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História Dear Roommate (Woosan ABO) - T2-E11: Melhores Amigos.


Escrita por: Watermelon_Pie e Wasa_bi

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 30 - T2-E11: Melhores Amigos.


Fanfic / Fanfiction Dear Roommate (Woosan ABO) - T2-E11: Melhores Amigos.

MELHORES AMIGOS

[Flashback On]

(Doze anos atrás)

— Appa! — o garotinho gritou desesperado, chacoalhando o ômega mais velho pelo antebraço com os olhos marejados enquanto soluçava alto.

Wooyoung sangrava tanto que mal conseguia mexer os músculos da boca arroxeada para tranquilizar o filhote, que estava em pânico. Esperto como era, Kyungsoo correu até a cozinha e deu vários pulos com os braços esticados para cima até que finalmente conseguiu agarrar o telefone e, na ponta dos pés, aproximou o mesmo de sua orelha e discou o número do trabalho do pai.

...

— Alô?

— Appa! Vem 'pra casa logo! Corre, por favor!

— Kyu?! O que aconteceu? Você está bem?! Aonde está o seu pai?

— Ele tá sangrando muito! Appa, vem! Por favor, appa, ajuda ele!

— Eu estou indo, não sai de perto dele, Kyu! Não sai!

E assim o telefone desligou do outro lado da linha. Kyungsoo largou o mesmo pendurado de qualquer jeito e correu de volta para a sala. O pobrezinho não fazia ideia do que estava acontecendo. Achava que o pai estava prestes a morrer. Se soubesse da verdade, estaria chorando de alegria e não de tristeza.

Era o bebê que estava nascendo. Resolveram deixar o gênero para saber na hora do nascimento já que em todos os ultrassons o danado estava virado de costas. Mas Kyu não sabia daquilo, e era por isso que estava tão desesperado.

Eventualmente, San chegou ao local e pegou o ômega em seus braços. Yeosang e Seonghwa se ofereceram para ficar junto da criança, e quando fosse a hora, o levariam para o hospital.

— Aguenta firme, Woo! Respire fundo. Estamos chegando, meu amor, por favor, aguenta firme! — San gritava entredentes, apertando a mão frágil e gélida do ômega em suas mãos enquanto dirigia às pressas até o hospital local.

Ao chegar, o carregou novamente estilo noiva para dentro da maternidade e assistiu frustrado e choroso enquanto levavam seu marido para longe sobre uma maca. Ficaria tudo bem. Quer dizer, eles precisavam ficar bem, certo?

A vida de seu marido e do bebê estava completamente a mercê da experiência daqueles médicos.

San queria tanto poder ajudá-los. Mas apenas poderia esperar.

(...)

Foram horas e horas girando sobre os ponteiros do relógio daquele corredor. Kyungsoo estava aconchegado sobre o peitoral de Yeosang, e Seonghwa cochichava uma história bem baixinha nos ouvidos de Hyejin e Taehyeon, seu filho adotivo. San dormia da maneira mais desconfortável possível: com os cotovelos sobre os joelhos cansados e a cabeça completamente baixa. Estava esgotado, cansado de tanto esperar. Mas nem por isso, havia perdido a esperança.

— Choi San? — a enfermeira beta chamou suavemente, tocando de leve o ombro do homem mais novo e fazendo com que este se levantasse em um pulo.

— Sim?!

— Seu ômega e o bebê estão perfeitamente bem, mas Wooyoung precisa de tempo para se recuperar. Vamos dar uma olhada neles?

— Ah, graças a deus... Claro, vamos. — San suspirou aliviado, pegando um Kyungsoo ainda adormecido em seus braços e seguindo a enfermeira. — Kyu, acorde. Quer ver o appa?

— Hm? Onde?!

— Estamos chegando.

Entraram em um dos quartos do hospital e San sentiu seus olhos encherem de lágrimas ao ver o ômega segurando algo grandinho enrolado em uma manta branca. Colocou a criança de pé sobre o chão cuidadosamente e se ajoelhou ao lado da maca, apoiando seus cotovelos sobre o colchão macio da mesma e sorrindo em meio aos prantos baixos, enquanto acariciava o rosto de Wooyoung que o olhou ainda um pouco cansado, mas sorridente.

— Eu sabia que vocês iriam ficar bem, Woo. Mas eu tive tanto medo...

— Não precisa mais ter medo. Já sabe que estamos bem. — Wooyoung sorriu mais um pouco e descobriu o rosto do bebê, que chorou baixinho e espremeu seus olhinhos ainda fechados.

