História Decode - Welcome to my bed

Jiyong POV

Desde a conversa que tinha tido com Taeyang no carro que não conseguia parar de pensar na Chaerin. Eu tinha admitido em alto e bom som que estava apaixonado por ela... E respondi isso automaticamente. Não era o tipo de sentimento que eu esperava ter por ela, de longe isso, o máximo seria uma atração.

Era inexplicável, simples assim. Eu pensei em todas as vezes que a irritei e as vezes que liguei pra sua opinião, e bem... Isso era quase sempre. E eu praticamente quase surtei quando finalmente consegui um beijo seu sendo retribuído. Era diferente de tudo que já tinha sentido, e eu achava isso rápido demais, já que não fazia muito tempo que a gente tinha ficado.

Depois da decisão de onde cada um iria dormir, eu vi minha chance de me redimir com ela. Não seria tão fácil assim e eu também não era capacho dela pra ficar correndo atrás dela o tempo todo. Acabou que eu fui grosso com ela e tinha que pedir desculpas duas vezes agora, sem comentar que sentia meus pulsos serrando a cada vez que eu a via se agarrando em Taeyang. Desde quando eles tinham se tornado tão próximos assim? Não me lembrava disso... Ou talvez nunca reparei.

Enquanto o pessoal dava atenção para Guk e seu jogo de mímica e Taeang ajuda Chaerin a seu pedido, eu decidi ir buscar um copo de água. Não que eu estivesse com ciúmes de ter só os dois sozinhos em um cômodo sem que ninguém ficasse os vigiando. Eu estava com sede oras.

Eu parei na soleira da porta quando vi Taeyang tão próximo de Chaerin que pensava que talvez estivessem até se beijando. Ele tocava seu rosto com tanta intimidade que era quase como se fossem namorados. Não sei o porquê, mas minha mente parecia ter desligado meus ouvidos e eu não escutava com clareza o que diziam. Eu estava focado em ver meu melhor amigo a tocar com tanta leveza como se já tivessem longas histórias compartilhadas... E talvez até beijos e noites longas.

Ela se agarrou a ele e o abraçou com força. Eu me recusei a continuar a ver aquilo enquanto sentia minha respiração ofegante e meu coração acelerado. Meus olhos ardiam e eu subi as escadas com pressa antes que todos vissem minha raiva. Abri a porta do banheiro com agressividade e quase matei Sandara de susto.

- D-desculpa - eu disse quando a vi esfregando as mãos e as lavando.

- Se tivesse chegado mais cedo seria algo digno de pedir desculpas - ela respondeu secando as mãos. Eu só puxei a porta pra fechar de novo e ela a segurou - Não precisa já estou de saída. - eu estava sentindo os ombros tensos e mantinha a cabeça baixa. Talvez meus olhos naquele momento não fossem o melhor para se ver. Sandara saiu do banho e me deu espaço pra entrar - E antes que surte Jiyong - ela chamou minha atenção e eu a encarei - Pergunte pra tirar suas próprias conclusões.

Sandara fechou a porta e saiu. Eu encarei meu reflexo no espelho e me senti o maior idiota do mundo. O que eu estava fazendo? Era claro o motivo de Chaerin recusar minhas investidas, porque provavelmente tinha algo com Taeyang e não queria estragar esse elo que eles possuíam. Meu corpo se arrepiou com a repulsa que senti por imaginar meu melhor amigo tendo algo mais íntimo... com a minha KittyCat.

Joguei uma água no rosto tentando afastar esse maldito pensamento, mas só sentia meu corpo mais cansado do que antes. Foi então que meu estômago se revirou e cedeu ao café que tinha tomado no hospital. Vomitei mais do que gostaria e senti dor na barriga pelo esforço. Suspendi o rosto e encarei meu reflexo.  Escovei incansavelmente os dentes e a boca até não senti mais aquele gosto horrível.

Saí do banheiro e desci as escadas como se nada tivesse acontecido. Sentei ao lado de SeungRi que perguntou porque eu estava parecendo uma múmia com os olhos fundos daquele jeito. Eu o despistei e foquei no jogo de mímica que todos participavam. Com exceção é claro ao casalsinho ternura na cozinha.

Eles trouxeram as pizzas alguns minutos depois e eu troquei de lugar para me sentar perto de Taeyang. Passamos a comer os pedaços, e era óbvio que estava ótimo, querendo ou não, Chaerin cozinhava bem.

