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História Demon Slayer - A Origem dos caçadores de demônios vol. 1 - Hora do chá e Uma Nova Missão


Escrita por: flowermaysnake

Capítulo 34 - Hora do chá e Uma Nova Missão


Fanfic / Fanfiction Demon Slayer - A Origem dos caçadores de demônios vol. 1 - Hora do chá e Uma Nova Missão

Chegando na frente do grande Templo, os caçadores estavam juntos conversando e tocando instrumentos, era uma tarde de sol fresco e uma ventania leve que fazia as flores dos ipês caírem e enfeitarem toda a frente do Templo. Encontrou primeiro com Tomioka, encostado em um pedestal afastado do grupo e comendo uma maçã.

- Pelo jeito dominou sua respiração constante, não é?

- Sim Senhor - reverenciou - quero lhe agradecer, colocou sua vida em risco por mim e minha irmã… Na verdade eu não sei como lhe agradecer. Obrigado por tudo!

-  Nosso trabalho é apenas exterminar Onis e vendo sua irmã devemos fazer isso com os certos, não é mesmo?

Tanjiro sorriu e o Hashira mencionou com a cabeça para ele seguir para a aglomeração. Ele foi, mas voltou muito rápido, queria lhe dizer algo. 

- Senhor Tomioka, quando a Sra. Yamamoto nos destinou aos Hashiras eu senti um cheiro de Oni muito leve na ala hospitalar, mas não era da minha irmã.

- Isso é impossível, Onis não entram no Quartel. Sua irmã entrou presa na caixa e eu lembro que Obanai disse que ela se debateu quando passou pelas glicínias. 

**

Assim que chegaram do Monte Natagumo, Obanai parou diante dos portões com Nezuko se contorcendo na caixa. Ao ser perguntado porquê não adentrou, pediu ao Kakushi desenterrar uma rama do feitiço que circulava todo o Quartel. 

- Kaburamaru pode passar,  mas eu acho que ela não. 

O Kakushi tirou uma pequena pá do portão e cavou diante dos pés do Hashira. Aproximadamente 60cm abaixo levantou uma táboa de madeira e tirou um saco de pano velho. O Hashira deu um passo a dentro e o ramo foi enterrado novamente. 

**

- Então… O senhor pode me achar louco, mas eu estou sentindo agora de novo e não é a minha irmã - ele pousou os olhos nos Hashiras a suas costas.

Tomioka se virou e viu Kaburamaru descendo do pescoço do dono e se enrolando no chão fugindo da barulheira. 

- Kaburamaru… A serpente do Obanai é uma Oni que vive no sol e ela passeia a noite pelo quartel. Não se preocupe Tanjiro, Onis não entram aqui. 

Não era essa a resposta que queria, mas não quis entrar em detalhes, até porque, um cheiro leve de Oni em plena luz do dia poderia ser mesmo da cobra, mas Kaburamaru tinha mais cheiro de cobra do que de Oni. Suspirou e resolveu deixar essa história intrigante para trás, afinal todos ali estavam bem e sem nenhum sinal de Onis pelas redondezas. 

- KAMADO! - Uzui estava sorrindo radiante com cartas na mão - Venha aqui! Sabe jogar cartas? Esses brincos dizem que sim!

- Na verdade…

- Vai aprender agora! ganha dessa caolha pra mim! 

- Uzui eu sou cega, não surda!

Os três se sentaram com Mira e Murata e começaram o jogo, Uzui concedeu seu lugar depois de ter perdido para ela três vezes. 

O ambiente estava harmonioso, Shinobu passava servindo os chás e Muichiro estava deitado com a cabeça no colo do Mestre enquanto suas filhas menores mexiam em seu cabelo. Caçadores na frente do Templo tocavam biwa e tambores levemente, pareciam mais aprender do que tocar realmente. 

- Quer um chá, Iguro?

- Não obrigado. 

- Vamos beba, é só um pouco!

- Não.

Shinobu ficou parada com seus olhos arregalados e sorrindo. Obanai pegou uma xícara em silêncio e tomou em goles curtos abaixando a faixa na boca. Ele não gostava de mostrar sua cicatriz, mas nenhum caçador se importava com isso. 

- Quer um chá, Tomioka? 

Ele balançou a maçã insinuando que ficaria só com ela e a Hashira fez o mesmo truque. Tomioka pegou a xícara em silêncio. O chá foi servido para todos e o Mestre estava muito feliz em presenciar seus caçadores unidos e se divertindo. 

- Ah, chega disso - Gyomei lacrimejava e juntou as mãos em uma prece - eu não consigo de jeito nenhum!

