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História Depois da Tempestade - 2. Dor, Culpa e Perdição


Escrita por: mwtski

Notas do Autor


Bem, peço desculpas pela demora na atualização da fanfic, é meu 1º ano no Ensino Médio e eu ainda estou me adaptando a essa mudança. Mas uma boa notícia, nesse meio tempo que fiquei sem postar nada eu terminei de escrever essa fanfic e portanto, estarei a atualizando com mais frequência, mas por hora, estarei apenas repostando esse capítulo.

Capítulo 3 - 2. Dor, Culpa e Perdição


Finn

 

Quando cheguei até a casa dos meus tios e os contei tudo que eu estava passando nas mãos de meu Pai, eles pareceram não acreditar, porém, quando levantei minha camiseta e os mostrei as marcas, as cicatrizes e os hematomas a história pareceu mudar. Minha tia teve de segurar em qualquer objeto que ela visse pela frente só para não cair, mas já o meu tio, de calmo ele se tornou pasmo. Sua face antes rosa e lívida se tornara pálida, ele se aproximara de mim e me abraçara, Patrick e eu nunca fomos íntimos, mas nesse momento as coisas pareceram mudar. Após se recuperar do “choque”, minha tia seguiu o exemplo e se juntou a meu tio no abraço.

Quando nos separamos, meu Tio pegou minha mochila e a levou para o quarto de hóspedes. Eu o segui, o silêncio entre nós era um pouco incomodo, mas ele não durou muito tempo para ser sincero. Minha tia foi até a sala, talvez, ela precisasse processar isso melhor do que eu...

- Bem, não tem jeito de você voltar para casa, no mínimo, não depois do que aconteceu e fora isso, Suzana e eu nunca permitiremos que você volte para a casa do homem que quase te estuprou.

As memórias retornaram em minha mente. Me segurei ao máximo para não chorar.

- Mesmo que aquele idiota tenha feito isso ele ainda é meu... – Tentei argumentar, mas fui rapidamente cortado por Patrick.

- Juro que se terminar essa frase, eu jogo você em uma cova de leões garoto. – Disse Patrick, fechando a mão.

Suspirei, afinal, meu Tio tinha razão. Era insano querer voltar para a mesma casa que ele...

- Bem, sua tia e eu concordamos e nós gostaríamos que você morasse conosco.

- Isto é sério? – Eu o olhei.

- Pareço estar brincando?

- Tio, eu.... Tudo bem, eu fico.

- Ótimo, pois sua tia e eu iremos comprar a mobília para este quarto amanhã, você vem conosco. Separei uma toalha e um roupão para você, eles eram do André, mas já faz um longo tempo.... Espero que não tenha problema com isso.

- Obrigado, mas não precisam se esforçar tanto assim.

- Como não? – Disse ele indo até a porta? – Você é da família, é quase como nosso filho. Boa Noite, Finn.

- Boa Noite, tio.

Patrick fechou a porta me deixando sozinho no quarto. Aproveitei e me despi para logo tomar um banho demorado, eu me sentia impuro, de todas as coisas que me aconteceram, ir para o reformatório três vezes, ser abandonado pela própria mãe, e agora, isto...

Realmente, se os humanos nasceram por uma razão, a razão deve ser sofrer, porque a gente se convence de que as coisas vão melhorar, mas no fim, só pioram.

Após ter me secado e vestido uma roupa qualquer, eu me deitei. Tentando pegar no sono a qualquer custo, mas isto era falho.

 

Aquela cena, aquela maldita cena não saia da minha cabeça. Sempre que eu tentava esquecer o que aconteceu aquilo se repetia em flashes em minha mente.

“ - Abre a porra da sua boca.

Continuei a me rebelar contra ele, que estava perdendo sua paciência comigo.

- ABRE LOGO CARALHO.

Ele suspirou e me encarou.

- Já que não abriu por bem, abrirá por mal então. ”

 

Eu não conseguia dormir, toda vez que eu fechava os olhos eu via meu Pai, jogado na cama e eu o chutando.

“ - Garoto.... Você precisa parar de...

Eu o chutei bem no meio das bolas. Ele se encolheu de dor. Continuei o chutando, mas distribuindo meus golpes por sua barriga e costelas, diferente de mim, ele desmaiou de dor. Mas antes que ele o fizesse, me aproximei dele e segurei seu rosto.

- Encoste em mim novamente e você será aquele que vai desejar nunca ter nascido. Seu pedófilo de merda. ”

 

Mesmo que aquele filho da puta tenha merecido, ele ainda era meu Pai...

Mesmo que o que eu tenha feito fosse em legítima defesa e aquele filho da puta tivesse merecido, ele ainda era meu pai...

E eu nunca vou me perdoar pelo que eu fiz...

 

 

Taylor

 

Acordei com o tom de voz psicopata de meu tio em frente à minha porta. Eu teria me encolhido diante ao medo, mas meu corpo estava tão fraco, nem isso eu conseguia fazer. A última vez que ele se dirigira a mim com esse tom de voz, eu fui levado às pressas para o hospital local. Não por escolha dele, mas graças ao vizinho que ouvira meus gritos e invadira a casa, ele e meu tio tiveram uma briga feia e era engraçado pensar que eles brigaram por minha causa. Meu tio recebera uma queixa e uma multa de 500 dólares, quando eu melhorei e retornei para casa, ele me fez pagar caro por aquilo...

- TAYLOR REIGN!  SE NÃO ABRIR ESSA PORTA, JURO QUE VOCÊ VAI SE ARREPENDER DE TER NASCIDO.

Eu já ouvira aquela frase antes, e várias e várias vezes. Ignorando a minha fraqueza, preguiçosamente me levantei e segui até a porta, quando a abri, fui jogado no chão de maneira violenta. Quando meu corpo se chocou contra o chão, tudo o que consegui ouvir foi um “crac” antes de começar a berrar feito um louco. Meu tio em uma tentativa frustrada de me calar, colocou a mão em frente à minha boca para abafar meus gritos.

Eu o mordi.

Nesse momento, ele me desferiu um tapa tão forte que mais uma vez aquele gosto familiar invadira minha boca, e com ele, vieram as lágrimas que desceram sem pudor algum pelo meu rosto. Depois disso, minha visão se tornou turva e minha dor pareceu cessar por alguns instantes.

Minha audição parecia ter ido embora, referente ao silêncio que emanava no ambiente. E eu desmaiei...



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