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História Demon, angel - 02. Memórias


Escrita por: SATURN0RBIT

Notas do Autor


Título ruim e capítulo curto mas vivam com isto sorry not sorry 😔👊
Pelo menos eu tô mantendo um calendário um tanto quanto consistente e tenho um pouco de exposição de fatos nesse capítulo haha
Tenham uma boa leitura UwU

Capítulo 3 - 02. Memórias


— Você não pode evitar o tópico para sempre, Sheryl. – Saeran grunhiu enquanto tomavam café da manhã, e o loiro apenas suspirou. O outro não sabia quando desistir, não?

— Eu posso, sim. – Ergueu uma das sobrancelhas. – Eu tenho todo o sempre. E você, vai continuar insistindo até o mais próximo de sempre que você conhece? – Perguntou, e logo colocou mais um pedaço de barra de chocolate em sua boca.

— Saeran, você 'tá falando do caso do cigarro ou a conversa na sacada? – Saeyoung perguntou, e é claro que o ruivo agora sabia, Sheryl devia ter esperado que Saeran não calaria a boca sobre o assunto para ele, sendo que insiste quase toda hora com o demônio.

— Conversa na sacada. – Os dois responderam juntos, Sheryl ainda mais frustrado que o mais novo dos gêmeos.

— Enfim, eu já tenho que ir. – Sheryl interrompeu a conversa, sem nenhuma hesitação, checando a hora em seu celular e guardando a barra de chocolate amargo na geladeira. – Não ousem encostar na minha barra de chocolate que eu consegui com meu dinheiro, do meu trabalho, para o qual estou indo nesse exato momento. – Não deu chance de nenhum dos dois o interromper ou o impedir de sair. – Tchau! – Saiu da porta, acenando com um sorriso levemente forçado em seu rosto, e apenas pôde ouvir Saeyoung responder antes de fechar a porta. Suspirou.

— Por que você mente tanto, Sheryl?

— É um hábito, já. Às vezes é como se eu nem percebesse que estou mentindo. – Havia respondido, e o garoto de cabelos castanhos ao seu lado apenas murmurou.

— O que você acha de tentar evitar mentir tanto? Você que me ensinou a ser verdadeiro comigo mesmo; eu não acho que deveria cair em uma armadilha que sabe bem como evitar.

— Eu não te ensinei a ser verdadeiro consigo mesmo. Você aprendeu a não mentir com-

— Não mentir e ser verdadeiro consigo mesmo são duas coisas diferentes. – O outro respondeu, agoniado, e Sheryl riu.

— Você está se contradizendo, se você acha que não sou verdadeiro comigo mesmo ao mentir aos outros. – Respondeu, e o outro apenas suspirou e inflou as bochechas, fazendo beicinho.

Sheryl estalou sua língua e balançou a cabeça, tentando impedir que as memórias tomassem seu tempo. Toma tempo para pensar o quanto espera que a memória não reapareça toda vez que mente, enquanto vai na direção oposta ao seu trabalho, para o Starbucks mais próximo.

[•••]

— Bom dia, qual o seu pedido? – Sheryl observou o garoto de cabelo rosados perguntar, sem entusiamo algum, enquanto olhava para a caixa registradora.

Ah, é um novo barista. Não pode falar "o de sempre", então.

— Espresso Dupplo Mocha. – Respondeu e o garoto finalmente olhou para ele, e o demônio pôde ver um azul brilhante em seus olhos, antes dele rapidamente voltar a olhar para o aparelho em sua frente; Sheryl não deixou de notar que ele parecia segurar sua respiração.

Que estranho; mas Sheryl apenas ignorou isso. O outro também pareceu ignorar, então estava tudo bem.

— Okay. Seu nome? – Perguntou.

— Sheryl. – O homem assentiu rapidamente.

— São 2.300 won. — Disse e Sheryl já entregou o dinheiro; ele não gostava muito de usar seu cartão de crédito, por motivos que mesmo ele desconhece. – Assim que estiver pronto, eu lhe chamo, então. – Ele finalizou, e Sheryl assentiu. O demônio se perguntou se deveria realmente perguntar o que queria; o barista pareceu perceber isso. – O que foi?

— Posso saber seu nome? Não dá para ver sua identificação e eu sabia o nome do antigo barista, seria estranho não saber o seu. – O garoto apenas piscou, não mostrando nenhuma reação, até que assentiu.

— Dolion.

— Eu já disse que não acho que você é o Francis. Eu sei que você é diferente dele, Dolion. – Tranquilizou o de cabelos castanhos, que parou com seus tiques nervosos e sorriu.

— É bom saber disso.

É claro que o nome do barista tinha que trazer memórias. Incrível!

Sheryl apenas assentiu e escolheu um lugar ao lado da janela, para esperar sua bebida chegar, esperando que não tenha tido nenhuma reação externa que seja estranha.

