História Delena & Klaroline - Gossip Girl - Lily's funeral.

 New York- Manhattan, Upper East Side.

O tempo nunca ficou tão frio como naquela noite. Após sair do bar, deixando a loira sentada no balcão, Klaus não pensava em outra pessoa a não ser Camille. 

Ele ignorou todas as chamadas de seu celular, na verdade, ele nem queria saber de quem era, somente correu para esquecer o que acabara de fazer. 

Em sua mente, era o certo. Caroline é uma menina bonita, forte e precisava de alguém melhor que ele. Alguém melhor que aquele lixo todo que ele carregava em suas costas. 

Stefan, mesmo que tenha errado, sempre foi o cara certo. Ele era o tipo de cara que você não consegue deixar, não para de amar e nem de pensar. Ele soube, sempre soube que ela ainda era apaixonada pelo ex, mas se iludia com o fato de que pudesse gostar dele também. 

Mas ao ver tantas lágrimas e o mundo da pequena Caroline cair naquele hospital, teve a certeza de que ele nunca será Stefan Salvatore. Ela nunca ia o amar do jeito que amava Stefan.

A porta se abriu, bem lentamente, porque provavelmente já devia ser bem tarde. Camille sorriu ao ver Klaus parado ali, totalmente devastado, mas mesmo assim continuava bonito. 

— Klaus o que você... - Ignorou totalmente as próximas palavras que saiam da boca dela. Não importava, que se foda se ela era a prima da garota que ele gosta. Que se foda se aquilo era falta de consideração. Ele somente queria afastar Caroline, antes que fosse tarde para ele. 

— Eu to acabado e preciso de carinho. - Agarrou o pescoço da garota, que não entendeu nada naquele instante.

Camille sabia que ele tinha se envolvido com Caroline. Aliás, quem não viu? Mas é claro que estar com ele era como perder a razão de tudo. Ela só não se importava quando seus lábios atacavam os dela como fazia naquele instante.

— O que isso significa? - Cami parou o beijo, pedindo mais com os olhos, mas era mais importante saber o quê aquilo era realmente. Uma recaída? Uma volta oficial? Eram tantas perguntas que nem ela mesmo entendia.

— Que eu to precisando de atenção, porra. Agora vem e esquece esse papinho de menininha. — Ele a agarrou novamente, mesmo sabendo que em sua cabeça, ele estava beijando os lábios de Caroline. — Não prometo nada. 

[...] 

— Damon, por favor, olha pra mim. — Elena agachou no chão de sua sala, tentando fazer Damon acordar enquanto ele dormia calmo em seu sofá.

Ele havia passado a noite toda bebendo e não provavelmente sem comer nada, trancado na suíte Salvatore como um prisioneiro. Saiu de madrugada a procura de Elena, mas acabou encontrando Elijah que o carregou até o sofá de sua casa.

Elijah preparava um café para Damon, já que provavelmente a comida que enviaram para ele, não tinha sido nem provada pelo mesmo. 

—  Você deveria se preocupar menos com um infeliz como eu, princesa. - sorriu, mostrando dos dentes e deixando a mesma enjoada com o cheiro de bebida. 

— Cala a boca. E o seu pai? 

— Saiu da cirurgia  e está com a perna dele. Vai ser liberado para o enterro, você sabe. Mas não se preocupa com lixo como a gente não, amor. 

— Por que você só abre essa boquinha pra falar merda e beber? Vê se faz alguma coisa de útil com ela, menino. — Elena passou uma das mãos nos cabelos pretos dele. Damon estava tão bêbado, que acabou esquecendo a raiva que sentia dela.

— Quero usar pra beijar a sua boca. — Se inclinou para fazer tal ato, mas nem se mexer conseguia. Mesmo rindo, Elena se inclinou e beijou o mesmo, em um selinho demorado. 

Os dois estavam tão entregados que nem sequer notaram a presença de Miranda ali, parada encarando a cena. Ela sempre odiou Damon, desde criança e nunca quis que sua filha sequer fosse amiga do mesmo. 

— Tira as mãos da minha filha seu cretino. - Gritou, um tanto alterada, fazendo com que os dois se separassem imediatamente. 

Elena nunca sentiu medo da mãe, pelo contrário, ela sempre foi tão liberal com a filha que a mesma pensava que podia fazer o que quiser na hora que quisesse. Mas quando se tratava de Damon, era quase um crime a ser cometido.