- Hey cara - Tae me chamou dando uma cotovelada leve no meu braço - O que houve? Por que está com essa cara? - ele mordeu o pedaço da pizza. Eu olhei brevemente o lugar antes de dar atenção a ele, e só vi Chaerin observando Guk atentamente.

- Nada Taeyang. - eu respondi suspirando e tomando um pouco de suco. Ele então sorriu pra mim.

- Esse problema tem nome e sobrenome, e até um apelido. Acertei? - ele perguntou todo contente e eu apenas o olhei. - Não vai me dizer que agora ficou obsessivo demais por ela que nem consegue ver as coisas direito?

- Pelo menos você não é tão idiota assim.

- Tenha dó Jiyong, eu e a CL não temos nada, sempre fomos amigos.

- Não lembro disso no colegial.

- As pessoas mudam, e diferente de você, eu decidi dar uma chance pra ela, e não da forma que está pensando, ela só é uma amiga importante... E que está mal por sua culpa.

- Por mim? - perguntei incrédulo a ele - O que fiz?

- Fica se fazendo de idiota e isso irrita ela. - Taeyang deu de ombros.

- Você quer que eu faça o que? Chegue perguntando algo íntimo demais? - ele me encarou - Quer que eu chegue falando " Eu amo"- nessa hora todos se calaram da conversam que estavam focado e minha última frase saiu fora de contexto e alto demais para todos ouvirem.

- Ama o que GD? - SeungRi perguntou e parecia querer criar discórdia. Olhei o panda com raiva e passei os olhos até encontrar Chaerin me encarando assim como todos os outros.

- Ama o que Jiyong? - Ela sustentou a pergunta esperando a resposta. Não sei quantos segundos gastei olhando seus olhos e acabei esquecendo o que tinha que fazer - Nhem? - ela parecia querer a resposta só pra ela, porque praticamente gritou.

- Amo pizza gente, eu nhem, vocês são estranhos. - eu comentei dispistando a conversa e mordendo da minha pizza.

- Não lembrava disso não, você sempre dizia que- SeungRi começou a falar e Taeyang o interrompeu sobrepondo sua voz.

- Ele está me dando suporte agora panda, e passou a amar pizza a partir de hoje, porque adorou a que fiz, não foi Jiyong? - eu assenti bebendo meu refrigerante. A maioria ali tinham voltado as conversas aleatórias, mas Chaerin continuava a me encarar. Eu fiz um movimento de cabeça a perguntando algo, ela bufou e desviou nossa troca de olhares.

- Se continuar desse jeito, vai perder ela. - Taeyang falou como se entendesse dela e tivesse um manual pronto pra todo o momento.

- O que sugere gurú da CL? - perguntei sarcastico e ele revirou os olhos como se entendesse meu sarcasmo.

- Se mostrar esses ciúmes idiota, assim que não conquista ela. - Taeyang se levantou - Mas se quer saber o que a faz conquistar? - Eu assenti - Pare de irritá-la e comece a mostrar que pode ser um cara que vale a pena.

- Como se fosse fácil falar - eu resmunguei e ele sorriu.

- Só tente que talvez assim você não precise ficar pedindo desculpas por toda burrada que faz.

- Hey! - eu falei alto apontando pra ele que andou em direção a mesa pra pegar mais comida. Taeyang só sorriu e piscou o olho. Ele realmente estava se sentindo o dono da verdade pra se achar tanto assim.

As horas se passaram e todos estavam satisfeitos. Acabou que o resto do dia ficou finalizado em filme na sala. Todos estavam interessados no começo e até mesmo Guk. Com o passar da história ele começou a ficar sonolento e Chaerin subiu com ele para colocá-lo pra dormir. Ela desejou boa noite para todos e provavelmente iria dormir logo depois de Guk.

Taeyang bateu no meu ombro e apontou para a escada. Seus lábios se moveram em um sussurro me dizendo para ir atrás dela. Eu olhei para todos os outros na sala, SeungRi dormia com a boca aberta. Sandara estava encolhida na Bom e Minzy estava com a cabeça deitada sobre seu colo e parecia quase dormir. TOP estava perto de mim, mas estava quase dormindo. Eu me levantei e despedi de todos, só ouvi a resposta de Tae e Daesung.

Subi as escadas tranquilamente. Passei no quarto de Guk e entrei. Me apoiei na parede enquanto observava Chaerin ler uma história para ele. Passou alguns minutos e parei de ouvir sua doce voz. Ela fechou o livro com delicadeza e o colocou sobre a cômoda. Quando se virou me viu e deu um pulo leve de susto. Eu sorri de canto pra ela que parecia já ter se recomposto. Ela passou reto por mim e foi em direção ao seu quarto.

