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História Dear Satan... Ops, Santa. - Capítulo Único


Escrita por: callmeshiner

Notas do Autor


Oi, oi, pessoas. Então, essa é a primeira fic que eu to postando aqui e mesmo que seja uma os eu to nervouser sos eu to tremeno rosana
Bem, eu fiz essa os pra uma amiga minha (Paula linda rainha dona sz q) que disse que adorava minha escrita e queria que eu fizesse algo pra ela de natal. Como é minha primeira realmente postada, eu decidi não por lemon nem nada demais, apenas algo MUUUUITO besta, mas eu espero que vocês gostem mesmo assim.
E btw, eu não revisei e escrevi pelo bloco de notas do celular, então desculpem qualquer erro djsjshsj ;;

anyway, bêjo na bunda galero, boa leitura sz ~

Capítulo 1 - Capítulo Único


 

Cantigas enjoativas, propagandas clichês da Coca-Cola passando o tempo todo na TV, todos os lugares possíveis falando sobre a magia da data desnecessária e única e exclusivamente feita para comércio, uma família animada e completamente irritante me fazendo trabalhar como um condenado para montar aquela árvore que iria para uma caixa na dispensa de casa no dia seguinte após aquelas festas acabarem, tias e tios perguntando "E as namoradinhas, huh?" após abraços calorosos e que me faziam questionar a mim mesmo se não haviam quebrado alguns de meus ossos, crianças pulando para todos os cantos à procura do famoso velho barbudo de roupa tradicionalmente vermelha que invadia casas à noite e tédio "resumiam" o meu Natal. Ah, e Park ChanYeol. 

Todos os anos, sem excessão, a família de meus tios vinha passar o Natal na – minha – casa de meus pais  – assim como o resto da família inteira, o que sempre me indaguei o motivo, já que nós não morávamos em uma casa realmente grande e nem éramos a parte rica daquela ramificações interminável de parentes – e, com eles, meu querido e odiado primo, ChanYeol. Eu sequer me lembrava em que parte de minha infância nós começamos a nos odiar, mas eu me lembrava que nosso ódio era mútuo e era o que importava. Bem, ou pelo menos eu achava isso.

Vi a mãe, o pai, a irmã mais velha e o maldito orelhudo entrarem porta a dentro em minha antes aconchegante residência e dei um suspiro longo, indo cumprimentá-los por livre e espontânea obrigação e empurrões nada sutis de meu pai em minhas costas, me guiando a contragosto até a família sorridente demais. Forcei um de meus melhores sorrisos e abracei a – quase – todos os recém-chegados, ignorando a presença de ChanYeol descaradamente, quase como se eu realmente não tivesse o visto lá, o que o fez cerrar os dentes e, consequentemente, me fazendo rir.
De qualquer forma, pulando toda a parte clichê e totalmente entediante das conversas banais de pessoas que fizeram basicamente nada o ano todo e mesmo assim tinha assuntos quilométricos que pareciam infinitos, finalmente chegou a hora da baboseira de entregar os presentes do amigo-secreto. Para ser honesto, eu nunca havia participado daquela porcaria por três motivos:
1. Eu provavelmente não saberia o que dar para a pessoa que eu tirasse.
2. Eu não queria gastar minha mesada.
3. Tinha chances de eu tirar ChanYeol ou de ChanYeol me tirar.
Porém, como minha mãe sabia como me subornar, eu aceitei participar daquela porcaria uma semana antes do natal.

Sinceramente, eu com toda minha ingenuidade já havia descartado o terceiro item da lista de motivos pelos quais eu não participava de amigo-secreto, pois, segundo eu mesmo, eu não podia ter tanto azar assim, certo?

Errado.

Para minha surpresa e descrença, o único nome que eu estava rezando – mesmo que no quesito rezar eu só soubesse falar "amém" – para não ler naquele pequeno papelzinho foi o que, para meu infortúnio, apareceu, com todas as letras: C H A N Y E O L.

Eu realmente não sabia se odiava mais o natal ou ChanYeol. Talvez os dois.

De qualquer forma, eu comprei algo para aquele energúmeno. Se ele ia gostar? Isso eu não sei, mas que eu comprei, eu comprei. Eu havia comprado uma pelúcia de urso porque, segundo a mãe dele, ele ainda dormia com bichinhos de pelúcia e os colecionava – só Deus sabe o quanto eu me segurei para não rir daquilo na frente da senhora Park –. 

