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História Defeito Químico - Pressionado.


Escrita por: Nagahi

Capítulo 36 - Pressionado.


Fanfic / Fanfiction Defeito Químico - Pressionado.

3º DIA: A casa.

Dormimos bem naquela noite, Watson estava deitado em meu colo, ao acorda percebi seu abraço sobre meu trono, e acariciei seu rosto, bem devagar o tirei de cima de mim e o coloquei deitado de bruços sobre a cama, ele não iria trabalhar naquela manhã por culpa do maníaco do meu irmão, todavia fortes emoções haviam acontecido no dia anterior, quase perdemos a guarda da nossa filha, então achei melhor eu levar a Rosie a escola, levantei da cama e fui para o banho, relaxei e tirei a preguiça do corpo, me vestir com a minha roupa social preta, pronto para levar minha gatinha.

Acordei a Rosie, e a deixei se arrumando, peguei o achocolatado e fiz com leite morno, peguei uma geleia de morango e passei nos pães de forma, ela comeu tão rápido que quando me dei conta já estava me esperando afoita como sempre. Sorri para ela e lhe entreguei sua lancheira, coloquei a mochila dela nas minhas costas e descemos para sair.

Rosie beijou a senhora Hudson, eu pedi que ela deixasse algo para John comer, por que eu estava sem fome, ela torceu o nariz como se dissesse nenhuma novidade, além do clássico “Não sou sua empregada”, e voltou para casa, sai com Rosie saltitando na rua, como era eu quem a estava levando íamos a pé, conversando, rindo, as vezes ela cantava alguma cantiga super irritante, mas por amor a gente deixa passar, fazer o que? Chegamos no colégio e eu fiquei ali do seu lado esperando a campainha tocar, percebi que alguns responsáveis comentavam minha presença, com certeza por culpa do ocorrido de ontem com o conselho tutelar, Mycroft ainda vai me pagar por isso.

Quando Rosie pode entrar ela acenou e eu acenei de volta, voltando para casa fiquei pensando no que aqueles pais poderiam está pensando sobre John e eu, isso de certa forma me preocupava, eu não queria que ninguém nos julgasse, não era justo, somos pessoas comuns, não estamos fazendo nada de errado, qual é o problema do mundo afinal? Perdido em pensamentos eu retornava para casa, contudo me perguntava John havia sido despedido, a Rosie foi mais um susto, o que Mycroft faria agora faltando 3 dias? Eu tinha que fica atento. Afinal Mycroft era uma criança mimada com muito poder nas mãos.

Dobrando para pegar enfim o rumo de casa, vi duas viaturas estacionadas na frente do meu prédio, pensei caso a vista será que John ficará zangado se eu resolver um casinho rapidinho antes do casamento, isso seria tão bom para desestressar, porém percebi que a viatura não era da Scotland Yard e sim da polícia federal, aquilo era coisa do Mycroft, corri para dentro do prédio, me deparando com a seguinte cena, todos os vizinhos estava tirando suas malas e objetos de seus apartamentos, é uma desapropriação?! Não é possível.

- JOHN? JOHN?

- Estou aqui.

John estava arrumando nossas coisas, ele já tinha ajeitado as roupas em malas e agora embrulhava as louças e outras moveis, eu fiquei sem fala, ele me pediu que embrulhasse o que fosse meu por que o caminhão já estava vindo para nos levar a outra moradia, eu continuava parado no mesmo lugar sem saber como reagir.

- Sherlock, você me ouviu?

- Onde está a senhora Hudson, o que está acontecendo aqui?

- Calma Sherlock, é complicado.

- Como assim é complicado? Eu saio por uma hora e o mundo desaba.

- Calma Sherlock, senta.

- John, o que aconteceu?

- Eu estava dormindo quando a porta foi aberta brutamente, eram cinco policias federais exigindo nossa saída imediata, a senhora Hudson não pagou devidamente seus impostos está sendo acusada de calote fiscal e foi presa.

- O que?! John, Hudson nunca faria isso.

- Eu sei, mas eles a levaram, apreenderam o prédio inteiro por isso está todo mundo agilizando a saída, graças a Deus, você leva a Rosie cedo, por que foi em questão de minutos que você saiu, eles entraram.

