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História Déjà vu - The library


Escrita por: Carpe07

Notas do Autor


Boa leitura meus anjos!😘

Capítulo 19 - The library


Fanfic / Fanfiction Déjà vu - The library

Chegou o momento que eu tanto esperava! Passar a tarde com o Luca significa EXPLICAÇÕES!

Quer ele queira quer não!

Preciso mesmo de falar com ele: 

Quer dizer, primeiro aquela coisa SUPER estranha de ele me ter curado com o braço dele e as veias e tudo mais. Segundo, por causa do N. Se bem que eu não quero que o N saiba que eu falei dele ao Luca... Ele está em todo o lado... E terceiro, porque por uma razão inexplicável, ele parece a pessoa mais próxima de mim.

Depois do almoço, a Tara levou-me até a casa da Kira para eu ir buscar as minhas coisas. Eu guardei-as numa mala castanha, não muito grande. Depois o Dilan deixou-me na biblioteca. Tinha que sair com o Cam e era melhor se eu não fosse.

E eu... Eu estava dividida. Entre o nervosismo com esta manhã que ainda tinha deixado o meu coração a bater a mil ou entre a ansiedade de ter, possivelmente,todas as as respostas que procuro, na boca do Luca.

Estava outra vez à porta daquela pequena livraria a um canto da rua. À frente daquelas portas vidradas que guardavam estantes e estantes de livros por trás.

???on

Luca: Jonathan. - ele abre a porta ao lado do balcão. - Quando a Rosemary chegar, manda-a entrar, sim?

Jonathan:  Aposto que ela está neste momento à porta , não está?

O Luca esboça um sorriso e arqueia a sobrancelha.

Luca: Não respondeste à minha pergunta.

Jonathan: Tu tens um problema com aquela rapariga. Juro que não te entendo!

Luca: Ela é como whisky numa chávena de chá. Acho que não é suposto entenderes. - ele volta a entrar pela porta verde .

Jonathan: Não queres saber a minha resposta?! - ele grita enquanto se ri.

Luca: É um sim a não ser que pretendias perder o teu emprego. - ele grita .

O Jonathan ri-se, fracamente, e põe-se atrás do balcão a rabiscar uma folha de papel.

A Rosemary está neste momento à porta, a respirar fundo e a contar até dez para se acalmar. Ela abre a porta, que nunca está trancada durante o dia, e começa a percorrer aquele labirinto de estantes cheias de livros até avistar o balcão.

Ela não conhece o rapaz atrás dele, ela estranha-o. Mas ele sorrir-lhe, embora ela fique ali, especada, pousando a sua mala no chão.

Jonathan: Rosemary. Olá. Tu não deves lembra-te de mim, mas... eu sei o que aconteceu. Eu sou o Jonathan. Andas comigo na escola e com a minha irmã, a Clare.

Rosemary: Oh... Olá - ela retribui-lhe o sorriso.

Jonathan: Tens alguém à tua espera. Lá dentro- ele inclina a cabeça para a porta verde.

Rosemary: O Luca?

Jonathan: Quem é que haveria de ser? - ele volta a rabiscar o papel.

Rosemary: Está bem então. - ela volta a pegar na mala e encaminha-se para a porta.

Ela abre a porta verde espreitando para dentro dela. Para dentro daquele lugar que ela já conhece. Mas ele encontra-se vazio. Sem ninguém a não ser o silêncio para tomar conta da sala. Apenas com uma janela aberta para deixar entrar a luz e o resto é sombra. Ela entra, caminhando até ao sofá, poucos passos depois da porta. Mas justo no momento em que ela planeava dar mais um passo, abporta de entrada fecha-se num estrondo. Ela estremeceu, dando um salto e virando-se para trás, só para encontrar o Luca a caminhar calmamente enquanto lê uns papéis.

Luca: Olá Rosemary. - diz ele sem tirar os olhos do papel.

Rosemary: Luca! - ela suspira - Assustaste-me.

Luca: Terei mais cuidado para a próxima. - diz ele vagueando pela sala a ler os papéis.

Rosemary: Estás muito ocupado?

Luca: Que te parece?

Rosemary: Bem... Pareces ocupado. A livraria parece tirar grande parte do teu tempo...

Luca: Bem - ele olha para o relógio - ainda bem que acabou de fechar. Assim tu é que vais ocupar o meu tempo.

Rosemary: Se vai fechar... Não devias tu também fechar a porta da entrada?

Luca: O Jonathan trata disso.

Rosemary: Sendo assim, - ela tira-lhe os papéis da mão. - Vamos falar. - ela atira-os para a mesa de café.

Luca: Queres chá?

Rosemary: Não por agora. Luca eu quero explicações.

Luca: Sobre?

Rosemary: Olha que tal começar-mos pelo psicopata que me anda a perseguir desde o hospital! Ou talvez pelo-

Luca: Acalma-te Rosemary. - diz ele monocórdicamente. - Senta-se e acalma-te.

Ela pega na mala e arruma-a a um canto, depois senta-se seriamente no sofá ao lado do Luca.

Rosemary: Explica-me.

Luca: O quê? - ele arqueia a sobrancelha.

Rosemary: O facto de tu me teres curado como- - ela é depressa interrompida pela mão do Luca a tapar a sua boca. Ela olha-o zangada e ele levo um dedo aos lábios pedindo silêncio. Depois encaminha-se para a porta para a abrir.

