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História Depois da Meia-noite - Lição número três


Escrita por: Lalazs e valkook

Notas do Autor


Minhas gentes, que Enem foi esse?
Essa proposta de redação foi mais difícil que perder a virgindade, mas acabou, então eu to aqui de volta hehe.
Nessas férias pretendo escrever e não ficar jogando Mystic Messenger o dia todo (desculpa, mas é muito bom, eu tinha que terminar a rota do Jumin, principalmente pegar aquele final ruim maravilhoso - que me deu várias ideias pra novas fanfics heheheh - tá, eu sei que nem tenho tempo pra postar essa direito).
Há, e pra quem gostar de um sope tem um pouquinho aqui, e pra quem não gostar... eles são só amigos ~lua
Chega de conversa, vamos pro capítulo...

Capítulo 4 - Lição número três


Fanfic / Fanfiction Depois da Meia-noite - Lição número três

[...]

Sexta-feira havia chegado, e apesar de eu estar com as palavras que Jungkook havia me dito da última vez em mente, não as exteriorizei, dessa forma o ensaio passou normalmente — não pude deixar de admitir que esse fato me decepcionou.

Eu estava esperando que ele se lembrasse, talvez me desse mais atenção que o usual, porém era difícil cobrar isso do garoto visto que eu sabia do esforço necessário para aquela coreografia: era através dali que ele obtinha sustento, eu não podia o exigir atenção.

Houve uma única coisa diferente até ali: Jeon comprara uma moto, havia até me oferecido uma carona de volta para casa, mas eu me senti moralmente responsável a recusar — não queria que ele tivesse o trabalho — mesmo assim Jungkook insistiu em esperar comigo que o meu táxi chegasse, e apesar de saber que o mesmo demoraria, não refutei a presença do garoto, eu não tinha capacidade de o fazer. Soava notoriamente egoísta, eu sabia, mas não queria o deixar ir, eu o queria perto de mim, e pelo maior tempo possível.

— Você não me incomoda, pode tirar essa ideia da cabeça — Jeon disse ao meu lado depois de ouvir meu comentário sobre o motivo pelo qual eu havia refutado a carona, estávamos na parte de fora do estabelecimento. – Afinal, hoje eu não te ensinei nenhuma lição, certo?

— Não, mas... agora, estou quase indo embora, não acho que você vai ter a oportunidade.

Ele pareceu rir da minha ingenuidade. O direcionei o olhar, curiosa.

— Na verdade eu já tenho algo preparado — ele disse em um sussurro, enquanto encarava o céu. Não o respondi, esperei que prosseguisse. — Tem algo que você quer me dizer, não tem?!

Ele havia me pego de surpresa. Virei novamente para a frente e me senti perdida, os pensamentos de antes me angustiavam enquanto eu refletia sobre a sua pergunta, apesar de eu não pretender respondê-la. O que eu queria o dizer? O queria dizer que precisava de atenção?

Por alguns instantes interroguei o garoto ao meu lado, não esperava que ele tivesse reparado em mim, parecia tão preocupado com o ensaio e agora me perguntava isso.

— __, quando quiser me dizer algo me diga. A sua lição número três é essa: não tenha medo. — Jungkook pausou. Provavelmente esperava que eu o dissesse algo, mas não o fiz. — Me prove que está aprendendo bem.

A sua voz começava a se transformar. E era suave o bastante para me fazer perceber que havia algo errado.

– Eu só... – pensei alto, não podia tardar minha resposta por mais tempo. – O oppa disse que gosta de mim, mas hoje quase não falou comigo... – falei baixinho. – Você gosta de mim de verdade?

Ele não respondeu, continuava olhando para cima, parecia pensativo e hesitante. Sua demora me entristeceu, e pela que fosse a primeira vez eu me sentia distante dele, mesmo que o garoto estivesse ao meu lado. Eu queria poder sair dali e me esconder, então ante a menção que o fiz de ir-me, acabou falando.

— É difícil saber quando você gosta de alguém de verdade — ele refletiu. Esperei mais alguma explicação, em vão. Ao mesmo tempo que eu tentava compreender o que ele dizia, senti que não era só aquilo que tinha para me dizer. 

Alguns minutos se passaram e então eu pude sentir as lágrimas que insistiam em embaçar a minha visão, me senti previsível. Talvez eu fosse apenas sensível demais, afinal, isso não deveria me abalar tanto. Eu que até uns dias atrás sequer sabia que Jungkook sentia algo por mim.

Tentei pensar em outras situações, abraçar mais fortemente a minha bolsa, ou qualquer outra coisa que impedisse minhas lágrimas de caírem, mas elas eram tão insistentes e o meu orgulho tão frágil que não demorei me ver saindo dali sustentada por uma desculpa qualquer.

— Eu acho que esqueci a minha carteira lá dentro.

