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História Delicate - Capítulo VII - A melodia aparecerá até em seus sonhos


Escrita por: naiosecret

Notas do Autor


✛ Deus, eu sei, eu demorei (muito) para atualizar desta vez, mas eu tenho justificativas!
✛ Estou na fase de vestibulares e não teve um final de semana sequer que eu não tive prova, sério! Além disso, de semana eu estava ocupada terminando meu TCC. Alias, estou esperando a correção do mesmo com o professor. Enfim.
✛ Além disso, estava esperando a betagem, mas como faz muito tempo que está lá em andamento, resolvi postar mesmo assim, portanto me perdoem por qualquer erro que encontrarem. Quando a mesma for entregue eu atualizo o cap. e essas notas creditando a beta responsável.
✛ Espero que gostem do capítulo. Prometo que vou responder os comentários assim que possível, só preciso de tempo!

Boa leitura.

Capítulo 8 - Capítulo VII - A melodia aparecerá até em seus sonhos


Fanfic / Fanfiction Delicate - Capítulo VII - A melodia aparecerá até em seus sonhos

Talvez eu nunca seja seu cavaleiro vestindo uma armadura brilhante
Talvez eu nunca seja o cara que você levaria para conhecer sua mãe
E posso não ser o que te traz flores,
Mas eu posso ser o certo esta noite

 

✘✘✘

Desde que havia aberto os olhos pela primeira vez no dia seguinte ao do baile, Hannah sentiu uma dor imensa dominar todos os seus sentidos, tomando conta de todas suas células, antes que pudesse raciocinar o que havia levado àquilo. A confusão durou por segundos, até que ela viu o sapato usado na noite passada jogado ao lado da porta de seu quarto.

Vovó Gracie havia lhe preparado um tipo chá cheiroso de ervas para que diminuísse a sua ressaca e ela aceitou de bom grado, afinal, não havia experimentado da ressaca uma vez sequer na sua vida – e se arrependeu amargamente de ter o feito.

À noite do mesmo dia, vovô Simon havia sido levado às pressas para o hospital. Parecia que ele tinha tido um tipo de dor forte e bem específica no peito, popularmente chamada de infarto.

Hannah não sabia como lidar com a situação, portanto preferiu somente auxiliar Gracie, afinal, era a que mais estava preocupada com todo o desfecho daquilo.

Ela encontrou uma moça no hospital, seu nome era Gemma Styles. Ela era médica e atuava na área de cardiologia, porém estava em sua fase de treinamento, servindo somente como uma orientadora para o caso. Hannah sabia que ela era irmã de Harry, os traços eram inegáveis o parentesco tão próximo na árvore genealógica.

Na segunda-feira, Hannah estava com duas bolsas amarronzadas debaixo dos olhos e com cara de poucos amigos. Não queria lembrar-se que seu avô estava deitado em um quarto de hospital em observação por ter tido um infarto no domingo à tarde. Além disso, teria que lidar com Margot, uma vez que Gracie passaria o tempo todo no hospital como companhia para vovô Simon.

Hannah havia conversado com Harry na noite anterior, ao chegar em casa para tomar um banho e dormir cedo para acordar, no mínimo, disposta para o dia seguinte. Ela havia contado que encontrara Gemma no hospital e que não sabia que o cacheado tinha uma irmã e ainda mais que esta fosse médica. Ele fez de tudo para evitar falar sobre Gemma e Hannah preferiu não insistir.

O que a morena não sabia era que Styles afastava-se cada dia mais de Anne e Gemma, tudo graças ao seu próprio pai que o tratava como um animal selvagem. Ele sabia que não mereciam aquilo, por isso não sabia controlar muito bem a sua raiva. Era muito rancor acumulado por muito tempo.

Podia-se dizer que ele se sentia entristecido e que sentia falta da relação que houvera com a própria mãe e irmã uma vez no passado, mas ele estava melhor daquela forma. Pelo menos, se parecesse intocável, talvez ninguém mais quisesse realmente tocá-lo.

— Hannah? — A morena que anteriormente estava inclinada bebendo água no bebedouro de inox virou-se em direção de onde a voz de Lucille vinha.

A loira estava com um olhar entristecido e preocupado, suas sobrancelhas levemente franzidas. Hannah passou as costas de sua mão pela boca e deu alguns passos até Luce, dando-lhe um abraço e permitindo-se suspirar em uma tentativa falha de aliviar a tensão enquanto recebia conforto nos braços da amiga.