- Hey - eu a chamei a seguindo. - Meu quarto é esse - eu disse apontando pra porta e a fazendo parar no meio do caminho. Chaerin apenas se virou meio relutante. Eu fui até a porta e a abri - Primeiro as damas - dei espaço e ela me encarou. Depois de alguns segundos ela só suspirou e passou por mim. Eu senti o cheiro de seu doce perfume enquanto seus cabelos passaram rapidamente. Assim que entrei fechei a porta e a tranquei. Ela então se virou pra mim e ia sair, mas não dei espaço. - Vai aonde? - perguntei e ela me encarou por eu não deixá-la passar.

- Buscar meu pijama eu esqueci - ela respondeu agressiva e eu sorri.

- Desculpa, perdi a chave e não sei destrancar a porta - respondi sorrindo e ela colocou as mãos sobre a cintura - Mas vamos aos fatos, você não precisa de pijama Chae - eu falei indo em sua direção enquanto ela se afastava. Chaerin cruzou os braços a altura dos seios e me encarou.

- Jiyong entrega logo a chave e me deixa ir buscar um pijama. Minha roupa está toda suja.

- Você pode dormir só de peças íntimas se preferir.

- Com você aqui? - ela sorriu debochada e se aproximou - Nem morta. Além do mais, estamos sem edredom, porque deixamos todos pros outros, e aqui de noite é frio.

- Eu posso te esquentar. - eu respondi me aproximando e desfazendo seus braços cruzados - Vamos Chaerin, não fique tão irritada assim comigo. - ela se soltou de minhas mãos e foi rebolando em direção ao banheiro me ignorando completamente. Fechou a porta com agressividade e me deixou ali, no meio do quarto sozinho.

Tá, era a primeira vez que eu a via tão diferente de todas as vezes que a provoquei. Chaerin estava indiferente a situação e eu não sabia se ela estava aceitando porque também queria aquilo,ou simplesmente porque se cansou de brincar de cão e gata comigo. Poxa, teria que arranjar novas táticas. Tirei minha roupa toda e fiquei só de cueca box. Escondi as chaves em um lugar que ela nunca encontraria e apaguei as luzes.

Me deitei na cama e apoiei as mãos por baixo do travesseiro. Depois de alguns minutos vi a porta do banheiro sendo aberta e eu fingi dormir. Chaerin parecia tentar não fazer barulho e eu abri apenas um olho para espiar o que ela estava tentando fazer. Seu corpo estava todo exposto naquela maldita renda preta. Senti um ponto sensível reagir só a isso. Ela andava curvada segurando as roupas sujas entre os braços. Quando a vi abrir as portas do guarda roupa para procurar a chave eu me levantei em silêncio e fui em sua direção.

Enlacei sua cintura com meus braços e a segurei firmemente. Ela se debateu e iria gritar se eu não tivesse subido minha mão até seus lábios e abafado seu grito. Eu a arrastei para longe do guarda roupa e senti meu dedo arder quando ela o mordeu. Ignorei essa dor até eu conseguir jogar seu corpo contra a parede. Virei seu corpo e a mantive presa ali. Seus olhos arregalados me fizeram sorrir.

Suas mãos tentaram arrancar as minhas e tentar se soltar, mas encaixei nossas pernas e segurei seus pulsos presos a parede. Antes que ela gritasse beijei sua boca. Chaerin mordeu meu lábio, mas não da forma que eu queria, ela apertou até sangrar e eu a soltar completamente.

- Louca - eu disse limpando o sangue que escorreu deles.

- Idiota - ela falou com raiva e vindo na minha direção - Me entrega a chave agora.

- Não. - me recusei e ela iria me dar um tapa se eu não segurasse seu pulso e a fizesse ficar de costas pra mim. - Temos que conversar.

- Você pode muito bem conversar comigo e antes me deixar buscar meu pijama Jiyong. - ela parecia cansada de tudo aquilo.

- Mas o que tenho pra dizer é mais importante que peças de roupa. - respondi com os lábios em seu ouvido. Eu sentia seu corpo mais leve a medida que eu enlaçava sua cintura mais uma vez. - Quero te pedir desculpas. - ela suspirou.

- Pelo que? - perguntou ríspida.

- Pelo que disse mais cedo, não era minha intenção ser insentimental, só queria te confortar.

- Só tem isso para se desculpar? - ela virou um pouco o rosto ficando próxima de mim.