— Eu nem sabia que o nome Dolion era conhecido e usado, atualmente. – Murmurou, preferindo se distrair com seu celular.

[•••]

— Yoosung? – Sheryl estava pronto para forçar a fala decorada e forçadamente animada, mas logo notou quem é que estava em sua frente.

— Oi, Sheryl! – O outro sorriu. – Eu e o pessoal da RFA viemos aqui no shopping e eu pensei, "O Sheryl trabalha no McDonalds, posso ver ele e pedir algo que eu gosto", e vim aqui. – Sheryl assentiu.

— O pedido? – Perguntou. Hoje não estava tão cheio quanto nas Sextas, mas ainda tinha fila e ele não queria irritar nenhum cliente.

— Um Supreme Shrimp Burger Meal. – Disse, já pegando seu cartão de crédito.

— São 7.400 won. Crédito, certo? – O outro assentiu, já com o cartão na maquininha. – Digite sua senha.

Logo, o processo estava finalizado e Sheryl estava entregando a senha para Yoosung.

— Daqui a pouco eu vou ter um intervalo, dura cerca de 15 minutos. Se quiser, eu posso ir ver vocês, se me disser onde vão estar. – Falou rapidamente.

— Ah, quanto tempo até seu intervalo?

— Trinta minutos. – Respondeu, depois de olhar para um relógio próximo.

— A gente provavelmente já vai ter terminado de comer. Talvez na próxima. – Sheryl assentiu.

— Okay, então, até mais tarde. – Sorriu, e o outro saiu rapidamente da fila, também sorrindo.

— Boa tarde! Posso saber qual o seu pedido?

[•••]

— Quem era o loirinho que você tava conversando, Sheryl? – Miranda se aproximou do mesmo, um sorriso de canto no rosto.

— Um amigo meu.

— Nome, Sheryl. Preciso de um nome! – Ela disse, e o demônio revirou os olhos. Às vezes, Miranda era mais difícil de aguentar que Mi-seok.

— Yoosung.

— Ah! Sabia que reconhecia ele! Em uma das salas menores da SKY, eu tenho aula com ele! – Disse. – Ele tava indo mal para caralho ano passado, mas aí esse ano ele melhorou bastante! Eu converso de vez em quando com ele.

— Hm. – Sheryl murmurou, desinteressado, trocando mensagens com Yoosung e Alphie ao mesmo tempo.

vibe check: eu tava esperando ver vc lá na cafeteria e me aparece um barista novo... que q aconteceu
ThatGayElf: Eu troquei o turno da manhã pro turno da noite, com ele. Ele é legal.
ThatGayElf: Talvez você devesse tentar fazer amizade com ele. Sempre que eu conversava com ele durante os turnos da tarde, parecia ter a sensação que iam se dar bem.
vibe check: achei q tu não era especialista em amizades
ThatGayElf: Eu não sou. Mas talvez valha a pena, sabe. Você disse que minhas suspeitas estavam corretas naquele dia; o que custa tentar?

— Ei, presta atenção em mim! – Sheryl suspirou, olhando para a garota.

— Mas você não tem nenhum tópico interessante para conversarmos sobre. – Retrucou, um sorriso vitorioso em seu rosto quando a outra não tinha o que responder.

— Você está certo, Sheryl. – A mulher choramingou. – Eu sou entediante e não tenho mais nenhum assunto para falar. – Sheryl apenas murmurou. – Ei! Você deveria negar!

— Você prefere que eu minta?

"Disse o mentiroso", ouviu uma voz de narrador em sua cabeça, mas a ignorou, preferindo focar em suas mensagens.

Yoo★: O Zen tá reclamando para a gente de um cliente sem noção dele. É como se ele não conseguisse parar de reclamar sobre cada situação...
Sheryl: diga q eu mandei um "meus pêsames" para a sanidade dele. clientes sem noção não merecem direitos
Yoo★: Ele agradece, e disse que você parece menos pior do que as descrições do Saeran fazem parecer.
Sheryl: o saeran fez aquele barulho que faz quando fica ofendido, né
Sheryl: haha, previsível. boo
Sheryl: e defenda minha honra, yoo! eu sou incrível, não sou
Yoo★: Acho que sim...?
Sheryl: então mude esse "acho" para claro, moço!!!! diga sobre o quanto sou benevolente e sobre todas minhas boas ações
Yoo★: Que "boas ações"?
Sheryl: sabe...
Sheryl: ...
Sheryl: *sweats*
Yoo★: Eu não acredito que você acabou de digitar "*sweats*", Sheryl.

[•••]

— Podemos ir aos seus cômodos? – Se lembra de uma voz suave o perguntar, enquanto caminhavam pelo inferno. Ele se lembra de ficar surpreso com a sugestão, e um tanto quanto constrangido e triste.

— Não, Dolion. – Disse, e não planejava soar tão rígido; antes que pudesse se corrigir e explicar o porquê, o outro já o questionou.