— Mãe, eu posso explicar. 

—Não quero que você me explique nada, Elena. Tira esse  marginal da minha casa agora! Você enlouqueceu? Perdeu o juízo agora? — Elena se levantou do chão, tremendo com a tal situação. Não por medo, mas se Miranda quisess, podia a enviar para o colégio interno e isso era a última coisa que ela queria. 

— Pegue leve. Ele acabou de perder a mãe! 

— Não me interessa. Eu não quero a minha filha se misturando com esse tipo de gente. Eu não te criei pra andar com gente que só pensa em prostitutas e álcool. Eu te criei para ser extraordinária! — Miranda pegou em seu braço e puxou, tirando - a de perto de Damon que ainda se encontrava jogado no sofá sem nem condições de falar.

— Sua filha é uma rainha. 

— Fica longe dela. — ameaçou, sem nem ao menos sentir medo ou qualquer tipo de coisa do tipo. Damon realmente era um caso perdido em sua mente. — Elena, vai se arrumar para ir ao funeral da Lily. E quanto a você, o Elijah vai te tirar daqui.

— Não precisa, eu vou sozinho. — Tentou se levantar, mas tropeçou no mesmo instante. A morena no mesmo instante, saiu de onde estava e foi correndo o ajudar para não cair de cara no chão. 

— Não faz esforço, por favor. 

— Eu levo ele. Pode deixar, Elena. - Elijah foi correndo atras, pegando Damon dos braços finos de Elena que mal o aguentava, tirando - o da sua sala no mesmo instante.

— E você em? Precisava tratar ele daquele jeito?

— Esse garoto é um erro!! - Gritou novamente com a filha, se aproximando ainda mais. Pela primeira vez, quando se tratava de um garoto, ela sentiu uma vontade imensa de chorar, mas precisava se manter forte pelo menos para sua mãe.

— E você adora valorizar os meus erros, não? O Damon pelo menos levanta a minha autoestima, ele me entender e me ajuda... E você que nem tenta? — Aquela fora sua palavra final, deixando Miranda sozinha enquanto corria para seu quarto para ir se arrumar como sua mãe havia pedido.

[...]

— Sinto tanto por ela. Com certeza, era uma mulher muito boa. —  Liz sentou - se ao lado de Caroline, que estava totalmente irritada ao ficar perto da mãe. A cada segundo ela percebia que não tinha como ficar pior que aquilo.

Klaus havia entrado na igreja com Camille, com uma cara de poucos amigos, encarando a loira a cada passo. A mesma desviou o olhar diversas vezes para não se derramar em lágrimas.

Era incrível como ela conseguia se manter no controle. 

O funeral fora curto, ninguém fez enrolação nenhuma. Aliás, queriam ir para a recepção na mansão Salvatore que aconteceria logo depois, para piorar a situação de Caroline. 

Ela se encontrava encostada em uma parede qualquer, bebendo um pouco de água, encarando - se no espelho e vendo o belo vestido preto curto com as meias calças furadas. Ele era lindo, porém para aquela situação deixava tudo mais escuro. 

A recepção já estava acontecendo há alguns minutos, mas a pergunta que passava na mente de todos era “ onde está o Damon?” ele não tinha aparecido no funeral da mãe e, ainda não tinha comparecido à recepção. 

— Sinto muito, pelo Stefan. — Bonnie  cruzou os braços, chegando bem perto de Caroline. A loira a olhou com desentendimento, mesmo que soubesse o porquê daquilo. 

—Todos sentimos. — Sorriu, mas sem humor algum. — Eu só não consigo imaginar meu mundo sem ele. Carmaba, ele é o Stefan. Eu... 

Bonnie não disse nenhuma palavra, apenas esperou que ela continuasse assim que tentasse esconder as lágrimas. Levantou sua cabeça, engolindo - as como sempre fazia para não demonstrar tristeza. 

— Achei que fosse me casar com ele, que ia entrar na igreja com um vestido grande e branco. Pensei que formaríamos uma família e eu nunca me imaginei com outra pessoa que não fosse Stefan Salvatore... — Ao invés de chorar, Caroline começou a rir desesperadamente. — Não é patético? 