- E pelo que fiz na frente de todos. - eu conclui sincero. Tudo bem eu tinha sido o maior otário por fazer aquilo e também não estava muito afim para discutir o tempo todo com Chaerin, eu queria aproveitar aquele tempo sozinho com ela para concluir alguns assuntos que tínhamos começado no dia anterior.

- Terminou? - eu assenti - Agora me dê a chave, vou buscar meu pijama. - eu revirei os olhos e a soltei sem muita delicadeza.

- É só isso que tem a dizer? Não vai me responder? - eu cruzei os braços e ela bufou.

- Não. - ela falou irredutível.

- Então sem chave.

- Argh! - ela falou alto resmungando e vindo na minha direção me bater. Segurei seus pulsos na altura de seu rosto. Sua respiração ofegante me denunciava que ela parecia mais instável com a situação.

- O que foi Chaerin? - perguntei quando ela desviou o nosso encontro de olhares.

- Nada. - ela respondeu distante. Eu soltei seus braços de uma vez e puxei seu corpo. Puxei sua nuca e virei seu rosto para tocar seus lábios nos meus. Mantive a pressão de nossos lábios enquanto a sentia relutante e estapeando meu tórax inutilmente. Abri a boca esperando ela corresponder e espalmando minha mão no fim da sua lombar, sentindo levemente a renda. Chaerin parou de me estapear depois de um tempo e eu virei seu rosto para encaixar nossas bocas.

Senti seus lábios se abrindo e senti o gosto de sua língua na minha. Suas mãos subiram para meus ombros e no final se encaixaram nos meus fios de cabelo os puxando e arranhando minha nuca. O beijo esquentou nossos corpos e era gostoso sentir seu corpo tão colado e livre no meu. Senti seus mamilos endurecerem a medida que se excitava com o beijo. Meu corpo se arrepiou e senti meu membro crescendo de volume.

Chaerin gemeu quando desci meus beijos por seu pescoço e apertei sua bunda. Ela cravou as unhas nas minhas costas e arranharam copiosamente. Eu sentia sua respiração descompassada em meu pescoço a medida que meus dedos passeavam por seu corpo e a apertavam. Dei uma chupada em seu pescoço para marcá-la e voltei a beijar sua boca logo depois. Foi então que ela pareceu despertar de um sonho e se soltou de repente de mim. Seu rosto estava meio rubro na penumbra do quarto iluminado pela luz lunar.

Sua respiração descompassada me deixava ver nitidamente seus seios duros movendo rapidamente e como seus mamilos se sobressaiam pelo tecido fino da renda preta. Ela ajeitou o cabelo e encontrou meus olhos. Seus olhos estavam dilatados e isso me fez sorrir de canto. Ela então bufou e me ignorou completamente.

- A chave não está ai - eu respondi enquanto a via bagunçar todo meu guarda roupa. Ela se virou pra mim e me encarou - Se quiser, tem que pegá-la - eu apontei para meu volume na cueca e sorri pra ela.

- Ah não - ela murmurou e vi por seus olhos que ela estava soltando os palavrões mais sujos existentes.

- Agora, se for uma boa garota, te entrego a chave se disser o que está te irritando... Eu já pedi desculpas. - ela suspendeu o corpo e ignorou minha condição. Andou de um lado para o outro no quarto, até que pareceu vencida a situação.

- Foda-se essa merda de pijama - ela soltou indo em direção ao outro lado da cama e se deitando. Ela estava virada para o outro lado e eu só observei toda suas costas e o formato de sua bunda, que parecia ainda mais gostosa só com aquela renda fina e delicada. - Se você tentar qualquer coisa Jiyong, será um homem morto. - ela falou enquanto batia no travesseiro e se deitava de lado. Eu sorri e me deitei de barriga pra cima.

- Boa noite KittyCat. - respondi e fechei os olhos. Não demorou e meu corpo se entregou ao cansaço. Algumas horas haviam se passado, mas fui acordado quando escutei resmungos. Olhei para o lado e vi Chaerin tremer loucamente enquanto se encolhia toda. Me sentei de súbito e notei que tínhamos esquecido a janela aberta. Corri até ela e a fechei. Chaerin, no entanto parecia continuar a tremer, mas também não abria os olhos por nada nesse mundo. Me deitei novamente  e me virei pra ela. De súbito só puxei seu corpo para o meu e o prendi fortemente a mim. Chaerin estava gelada e seu corpo tremia sobre o meu.