Kyungsoo se aproximou para observar o pequeno mais de perto e sorriu grande. Os mais velhos estavam mais do que felizes por saber que Kyu estava realmente gostando da ideia de ser irmão mais velho.

— É uma menina. — Wooyoung riu soprado, deixando escorrer mais algumas lágrimas. — Uma alfa.

— Eu te disse, appa! Eu sabia que ia ser menina. — Kyu disse vitorioso. Não conseguia conter sua felicidade em saber que havia acertado o gênero do bebê!

— Você estava certo, Kyu. — San sorriu fofo, beijando a cabeça do filho e roçando as costas das mãos de leve contra a bochecha da bebê. — Qual vai ser o nome dela?

— Choi... — Kyungsoo começou, pensativo.

— Yan... — foi a vez de San.

— Jung...? — completou Wooyoung.

— Choi Yanjung. — San concluiu com um sorriso.

[Flashback off]

(Agora)

— Como consegue gostar desse desenho? É tão esquisito!

— O Incrível Mundo de Gumball é o melhor desenho de todos, noona! Veja só como o Gumball é bonitinho! — Kyungsoo disse movendo sua franja para o lado e rindo alto de alguma piada idiota do desenho animado. Hyejin estava sentada no braço do sofá apenas prestando atenção na tela do celular alheio, tentando encontrar alguma graça naquilo.

Kyungsoo já tinha dezesseis anos nas costas e ela, dezoito. E o menor não parecia crescer nunca. Talvez fosse porque Park Hyejin era uma alfa lúpus, e Kyungsoo, um ômega. O jeito meio "criança" de ser do amigo era fofo, de um certo modo, e por mais entediante que fosse aquele desenho animado composto por um gato azul e um peixe dourado ambulante, ver o menor feliz fazia com que a alfa abrisse um sorriso enorme.

Assim como acontecia com o namorado de Hyejin, um ômega de dezenove anos chamado Kim Jaewon. Um único sorriso do mais velho melhorava o humor da alfa lúpus pelo resto do dia.

— Boa tarde, noona! — disse uma voz fina e infantil; era Yanjung, a maknae da família Choi, uma alfinha de onze anos. Estendeu o braço e deu um toque de mãos simples com a alfa lúpus que sorriu.

— Boa tarde, dongsaeng.

— Oi, Yan! — disse Kyu, pela primeira vez desviando os olhos do celular e sorrindo para a irmã que sorriu de volta, deixando a mochila sobre a mesa. — Como foi na escola?

— Foi legal! Sabe a Chaemin?

— Aquela ômega? — Kyungsoo perguntou malicioso com as sobrancelhas arqueadas, encarando a irmã e sorrindo lateral.

— É... — respondeu corada. — Vamos fazer um trabalho em dupla.

— Pega o número dela. — Hyejin sugeriu maliciosa, recebendo um beliscão do mais novo.

— Ela só tem onze anos!

— Qual o problema?! A ômega também tem!

Discutiram aos berros sobre se Yanjung tinha ou não idade suficiente para pensar em namoro, enquanto esta murmurava algo para si mesma, subindo as escadas até o próprio quarto.

— O que está acontecendo aí? Por deus, crianças, falem mais baixo. — Wooyoung disse frustrado lá da cozinha.

— Nada, appa! 'Tá tudo sob controle. — Kyungsoo resmungou baixinho. Hyejin deu de ombros e colocou sua mochila nas costas, se despedindo dos dois.

A Park estudava de noite e queria passar algumas horas com o namorado antes de qualquer outra coisa. Precisava de toda aquela doçura e bom humor de seu ômega para que se sentisse preparada para dar início aos estudos.

— A Hyejin já assumiu o namoro para os pais dela, sabia?

Naquele momento, Kyungsoo soltou o celular e passou a ignorar as vozes do desenho animado, franzindo o cenho e caminhando até a cozinha de braços cruzados. Se escorou contra o batente da porta e encarou as costas do ômega mais velho.

— Appa, o que quer dizer?

— É que você e o Seiya...

— Ah não, não começa! Appa, agora não, por favor! — exclamou com uma expressão de nojo.

— Tudo bem, tudo bem! Não está mais aqui quem falou! — Wooyoung riu soprado, remexendo algo cheiroso na panela. — Mas falando nisso, ele me ligou hoje mais cedo.

