sei, dear.

— Será que deveríamos pedir a Luane que a ajude? — Sarah perguntou. — Ela já passou por isso, então pode ajudar.

Juliette assentiu com a cabeça sem olhar para a mãe.

— Sim, sim. Deveríamos chama-la.

Foi o que fizemos. Eu liguei para Scott e perguntei se Luane queria ajudar ela e a garota concordou quase imediatamente. Algumas horas depois, ela chegou e sentou-se no sofá ao lado de Juliette e colocou as mãos nos ombros dela.

— Você está sentindo alguma coisa? — ela perguntou.

— Minha cabeça doeu, mais nos ouvidos.

— Oh, o som alto incomodou você?

— Eu acordei e desci as escadas, quando cheguei na sala o som começou. Foi um bule de chá, era estranho. Como se eu nunca tivesse ouvido aquele som daquela forma.

Luane balançou a cabeça.

— É comum, no início, os sons parecerem muito estranhos. — ela explicou. — Ainda mais que, pelo que eu soube, para fadas é mais complicado.

Depois disso, ela pediu que Juliette corresse e disse que nesse ponto, para uma iniciante, ela estava indo bem. A loira disse que para controlar os sons e cheiros Juliette deveria se concentrar bastante, como uma meditação e que isso no começo exigiria um pouco de esforço, mas que ela se acostumaria.

— Como aprendeu tudo isso? Alguém lhe ensinou? — Juliette perguntou.

— Ah... A pessoa que me criou me ensinou o básico para sobreviver, mas eu só fui aprender realmente as coisas quando eu tipo... fugi dois anos depois. — respondeu, claramente desconfortável.

Por perceber isso, Juliette deixou de fazer perguntas e voltou a se concentrar nas explicações bem detalhadas de Luane sobre como ela aprendeu a não enlouquecer com os sons.

Depois de um tempo, a loira foi embora e deixou-nos sozinhos com Sarah, que logo também foi embora.

— Desculpa se lhe assustei quando enlouqueci.

— Sem problemas, dear. Acontece.

Ela apertou as mãos nos joelhos e jogou a cabeça para trás no sofá.

— Vem sendo difícil, sabe? — Ela piscou. — Tudo é novo e eu estou tendo dificuldades de adaptação. Que legal!

— Ei, tudo vai ficar bem. — Eu apertei sua mão. — Você tem muitas pessoas que vão lhe apoiar o tempo todo. — Beijei as costas da mão dela.

— Obrigada por isso também. — Seus olhos se encheram. Ah, as mudanças emocionais. — Sem vocês, não sei se conseguiria.

Beijei a testa dela e a peguei no colo.

— É, você estaria fodida. — eu disse e nos rimos. — Vamos comer algo.

Não que Juliette realmente precisasse comer, mas ela provavelmente gostaria de manter esse hábito já que o faz desde sempre. Só não precisaria fazer com tanta frequência ou como questão de vida ou morte, depois conversariamos sobre isso.

  Naquele momento, só iríamos aproveitar o resto do dia juntos e descansar um pouco, como um casal quase normal.


Notas Finais


Oe de novo.
Só nos faltava essa, né?!
De normal, vocês só tem o branco do olho, queridos!
Comentem o que acharam do capítulo ❤ e favoritem a fic
Espero que tenham gostado
Até a próxima quinta
~Leletth-chan


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