— Por que não? – Ele parecia curioso, e não machucado com suas palavras, ainda bem.

— Por causa dos pecados que cometi enquanto vivo. – O outro inclinou a cabeça, um sinal claro de confusão; Sheryl suspirou, e começou a explicar. – Eu fui condenado pelos pecados da luxúria e da ira. Eu consigo lidar com a ira ao punir os castigados, mas a luxúria já é outro assunto. – Coçou sua nuca, tentando pensar em um jeito simples de explicar sua casa, e seu quarto, em especial. – Minha casa toda funciona como um forte afrodisíaco, basicamente, e é especialmente forte em meu quarto, por motivos óbvios. Eu não quero lhe levar para lá e o expor a isso; enquanto me ajuda a lidar com a luxúria, para aqueles não condenados por isso, influencia a... Cometer o pecado, digamos assim.

— Hm... – O outro assentiu. – Você acha que merece ser condenado por isso, pelo que se lembra de sua vida? – Dolion perguntou, e Sheryl riu nasalado, sem humor.

— Sim, mas não nas proporções que o velho fez parecer. – O outro assentiu novamente, um sorriso um tanto melancólico em seu rosto, enquanto andavam em silêncio por mais um tempo.

— Deve ser legal. – Disse, ainda com um sorriso triste no rosto, mas agora Sheryl e Dolion olhavam um ao outro. – Sabe, se lembrar.

— A minha vida, não tanto assim. – Riu levemente. – Mas eu gostaria que pudesse se lembrar da sua. Eu queria poder ouvir seus contos. Mas está tudo bem, Dolion. Se você se lembrasse, você não seria você e nós não teríamos nos conhecido. – E o acastanhado sorriu, aliviado.

[•••]

707: você não deveria forçá-lo a falar sobre algo que ele não quer, saeran
saeran: tá me zoando? ele estava super nervoso, eu quero saber mais.
Yoosung★: Por que você quer saber mais? Não dá para só deixar de lado, não?
saeran: eu só quero saber o que ele tem contra anjos!
707: tem certeza que é só isso, mesmo?
saeran: ...
saeran: eu não quero acabar acidentalmente falando algo que possa ser um gatilho para memórias ruins, sabe?
Yoosung★: Esse é um método bem contraditório, Saeran.
saeran: eu sei, eu sei!
saeran: mas como eu disse antes, não é o único motivo para isso.
saeran: eu quero saber mais sobre a "pós-vida" e anjos, o que ele tem contra e saber o que ele disse que eu deveria agradecer ele por estar evitando minha morte caso eu me tornasse demônio.
saeran: e é hoje que eu tiro isso dele.

[•••]

— Eu não odeio todos os anjos! Eu odeio a raça especificamente, e eu odeio o "não diga meu nome em vão"! – Sheryl parecia irritado, e parecia zombar ao se referir a Deus.

— Dizer que odeia a raça soa bem racista, Sheryl. – Saeran respondeu, sarcasticamente, e o demônio bufou.

— Não é racista! Caralho, eu não odeio os anjos por serem anjos, e eu não odeio os anjos em si! Eu odeio a ideia de ser anjo, e como ser anjo funciona! – Explicou, e se segurou para não deixar seu passado tomar conta de suas razões, tentando as deixar pelo lado lógico, pelo que sabia.

— O que parece tão ruim em ser anjo? – Yoosung tentou entrar na conversa e acalmar a irritabilidade, mas apesar de Sheryl saber suas intenções e que nem todos sabem o que ele sabe (ou passaram pelo que passou), ele não pôde evitar ficar mais irritado.

— Morrer. – Falou, rígido, e seu tom parecia sem emoção. Um silêncio ficou no ar, e Saeran sabia que para continuarem nesse tópico, teriam que avançar com cuidado, o "me agradeça por evitar sua morte" ainda fincado em sua mente.

— Você poderia, por favor, explicar melhor? Queremos entender seu ponto de vista. – Saeran surpreendeu até a si mesmo com o tom gentil de sua voz e o quanto ele parecia mais confortar o outro do que pedir pela opinião dele. Ele apenas esperava que o outro não notasse isso por conta de toda a irritação, pois isso podia, talvez, o irritar ainda mais.

Era o dia de sorte de Saeran! Ele bem que disse que era hoje que eu tirava isso de Sheryl!

— Eu considero que há três significados de morte. – Sheryl começou. – Morrer fisicamente, esquecer de si mesmo, e ser esquecido. Os anjos passam por todos os três.


Notas Finais


É isto povo. Espero que tenham gostado, apesar de mais curto ^^
Próximo capítulo saberemos mais sobre os anjos e talvez sobre o passado do Sheryl e esse Dolion das memórias rs
Só lembrando que não posso garantir o capítulo da próxima semana, minha criatividade é vapt vupt haha 🤡


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