Meus pés doíam e a minha cabeça pesava, eu torcia para que fosse apenas durante o calor do momento, e então aquilo passaria.

Entrei correndo na sala de ensaio — que não parecia a mesma agora, tão vazia — e então permiti que as lágrimas corressem livres pelo meu rosto.

Durante aquele tempo sozinha, tentei me recompor. Limpei meu rosto, inspirei e respirei profundamente três vezes. "É inútil chorar" insistia em pensar.

Meu tempo sozinha foi interrompido por um barulho na porta. Em um primeiro momento achei que fosse Jeon, então abaixei o olhar, para que ele não visse o meu rosto, mas esse pensamento mudou completamente quando ouvi o barulho de um gemido baixo. Levantei a cabeça e solucei com o susto: Yoongi e Hoseok, pararam de se beijar se viraram para mim.

— __?! Não tinha ido 'pra casa? — Hoseok disse, parecia confuso, já Yoongi levava consigo um sorriso malicioso, me surpreendendo ao aparentar gostar de toda aquela confusão.

— Não... eu estou indo agora, eu juro que não vi nada. — Me defendi, andando rapidamente até a porta. Estava um pouco surpresa, mas fora o bastante para fazer as lágrimas de antes pararem de cair; eu poderia voltar para fora agora e esperar o táxi ao lado de Jungkook, e, quem sabe, fingir que nada havia acontecido.

Quando fiz menção para sair senti meu braço sendo puxado para dentro, era Yoongi, olhei em seus olhos e pedi que prosseguisse.

— Você não quer ficar um pouco mais com a gente? — Ele falou. Não respondi, estava tentando entender o porquê daquilo e não cheguei a conclusão alguma. Hoseok sorriu meio a minha confusão. — Sabe, amigos se divertem juntos as vezes... — ele completou.

— Se divertem?! — Repeti. Ele já havia soltado meu braço, mas não sai dali, talvez ele estivesse tentando me explicar aquela situação, para que eu não entendesse mal. — Você e Hoseok oppa não namoram, então?

— Somos amigos. — Ouvi a voz de Hoseok.

— Nunca passou pela sua cabeça se divertir com seus amigos? — Yoongi perguntou, parecia ainda achar graça da situação.

— Não desse jeito, eu acho — respondi.

— E o que acha da ideia? — O sorriso do garoto a minha frente ficou ainda maior.

— Eu... não sei... — me perguntava mentalmente onde ele estava querendo chegar, isso até que senti as mãos de Hoseok afagando minha bochecha e vi o sorriso convidativo do mesmo, este que parecia me chamar cada vez para mais perto. Quando percebi os seus lábios já haviam ido de encontro aos meus, suave e lentamente.

Pensei em me afastar, mas não achei desculpas para tal, no final os dois garotos sempre haviam me chamado a atenção — mesmo que por só um momento —, e principalmente naquele instante, o cheiro da loção de Hoseok me chamava a atenção como nunca. Me lembrei de Jungkook, isso por um breve segundo, eu não devia nada a ele, este também já deveria ter ido embora depois de ter me dito aquilo. Não havia problemas, afinal, de acordo com Yoongi amigos se divertem as vezes.

Minhas pálpebras pesaram, me rendi a ele, finalmente.

Yoongi interrompeu nosso beijo, me puxando pelo braço e me colocando contra a parede. Suspirei com a dor, sentindo os lábios de Yoongi agora tomarem o lugar que antes estavam os de Hoseok, este que não hesitou em começar a depositar mais beijos no meu pescoço.

Por algum tempo consegui ouvir apenas o som dos estalos do beijo e de Hoseok que maltratava minha pele, assim como alguns gemidos baixos e suaves dos dois garotos.

A dor dos chupões no meu pescoço era também um fator quase que determinante para toda a excitação que eu sentia. Parecia errado sentir dor em um momento assim, o que me aprazia, principalmente quando Yoongi contribui puxando meu lábio inferior entre os dentes, para depois soltar e voltar a me guiar em um beijo cada vez mais violento.

Quando abri os olhos Yoongi se afastado um pouco, nossa respiração estava pesada — era possível escutar por toda a sala — e eu sentia meu corpo relaxado pela primeira vez em algum tempo, até que ouvi meu nome sendo chamado.

— __, o seu táxi chegou. — Era a voz de Jungkook, vinda da porta em um tom de raiva e sarcasmo. — O que vocês estavam fazendo?

Ergui os olhos e contemplei-lhe o rosto, seu semblante era severo e inflexível – me lembrei da época em que eu era uma criança e meu pai me olhava dessa forma após fazer alguma travessura. Encolhi os ombros.

— Nós... nada?! — Respondi, visto que nenhum dos outros meninos o faria. Tentei parecer convincente, provavelmente não obtive êxito. Jeon entrou na sala e pegou em meu pulso, me puxando para fora do lugar. Não o contestei, tinha medo de piorar as coisas.