- Você é um Hashira da Pedra - Sanemi tentava amenizar a choradeira - tenta vencer ela na luta!

- Não, é impossível!

- Você nunca tentou.

- Mas você já e apanhou!

Gyomei parecia um homem extremamente sensível, mas em batalha era um forte guerreiro. Depois de muito incentivo, principalmente de Rengoku, se levantou e desafiou Mitsuri a outro duelo. Os dois se levantaram da brincadeira de queda de braço e se colocaram na frente do grande espaço do Templo.

- Ah, chegou o belo momento - comentou a filha mais velha do Mestre para ele - apostaram de novo quem vencerá Mitsuri.

- E quem foi o escolhido?

- Himejima.

- Que pena que não enxergo. 

Mitsuri se posicionou abaixando o tronco, guardando uma mão na cintura de punhos fechados e esticando a outra para o colega. 

Os caçadores pararam a música e até mesmo o jogo de cartas para ver a luta. Inosuke já estava irritado por sempre perder da Mestra das Flores - HAHAHAHA Ela ganhava de mim porque eu sou pequeno, mas aposto que ele vai vencer! - Todos apostaram em Gyomei, apenas Mira em Mitsuri. 

Tomioka foi para a frente do Templo para ver perfeitamente aquele duelo e Rengoku e Uzui estavam apreensivos torcendo pelo Hashira. Um combate simples. Gyomei partiu para atacá-la e a Hashira apenas esperou o golpe, parou seu soco com uma mão e golpeou seu estômago, usando seu corpo bem menor, segurou ele pelo pescoço e o derrubou imobilizando seu braço. Todo mundo ficou boquiaberto. 

- NÃO É POSSÍVEL! COMO VOCÊ FEZ ISSO?

Inosuke partiu para atacá-la, enfrentar um adversário melhor que ele era sempre seu objetivo, mas nunca conseguiu derrubar sua Mestra. Ela fez o mesmo golpe lhe dando uma rasteira e o jogando no lago de carpas. 

Risadas tomaram conta dos caçadores.

-  Eu falei… Ei você tá roubando! - Mira largou as cartas.

- Não tô não!

- Murata, eu vi!

- Como? 

- Ah, eu vou te dar uma surra!

Mira sabia que as brincadeiras com sua cegueira não eram por maldade e também adorava irritá-los, agora Murata corria dela pelo quartel dando outras risadas aos caçadores. 

- Quem é o próximo? Que tal você Uzui? - Chamou a Hashira

- Você vai ver a surra que eu vou te dar!

Ele desceu o pedestal batendo os punhos e saltitando. Voltou arremessado e Obanai e Tomioka tiveram que se abaixar. 

- MINHA VEZ! EU CONHEÇO SEUS GOLPES GAROTINHA!

Mitsuri se posicionou de novo e Rengoku fechou os punhos, golpes simples foram bloqueados por ele. Ela insinuou um mortal, mas usou os pés para derrubá-lo, ele cambaleou e ela se recompôs terminando o golpe lhe imobilizando no chão deixando, suas mãos em um “x” e pronta para acerta-lo com um soco. 

- ISSO AÍ FOI EU QUE ENSINEI PRA ELA! - Aoi dava toalhas para Inosuke se secar e ele parecia não se importar. 

- TÁ LEGAL QUEM VAI SER AGORA? SHINAZUGAWA?

O Hashira do Vento deixou sua xícara de chá e partiu com a mesma confiança que Uzui. Mesmo resultado, arremessado direto em um pedestal. 

- MINHA COSTELA! ELA QUEBROU MINHA COSTELA!

- Kanroji… Menos força, está bem?

- Desculpe Mestre! 

Ele se levantou com dificuldade, mas estava bem e sem costelas quebradas.

- Quem é o próximo? Tomioka?

- Sem chance.

- E VOCÊ IRMÃOZINHO?

- Não.

- VAI LOGO, VOCÊ NUNCA APANHOU DELA!

- Não assim né?

- Uzui eu vou acabar com você! - Obanai insinuou correr atrás do Hashira que pulou no telhado do Templo rindo.

- KAMADINHO!

- Ah, não não! - parecia apreensivo - Obrigado, já vi o bastante! - Inosuke empurrou ele.

- Se eu apanhei você também vai!

Tanjiro fechou os punhos, estava sem intenção de combate, Mitsuri partiu para atacá-lo e com um susto ele caiu sozinho.

- FRACO! ME DÁ UMA CABEÇADA E NÃO CONSEGUE DERRUBAR ALGUÉM MENOR QUE VOCÊ?