Finalmente havia chego a hora de abrir os presentes e entregá-los para seus respectivos amigos-secretos e para a minha surpresa, na vez de ChanYeol, ele basicamente me descreveu por inteiro por mais ou menos dez minutos e, no fim, era eu seu amigo-secreto (porque se você tem que ter azar, não pode ser um pouco de azar, tem que ser o cúmulo do azar). No meu caso, eu só bastei falar que ele era alto e com orelhas grandes que já ficou mais do que nítido a quem eu me referia. Nossos agradecimentos foram mutuamente superficiais e sequer trocamos olhares, até porque eu não ia cansar meu pescoço olhando para cima para encará-lo. Sentei-me em meu lugar no sofá mais uma vez e abri de qualquer jeito o pacote metodicamente embalado – com o que não realmente me importei no momento –, jogando todo o papel pelo chão, querendo logo saber o que eu havia ganho de meu inimigo natural.
Minha expressão quando vi o que havia na caixa foi um misto de dúvida, confusão e "Eu sabia que você era retardado, ChanYeol, mas você agora se superou". Quem, por Deus, em sã consciência daria um carrinho de controle-remoto para um cara de dezenove anos? Tudo bem que eu havia dado um ursinho para ChanYeol, mas, porra, ele gostava daquelas porcarias! De onde ele havia tirado a ideia de me comprar um carrinho?!
Naquele momento eu só conseguia pensar sobre que não deveria nem ter perdido meu tempo procurando a mãe dele para saber algo que ele gostava, deveria ter dado um par de meias. Teria gasto menos tempo e dinheiro. Porém, entretanto, todavia, já que eu não tinha escolha e porcaria nenhuma para fazer enquanto todo mundo se abraçava e agradecia presentes que muito provavelmente iriam pro lixo, pro fundo do armário ou pra qualquer canto da casa, decidi testar o carrinho. Se aquelas crianças podiam ficar jogando as coisas para todos os lados, por quê eu não poderia brincar com aquele carrinho? Era meu presente, afinal. Era tosco, mas era meu.

Após desembalar o carrinho preto, peguei o controle-remoto dele e, sem nem me importar com o manual de instruções, comecei a guiá-lo pela casa, um tanto desordenadamente mas ainda sem acidentes. Veja bem, ainda
Em uma manobra fracassada com a miniatura de automóvel, aconteceram duas coisas em um piscar de olhos: em um, minha tia vinha andando calmamente segurando nas mãos um peru em uma bandeja, daqueles que pareciam de comerciais natalinos de televisão; em outro, o peru estava no chão e, consequentemente, minha tia junto. Vendo pelo lado bom, ao menos o carrinho havia escapado.
Os sons que sucederam o acontecimento foram uma mistura de risadas escandalosos, gritos pasmos igualmente escandalosos e muitos berros dirigidos a mim – que me continha para não rir – e estranhamente a ChanYeol também. Se eu fosse me ferrar, provavelmente não seria sozinho.
Após os escândalos se cessarem quase por completo, ouvi o veredito final: eu e ChanYeol teríamos de ir procurar alguma loja ainda aberta e comprar um peru.
– O que?! – Disse eu, junto de ChanYeol, em uníssono – Não tem loja, mercado ou nenhuma porcaria desse tipo aberta e está nevando! É loucura sair agora!
– Não importa, BaekHyun. Nem que vocês dois tenham que ir caçar o peru vivo, vocês vão conseguir esse peru! – Vociferou minha mãe, o que basicamente destruiu todas as esperanças que eu tinha de não precisar ir, e provavelmente as de ChanYeol também. Se minha mãe dizia algo, não havia decreto que a fizesse desistir ou mudar de ideia. De certo modo era bom, de certo modo era terrível.
Para falar a verdade, meu maior problema com aquilo tudo não era nada ligado com ter que buscar o maldito peru, passar de carro em uma tempestade de neve e provavelmente passar os primeiros minutos do Natal (que só para deixar claro, eu não dava a mínima) também dentro de um carro, definitivamente não era; meu maior problema com aquilo tudo era ChanYeol! 
Por mais que nós brigássemos sempre que estávamos apenas perto um do outro, nós evitávamos ao máximo qualquer tipo de contato; afinal, sabíamos que provavelmente acabaria em tapas, socos, mortes, etc. 
Eu duvidava sobre a existência de algo pior que o Natal, mas naquele momento eu descobri que realmente existia algo assim. Pior do que o Natal, só o Natal dentro de um carro junto com Park ChanYeol.