— Eu fiquei com muito medo de perdê-lo, Lu — murmurou distraída e baixinho. Lucille mordeu o lábio inferior e fechou os olhos, sentindo seu peito se apertar.

A líder de torcida se afastou e segurou nos ombros da melhor amiga, a olhando nos olhos enquanto dava um sorriso fraco.

— O vô Simon é duro na queda, ele não vai embora tão cedo, Hannah — colocou uma mecha do cabelo da morena atrás da orelha, que sorriu entristecida em resposta. — Ele já está bem, não está? — Levantou as sobrancelhas. Hannah assentiu e Luce sorriu. — Foi o que pensei.

Desde que Kurt Lawford partiu dessa para melhor, Hannah tem muito medo que qualquer perda desnecessária na vida de Margot faça-a distanciar-se cada vez mais, podendo, inclusive, sumir no mundo sem dar qualquer mínima satisfação para a própria filha.

A morena tinha vontade de chacoalhar a própria mãe e perguntar-lhe qual era o seu problema, por que agir com tanta insensibilidade e falta de empatia acerca de sua própria filha – mas a verdade é que Hannah não conseguiria fazer isso. Margot era como um carro velho: quanto menor os danos, melhor.

Talvez sua fixação pelo mundo dos livros, séries, filmes e pouca admiração pelo globo popular tenha sido consequência da ausência da presença marcante e feminina da própria mãe para orientá-la a tornar-se uma pessoa extravasada e menos fechada. O problema é que Hannah se virou muito sozinha, passando pela metamorfose de transformar-se em uma pessoa madura com seus próprios conceitos e poucas experiências.

A realidade parecia uma vadia má, pronta para lhe dar um pontapé atrás do outro. Ela não sabia se estava preparada para lidar com uma nova dor de um joelho ralado por cair um novo tombo.

— Hannah? — A voz masculina já tão facilmente conhecida por si era originária de algum lugar atrás de suas costas. Girou os calcanhares para ver o rosto familiar do cacheado.

Ele tinha os lábios repuxados e a olhava complacente. Não parecia saber o que estava fazendo ali ou o que deveria falar em seguida, a única coisa que estava ciente era de que precisava checar como Lawford estava após o final de semana.

Surpreendente, ignorando todos os seus princípios, Hannah andou até Styles e envolveu seus braços em sua cintura, o abraçando. Harry, franzindo o cenho de forma rápida pela confusão, também a encaixou em seus braços, passando os braços por cima dos seus e deixando sua cabeça apoiada em seu peito.

Lucille dera um pequeno sorriso, agradecendo-o silenciosamente, apenas movendo os lábios com as sílabas. Ela afastou-se logo em seguida os deixando a sós, exceto pelos olhares alheios no corredor.

Harry não sabia muito bem o motivo de Luce tê-lo agradecido, porém preferiu não questionar no momento.

Segundos tardios, Hannah afastou-se de Harry lentamente, pestanejando um pouco antes de finalmente levantar os olhos azuis para seu rosto. Sua ação seguinte fora sorrir sem mostrar os dentes.

— Não quero ser hipócrita e perguntar se você está bem — murmurou ele. Ela riu pelo nariz.

— Não esperaria o oposto vindo de você — respondeu sincera, colocando as mãos dentro dos bolsos do moletom que usava. — Preciso de um favor.

— O quê? — Ele enrugou a testa.

— Não quero estar em Norfolk High hoje — deu de ombros. — Quero que me leve para matar aula — seu rosto era límpido.

— Você tem clube de literatura hoje — alertou ele.

Hannah passou a língua pelos lábios, olhando para os lados. Faltavam poucos momentos para que a primeira aula se iniciasse e ela realmente não estava a fim de frequentar os seus períodos de aula. Harry Styles seria o estopim perfeito para mostrá-la os caminhos perversos em questão de cabular aula.

Mesmo que literatura fosse a sua paixão primordial, ela estava disposta a abrir mão da Srta. Briggs em troca de Harry Styles, afinal, ele lhe traria a liberdade.

— E você tem treino — rebateu ela.

Harry ponderou por alguns segundos. Faltar um dia no treino não faria tanta diferença e matar aula não era algo que não estivesse acostumado a fazer. Ele sabia que Hannah tinha noção do quão matador de aula ele era, por isso fora escolhido para essa função; mas ele também sabia que Hannah não faria isso se estivesse cem por cento bem e não queria deixá-la pior.