- Foi mal…

- E você Zenitsu? 

- Não, obrigado Kanroji-sama. Eu nunca bateria em uma mulher.

Todos acharam fofo e Mitsuri agradeceu sorrindo. 

- SÓ SOBROU VOCÊ PEQUENO! 

Muichiro parecia cochilar no colo do Mestre e não viu os companheiros serem arremessados. Ele olhou em volta com os olhos nas flores.

- O que estão fazendo?

- Apostando quem pega Mitsuri em uma luta - o Mestre acariciava seu cabelo junto das filhas - devia ir, mostrar o que sabe fazer.

Se levantou e parte do seu longo cabelo estava todo trançado e com laços, mas não se importou, colocou a espada na cintura com tranquilidade na frente de Mitsuri que fez a mesma posição de ataque.

Uzui desceu do telhado ao lado de Rengoku de punhos fechados e sorriso no rosto. Sanemi se sentou atrás dos dois no cume do Templo. Até mesmo a cobra queria ver aquela luta e voltou para o pescoço do Obanai. Gyomei orava pela vida do pequeno Hashira e Shinobu parou os chás para ver também. 

Estavam todos torcendo pelo Hashira e de novo, só Mira torcendo por Mitsuri. 

Sacou sua espada e a colocou apontada para o chão. O dia ensolarado começou a fechar repentinamente e uma névoa densa tomou conta de toda a frente do Templo, não se via o céu e o chão. Mitsuri também não enxergava nada e sacou seu chicote, sabia o poder da névoa, mas nunca tinha visto. Continuava a sentir a presença do Pequeno em sua frente e esperou ele atacar. Todo mundo reclamava que não estava vendo nada. 

- EU NÃO TO VENDO NADA! COBRA?

Rengoku chamou por Kaburamaru que estava transmitindo seu kekkijutsu ao Obanai, ele estendeu a mão para o irmão e os olhos do Hashira das Chamas também ficaram vermelhos passando a enxergar perfeitamente. Agora Rengoku dava as mãos para Uzui e Sanemi fazendo uma corrente. 

Do outro lado, estendeu a mão para Tomioka que olhou relutante, mas assim como fez com o chá pegou nela. Tudo na sua frente clareou, Muichiro estava na mesma posição e Mitsuri só esperando o ataque, todos os outros caçadores pareciam perdidos e procuravam por onde andavam os dois. 

Eles ficaram assim não mais que um minuto até Muichiro correr para o combate, Mitsuri viu ele chegar e lançou o chicote, ele se abaixou e deu um chute em sua perna pulando com um mortal para o outro lado. Ela então atacou na direção do chute jurando que Muichiro estava ali. Acertou no lago de carpas vazio.

Muichiro girou a espada e apontou para a garganta dela fazendo a Hashira parar com o chicote na mão sem chance de escapar. Os homens começaram a pular de felicidade e comemorar, exceto Obanai e Tomioka. Mitsuri sorriu e Muichiro guardou a espada na bainha fazendo aquela névoa densa desaparecer como um sopro. 

Todos o pegaram no colo, lançando no alto e gritando seu nome. 

- Então, nosso Pequeno venceu?

- Sim Mestre, um ataque simples - sua filha também estava com as mãos na corrente de Kaburamaru. 

Foi uma tarde divertida, Rengoku partiria ao entardecer para a cidade para pegar o trem na noite seguinte com destino a capital. O trem a vapor Mugen, como recebeu o nome, inaugurou com mortes e mais de 40 pessoas desaparecidas. Precisava pegar o trem para saber quem era o Oni responsável por todas aqueles desaparecimentos em apenas uma noite. Problema que só um Hashira poderia resolver. 

Antes de partir fez um repasse dos treinos ao Tanjiro, os dois se tornaram muito próximos enquanto estavam na Mansão Borboleta, ele junto dos amigos adoravam ouvir as histórias de luta do Hashira. 

- TCHAU SENHOR RENGOKU! OBRIGADO POR TUDO! 

Tanjiro acenava junto dos outros com um sorriso muito genuíno e amoroso. Antes de passar pelos portões, ele se virou e também acenou.

- EU VOU, MAS EU VOLTO! 

**

O dia amanheceu e Tanjiro só estava aguardando a próxima missão. Pediu ao Mestre se poderia ir junto de seus amigos quando recebesse e ele consentiu. Os três estavam treinando no quintal da Mansão Borboleta quando Shinobu os chamou.

- Boas notícias meninos. Nova missão!

