História Dengerous Love - Kang Daniel - Namorados?!

 Acordei diversas vezes de madrugada, Daniel havia se mexido muito durante a noite. Não só se revirando na cama como rangendo os dentes! Tá, tudo bem bem que ele se revirava muito, mas na maioria das vezes ele aconchegava-se ainda mais mais em mim. Fofo, mas ficar rangendo os dentes no meu ouvido não dava!

Assim que o dia clareou e eu abri os olhos, sentia alguém brincando com os fios de meu cabelo.

- Finalmente você acordou - A voz rouca de Kang - que indica que ele acabara de acordar - ressoou em todo o quarto. Virei-me para ele.

- É muito tarde?

- Não, são nove horas - Ele me fita por um instante - Você poderia me explicar direito como é que foi essa sua briga com a sua mãe? - Ele me abraça e apoia a sua cabeça em meu peito, faço cafuné em seu cabelo.

- Revelei que tenho intenções de seguir o ramo do boxe, já que virou além de hobby para mim. Mas ela pirou, falando que já havia falado com um professor de biologia de uma ótima faculdade de medicina e que eu iria estudar lá.

- E o que você disse?

- Que eu não iria mais obedecê-la, que eu iria fazer o que eu bem entendesse - Ele me aperta mais, até mesmo sendo cega eu poderia jurar que ele estaria sorrindo agora mesmo.

- Essa é a minha menina - Ele sussurra, mas eu consigo ouvir. - Quer tomar um café?

- Pode ser, aí eu volto para casa. 

- Quer que eu vá junto para a coisa não ficar tão pesada para o seu lado - Disse o moreno se espreguiçando.

- Não, muito obrigada. Eu arranjei a encrenca, agora eu arco com as consequências.

- Okay, então deixe-me pelo menos te dar carona - Ele faz cara de cachorro que caiu da mudança.

- Tudo bem, eu deixo.

Logo que nos trocamos, descemos e tomamos um café. Senti muita vontade de falar que eu queria ir para Seul com ele, mas não arrisquei, primeiro queria conversar com Meredith e meu pai. Aí, falaria para Kang. Estava tão bom nos dois ai, como se morássemos juntos, que quase pedi-o em casamento. Eu estava ficando louca.

Logo após, Daniel pega a chave da moto e os capacetes, estava na hora de voltar para casa.

O dia estava ensolarado, a moto em alta velocidade fazia com que sentisse o vento quente. Estava um dia muito bonito.

Quando estava prestes a dar um passo em direção à minha casa, Daniel puxa-me pelo meu braço, fazendo com que seus lábios colassem aos meus.

- Boa sorte - Ele disse ao nos separarmos. Eu havia entendido.

Quando entrei em casa, Meredith estava impacientemente arrumando a sala. Ao ver que eu havia chegado, correu em minha direção.

- O que deu em você, Yerin? Sua mãe enxeu minhas paciências dizendo que a culpa de você ter ido à casa de um menino era porque eu dava muita liberdade à ti. Eu conheço o Daniel, mas vai que ele fizesse algo ruim contigo, e aí? - Ela realmente estava brava. Sabia que o que fizera não foi certo, mas a única pessoa que eu sabia onde me refugiar, seria com ele. Meus olhos enxeram de lágrimas, Meredith nunca havia falado comigo assim. - Me desculpe, mas é que isso realmente me deixou preocupada. Sua mãe e seu pai também, acabaram me pressionando. Mas não faça isso novamente.

Ela me abraça e ficamos um tempo assim.

- Ligue para a sua mãe, acho que ela deve explicações.

Suspirei e fui até meu quarto. Disquei em meu celular o seu número e, vacilante, cliquei no botão verde que indicava o início da chamada telefônica.

- Jeon Yerin, com quem estava e aonde ficou de noite?

- Eu fui até a casa de Daniel, mãe.

- Na casa de um menino? Yerin aonde estava a sua cabeça nessa hora? E se ele te estuprasse? E se algo de ruim acontecesse? Me diga!

- Mãe, a gente não dormiu juntos, ficamos separados - Ruburizei ao lembrar que na verdade dormimos abraçados. - E o pai dele estava em casa.

- Olha só! Dois homens e uma menina em casa!