- Me solta - ela falou fracamente entre meus braços. Não a respondi. Encaixei meu rosto perto do seu e deixei minha respiração em seu pescoço. Encaixei nossas pernas e puxei suas mãos as enlaçando nas minhas. A medida que a mantinha presa a mim seu corpo foi se aquecendo e parando de tremer com o passar dos minutos. Não sei quanto tempo demorou para finalmente seu corpo se esquentar junto do meu e eu o sentir menos tenso e mais relaxado - Agora pode me soltar, já me esquentei. - ela respondeu fracamente tentando inutilmente se soltar de mim.

- Como se o frio fosse parar de acontecer também. Apenas aceita Chaerin, você não tem nada melhor aqui pra te aquecer.

- Teria meu pijama se tivesse deixado ir buscar.

- Eu teria deixado se tivesse me dito de uma vez o que falta para me desculpar. - ela ficou calada e eu só via sua respiração rápida - Estou sendo sincero com minhas desculpas Chae - falei sussurrando em seu ouvido e a aconchegando mais em meus braços. Ela parecia se entregar cada vez mais ao meu corpo se encaixando mais em mim.

- Sei disso - ela disse docemente e parecia finalmente vencida a situação.

- Então porque ainda está irritada comigo?

- Vamos só dormir agora Jiyong, estou cansada. - ela falou se aproximando mais de mim e fechando os olhos. Eu beijei sobre seus cabelos, passando por seu ombro e descendo lentamente por seu braço. Chaerin se desfez do meu corpo e tentou se virar para mim. - Você é insistente - ela concluiu quando tinha seus lábios em meu pescoço e sua respiração quente sobre o mesmo. Seus braços estavam encolhidos e as mãos subiram até meus cabelos e passou a massageá-los lentamente. Eu coloquei minha mão na sua lombar e puxei seu corpo. Suas pernas se encaixaram nas minhas e eu a sentia mais quente.

Eu passeava com meus dedos por suas costas e seu braço, sentindo sua pele e subindo até seus cabelos macios. Chaerin ainda mantinha a massagem lenta em meu cabelo e senti seus beijos doces em meu pescoço. Fechei meus olhos e a abracei mais forte a mantendo perto. Seus seios tocavam meu tórax e CL fechou os olhos. Eu sentia seu cheiro gostoso no cabelo e desci beijos por seu pescoço até seu ombro. Eu sentia uma necessidade absurda de tê-la inteiramente para mim e logo. Isso era loucura, já que nunca fiquei tão desesperado por alguém assim antes.

Chaerin deixou de esconder seu rosto quando beijei sua bochecha e logo depois encontrei seus lábios pronto pra mim. Não foi nada que me fizesse perder a cabeça para a consumir como homem e mulher, mas era algo devagar, gostoso de provar e sem pressa. Eu estava explorando Chaerin mais uma vez, sentindo sua língua na minha enquanto sentia o corpo esquentar junto ao dela. Eu me inclinei mais querendo manter esse nosso beijo leve e sem intensidades sexuais.

Senti seu nariz se arrastar sobre o meu quando virou o rosto lentamente e suas mãos passavam levemente por minha nuca. Eu mantinha minha mão em suas costas e a outra estava entrelaçada nos fios de CL. Eu sentia sua mão espalmada sobre meu rosto e fazer um carinho leve nele. Talvez eu estivesse sendo banal quando dizia que estava me apaixonando por ela, sabendo que aquela sim era a vez que meu coração mais se acelerava e queria sentir mais de seus carinhos e seus beijos por longos minutos. Ela encerrou o beijo com longos selinhos que eram tão bons quanto seus dedos me tocando tão normalmente.

Eu toquei meu nariz no seu acariciando levemente, como muitos conhecem como beijo de esquimó. Toquei sua mão que estava sobre meu rosto e entrelacei nossos dedos. Chaerin sorria de olhos fechados enquanto eu brincava de beijar com nossos narizes. Aquele sim era o momento que me fazia a querer sempre. Beijei seus lábios mais uma vez antes de encostar minha cabeça no travesseiro de novo. Chaerin se acomodou ao meu corpo e eu mantive nossas mãos unidas entre nós.

- Está mais quente? - perguntei a aconchegando em meus braços.

- Sim - ela respondeu em um sussurro leve. - Eu te desculpo. - ela falou perto do meu ouvido antes de adormecer em meus braços.

- Eu te amo. - falei antes de adormecer também e sabendo que ela sequer tinha escutado meu sussurro quase inaudível.