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História DENKIs - Incertezas


Escrita por: IsaKessiandrade

Notas do Autor


Mais um capítulo... (eu nunca sei o que escrever aqui!)
Espero que gostem!
Boa leitura! ;)
-IK

Capítulo 6 - Incertezas


Cheguei na entrada do hospital, tremendo, fui seguindo Yun que me guiava, como uma mãe guia seus filhos, uma cena realmente engraçada.

Apenas esperamos uns breves minutos e fui chamada. O nervoso já transparecia, e eu realmente não sabia o que viria depois de entrar naquela sala branca.

 

[...]

 

Os exames foram feitos e o meu nervoso aumentado.

- E como foi? – Yun levantou da cadeira de onde estava sentada e veio em minha direção.

- Ele disse que eu pegarei o resultado dos exames nesta sexta-feira.

- Você conversou com ele sobre as alucinações?

- Sim! Mas só vou saber o resultado depois dos exames, ele disse que as minhas alucinações podem ser apenas causa do estresse que estou passando, com a morte recente de minha mãe e a mudança drástica de local, é tudo muito diferente do meu antigo cotidiano. – Expliquei a teoria do doutor que me avaliou.

- O que nos resta agora é esperar!

Saímos do hospital, meu estomago estava embrulhado, “Terei que esperar até sexta-feira para saber o que tenho! ”, “É muito tempo esperando! ”, comecei a pensar em como eu ficaria ansiosa pelo resultado.

Ao me ver pensativa dentro do carro, Yun resolveu puxar um assunto que provavelmente foi o primeiro que veio em sua mente.

- Você pretende arranjar um emprego? – Perguntou, visivelmente desconfortável com a situação – Não é por conta do dinheiro! Você precisa se ocupar com algo, ocupar a mente de pensamentos assustadores!

- Amanhã eu procuro um, talvez na lanchonete perto daquela praça de postes com luzes amarelas! – Expliquei com detalhes para que ela pudesse identificar a praça.

- Eu te deixo uma tarde sozinha e você já sabe até onde trabalhar! – Brincou quebrando o clima pesado.

- Não é como se eles fossem me contratar de cara, eu só penso que talvez eles precisem de alguém que lave a louça! – Dei de ombros, sabia que não importava o quanto eu ganhasse, contanto que eu me mantivesse distraída.

- Talvez você possa trabalhar no restaurante onde trabalho! – Foi uma ideia que me deixou animada, trabalhar no mesmo lugar que Yun, era realmente interessante de se imaginar.

- É ótima ideia! Eu sempre quis ver você trabalhando! Você sempre descrevia animada o que acontecia na cozinha e minha curiosidade só aumentava!

O clima dentro do carro melhorou, passou de pessoas temerosas com o futuro, para duas amigas empolgadas por terem a possibilidade de trabalharem juntas. Por um pequeno momento eu esqueci que estava com medo, esqueci que muitas coisas poderiam dar errado, mas o otimismo que ela tinha me contaminava.

 

[...]

 

Chegamos na nossa rua e eu fiquei observando pela janela as casas com pinturas modestas e arquitetura contemporânea, totalmente diferente de onde morávamos, a pintura da casa de Yun era extravagante e chamativa, mas o jardim e as árvores ao redor escondiam isso.

- Quando vou poder trabalhar? – Falei enquanto andava em direção a porta, logo atrás de Yun.

- Logo! Só preciso verificar algumas coisas, mas fora isso está praticamente contratada! – Abriu um sorriso largo para mim.

A casa estava gelada, ao tirar os meus tênis confortáveis e pisar no chão nada aconchegante, estremeci de frio.

- Acho que não vou tomar banho hoje! – Corri, me queixando do chão congelante em meus pés quentinhos.

- Mas ainda são dez da manhã! – Olhou no relógio em seu pulso esquerdo – Vai ficar até amanhã sem tomar um banho?

- Sim! – Subi as escadas a procura de um agasalho ainda ouvindo o som de sua risada.

Procurei um dos poucos capotes que tinha dentro do guarda-roupa, vesti o primeiro que vi e fui para debaixo dos cobertores, tentando a todo custo me esquentar.

Peguei o livro que estava na cômoda ao lado da cama e continuei a ler de onde tinha parado.

“Aqueles pelo qual não aceitam seus poderes, estão rejeitando a si mesmos. ”

Aquela frase mexeu comigo, “Então os poderes fazem parte de um Denki! ”.

Li o livro até meu estomago implorar por algo comestível, com muita dificuldade saí da cama e desci as escadas procurando comida, mas a única coisa que encontrei foi uma Yun dormindo no sofá da sala.

- Como consegue dormir no meio da tarde? – Falei para mim mesma, tentando ao máximo abafar a voz.

Passei por ela e fui em direção a cozinha pois já era meio dia.

- Mas o que eu vou cozinhar?

Depois de muito tempo pensando no que cozinhar, preferi fazer o bom e velho macarrão instantâneo, que me alimentava sempre que eu não tinha nada para comer.

Coloquei a água no fogo e esperei ela chegar no ponto certo.

Fui pegar na alça da panela depois da água estar no ponto certo, e mesmo sendo a alça, estava muito quente e consequentemente me queimei, fazendo assim eu gritar de dor.

Sem explicação alguma o fogo aumentou, e cada vez mais ficou maior engolindo a panela com a chama, me afastei assustada até ouvir a voz de Yun, “Provavelmente deve ter acordado com as minhas gritarias! ”.

 - Lin? O que está acontecendo? – Soltou as palavras com certa preguiça, mas ainda assim preocupada.

Quando ela entrou na cozinha o fogo já havia abaixado consideravelmente, rapidamente desligou o fogão e olhou para mim com um olhar assustado.

- O que estava tentando fazer? Incendiar a casa? – Me olhou com ar de reprovação, mas quando me viu assustada e com um machucado na mão, veio na minha direção, tentando entender o que aconteceu.

- Eu só queria esquentar a água! Eu não fiz nada! O fogo só cresceu do nada! – Me expliquei rapidamente, ainda com olhos fixados na panela que agora estava totalmente escura.

- E esse machucado? – Olhou para minha mão que estava ficando vermelha.

- Isso? Foi porque eu peguei na alça da panela sem luva! Não achei que estava tão quente! – Falei um pouco envergonhada.

- Então você se machucou com a alça e o fogo cresceu?

- Basicamente! – Concordei.

- Quanto azar! – Sorriu bobamente – Venha vou colocar um pouco de soro, talvez isso ajude! – Saiu da cozinha andando com passos largos, e eu a segui ainda desconfiada olhando para trás.

“Isso foi assustador! ”, por um momento pensei que a cozinha iria ser incendiada, mas o fogo abaixou quando Yun chegou na cozinha.

Depois de colocar o soro na mão, eu me mantive afastada da cozinha, não só porque Yun me afastou de lá, mas porque mesmo que eu morresse de fome eu não entraria lá novamente.

 

 [...]

 

A noite chegou e meu sono também, mas o livro me mantinha acordada a cada frase que eu lia.

“Não existem poderes que são usados para o bem e usados para o mal, existem aqueles que não o usam de forma correta. ”.

Existiam folhas que estavam rasgadas, mas eu apenas as ignorei e continuei a ler mesmo que algumas coisas não fizessem sentido, por faltar algumas partes.

“O poder sobre a natureza é raro e só é dado para quem tem coração puro. ”

Todas aquelas frases, que o narrador citava entre os trechos da história fazia com que tudo ficasse mais interessante, como se ele quisesse enviar uma mensagem para quem quer que lesse.


Notas Finais


Iai? Gostaram?
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