No fim, nós realmente tivemos de ir. Fizemos um melhor de três de pedra-papel-tesoura para ver quem iria dirigir e para a minha sorte eu ganhei. Eu só esperava que ele não batesse o carro.
Os primeiros quinze minutos do trajeto lento à procura de algum lugar aberto e que vendesse o maldito peru foram em completo silêncio, sendo cortado apenas pelo som abafado do gelo sendo amassados pelas rodas do carro e logo em seguida pela voz grave de ChanYeol.
– Está com frio? – Perguntou o castanho, sem tirar os olhos da estrada, me fazendo estalar a língua com certo deboche.
– O que você acha, seu idiota? – Murmurei.
– Eu só estava perguntando! Aish! – Disse, bufando em seguida.
Me encolhi mais em meu lugar no banco do passageiro, sendo quase totalmente escondido pelas minhas roupas um tanto exageradamente grossas, que faziam meu rosto ser parcialmente coberto até a área do nariz. Eu podia jurar que aquela curta e quase insignificante conversa havia sido o começo e o fim de uma provável interação entre eu e ChanYeol, mas eu estava enganado.
– Você sabe por quê eu te dei um carrinho de controle-remoto no amigo-secreto? – Ele perguntou e eu automaticamente me ajeitei no banco. Eu realmente queria saber o por quê daquela palhaçada.
– Tem outro motivo para isso além de você ser um imbecil? – O encarei pelo reflexo da janela embaçada do carro. Ele riu soprado e apenas continuou a falar.
– Tem. – Deu um mínimo sorriso – Você provavelmente não se lembra, mas quando nós tínhamos 4 ou 5 anos, a gente costumava brincar na caixa de areia do parque perto da minha casa, quando sua mãe te deixava lá. – Ele continuou e eu apenas me lembrava vagamente do lugar a que ele se referia – Em um dia qualquer, estava eu construindo meu castelo e, provavelmente por querer atenção, você o chutou. – Ao que ele disse isso, eu franzi meu cenho.
– Hey! Eu não faria isso.
– É, mas fez. Agora deixe-me continuar, sim? – E eu apenas aquiesci com a cabeça, voltando a me sentar de forma confortável no banco de couro.
– Então, depois disso, eu fiquei com raiva de você, muita raiva; e por esse motivo eu fui, arranquei seu carrinho favorito de sua mão e o quebrei em sua frente, e você chorou mais do que eu imaginei que você fosse chorar por aquilo. – Assim que ele terminou de falar, eu estranhamente me senti um idiota, um completo idiota, igualmente o achando um idiota. Eu o odiava por um motivo tão ridículo assim, que eu sequer lembrava?
– Então... O carrinho foi por isso?
– Foi. – Ele me olhou pelo canto dos olhos, dando um mínimo sorriso – Foi a forma que eu encontrei de te pedir desculpas por aquele dia e por ter te feito quase morrer desidratado de tanto chorar. 
Sem que eu sequer percebesse, minhas bochechas esquentaram consideravelmente, em puro  constrangimento e vergonha. Dei um baixo riso, agora olhando diretamente para ChanYeol, não mais pelo reflexo do vidro.
– Então se eu quisesse pedir desculpas por aquele dia, eu supostamente deveria te dar um castelo de areia de presente? –Brinquei, o que arrancou um riso baixo do mais novo.
– Supostamente, sim. – Ele rebateu, da mesma forma brincalhona.
Eu iria responder algo, mas desisti assim que lembrei do motivo que nós estávamos naquele carro, àquela hora, naquele dia. A questão era: onde iríamos achar a porcaria do peru se estava tudo fechado?!
– ChanYeol...– Murmurei, em um tom levemente preocupado, olhando para o lado de fora do automóvel.
– Hm?
– Onde nós vamos achar um peru à essa hora?
– Boa pergunta. – Suspirou, deslizando levemente o corpo grande pelo banco escuro.
Certo, eu já estava começando a ficar desesperado e eu sabia que minha mãe não nos deixaria entrar naquela casa sem o dito cujo peru em minhas mãos. Eu dizia para mim mesmo que estava conformado em ter que passar os primeiros momentos do Natal em um carro, mas sinceramente, eu não estava. Se era pra passar uma data bosta, pelo menos que fosse na minha casa, comendo, fazendo qualquer coisa  que não fosse andar de carro no meio de um começo de chuva de neve!