- Tá, o que importa é que estou bem, me desculpa por ontem e enfim, espero que entenda meus motivos - Logo desliguei.

Claro, eu havia ficado de castigo. Mas Meredith ficou mais calma do nada. Ela me escondia algo, e eu sabia bem.

Daniel estava bem nervoso em minha presença, desligado nos treinos e apreensivo. Pareçe que o mundo tinha algo contra mim, agora.

- Yerin, amanhã você não vai faltar, né? - Daniel perguntou quando eu estava prestes a me virar e sair da sala.

- Sim, eu tenho treino, como sempre. Por que? Vai ter luta? - Kang fica vermelho.

- Até amanhã - Ele diz e vai embora.

Ao chegar no carro, Meredith estava com cara de moon face, não entendi o porque. E ela também não comentou nada.

Meu pai, já não me tratava como princesinha. Me tratava como se agora eu fosse adulta e tivesse algum filho. Mas na verdade nem filho eu tinha. Mas parecia que agora ele me via diferente. "What is happening with the world?" era o único pensamento que passava em minha mente.

No dia seguinte, eu havia acordado com inspiração. Comi algo e logo após coloquei a minha roupa de treino e meus fones plugado ao celular. Avisei Meredith e saí para correr. Estavam todos tão estranhos comigo que eu só queria um pouco de ar.

- Yerin! O que faz correndo por aí? - Daehwi me para quando passo por um carrinho de algodão doce.

- Estão todos estranhos comigo, então decidi dar um tempo para minha cabeça - Digo e logo lembro que ele deveria estar na escola. - Está matando aula enquanto come algodão doce?

- Anh... É... Não! Eu fui... Fui no médico, eu tinha consulta e acabei vindo comer um algodão doce!

Dou risada e logo fico séria, tentando dar alguma lição em Daehwi.

- Não é porque hoje é seu último dia de aula que você pode faltar. Se esconda logo antes que alguém descubra que está cabulando e ligue para sua escola. Ou me dê seu caderno que eu invento uma desculpa para você voltar para a aula - Como uma criança, ele me entregou o seu caderno e uma caneta. Escrevi que eu era sua prima mais velha e ele havia se atrasado pois tive que levá-lo entregar um exame já que o mesmo só conseguiu realizá-lo no dia anterior. - E não quero que isso se repita, se não eu não irei te ajudar novamente. Ande!

- Okay, até mais noona! E que sua noite seja maravilhosa, não queremos um "não" como resposta! - Ele saiu ascenando e correndo em direção da escola.

Suspiro pensativa, "noite maravilhosa" e "não queremos um 'não' como resposta"? Quem não quer receber "não"? Como noite maravilhosa? Gelei ao lembrar que Daniel havia perguntado se eu iria ao treino.

Virei-me depressa, mas Daehwi já havia ido embora. Agora teria que aguentar a ansiosidade até de noite.

Ao chegar em casa, corri para o banho. Havia corrido tanto que eu parecia ter tomado um banho, mas era somente um melequento suor no corpo.

De tarde assisti algumas séries para me distrair, mas sempre lembrava do que o mais novo me dissera e um pico de drenalina me atingia.

Quando finalmente deu a hora do treino, eu já estava arrumada a mais de uma hora, olhando impacientemente para o relógio.

Ao chegar oerto do saco de pancadas em que geralmente eu treinava, havia um papel.

"Estarei te esperando na sacada da academia, hoje o treino será lá.
- Daniel."

Subi até a sacada e lá, havia um Daniel hiper nervoso, segurando uma placa. De longe, não consegui ler. Meu coração palpitou.

- Oi - Disse tímida ao me aproximar.

- Oi - Ele respondeu.

Olhei para a placa e lá estava escrito:

"Eu queria lhe fazer essa pergunta há algum tempo, mas não tinha certeza se era isso mesmo que eu queria e não tinha certeza da sua resposta."

Ele trocou a placa:

"Mas, falando com Meredith, vi que a sua resposta poderia ser a que eu queria. E, depois da surpresa que Ong fez para Miran, já tive ideia de como fazer."

Outra placa:

"Yerin, você quer namorar comigo?"

- Sim, eu quero! - Abraçei Daniel e me desbaldei em lágrimas. Agora entendi o que Daehwi queria dizer com aquilo mais cedo.