- Claro já estavam esperando minha saída.

- O que?

- Isso é armação, John.

- Sherlock, armação ou não, nós precisamos sair.

- Isso não está acontecendo, não pode ser assim.

- Sherlock, presta atenção a minha irmã já conseguiu uma casa não muito longe daqui na verdade e só três quarteirões depois da Baker, vai dá tudo certo, mas agora precisamos sair.

- Eu não vou deixar a minha casa, vou ligar para o Lestrade.

- Ele não é mais inspetor da Scotland Yard de Londres.

- O QUE?!

- Foi transferido para Brighton.

- CHEGA JOHN, EU NÃO AGUENTO MAIS.

- Não aguenta mais o que? Calma! Sherlock, olha pra mim, temos que sair agora, temos que chega na outra casa e arrumar por causa da Rosie, me ajuda, amor.

- Está bem.

Cada objeto que eu tirava, cada móvel que eu movia, eu pensava em quando Eurus explodiu nosso apartamento, isso não nos impediu de voltar pra casa recomeçar e fazer tudo ser como era antes, agora Mycroft vem com toda a sua arrogância querer tirar minha casa de mim, isso não é justo, eu não posso aceitar, cansei de ser bonzinho.

Pequei meu celular e como esperado o vídeo estava lá intacto do mesmo jeito que há anos atrás, Eurus havia mandado a cópia inteira para mim, eu baixei e guardei na memória agora eu só precisava envia-lo e acabar finalmente com essa perseguição absurda de gato e rato.

- Sherlock.

- O que foi John?

- O caminhão chegou, vamos, temos que ir.

Guardei meu celular no bolso e então colocamos todas as nossas coisas para fora, eu estava com tanta raiva que meus músculos doíam, John segurava no meu ombro, ele estava visivelmente esgotado de tanto organizar a mudança, afinal ele já estava fazendo isso quando eu cheguei, o trabalho do John, a tutela da Rosie, e agora nossa casa, ainda faltam 2 dias para nosso casamento, eu não posso ficar esperando como se nada estivesse acontecendo, eu preciso fazer alguma coisa.

- Sherlock, isso é temporário, eu não acredito que a senhora Hudson vá perde tudo, Mycroft só está tentando nos distrair, nos amedrontar.

- Ele está conseguindo, John.

- Não, você é muito maior do que isso, não vai abaixar a cabeça, seu irmão é sádico, mas eu confio no seu bom senso.

Que droga John, por que você tem que ser tão certinho? Peguei meu celular, será que John ficaria zangado se eu jogasse esse vídeo na net? Será que ele me perdoaria? Muito provavelmente não, estou perdendo tudo, porém, se eu levantar a mão contra Mycroft desse jeito posso perde o John de qualquer jeito, eu não sei o que fazer.

- Alô.

- Lestrade?

- Sabe Sherlock quando o seu irmão diz que ele não se importa com coisa alguma, não duvide que você sempre pode ser uma dessas coisas.

- Lestrade, eu sinto muito.

- Não tanto quanto eu, me sinto um perfeito idiota.

- Onde você está?

- Sendo rebocado por cinco agentes do serviço secreto.

- Tudo bem, isso vai acabar, eu lhe garanto.

- Não sei se consigo ser o mesmo depois de tudo que está acontecendo Sherlock, me sinto usado e descartado como um lenço de papel sem valor algum.

- Lestrade nem sei o que dizer.

- Você não tem noção do que é ser acordado com violência as três horas da madrugada, por um arsenal de agente federais, te tratando como se você um bandido, com uma transferência que saiu Deus sabe de onde, me obrigaram a fazer as malas e me botaram no carro como se fosse um animal, Sherlock, eu estou puto, mas é comigo mesmo.

As palavras de Lestrade eram pesadas, ele estava sofrendo muito por culpa do meu irmão, e lógico que Mycroft sabia que eu pediria ajuda ao Lestrade, então tratou de se livrar dele, mas caramba eles tiveram uma relação, eu sei que meu irmão foi ferido, todavia isso é o cúmulo do absurdo, Lestrade não merecia isso, definitivamente não.