Ele me levou até onde estava a sua moto, sentou e me pediu que eu fizesse o mesmo.

— Mas o meu táxi chegou, acho melhor eu...

— Como posso ter certeza que você não vai beijar o taxista também? — Jeon disse, ainda com raiva. Bati o pé no chão, estava começando a me irritar também.

— E se eu quiser beijar eu beijo, você não é meu dono, Jungkook. 

— Acho que eu não me fiz claro aquele dia: minhas lições, minhas regras. Droga, __, sobe na moto.

— E se eu não quiser mais suas lições?

— Pode ir embora agora, seu táxi está ali na frente.

Mesmo com raiva resolvi o obedecer, parecia inútil lutar contra ele naquele estado.

 

[...]

 

— Você tem que virar à esquerda agora — falei o indicando o caminho da minha casa, em tom cuidadoso, visto que ele ainda parecia bravo.

— Não estou indo 'pra sua casa — Jungkook respondeu, indiferente. — Vamos 'pro meu apartamento.

— O quê? — Arregalei os olhos, totalmente surpresa.

— Eu vou ficar de olho em você, nem que por só essa noite.

— Eu... — pensei em alguma desculpa para sair daquela situação, mas não cheguei a nenhuma, afinal, eu morava sozinha, não deveria satisfações a ninguém, não tinha compromissos também. Mas ainda me incomodava o fato de que estar sozinha com um garoto em sua casa era uma das coisas que minha mãe me aconselhara a não fazer, principalmente, pressuponho, se ele estiver estressado.

Jeon se virou para mim, pedindo que eu saísse da moto, quando chegamos no estacionamento do prédio onde ele morava. Realmente era perto, me permiti perceber.

— Eu sei porque está me olhando assim, você sabe o número da polícia, se eu fizer algo que não queira pode ligar. — Ele disse enquanto colocava a moto em seu lugar, sem olhar em meus olhos. — Eu me importo com você mais do que imagina. — Escutei cuidadosamente sua última afirmação.

— Pensei que você ainda não estava certo sobre isso — comentei, sem medo de o desafiar, me lembrando do que ele havia me dito antes: "é difícil saber quando você gosta de alguém de verdade".

— Ver você com os meninos me fez ter toda a certeza — Jungkook disse em um sussurro que eu quase não pude ouvir. Fiquei feliz após aquelas palavras, provavelmente ele se sentia feliz em dizê-las também.

Não demorou muito para que Jeon voltasse a puxar meu pulso em direção às escadas.

 

[...]

 

– Agora vai dormir. – Jungkook me deixou no quarto sozinha, após ter me preparado uma refeição e me ter permitido escovar os dentes com uma escova nova que ele tinha ali.

Eu não poderia tomar banho, ele se desculpou por isso — eu não tinha roupas — mas respondi que não havia problemas, não me arrependia de ter aceitado dormir ali, principalmente quando estava deitada na cama dele, que tinha seu cheiro viciante.

Esperei que ele deitasse ao meu lado na cama de casal, mas o garoto apenas foi embora, levando alguns de seus travesseiros.

— Onde o oppa vai? — Perguntei, antes que ele tivesse saído do quarto.

— Dormir.

— Na sala?

Ele não respondeu, apenas continuou seu caminho em direção a porta.

— Jungkook oppa, eu não quero atrapalhar sua rotina, seria melhor se eu dormisse na sala e... – O atropelei com as palavras. Sentia que ele já havia feito muito por mim, não o queria tirar da própria cama. Quando me dei por mim Jeon já havia feito o caminho de volta para onde eu estava, havia colocado os travesseiros que levava ao meu lado e se sentado em cima do meu quadril, prendendo as minhas duas mãos em cima da minha cabeça, enquanto distribuía seu peso entre as suas pernas de forma a não me esmagar, ele estava de coluna ereta, então nós ainda estávamos separados por uma certa distância. Mesmo assim me surpreendi com tamanha rapidez.

– Quando você vai parar de contestar o que eu te mando fazer? – Ele falou, em um tom firme. Eu nunca havia visto aquele lado do garoto, parecia totalmente fora de si, a partir daquele dia "deixar Jungkook com raiva" definitivamente estava na minha lista de coisas a não fazer.

O olhar de Jeon desceu lentamente dos meus olhos para a minha boca e depois para o meu pescoço – era um olhar totalmente concentrado, que mesmo que eu não quisesse admitir, me tirou o fôlego.

– Droga, __. O que Hoseok fez no seu pescoço?


Notas Finais


Minhas pessoas, tenho que aproveitar aqui pra agradecer vcs (gente do meu S2) por gastarem um tempinho de suas vidas lendo isso, agradecer pelos favoritos e pela consideração (ain, vou chorar)... Agora vou ali estudar que eu tenho sete provas depois de amanhã :')
Que Deus Yoongi esteja com vcs <3 <3 <3


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