Meu avô, antes de falecer, sempre me dizia: "Não ache que tudo está ruim ou perdido. Tudo ainda pode e vai piorar". E, bem, naquele dia eu confirmei suas sábias palavras. Como se já não bastassem as circunstâncias, justamente no momento em que eu e ChanYeol passávamos por baixo de um toldo qualquer, a neve TODA que estava em cima daquela porcaria caiu em cima, do lado, na frente e atrás do carro que nós estávamos. Agora além de sem peru e dentro de um carro, estávamos atolados na neve. Ótimo
Fechei meus olhos e recostei minhas costas no acento do carro, dando um suspiro longo e pesado.
– O que vamos fazer agora? – Perguntei e o fitei pelo canto de meus olhos. Ele repetiu minha ação de se escorar no banco e suspirar com os olhos fechados.
– Honestamente? Eu não sei. – Disse, em um tom beirando a preocupação – Além de estragarmos parte da véspera de Natal da nossa família, estragamos o nosso próprio, dentro de um carro. – Suspirou por mais uma vez.
– Mas... Pense pelo lado bom. Pelo menos nós não vamos ter que aguentar crianças chatas abrindo presentes e jogando papéis de presente por todos os cantos, nem aguentar abraços calorosos de todo mundo naquela casa, nem... – Abaixei minha cabeça, travando em minhas próprias palavras. A quem eu estava querendo enganar? Eu gostava daquilo, apesar de negar até para mim mesmo. Eu detestava admitir, mas meu coração parecia sorrir junto de todos os sorrisos sinceros que meus parentes e amigos davam ao abrir os presentes, se abraçarem, até mesmo quando comiam aquelas comidas natalícias. Talvez, só talvez eu acreditasse na magia do natal.
ChanYeol apenas riu soprado e me encarou, tendo um sorriso gentil em seus lábios avermelhados e um tanto rachados pelo frio.
– Você realmente odeia tanto assim o Natal, BaekHyun? – Ele perguntou, quase em deboche, como se já esperasse pela resposta mais do que obvia de que, na verdade, eu não odiava.
– Eu... – Murmurei, abaixando mais minha cabeça e fitando minhas mãos frias, como se fossem a coisa mais interessante para se encarar no momento – Talvez não... – Falei em um tom baixo, quase inaudível – Mas só talvez! E isso não significa que eu goste do Natal! 
O que recebi em troca de minha "confissão" foi apenas uma gargalhada agradável e contagiante de ChanYeol, que fez com que minhas bochechas esquentassem mais do que já estavam quentes.
Após parar de rir, ChanYeol olhou para ambas as minhas mãos, que eu apertava entre minhas pernas na intenção de esquentá-las – um fracasso total– e tirou as próprias luvas, me entregando. Arqueei uma de minhas sobrancelhas, rapidamente o devolvendo as peças felpudas.
– Não precisa ficar com frio por minha causa. Obrigado. – Dei um mínimo sorriso.
– Eu não estou com tanto frio. – Ele esticou sua mão e segurou em uma das minhas semelhantes, a apertando sem força – E, meu Deus, sua mão está congelando! – E então vestiu à força a luva em minha mão, me fazendo rir baixo. 
Uma ideia um tanto boba – mas que pareceu apropriada para o momento – surgiu em minha mente e então eu a executei. Coloquei a luva em minha canhota, vesti a outra na destra de ChanYeol e, de forma um tanto tímida, entrelacei os dedos de nossas mãos sem luvas.
– Pronto. – Afundei meu rosto em meu cachecol grosso, dando um sorriso curto por trás do tecido de lã. ChanYeol apenas sorriu em resposta e apertou levemente minha mão entre seus dedos longos e um tanto ásperos, enquanto deslizava seu polegar pelas costas da mesma, em um carinho singelo que fez com que eu sentisse as famosas borboletas no estômago.
Eu estava entretido demais em meus pensamentos quando fui tirado de meus devaneios ao ouvir um "Olha, BaekHyun!" vindo de ChanYeol seguido do som de fogos de artifício no céu noturno, indicando a chegada do Natal. Sem que eu percebesse, fui puxado para o lado pelo mais novo e abraçado de forma um tanto desengonçada, porém doce e sincera.
– Feliz Natal, BaekHyun...– Murmurou próximo de meu ouvido e eu entrelacei meus braços em seu pescoço, correspondendo ao abraço. 
– Feliz Natal, ChanYeol...


Certo, certo; talvez eu realmente goste do Natal e acredite na magia natalina.

 

                               Fim.


Notas Finais


Arô arô de novo rcjsksjsjsj não me apedrejem, please ;; q
Vocês provavelmente devem ter se decepcionado (ou não) com esse final, por não ter tido nada demais, mas entedam meu lado e o dos doisssss ndkdjdjsjs
Enfim, é isso. Eu não se se vou continuar essa minha "carreira" de autora porque eu honestamente não gosto da minha escrita e nem da forma que eu executo meus plots, então isso me deixa bEeEem trixte. Mas de qualquer forma, eu vou me basear na opinião de vocês sobre isso pra ver o que farei no futuro.

Muito obrigada a quem leu até aqui, um feliz natal e feliz ano novo adiantadossss ~ <3


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