- Alô?

- Pra onde mandou a senhora Hudson, seu parasita?

- Sherlock, que palavreado é esse com seu irmão? A digníssima senhoria está aqui diante de mim, quer ouvir a voz dela.

- VAI SE FUDER SEU DESGRAÇADO.

- Viu só, é uma dama sem sombra de dúvidas, oh! Meu querido irmão, sabe que tudo isso pode acabar basta anular o casamento, eu devolvo Hudson, o emprego do John, sua casa, tudo volta a ser lindo de novo, ou você não perde por esperar, isso não é uma ameaça e um aviso, e acho que ficou mais do que claro que eu sou capaz de tudo.

Desgraçado ainda desligou na minha cara, o que mais ele pode fazer contra mim? O que mais? Ele já me tirou tudo, eu vou enlouquecer, e lógico que ele não está sozinho, deve ter seguranças até nos telhados, que droga! O caminhão estacionou, olhar para aquela casa me dava mais desgosto ainda, eu tive que tirar nossas coisas do veículo e começar a colocar dentro da casa, peguei meu celular, fui até os downloads, contudo John me chamou.

- O que?

- Pode buscar a Rosie?

- John, eu não estou bem.

- Eu vou arrumar o quartinho dela, vai te fazer bem vê a nossa filha agora, acredite.

- Está bem, John.

Como a escola ficava mais longe precisei pegar um ônibus, eu estava com tanta raiva que batia as pernas sem parar, me levantei pela angustia que sentia, eu estava tão furioso, me sentia de novo aquela criança que meu irmão judiava, maltratava e fazia brincadeiras sádicas e cruéis, eu já iria pegar meu celular, mas minha parada chegou.

Rosie já estava me esperando, a mudança foi tão terrível e desagradável que eu estava atrasado fazia cinco minutos, era a primeira vez que Rosie precisava me esperar, ela me abraçou apertado, John tinha razão segurar minha filha havia me feito muito bem, tentei explicar que nossa casa tinha mudado temporariamente para outra rua, entretanto não demoraria muito para já estamos perto de sua madrinha e vovó Hudson.

- PAPAI CHEGUEI!

- Oi meu amor.

- O pai Sherlock me trouxe de ônibus por que a casa ficou longe, por que estamos aqui?

- Eu já expliquei no caminho Rosie e temporário.

- Mas é a vovó?

- A vovó Hudson, vai está conosco rapidinho, vem vê seu quartinho novo.

- Provisório, John.

- Provisório, filhinha.

Dois dias, ainda tem dois dias, ele vai fazer alguma coisa, ele vai nos atacar de algum jeito, mas como? John está desempregado, perdemos nossa casa, ele tem a senhora Hudson, será que ele pode sequestrar a Rosie, ele pode forjar um sequestro, ele pode sumir com nossa filha, ele já mandou o Lestrade para longe, o único policial que poderia nos ajudar e não tem medo dele, eu estou encurralado, pressionado, eu preciso agir.

- Papai, papai.

- Sim Rosie.

- Eu quero pedir uma coisa.

- O que minha gatinha?

- Eu quero cantar uma música para o casamento.

- Oh! Que fofo, só não pode ser o míx dos bichinhos, por que o papai não merece tamanha emoção.

- Sherlock.

- Eu estou com fome.

Excelente não temos comida em casa, por que NÃO ESTAMOS EM CASA! Isso me deixa puto, mas John diz que vai pedir um almoço no Ângelo, enquanto isso eu ajudo Rosie a se localizar nessa droga de casa, enquanto minha filha toma banho, eu fui tentar arrumar a mesa para almoçarmos, John tenta me acalmar com uma massagem nos ombros, ele me guia até o sofá e diz que vai ficar tudo bem.

- Não vai, John, não vai, Mycroft está preparando algo grande, eu sei.

- Ele já nos tirou tudo, ele não pode fazer mais nada.

- Ele pode John, nunca duvide de Mycroft Holmes.

- Mas o que poderíamos fazer para impedi-lo, você mesmo diz que ele é o governo britânico.

- Eu sei como impedi-lo John.

- Como?



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