Com um longo suspiro, ele meneou com a cabeça, fazendo-a sorrir de forma verdadeira, pela primeira vez desde sábado.

— Será uma honra trazer-lhe para o lado negro da força.

⇠ ✡ ⇢

Seus dedos agarraram na barra de seu moletom e o puxou para cima, retirando seus braços de dentro das mangas. Sentiu o vento bater contra sua barriga e ao retirar o agasalho por completo, puxou sua camiseta para baixo.

Harry pegou as sacolas, colocou dentro do compartimento da moto, abaixo do banco traseiro, e entregou o capacete para Hannah, que terminava de amarrar sua blusa de frio pelas mangas no quadril.

— Eu não sabia que curtia motocicletas — afirmou ela, levando a proteção para a cabeça.

— Mal posso acreditar que nunca me viu chegando de moto em Norfolk High — Styles revirou os olhos enquanto pegava o outro capacete nas mãos. Através da viseira levantada, ele pôde observar Hannah enrugar o nariz de forma marrenta. — Gemma geralmente sai para trabalhar com o carro. Acabei ganhando a moto de presente de aniversário de minha mãe esse ano, para acabar com as brigas — deu de ombros.

— Você não é uma das pessoas que eu perco tempo observando.

— É, percebo isso agora — comentou irônico, sua voz sendo abafada pelo capacete.

Harry montou na moto e virou o pescoço para observar Hannah que se aproximava e apoiava as mãos em seus ombros, encaixando-se atrás de si. Ela circulou seus braços na cintura do moreno e ele levantou o pezinho do veículo, girando a chave na ignição.

Tinham comprado algumas comidas no Walmart antes de finalmente darem início à manhã que passariam juntos. Styles havia prometido levá-la em um lugar inesquecível e que provavelmente nunca tivera a oportunidade de conhecer. Segundo ele, era um dos pontos mais altos de Norwich.

Hannah abaixou a viseira antes que Harry pudesse afastar a moto da vaga em que estavam estacionados e acelerar pelas ruas.

A morena sentia-se satisfeita por andar de moto com Harry Styles. Quer dizer, eram uma parceira um tanto insana, mas não poderia ter escolhido companhia melhor. Ele não sabia muito sobre ela para perturbá-la de um jeito preocupado comparado à Lucille que provavelmente perguntaria o tempo todo se ela estava melhor e egocêntrico o suficiente para preocupar-se consigo mesmo antes de se focar nela.

Assim que se afastaram da cidade e os campos se aproximaram, Hannah levantou a viseira, deliciando-se com a brisa leve batendo em seu rosto. Aquela sensação de liberdade e prepotência, como se nada pudesse atingi-la de fato, emergiu de forma violenta dentro de seu peito, a trazendo um prazer que não poderia descrever suficientemente em locuções que fizessem sentido.

Não haviam nem chegado ao destino exato em que Harry falara, porém já podia desfrutar das mais belas visões que seus olhos alcançariam. As imensidões de verde se estendiam por todo o horizonte. Pôde até mesmo vislumbrar o rio Wensum ao passarem pela ponte sustentada acima do mesmo.

Momentos após, Harry desacelerou a moto, parando sobre uma das colinas, onde era possível observar toda a cidade, inclusive o topo pontudo da Catedral de Norwich.

Ele puxou o pezinho para sustentar a moto e Hannah desceu, retirando o capacete logo em seguida, o puxando para cima, para entregar o objeto à Harry. O vento chiava e batia em seus cabelos os bagunçando para a frente de todo seu rosto.

O cacheado desceu da moto já sem o capacete e puxou o compartimento do banco, retirando as sacolas, sendo auxiliado pela morena.

— Está com fome? — Questionou ele, semicerrando os olhos levemente, em uma tentativa de amenizar a claridade em seu rosto. Hannah balançou a cabeça em negação. — Quer alguma coisa? — Tentou mais uma vez.

— Aceito o suco — respondeu, colocando a mecha do cabelo atrás da orelha.

Pegaram um pano comprido que também haviam comprado e estenderam sobre a grama, colocando as sacolas por cima para sentarem-se em seguida. Harry mexeu nas sacolas, puxando a garrafa transparente com suco de morango, sabor escolhido por Hannah.

— Para uma pessoa que gosta de falar, você anda muito calada hoje — ele comentou distraído enquanto abria a tampa. — Não compramos copos — ele torceu o lábio para o lado, insatisfeito.