Luca: Sim, Jonathan.

Jonathan: O que me pediste. - ele entrega- lhe uma pen. - Está tudo aí. Analisa-o.

Luca: Obrigado. - ele fecha-lhe a porta na cara.

A Rosemary levanta-se para obter explicações mas é depressa atirada de volta para o sofá pelo Luca . Ele aproxima se bastante dela e sussurra-lhe ao ouvido:

Luca: Tem cuidado com o que dizes, aonde o dizes e se alguém o ouve. Uma coisa sou eu, outra coisa são pessoas normais.

Rosemary: Sim eu acho que já percebi que não és normal! - ela sussura agressivamente.

Luca: Anda. - ele puxa-a por um braço pelas portadas de madeira.

Aquelas portadas dão para um quarto: simples, paredes brancas, um armário de madeira  incorporadoro na parede esquerda, uma cama no centro, uma varanda do lado direito, e um corredor junto às portadas, do lado esquerdo também, que se presume ir dar a uma casa de banho.

Luca: Aqui deve ser mais seguro. Fala. Atira tudo cá para fora.

Rosemary: O que é que tu és? O que é que e QUEM é que é o psicopata! Como é que fazes isso? Porque é que eu também não sou normal! O que é que andamos a esconder e.... - ela pausa para respirar - Quem sou eu. - ela suspira.

Luca: Já acabaste?

Rosemary: Não, mas acho suficiente. Por agora. - ela deixa-se cair na cama. - O que é que anda a acontecer? Parece que tenho duas vidas! Porquê estes segredos e sonhos e acidentes! E... As coisas que tu fazes com aquela porcaria do " transfere"! Eu não entendo! Eu não ME entendo. Nem a ti, nem à Tara , nem a ele ( seja ele quem for) nem a ninguém. Não percebo esta vida. Aliás, ESTAS vidas.

Luca: Por onde queres queres que comece a explicação? - ele diz sem mostrar nenhum sentimento específico.

Rosemary: Vais mesmo fazê-lo?

Luca: Não, só algumas coisas. Coisas que não interferem com o que o Ismar disse.

Rosemary: Bem então começa por ti. O que é que foi aquilo?

Luca: Ok. Vamos chamar-lhe... "habilidades". Imagina. O ser humano tem 6 sentidos principais.

Rosemary: São 5.

Luca: Não. São seis. O tato, a visão, a audição, o olfato , o palato e a mente. A mente humana é um sentido também.

Rosemary: Ok. Vamos fingir que esse raciocínio está certo... Continua.

Luca: Eu tenho um desses sentidos mais desenvolvidos do que o resto das pessoas. Tu tens outro, e a Tara tem outro... E ele... E mais duas pessoas...

Rosemary: Que são?

Luca: Oh isso eu não te vou dizer!

Rosemary: Ok. Tu curaste-me certo? Isso significa que tem que ser algo físico... Talvez o tato?

Luca: Bingo. - ele sorri. - Até parece fácil!

Rosemary: Mas porquê?

Luca: Isso também não dá.

Rosemary: O quê?

Luca: Também não te posso explicar porquê.

Rosemary: Explica-me então como funciona. - ela cruza os braços.

Luca: Três coisas: velocidade, força e cura. É basicamente isso que eu tenho de melhoramentos. Sou mais rápido-

Rosemary: O que explicaria os teus reflexos...

Luca: Tenho mais força-

Rosemary: Isso explica como conseguiste por os dedos entre os meus ossos...

Luca: E curo-me automaticamente.

Rosemary: Mas isso não explica como me curaste a mim!

Luca: Tem a ver com as coisas que tu consegues fazer.

Rosemary: Que coisas?

Luca: Ele mata-me se te contasse! - ele ri-se.

Rosemary: Então é só isso? Tu tens... Poderes?

Luca: Não são poderes. São... Consequências positas de uma coisa estúpida.

Rosemary: E houve consequências negativas?

Luca: Bem, se não contares com a minha incapacidade de sentir seja o que for, não. Não houve. Só... de outras coisas estúpidas...

Rosemary: Mas tu sentes rancor a essas " coisas". Não és completamente insensível.

Luca: Mais uma vez, tem a ver contigo.

Rosemary: Porquê?

Luca: O teu sentido desenvolvido. - ela olha-o esperando uma resposta. - A mente.

Rosemary: Porquê a mente? Isso parece um bocado inútil já que eu não me lembro de nada!

Luca: E se pensarmos que o acidente não foi um acidente?! E se pensarmos que alguém que sabia disto tudo tentou-

Rosemary: Inutilizar-me... Isso faz sentido...

Luca: Tu queres respostas, certo?

Rosemary: Sim - ela responde sem hesitar. - Conheces quem me as possa dar?

Luca: Não é um quem. É um lugar: O Posto do Cidadão. E eu deixo-te ir lá agora mesmo.

Rosemary: A sério? - ela estranha. - Ok então... Obrigada! - ela salta de felicidade abraçando-o. - Eu prometo não demorar! - ela sai do quarto a correr.

Luca: 1...2...3 - ele murmura

Rosemary: Como é que eu vou para lá? - ela volta para trás.

Luca: Pega - ele entrega-lhe um mapa 

Rosemary: Obrigada! - ela sorri novamente e desaparece a correr da biblioteca.

Luca: Bem... esperemos que ela não morra agora. - ele diz monocórdicamente.





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