História Depois da primeira noite - Capítulo único

Eu não sei se esperava por isso... Mas devo admitir que estou feliz. Estou feliz por tê-la ao meu lado.

Lembro de todas as vezes em que ela me abraçou ou se aproximou de nível constrangedor de mim logo que viramos um time. 

De início, eu não gostava. Eu não estava acostumado com aquilo, eu tinha esquecido o que era ser importante para alguém. Mas depois, eu passei a guardar o toque dela, mesmo que eu não entendesse o que eu sentia. 

Como sei disso? Bom... Quando ela não me abraçava, na primeira oportunidade, depois de uma missão ou logo no começo do dia, eu sentia falta. Sentia que ela tinha passado a me ignorar, porém me tranquilizava um pouco quando descobria que era só algo ruim no dia dela. Mas,logo , eu tentava ajudar como pudesse a resolver tal problema ou anima-la.

Sei que muitas vezes agia... Ajo de forma grosseira, mas é por não saber lidar com essa demonstrações de afeto.

Eu realmente gosto de saber como ela se sente e gosto do carinho, mas não sei como agir...

 Não me sinto bem agindo assim com ela, mas acho que ela já aceitou há muito tempo que sou assim.

Mas se é para lembrar do passado, é impossível não lembrar do mal que fiz a ela. E não me importa que ela já tenha perdoado (sou grato por isso), eu não consigo me perdoar por tudo que fiz ela passar. Ela não merecia. Nunca mereceu... 

Lembro que, na primeira vez em que fui embora, senti uma vontade enorme de traze-la comigo, ainda mais depois daquela declaração que fez meu coração disparar tanto quanto a tensão de uma luta perigosa. Aquela declaração que fez meu pés congelarem e meus lábios tremerem. Mas como eu protegeria a mim e a ela do Orochimaru? Eu não podia a expor de tal forma. Não importa o quanto eu a quisesse do meu lado, deixar ela ir comigo naquele lugar maldito era o mesmo que por minha família em perigo. Eu não podia perder mais ninguém que eu amava...

Então tudo que consegui dizer a ela foi: "Sakura, obrigado." Eu não tinha estruturas para dizer algo a mais, e se dissesse, causaria apenas uma falsa esperança nela. Então a golpeei e, com delicadeza, a coloquei naquele banco. Queria ter levado ela para casa, para que não pegasse um resfriado, mas eu tinha um horário a cumprir. 

Quando a deitei no banco, me abaixei ao seu lado e lembro de ter acariciado suas bochechas com meu dedo indicador. Também lembro de passar o dedo pela ponta do seu nariz que estava gelado, entregando-a a brisa daquela noite. Seu cabelo já estava começando a crescer desde o exame chunnin, mas tinha o mesmo cheiro bom e maciez de sempre, com aquele mesmo tom que se destacava por qualquer lugar. Eu já a amava romanticamente. Apenas não sabia...

Depois que fui embora, tivemos muitos encontros, não muito legais, que não gosto de recordar e queria anular de nossa história, mas o meu Rinnegan não me permite apagar o passado.

Um momento que eu nunca vou esquecer, é de quando ela ajudou a me salvar, na guerra, do quanto ela se esforçou, mas não só por mim, ela sabia que a humanidade precisava daquilo e seus esforços valeram a pena. 

Ainda consigo escutar sua voz gritando "Sasuke-kun!" e então eu a avistei com Obito e corri o mais rápido que pude para alcançá-los. Quando consegui, fui rápido o suficiente para ver o cansaço tomar o seu corpo, e eu a deixei se recostar em meu peito. O jeito que nossos olhares se cruzaram naquele momento... Não posso descrever o que senti, mas foi a primeira vez que achei seus olhos mais bonitos que o normal. Seu brilho estava diferente, pareciam mais verdes, era como se ela estivesse dizendo algo através de seu olhar...

Não pude evitar ficar perto dela. Eu realmente a queria.

Na segunda vez em que fui embora de Konoha, fui para minha redenção. Queria aprender com os meus erros, e mais ainda, ser um homem completamente são para ela. Eu não podia ficar com ela tendo todas as minha confusões. Eu queria ser alguém que ela poderia se sentir tranquila ao lado. Então, usei o gesto de amor mais presente em minha vida, que foi me ensinado por Itachi, o toque na testa. Não importa quantas vezes tivéssemos nos abraçado ou nos tocado. Aquele foi o meu primeiro "eu te amo" para ela, seguido de um "obrigado".

Estando aqui, agora, com ela, tenho certeza que ela é a mulher da minha vida.

Apesar de já sermos adultos, sua bochechas continuam macias, e a pontinha do seu nariz continua minimamente gelada. Seus olhos adormecidos me lembram os daquela noite, mas, hoje, ela não chorou. Hoje eu disse a ela que também a amava. Hoje eu a vi com uma nova expressão. Suas bochechas estavam coradas como nunca, seus olhos pareciam lacrimejar um pouco (mas não era choro, era como se ela quisesse mais), sua respiração ofegante, os sorrisos sinceros que ela deixa escapar, seus cabelos caídos pelo seu rosto e seu corpo lindo estavam completamente visíveis para mim. Foi sensacional! Eu nunca havia a visto de tal forma, e me sinto sortudo por poder conhecê-la completamente.

Tê-la tão perto é bom. Posso sentir seu cheiro, escutar a m delicadeza da sua respiração e poder admirar sua beleza enquanto dorme... 

Depois da primeira noite, me tranquiliza saber que, fazendo essas coisas, não estou invadindo a privacidade dela, pois Sakura, agora, é minha esposa.

- Hum... Sasuke-kun? - Ela acordou. - Tudo bem? Aconteceu algo?

Eu amo seus olhos.

- Eu só estava pensando. - respondi.

- Em quê? 

Não importa quanto tempo passe, sua curiosidade não muda.

Dei um toque na testa dela.

- Deixe isso para outra hora. - Ela fracamente cerrou os olhos para mim. E... me abraçou? Me abraçou. Prendeu minha cabeça em baixo do seu queixo e passou sua perna pelo meu quadril.

Eu poderia ficar aqui para sempre... - Sakura. - Olhei para ela. Eu não consigo nos imaginar no futuro. Eu a quero agora. Eu quero passar todos os momentos da minha vida com ela. Eu queria poder senti-la a todo tempo. Quero aproveitar as surpresas que vierem. Não quero algo planejado. Não quero meu Sharingan para saber o que vai acontecer com nós. Eu quero ser surpreendido. Quero sorrir em momentos inesperados. Quero beija-la quando ela menos esperar e quero estar com ela até o último momento da minha vida. - Obrigado.

Seu sorriso gentil sempre me deixa extasiado. É diferente do de qualquer outra pessoa.

- Eu te amo, Sasuke-kun. - E, agora, é diferente escuta-la falar isso. Eu me sinto mais tranquilo. Acho que por estarmos juntos a sensação é diferente. Antes eu sentia que não podia dizer o que sentia por ela, mas agora eu posso.

- Eu também, Sakura. - Me aconcheguei mais ainda em seu abraço. Ele é bom. Não permite que eu me sinta sozinho. Sinto como se tudo o que ela sente por mim esteja sendo demonstrado dessa forma... - Eu também te amo.

É egoísmo querê-la só para mim?