— Não atiça a onça com uma vara curta, Harry — ela ergueu as sobrancelhas com um sorriso irônico nos lábios. Puxou a garrafa da mão do moreno e encaixou o bucal nos lábios, tombando a cabeça para trás para ingerir o líquido rosa.

Harry ficou e ao mesmo tempo não ficou surpreso por sua reação.

— Não ligo de ser perturbado pela sua voz hoje — respondeu ele. — Somente hoje — frisou. Lawford afastou a garrafa dos lábios, engolindo o líquido e segurando um sorriso.

— De tanto que me ouvirá falar, ficará com minha voz impregnada em seu cérebro. A melodia aparecerá até em seus sonhos — olhou para ele de forma desafiadora. Harry tinha um sorriso satisfeito nos lábios.

— Poderia começar falando sobre sua família — sugeriu ele.

Hannah suspirou, soltando o ar pela boca e virando seu rosto para a frente mais uma vez. Família. Era um assunto no qual não queria colocar em pauta no momento, mesmo sabendo que chegariam lá alguma hora do dia. Achara que estaria livre de tal armadilha por escolher ficar ao lado de alguém que não ligava muito a esses assuntos naquele dia, mas estava enganada.

De qualquer forma, era uma boa desculpa para perturbá-lo a falar sobre sua própria família, algo que já havia se solidificado em sua curiosidade.

— Meu pai, Kurt, morreu faz cinco anos — divagou. — Desde então voltamos a morar com meus avós, Gracie e Simon, e minha mãe, Margot, desenvolveu alguma espécie de EPT, preferindo ficar inerte aos seus próprios pensamentos ao invés de continuar com sua vida.

— Ela tem surtos? — Tentou entender, a olhando. Hannah evitava olhá-lo de volta. A mesma balançou a cabeça de forma negativa.

— Não — respondeu. — Na verdade, ela tenta tratar isso viajando. Não sei o que ela faz exatamente nessas viagens, porém fica mais tempo fora do que em casa. Estou sendo criada pelos meus avós esses últimos cinco anos, mal sustento um diálogo descente com a minha mãe e tive que aprender a lidar com a ausência de meu pai sozinha.

— Seus avós são muito rígidos? — Ele apoiou suas mãos atrás de seu corpo, ficando inclinado para trás.

— Não — deu um pequeno sorriso, virando-se para olhá-lo pela primeira vez. — Eles são incríveis e eu não imagino como seria a situação da minha vida sem eles, para ser honesta — levantou as sobrancelhas, transformando os lábios em uma linha fina.

— Como você acha que sua mãe reagiria? — Ele juntou as sobrancelhas. Hannah ergueu os ombros.

— Não faço ideia — foi sincera. — Provavelmente ela ficará pior. Terei que estar trabalhando de forma remunerada quando isso acontecer, para me sustentar sozinha — deu de ombros.

— Por que, sei lá, não tenta conversar com sua mãe sobre isso? — Sugeriu.

— Eu estou proibida em forçá-la, são descrições médicas — revirou os olhos e cruzou as pernas, em posição de índio. — Se inicio um diálogo do tipo, ela começa a tremer e seus olhos marejam. Minutos depois, ela está dopada de calmante após uma crise enorme de choro, acordando somente no dia seguinte após o meio dia — deu uma risada sem graça, olhando para baixo, mais precisamente nos desenhos aspirais que constituíam a toalha.

— Isso é desumano, Hannah — piscou algumas vezes, se sentindo levemente perturbado e voltando a se sentar de forma ereta. Hannah tinha uma expressão como se isso fosse pouco caso.

— Não é como se eu não estivesse acostumada — olhou novamente para ele. — Sua vez.

— Não gosto muito de tocar no assunto “família” — Harry fez aspas no ar com uma cara desgostosa. Ele tinha um vínculo formado no centro de sua testa com as sobrancelhas juntas e seus lábios repuxados. — Moro com minha mãe e minha irmã mais velha que você conheceu recentemente, mas não é como se fôssemos próximos — ele deu de ombros, como se aquilo não significasse muita coisa.

— E quanto ao seu pai? — Hannah tentou desenvolver alguma espécie de diálogo, mesmo desconfiando que o cacheado não se demonstrava muito a fim.

— Minha mãe chutou ele de casa — desviou o olhar do rosto de Hannah e dobrou a perna, colocando o cotovelo por cima do joelho e deixando a mão pender sob o ar. — É um otário — falou para as colinas.

