História Dear Malia - Coragem

Você nunca irá se amar com metade da intensidade com que eu amo você

- One Direction

4 meses depois

Estávamos na sala – eu e Maju – Maju andava em círculos e mexia em suas mãos demonstrando nervosismo, hoje chegara a carta de talvez admissão na sua faculdade de veterinária.

- E se eu não conseguir? – Ela disse depois de parar de rodar pela sala me olhando profundamente

- Você é tão inteligente quanto parece ser, vai conseguir – sorri – e, caso a faculdade cometa o GRANDE erro de não te aceitar iremos sair e eu irei comprar um enorme sorvete de morango para você – ela riu e balançou a cabeça negativamente.

- Me promete uma coisa?

- Claro – sorri –

- Se eu não passar me conta por que Malia? – Ela olhava em meus olhos sem piscar, sem mover um musculo se quer, eu a admirava por sempre olhar em meus olhos, ela continha o mistério em seus olhos castanhos claro.

Mas eu não podia. Eu não podia contar a ela o significado de “Malia”, eu não podia dizer por que isso poderia acabar com a nossa amizade, eu não poderia dizer, não agora.

É engraçado porque desde o momento em que nos encontramos naquela rua eu já tinha a associado com esse apelido, desde o momento em que eu a beijei eu me senti completamente atraído por essa garota. O que ela ainda não sabe é que quando ela apareceu e me deu aquele abraço minha vida mudou. O que ela ainda não sabe é que cada tapa, cada brincadeira e cada risada alegrava cada vez mais meu coração. O que ela não sabe é que cada dia que eu passo ao lado dela eu fico mais viciado no seu jeito. O que ela não sabe é que eu estou completamente apegado. O que ela não sabe é que “Malia” é uma estrela que os antigos romanos batizaram com esse nome para homenagear uma garota que tinha a capacidade de mudar tudo e todos, a garota que por onde passava despertava o desejo de vários. Malia para mim significava Maju, a garota que conseguiu me mudar e despertar esse desejo, significava a garota por quem eu estou perdidamente apaixonado, não, isso ela não sabe, e eu fugia desesperadamente desse sentimento guardado para mim. Mas o que todo mundo sabe é que não se pode fugir por muito tempo daquela que te desperta esse sentimento desgraçado que é a paixão.

- Você quer saber quer? – Perguntei a olhando. Ela balança a cabeça fazendo sinal de positivo – Um dia eu te digo – disse, ela não poderia saber agora.

- Aaaarg – ela resmungou

- CALMA AMIGA, PRA QUE TANTO STRESS

- Para de gritar, escandaloso

- Ta parei – a abracei e fiz com que ela sentasse em uma das minhas pernas, coloquei uma mecha de seu cabelo para trás e olhei em seus olhos – Você vai passar, não se preocupe – ela continuou me encarando, sem falar nada, ela estava corada, me aproximava dela, eu queria beija-la, queria sentir o gosto da sua boca de novo, eu queria, queria, queria, mas nada aconteceu, ela levantou rapidamente indo até a porta depois da campainha ser tocada

- Rafa – ela voltava com um envelope branco em mãos – Chegou – ela me olhou

- Abre – me levantei

- Eu não passei – ela disse

- Mas você nem abriu

- Não tenho coragem

-Mas eu tenho – puxei o envelope de suas mãos

- Rafa me da – ela gritou e eu sai correndo, tentava abri o envelope enquanto uma anã corria atrás de mim – Me daaaa

- ABRIII – Puxei a folha que tinha dentro do envelope e comecei a ler

- Rafael Lange

- SENHORITA MARIA JULIA MONSORES DE PINHO CAVANNOR – ri escandalosamente – QUE NOME HORRIVEL

- VAI SE FUDER, ME DA ISSO LANGE – ela gritou e continuamos a corrida pela casa

- É COM MUITO PRAZER QUE A FACULDADE USP DE MEDICINA VETERINARIA E O COMITÊ DE ADMISSÃO PARABENIZA A SENHORITA MONSORES PELA INGRESSÃO A NOSSA FACULDADE – Li e parei de correr – VOCÊ PASSOU

- e-e-eu passei? – ela disse parando de correr e me olhando

- SIM, TEMOS UMA UNIVERSITARIA AQUI EM – peguei Maju no colo e comecei a pular

- AAAH EU PASSEI, RAFAAAA – ela gritou – PUTA QUE PARIU EU PASSEI

- Você conseguiu – falei depois de colocá-la no chão

- Eu passei – ela sorriu e me abraçou

~*~

Maria Julia p.o.v

Em menos de uma hora eu teria que estar na faculdade, estava me arrumando, fazia frio em são Paulo, eu queria muito ficar na minha cama quentinha, mas eu precisava ir.