- FINALMENTE! - Inosuke parecia o mais feliz com a notícia.

- Se juntarão a Rengoku na viagem do trem Mugen!

- Sério? Por quê?

- Conversei com o Mestre que você deve ficar sempre com Rengoku para aprimorar a sua Respiração das Chamas e como pediu para os meninos lhe acompanharem… - ela sorriu para os garotos atrás dele. 

- Que demais! Muito obrigado Sra. Kocho!

- Vão depressa! Aqui estão suas passagens, o trem parte hoje a noite, Rengoku já está na estação.

**

- Mestre… - Shinobu estava ajoelhada em respeito conversando com Mestre - O Tanjiro tem uma alma pura e tenho certeza de que dará o seu melhor para completar a missão. Sua capacidade de crescer é maior do que eu esperava e sua mente está sempre focada em derrotar Kibutsuji.

- Concordo plenamente com você.

- Mas além disso, o Tanjiro mostrou para nós uma dança que era feita pelo seu pai. Uma dança reverenciando o Deus do Fogo. Ele confirmou que seu pai fazia isso por horas sem cessar até o dia nascer. Uma técnica de respiração concentrada que uniu alguns elementos da Respiração das Chamas, foi isso que deixou Rengoku impressionado e decidiu treinar o garoto. 

- Isso é uma novidade - o Mestre parecia realmente surpreso.

- No momento ainda falta treinar muito por isso acho importante que ele se junte ao Hashira na missão, treinos no Quartel não são suficientes para as Chamas. Tanjiro tem muito potencial com a Respiração e deve aprender na prática.

- Sim, muito justo. Considerando que a irmã dele não é um perigo para os humanos e ter se encontrado pessoalmente com Kibutsuji, esse é o destino do qual não poderá escapar. Compre as passagens Shinobu, e envie o quanto antes para não perder o trem. E obrigado pelas informações. 

- Eu que agradeço seu tempo Mestre. 

**

Antes de partir foi se despedir das mulheres na Mansão, queria encontrar Kanao primeiro, mas Aoi estava estendendo lençóis no caminho. 

- Já estão de saída? Fico feliz de termos passado um tempo juntos, se cuidem e boa sorte.

- Obrigado por cuidar de nós mesmo estando tão ocupadas. Graças a vocês podemos voltar a lutar. 

- Não precisa me agradecer, eu só fiz meu trabalho… Tive sorte de sobreviver a Seleção Final… E além disso não consegui voltar a lutar por medo. 

- Isso não tem nada a ver Aoi! Já que me ajudou tanto é como se eu carregasse você comigo nas batalhas - ela se emocionou - se eu me ferir de novo conto com você até mais!

- Espera! Não vai levar nada para comer?

- Eu pego na saída!

Aoi tinha 15 anos e participou da mesma Seleção Final que Muichiro Tokito, sendo os dois únicos sobreviventes. Diferente da Respiração das Flores, usava a Respiração da Água sendo treinada por Giyu Tomioka, a cor da sua espada era azul celeste como o início do amanhecer. 

- Kanao! 

Ela estava sentada olhando para o ipê rosa e virou para ele muito neutra. 

- Oi Kanao! Vamos sair para uma missão, vim aqui me despedir e quero agradecer por tudo! - Reverenciou.

Como sempre se manteve em silêncio apenas sorriu, Tanjiro ficou sem graça e ela lançou uma moeda, pousando ela nas costas da mão falou com ele pela primeira vez deixando ele emocionado e olhos brilhando. 

- Eu só fiz o que minha Mestra pediu. Não precisa agradecer. Adeus - sorriu.

- O que é isso? Uma moeda?

- Adeus.

- Tipo cara ou coroa né? - Se sentou ao lado dela - Por que você jogou? Ela voou bem alto né?

Mostrando a moeda na mão continuou.

- Eu jogo pra decidir algo que não seja uma ordem. Joguei pra decidir se falaria com você. “Não falar” era cara e “falar” era coroa. Como deu coroa eu te respondi. Adeus.

- Por que não decide sozinha? O que quer fazer Kanao?

- Isso não importa, eu não me importo com nada.

- Ah para com isso, claro que deve existir algo que se importe. Ou talvez… A voz do seu coração seja muito baixa. Pode me emprestar essa moeda?

Ela deu a moeda intrigada e ele foi para frente.

- Vou jogar para decidirmos juntos! 

- O que?

- Se você vai passar a ouvir mais a voz do seu coração! Se der cara, vai ter que ouvir mais o seu coração, está bem?