— Sinto muito — Lawford se sentiu mal, não queria forçá-lo a ter lembranças de uma pessoa que ele queria expulsar de sua própria vida.

— Não sinta — foi sincero, virando o rosto para olhá-la. — Ele não merece — repuxou o canto dos lábios rapidamente, em um sorriso amarelo amenizador de tensões.

Hannah preferiu silenciar-se, deixando aquele assunto por debaixo dos panos, afinal, nenhum dos dois estavam dispostos o suficiente a serem honestos perante suas relações quanto á família.

Como o clima que se instalou pareceu excessivamente desconfortável, Hannah decidiu preencher o vazio do silêncio mudando de assunto:

— E você e Violet? — Deu um sorriso de lado, como se estivesse o provocando. Harry deu risada, balançando a cabeça para os lados.

— Acredito que não haverá um futuro entre nós dois — deu de ombros, levando a base da garrafa de suco de laranja até os lábios.

— E por que não? — Quis saber.

Harry tirou a garrafa dos lábios e passou as costas da mão pelos mesmos, limpando qualquer resquício molhado. Virou seus olhos verdes em direção à Hannah, eles estavam sérios e parecia que ele seria honesto no segundo seguinte.

Ela não sabia o que poderia esperar quanto a resposta dele, se era um fator negativo ou positivo. Harry era imprevisível quando queria.

— Não somos compatíveis o suficiente — ergueu os ombros. — E também não tenho tanto interesse nela quanto tinha antes — deu um sorriso rápido. — É, acho que é isso.

— Me contaram sobre Lacey Baronne — reprimiu os lábios. — Por onde ela anda?

Harry perdeu-se por alguns instantes. Hannah imaginou que estivesse tendo algum flashback de Lacey ou tentando recordar-se dos motivos pelos quais ela mantém-se como um fantasma desde seu término.

Haviam tantas teorias pelas quais havia deixado Norfolk High. Uma delas era que Harry havia a espancado e seus pais decidiram transferi-la, a poupando de comentários maldosos ou julgamentos, uma vez que ela não queria denunciar Harry. Outras histórias eram que a mesma estava grávida e ou foi passar os nove meses longe para que ninguém visse a sua barriga – incluindo Harry – ou foi abortar, em seguida ido para alguma reabilitação.

Todos esses achismos eram coisas nas quais Hannah não estava interessada em saber. A verdade era o que queria e só a teria, na melhor das hipóteses, se perguntasse à Harry.

— Ela cortou qualquer contato em relação a Norfolk ou a mim — seu olhar ainda estava nos pássaros que voavam pelo céu. — Ela sofreu pelo término. Eu não gostava dela a ponto de manter um relacionamento saudável, porém seria mentira dizer que não me importei — suspirou, fechando a garrafa.

— Se sente culpado pelo sumiço dela, não é? — Deu um sorriso triste. Harry evitava o contato visual.

— Um pouco — admitiu. — Mas ela sempre havia dito que não queria permanecer em Norfolk High e só estava lá por minha causa — deu de ombros, olhando para Lawford. — Lacey só se importava com duas coisas naquela época: consigo mesma e comigo. Quando eu parei de ser um motivo, ela parou de procurar outros para ficar. Quer dizer, acho que ela nem tentou procurar outros, tudo se encerrou por ali mesmo — concluiu.

— Egocêntrica? — Arriscou. Harry sorriu.

— Egocêntrica adicionando Harry.

— E por que terminaram? — Questionou. Harry deu um sorriso, mas não era um sorriso convidativo ou algo do tipo, era um sorriso que alertava que aquele território era proibido. — Desculpe — murmurou.

— Está tudo bem — disse ele. — O que acha de juntarmos as coisas e voltarmos para Norfolk? — Sugeriu se levantando, mas era possível ver que ele realmente queria dizer aquilo. Hannah suspirou e levantou-se em seguida.

— Seria uma ótima ideia — concordou.


Notas Finais


✛ Trailer novo: https://www.youtube.com/watch?v=8J3u1aaS5aE
(Qualquer coisa, ativem as legendas para que possam entender as falas).

✛ O que acharam dessas informações da vida de Harry? Ainda muito curiosxs? Deixem seus comentários, amo as teorias de vocês <3
✛ Caso queiram entrar em contato comigo, fiquem à vontade para fazê-lo.
✛ All the love xx.


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