— Ligou? — desta vez os olhos do ômega se arregalaram, demonstrando interesse. Wooyoung se segurou para não rir.

— Sim, e perguntou se você não poderia dormir lá na casa dele até domingo.

Kyungsoo engoliu em seco. Não queria pedir permissão para ir e demonstrar o quanto queria passar o fim de semana na casa do alfa. 

— Eu disse que você iria.

— M-mas appa?!

— Ele é seu melhor amigo, Kyu! Qual o problema?

— Nenhum... Mas eu queria que você tivesse me avisado antes...

— Eu avisei com bastante antecedência, Kyu. Ele disse que vem te buscar daqui... uma hora... — Wooyoung suspirou. É, talvez tenha sido um pouco em cima da hora.

— Ah, quanta antecedência! — o garoto correu até o andar de cima desesperado para que pudesse preparar sua mochila.

Pegou camisetas, bermudas, um pijama e um livro de romance para terminar de ler. Colocou a mochila nas costas e esperou até quando a campainha tocou. Respirou fundo e revirou os olhos ao ver seu pai sorrindo malicioso e o acompanhando até a porta.

— Oi, Seiya! Como estão seus pais, hm? E você? Está bem? — Wooyoung perguntou animado, cumprimentando o mais novo com um beijinho na bochecha, o fazendo sorrir.

— Nós estamos bem, hyung! E vocês?

— Estamos muito bem também. Tinha que ver a cara de felicidade do meu filho quando soube que iria passar o fim de semana com vocês. — o ômega mais velho provocou e Kyungsoo abaixou o rosto envergonhado logo após receber um beijinho de despedida em sua bochecha.

— Eu imagino, eu imagino. — Seiya sorriu soprado. — Nós voltamos no Domingo, hyung! Até.

— Até. Se cuidem, meninos!

— Claro... — Kyungsoo suspirou nervoso, seguindo o mais velho pelas ruas escuras.

(...)

Passaram-se horas e Kyu lia seu livro. Estava sentado sobre o colchão que fora colocado sobre o chão de madeira. O quarto do japonês tinha um tema rústico; móveis de madeira e em tons de marrom e cinza, parecia uma pequena cabana.

Seus olhos passeavam sobre as páginas do livro que retratava um romance típico adolescente; entre amigos. Aquele livro havia aberto bastante a mente de Kyungsoo nas últimas semanas com relação a Seiya, principalmente. Sempre que os personagens principais da obra se envolviam em uma cena romántica cliché, o ômega suspirava abobado enquanto fantasiava sobre aquele tipo de coisa acontecendo consigo mesmo.

(Editado; quando colei o capítulo aqui uma parte dele não foi :/)

De repente Seiya adentrou o quarto já vestido com uma roupa qualquer e com seus cabelos negros úmidos. Kyungsoo escondeu o rosto em meio às páginas do livro e respirou pesado. Achava o amigo muito atraente, sempre que o via sair do banho.

— O que está lendo, Kyu? — Seiya indagou, se apoiando sobre seus joelhos e mãos e engatinhando até o outro de modo que seu peitoral ficasse escorado sobre os joelhos alheios. Colocou o queixo sobre o livro de capa cinza e sorriu fofo.

— N-nada demais, é só... Seiya! — gritou corado quando o livro fora tomado de suas mãos. 

O garoto japonês riu alto e começou a ler aquela página mesmo, arregalando os olhos e sorrindo vez ou outra.

— "Sei que sentir esse tipo de atração por alguém que eu conheço praticamente desde sempre é errado, mas ele é tão"...

— Não! Não lê isso, Seiya! Por favor!

— Tão gostoso. — o mais velho disse com um tom rouco, um tanto quanto sexy, que fez com que Kyungsoo se arrepiasse por inteiro, se afastando quase que de imediato. Seiya riu escandaloso e cutucou o ombro do outro. — Você está todo vermelho!

— Não era 'pra você ler isso! — disse tomando o livro em suas mãos e o fechando com um suspiro. — Você costumava ser tão quietinho e tímido.

— Era quem eu achava que realmente era.

— O que?

— É. — pousou a mão sobre o joelho corado do ômega o fazendo engolir em seco. — Eu costumava achar que minha verdadeira personalidade era introvertida, que eu era alguém quieto e tímido. Mas aí você apareceu e tudo começou a fazer sentido. Graças a você, agora eu sei que na verdade consigo ser bem mais confiante e extrovertido do que realmente pareço ser.

Kyungsoo nada disse, apenas desviou o olhar.