Jogou a moeda bem alto e quase caiu quando pegou ela com as costas da mão, Kanao viu que ele não trapaceou e ele foi até ela com as mãos cobertas, estava apreensiva para saber o que caiu. Cara.

Comemorou como os Hashiras comemoraram a vitória do pequeno Muichiro, ela parecia feliz, mas não expressou isso. Estendeu a mão para ela entregando a moeda, quando ela ia pegar apertou bem firme suas mãos. 

- Lembre-se! É o coração que move as pessoas e ele pode ser forte o quanto você quiser! 

- Como fez isso? Como sabia que ia dar cara?

- Não sabia - sorriu - se desse coroa ia jogar de novo até dar cara!

Ele beijou as mãos dela e se despediu. Kanao ficou ali emocionada olhando para suas mãos, nunca havia recebido esse carinho de um homem.

Na entrada da mansão, os três foram desafiados de novo por Mira a explodir a enorme garrafa e fizeram isso sem gastar muito tempo espalhando os pedaços de jarro por toda a parte.

- Estou muito orgulhosa de vocês. Se cuidem!

- Obrigado Senhora Yamamoto! 

As enfermeiras entregaram comida para eles e Inosuke queria comer tudo ali fazendo Zenitsu brigar com ele como sempre. Quando finalmente a discussão parou, Inosuke reverenciou Aoi em silêncio por um longo tempo até colocar a máscara e caminhar por eles em silêncio na frente. 

- O que foi isso, Inosuke sendo educado? - Mumurou Zenitsu.

- Acho que a pancada que dei nele ainda tá incomodando.

Os dois riram e finalmente partiram com acenos silenciosos. 

**

Os três chegaram na estação da cidade em cima da hora do trem partir. O tamanho do trem de ferro deixou Inosuke nervoso.

- QUE CRIATURA HORROROSA É ESSA? EU JÁ OUVI FALAR - ele tremia - É O MONSTRO MESTRE DESSA TERRA! COM ESSE TAMANHO TODO SÓ PODE SER O MALDITO! ELE TÁ DORMINDO NÃO DEIXE ELE TE ENGANAR! 

- Isso é um trem, idiota.

- CALA A BOCA! EU VOU ATACAR!

- Espera Inosuke! Ele pode ser o espírito guardião deste local! - Tanjiro não parecia brincar - Não é bom atacar um espírito! 

- É sério? Vocês nunca viram um trem? Um veículo que transporta pessoas! De onde vocês vieram?

- Trem? Então era isso que a Mestra Shinobu tava falando? 

Tanjiro ficou sem resposta porque Inosuke tentou atacar o trem com as espadas assustando as pessoas - PARA COM ISSO IDIOTA! - Ouviram sons agudos e os guardas da estação corriam para eles - eles tem espadas! Chamem a polícia!

Tiveram que correr para se esconder embaixo da plataforma ao lado do trem. 

- A gente quase foi preso por sua causa Inosuke! Peça desculpa!

- AH PARA! POR QUE TIVEMOS QUE CORRER DAQUELES GUARDINHAS FRANGOTES?

- O Esquadrão de Caçadores não é reconhecido pelo governo Inosuke e como os samurais foram abolidos não é normal ver gente andando com espadas por aí.

- Mesmo a gente protegendo as pessoas? - Questionou Tanjiro.

- Infelizmente.

Um barulho de fumaça muito alto invadiu os ouvidos dos três, a luz do farol foi ligada e o trem começou a andar nos trilhos ao lado. 

- QUE DROGA! VAMOS PERDER! ONDE SERÁ QUE ESTÁ A POLÍCIA?

- VOU ALCANÇAR ESSE DEMÔNIO NA UNHA - Inosuke foi o primeiro a sair correndo por entre os trilhos e pulou no último vagão com uma espécie de varanda.

- Não dá tempo Zenitsu! vamos com ele também!

Os dois saíram correndo entre gritos dos guardas, Tanjiro conseguiu pular na varanda e Zenitsu se agarrou na grade, o trem ganhou velocidade e os dois tiveram que puxar o amigo. Inosuke estava adorando aquele vento e a velocidade do trem e ficaram ali admirando a vista. 

- Ei Tanjiro… - começou Zenitsu - Tudo bem mesmo trazer a Nezuko? Ela não estaria mais segura no Quartel? 

- Você tem razão, mas não importa para onde, nunca vamos nos separar. 

- Cadê aquele cabeludo do fogo? Não era pra estar aqui?

- É mesmo Inosuke! Vamos entrar, o Senhor Rengoku está aqui em algum lugar!



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