— Caroline, você precisa de um tempo sozinha. — Bonnie passou as mãos em seus cabelos, tentando a acalmar. —Passou tanto tempo tentando agradar o Stefan, fazendo ele te notar que nunca percebeu quem realmente gostava de você. E, logo depois, teve o Klaus que está menos preparado que você. 

— Fala mais que eu to gostando. — Foi a vez das duas rirem do comentário da loira. 

— Se você gosta desse canalha do Mikaelson, lute por ele. Mas se ele não merecer que você esgote suas forças, olhe em volta e perceba quem realmente se importa com a sua dor. — Bonnie deu um sorriso de lado, apontando com os olhos para Tyler, sentado na mesa com seus pais, tomando uma taça de vinho. 

Bonnie se afastou da loira, que ainda permanecia com os  olhos fixados em Tyler. Ela nem sequer pensou antes de ir até a mesa, com aquele sorriso nos lábios que encantaria qualquer um. 

— Olá Senhor e Senhora Lockwood. Eu poderia pegar o Tyler emprestado por alguns minutos? Prometo que não irá demorar. 

— Claro, querida. Ele é todo seu. 

[...] 

— Klaus? - Elena gritou, ao entrar no quarto de Damon para ver se, possivelmente, o britânico gato se encontraria lá já que tinha sumido há horas. 

— Melhor. — Damon apareceu, saindo do banheiro, sem camisa e com a aparência de quem não dormia há dias. Sem contar o cheiro de álcool que se sentia há quilômetros de distância. — Eu. 

— Você está... 

— Lindo? Irresistível? — Foi se aproximando de Elena, como quem não queria nada, porém ele já estava perto demais para o gosto dela. 

— Um trapo. Eu ia dizer um trapo. — Suas mãos afastaram o corpo de Damon, que queria beija - la de qualquer forma. Mas com aquele gosto de álcool, era quase impossível. 

— Sabia que eu sou um dos solteiros mais cobiçados de New York? — Ela riu, mesmo sabendo que era verdade. Damon se afastou, indo diretamente para frente do espelho, provavelmente para de arrumar mais, ou pelo menos tentar ajeitar a bagunça. 

— Como você está? 

— Bem. É bem. - Riu sem nenhum humor. — O que você quer? Estou um poço de favores hoje. Vou ajudar as pessoas, será meu novo propósito de vida. 

— Eu só vim procurar o Klaus. Aliás, você viu ele? — Deu os ombros, sem dar a mínima para o que ela falava, passando rápido até a porta, mas foi impedido por um grito da mesma. — Aonde você pensa que vai? Ainda mais assim.

— Elena, meu amor. Sei que pensa que nossa relação significa alguma coisa, mas não mais. Você não é a minha mãe e muito menos a minha namorada. - Damon deu um beijo em sua bochecha, deixando a mesma ali parada. 

Elena sentiu as lágrimas descendo em seu rosto, mas logo tratou de as limpar. Não deu nem tempo para deixar que marcas de que estava chorando, ela apenas ignorou o fato de seu ficante bêbado rude esteja sendo um babaca.

[...] 

— Não fala mais com os amigos, Care? - Niklaus, sentado ao lado de Camille, resolveu provocar Caroline que andava pelo local ao lado de Tyler.

Ele não negava para si mesmo que aquela cena estava o incomodando. Aliás, Caroline pertencia a ele e somente a ele - pelo menos em sua cabeça - e por isso não via problemas em achar incômodo. Infelizmente, ele ainda achava que ela não passava de um mero brinquedo. 

— Para você é Caroline. - Sorriu de canto, com deboche.— E não sou sua amiga. 

Piscou para o mesmo, saindo dali. Era realmente incrível como ele era capaz de ser tão ridículo e tão patético? Será que ele não lembrava de ter a chamado de égua, rodada e acabada não noite passada?

E Katherine que via a cena como se realmente estivesse triste. Ela achou que ele correria para seus braços, mas foi diretamente para Cami. 

De fato, Klaus nunca ia querer Katherine novamente. 

Em um momento, o celular de todos apitaram e suas caras de velório finalmente foram atualizadas para caras de espanto real. 

Quem quer advinhar a pessoa que acabou de acordar do coma? Ele mesmo, o Golden Boy que parece ter muitos segredos a revelar... Bem - Vindo de volta ao Upper East Side, Stefan... 

Estamos ansiosos para o seu retorno. 

Xoxo, Garota do blog.