História Dear Hero - Do you love me like you loved her?

- Justin, quem é Emma? O que aconteceu com ela? - se virou encontrando um Justin de olhos arregalados. De fato, era uma pergunta que ele nunca esperaria da menina.

- O que? Como você sabe de Emma? - juntou as sobrancelhas em confusão. Savannah apenas mostrou a foto que segurava e Justin pegou-a rapidamente.

"Uma hora você terá que contar Justin" uma voz de sua consciência falou. E com certeza ela teria razão. Pra que esconder? Por mais que esse passado o atormentasse ele havia seguido em frente, não tinha?

- Não quer falar? Tudo bem. - sua voz parecia sincera. O policial com a expressão atormentada a encarava sem saber o que fazer.

- Eu vou contar. - disse por fim, sua voz saiu mais baixa do que o esperado. Aquilo havia denunciado sua fraqueza sobre o assunto. - Ela era minha noiva. - respirou fundo começando a colocar tudo para fora.

- E o que aconteceu com ela? - insistiu a menina curiosa. Se ajeitando nos braços do maior. Aquela cena poderia ser comparada a uma menina esperando que seu pai contasse uma história para que então, ela pudesse finalmente adormecer.

- Ela morreu, ela era policial, trabalhávamos juntos e... - suspirou. - Ela era tão forte, determinada, teimosa... - riu pelo o nariz lembrando de sua teimosia e de como aquele defeito causou o fim de sua vida. - eu a admirava tanto. Era impossível não se apaixonar. - sorriu com as lembranças que vinham aos poucos a sua mente. - Seu sorriso era gigante, mas só poucos tiveram a oportunidade de ver, ela era séria quando se tratava do trabalho. O pior de tudo é ela ter partido através de algo que ela amava tanto. - nessa hora seus olhos que antes brilhavam ao ter o retrato de sua ex noiva em sua cabeça, agora estavam lacrimejando, as lágrimas se formando no canto de seus olhos cor de mel. - Tinha uma missão, era em uma bairro onde estava tendo tiroteios constante. Nossa equipe foi designada para lá. Eu não queria que ela fosse, havíamos acabado de noivar e eu a amava mais que tudo. Mas ela disse que no trabalho eu não poderia me meter e bem... eu aceitei. - abaixou a cabeça. Agora as cenas daquele dia se repetiam em sua mente o perturbando cada vez mais.

- O que houve?? - visivelmente Savannah estava preocupada com Justin. Aproximou seu rosto do de Justin encostando seus narizes.

- Ela morreu ali e eu não a salvei. - sua voz trêmula denunciava seu choro. Podia ser uma vergonha um homem adulto ainda por cima policial chorar na frente de uma menina a qual era dona de seu coração. Entretanto se tratava da morte de outro grande amor. Não era fácil de lidar com essa perda. - Ela entrou na casa onde os bandidos estavam armados. Eu queria entrar eu queria impedi-la mas não consegui. Eu falhei como policial e como noivo, como homem que a amava. Ela era meu mundo e por culpa de minha idiotice eu a não tenho hoje. Eu poderia ter entrado e salvá-la, mas os meninos me impediram, e então só ouvimos um disparo. - ele fungou. - o disparo que causou a falência da minha vida.

- Justin mas se você a salvasse não estaria aqui comigo hoje, você poderia ter morrido também. Você fez o que pode, tentou a impedi-la.

- Ela era teimosa. Quem nem você. - riu entre as lágrimas fazendo a pequena soltar uma risadinha.

- Justin, posso te fazer uma pergunta? - seus olhos prendiam um ao outro, havia intensidade, paixão...

- Pode, claro. - limpou as lágrimas que escorriam pela sua pele a marcando por onde escorria.

- Você me ama como a amou?

Sem dúvidas, Justin foi pego de surpresa, não esperava por tal pergunta de forma tão direta. Nunca havia comparado os sentimentos que sentia por uma com os que sente agora por Savannah. Mas de fato eram completamente diferentes. Não sabia explicar, não encontrava maneira de formular alguma resposta para dizê-la. Como responder algo desse tipo sendo que todas as palavras fugiam de sua mente?

- Definitivamente não. São tão diferentes. - falou. - O que sinto por você consegue enfrentar barreiras as quais eu quebrei com Emma. É difícil de explicar. Mas nós temos mais intensidade, Sav. Por você eu morreria sem pensar duas vezes, eu faria de tudo para ser seu herói e fazer você ter orgulho de me chamar de seu homem, de seu querido herói. Quando se tratava de Emma por mais que eu a amasse, era algo mais imaturo. Agora me sinto mais forte, finalmente completo. E só você ao meu lado tem esse poder.

- Eu te amo. - foi tudo o que a dona dos olhos cor de diamantes que agora, segurava as lágrimas pela declaração de seu amado, conseguiu dizer.

- Eu te amo. Apesar de tudo e além de tudo. - sorriu se aproximando mais de Savannah, em seguida tomando seus lábios.

Aquele foi o beijo que selou o amor deles, através daquele simples contato, ambos sabiam que podiam confiar a vida um no outro e que nada seria mais forte do que o amor que os dois sentiam. Era o sentimento mais puro, o mais bonito, insubstituível.

- Eu vou te ajudar a seguir em frente. - Savannah disse separando o beijo.

- Eu sei que vai, você me deu vida novamente. - Justin sorriu.

- Viver é como seguir o movimento do rio, a única coisa que tem a fazer é seguir sua direção.

- E eu achei a minha.

E depois dessa frase, Savannah se sentiu completa e pôde finalmente relaxar e deixar o sono vencer, fechando os olhos e viajando ao mundo dos sonhos onde apenas Justin era o protagonista.

[...]

- Apenas comunicando que iremos ao médico hoje. - Justin falou assim que acordou. O mesmo já estava acordado a tempos, apenas observou Savannah dormir esse tempo todo. Assim que a menina acordou já foi logo a comunicando.

- Por que? - acordou assustada, se pondo sentada rapidamente

- Não é óbvio? Não quero você tendo crises de novo. - falou obvio.

- Não! Por favor, eu te medo, ele me chamará de louca.

- Para com isso! Se arruma logo, minha mãe vai com você, ela já está lá embaixo.

- Que horas são?

- Hora de você se arrumar, vá rápido. - falou se retirando do quarto.

Não demorou muito e logo Savannah estava pronta cumprimentando Pattie educadamente na sala. Lançou um olhar raivoso pro Justin novamente.

- Por que você não pode ir comigo? - perguntou a garota manhosa pela milésima vez.

- Eu tenho que trabalhar. - falou quase cedendo aos encantos da garota.

- Merda. - finalmente vencida, a menina acompanhou Pattie até a porta que mandava um beijo pra Justin como despedida.

Agora seria o que deus quisesse.