Batidas na porta chamam minha atenção. Era Rafael

- Entra – falei

- Está pronta?

- Quase

- Temos que ir logo, não vai querer chegar atrasada em seu primeiro dia né?

- Vai me levar?

- Sim, aproveitando que tirei minha carteira de motorista vou usar e abusar do carro do Alan - Alan estava dormindo aqui em casa para o evento que teria sábado.

- Que feio, usando o carro do amigo

- Ele deixa

- Sei

- Quer carona ou prefere ir de ônibus?

- Olha sinceramente, quero ir de carro, mas não com você no volante

- Vai tomar no cu, não vou mais te levar – ele disse, saindo do meu quarto

- Aí, to brincando idiota – falei atrás dele

- Feriu meus sentimentos – gay

- O coitadinho – disse apertando suas bochechas – Vamos logo

- Tá, vamos

O caminho até a faculdade vou bem rápido, pegamos um pouco de transito, porém nada que atrapalhasse a minha pontualidade. Eu e Rafa viemos cantando e dançando One direction em alto e bom som

- Está entregue senhorita

- Muito Obrigada senhor – abri a porta do carro e pus meu corpo para fora, porém fui puxada de novo para dentro do carro

- O que foi?

- E o meu beijinho? - Ele disse fazendo bico, novamente, gay

- A claro – beijei sua bochecha

- Não aí – ele disse e deu um sorriso malicioso, que me fez corar e puta merda que sorriso gostoso. Ele puxou meu rosto e me deu um selinho. – Agora ta liberada

- Idiota – ri em nervosismo, peguei minha bolsa e sai de novo do carro.

A faculdade tinha um campus enorme e os prédios divididos em 7, todos com mais ou menos 8 ou 9 andares. Peguei um papel dentro da minha bolsa “ Prédio 5, andar 7 “ andei um pouco até chegar no local indicado.

- Licença, onde é a secretaria? – Perguntei para uma menina que passava

- Segue o corredor até o final e vire à esquerda

- Obrigada – Andei até a secretaria e observava aquela enorme faculdade. – Bom Dia, eu sou a aluna nova e no meu papel pediram para que eu viesse aqui na secretaria pegar um papel com os meus horários.

- Aah sim, claro – uma moça que aparentava ter seus 21 anos me deu um papel com as minhas devidas aulas. Teria aula de laboratório, de anatomia animal, ciências veterinária entre outros. Seria um longo dia.

Rafael Lange P.O.V

- É sério Alan, eu não sei o que ta acontecendo comigo – Falei me jogando para trás na cama.

- Amigo, isso não é obvio? Você gosta dela o que tem de tão complicado

- Eu não me apaixono, esse é o problema

- Você vai tomar no seu cu Cellbit, a mina é bem legal, ela parece a garota certa para você

- Eu sei, mas, aaah, e se ela não quiser nada comigo? Quero dizer, somos melhores amigos, ela me ajuda eu a ajudo, tudo bem que eu já beijei ela duas vezes, mas isso não quer dizer nada

- PORQUE VOCÊ NÃO PARA DE SER UM IDIOTA E PERGUNTA, AH, OI MAJU, EU QUERIA SABER SE VOCÊ GOSTA DE MIM

- NÃO É TÃO SIMPLES

- VOCÊ QUE SE COMPLICA AMIGO

- aaaah

- ai vai chegar um outro cara e vai fazer o que o senhor imbecil não fez ai você vai ficar com cara de idiota 

- ta, entendi

- Agradeço

Eu estava disposto, quando Maju chegar eu vou abrir o jogo para ela, eu vou falar que eu estou apaixonado por ela. Deus me ajude.