— Um romance entre melhores amigos... — Seiya suspirou pensativo. O silêncio tomou posse do quarto estilo rústico até que o alfa franziu o cenho e encarou o outro, umedecendo os próprios lábios. — Kyu.

— Hm?

— Você já beijou?

Pânico.

Foi o que o pobre ômega sentiu. Se estivesse de pé, seus joelhos muito provavelmente teriam faltado com força, e ele teria caído. Ou desmaiado, quem sabe.

— Não... Não, eu nunca... — engoliu em seco mais uma vez, antes de respirar fundo. — Não. Você já?

— Uhum. Algumas vezes.

Os olhos do ômega fuzilaram o mais velho com uma certa insegurança. Por mais que fossem apenas amigos, saber que o outro já havia beijado sabe-se lá quantas bocas o fazia sentir uma insuficiência que apertava seu coração sem piedade.

— Porque essa cara, dongsaeng? — Seiya riu, apertando-lhe as bochechas.

— Nada... — bufou.

— Posso te beijar?

— O que?! Seiya!

— O que foi? Não posso? — o mais velho perguntou com os olhos arregalados, por um segundo ou três se arrependendo de ter feito aquela pergunta.

— ... Pode sim. M-mas... Por favor, hyung. Promete que nada vai mudar?

E então o sorriso aliviado voltou ao rosto do menino japonês. Ele segurou os joelhos do menor, um em cada mão e os separou, abrindo as pernas do mesmo e se enfiando ali na intenção de se aproximar ainda mais do rosto vermelho do ômega.

— Talvez eu já estivesse planejando isso há algum tempo e por isso, é muito provável que eu queira te beijar mais vezes. Mas fora isso, dongsaeng. — riu baixinho. — Nada vai mudar.

E então o alfa tomou os lábios rosados de Kyungsoo antes mesmo que este pudesse dizer qualquer coisa. Apalpava a boca alheia com a sua, massageando-a devagar enquanto os estalos preenchiam seus ouvidos. Pura melodia. Nos primeiros segundos, Kyu não sabia o que fazer. Mas depois de algum tempo, passou a reproduzir os mesmos movimentos do alfa, e até pediu passagem para a língua.

As línguas se enrolavam e desenrolavam sem pressa e Seiya tornou a mordiscar de leve o lábio inferior do menor, que arfou baixinho e retribuiu com um pouco mais de vontade, segurando o rosto gélido do alfa antes de traçar um caminho com ambas as mãos até a parte de trás da cabeça do mesmo, agarrando seus cabelos úmidos com força e distribuindo pequenos beijos carinhosos por toda a extensão de seu maxilar, o que fez com que Seiya sorrisse.

— Eu quero te beijar mais vezes. — Kyungsoo sussurrou manhoso ao pé do ouvido do mais velho. — Acho que gosto de você, droga. Será que foi assim que os meus pais se sentiram quando tinham a minha idade? Porque é tão confuso...

O garoto japonês deixou um beijinho suave sobre a testa quente do outro, acariciando suas madeixas escuras.

— É confuso, mas é maravilhoso.

— É... Mas eu não sei, eu... Eu não entendo nada. Eu estou tão nervoso.

— Vamos brincar de não entender nada juntos, então. — Seiya sugeriu sorridente antes de acolher o ômega em um abraço caloroso.

É, "melhores amigos" para todo o sempre.


Notas Finais


Kyu fanfikeiro fodase

Seguinte, eu queria extender a fanfic mais um pouquinho mas acho que eu não teria ideias suficientes para manter a história por muito mais tempo. Então sim, esse é o último capítulo de Dear Roommate.

Minha escola vai fechar assim como tantas outras e eu imagino que vocês já saibam o motivo. Por essa e outras razões, mais do que nunca eu vou ter bastante tempo livre (e põe bastante nisso) então talvez eu comece a escrever uma outra fanfic.

Mas por hora, não vou postar mais nada. Acho que vou tirar um tempo para planejar alguma história nova ou algo assim.

Espero que tenham gostado de Dear Roommate e muito obrigado a todos que acompanharam até aqui, sério mesmo. Peço desculpas pela demora com relação às atualizações e por não extender a fic um pouco mais.

Bebam água, lavem as mãos e evitem lugares muito movimentados. Não se esqueçam de cobrir o rosto com o braço ao tossir/espirrar e usem máscara sempre que possível :3


(P.S. ainda não corrigi esse capítulo)
~O autor


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