História Depois de você - Capitulo 2

Fiquei mais ou menos meia hora esperando meu pai termina de falar com a Vitória, ela parecia ser uma mulher gentil, e boa, se ela for realmente a mãe do Harry vou ficar muito surpresa, como um menino como aquele pode ter uma mãe maravilhosa assim, porém só pode ter algum engano da minha cabeça achando que ela é mãe dele. Até pude pensar na ideia de meu pai esta tendo um caso com ela, afinal não teria nada demais, ele tem que viver a vida dele, casar novamente ou quem sabe poder ter filhos, meu pai e um ótimo homem merece uma segunda change de recomeçar a sua vida, claro se a Vitória não for uma mulher casada, acho que meu pai seria incapaz de ter alguma relação íntima com uma mulher casada ele não teria essa coragem.

Quando ouvi os saltos dela batendo contra o piso, olhei em direção a porta de madeira desenhada se abrindo, logo ela e o meu pai saiu ambos com um sorriso no rosto, olhei para ela é sorri, Vitória passou as mãos pelo seu cabelo cacheado e venho em minha direção com um belo sorriso, tentei abrir um sorriso para a mulher elegante que vinha até mim, mas não consegui abrir um sorriso, eu estava parada.

- Foi um prazer conhecer você Elena, espero que você vá na festa de negócios minha e do seu pai. - Vitória apertou minha mão e deu um sorriso para mim. - Meu filho vai adorar conhecer-la, acho que você já deve ter ouvido falar nele. - Ela revirou os olhos quando disse a ultima frase, eu sorri para ela. - Até mais.

Meu pai sorriu para mim e levou a mulher até a saída da nossa casa. Eu continuei no sofá tirei meus sapatos e fiquei pensando na tal festa de negócios, eu sabia que tinha que ir porque seria importante para o meu pai se eu fosse, mesmo odiando festas principalmente de negócios as pessoas fingem ser felizes, e são falsas umas com as outras, minha mãe também odiava eu lembro disso, meu pai apenas dava risada do jeito como ela agia e incentivava a ir, mesmo quando eles brigavam eles faziam tudo parecer mais fácil. Por um momento eu me perguntei como os dois se conheceram, eu nunca soube da história, também nunca perguntei como isso aconteceu a única coisa que eu sei é que os pais da minha mãe odiava meu pai por achar ele ''moleque demais para ela'', mesmo tentando imaginar meu pai sendo um adolescente totalmente imaturo fazendo de tudo para ficar com a minha mãe, eu não consigo meu pai sempre pareceu ser tão sério.

Quando olho para o lado vejo meu pai entrando na sala, e colocando as chaves de casa em cima da mesa de vidro. Olho para ele e de sou um sorriso.

- Pai como você a a mamãe se conheceram? - Setei-me no sofá.

Ele deu um sorriso de lado e se sentou do meu lado. Eu não sabia como ele iria reagir a minha pergunta, mas foi bem melhor do que eu imaginei, eu esperava que ele iria acabar ficando sem jeito ou não iria querer tocar no assunto, porque eu sei que papai ainda sofre muito com a morte da minha mãe, eu também sofro tanto quanto ele, e difícil não ter uma figura materna do meu lado, para conversar, mesmo amando meu pai eu queria ter ela do meu lado.

- Eu estava no ensino médio, no meu ultimo ano. - Ele abriu um sorriso assim que se lembrou do momento. 

Cheguei mais perto dele, eu queria ouvir a história detalhe por detalhe, eu sabia que eles tiveram uma bela história de amor, mas com o final péssimo, mas não deixava de ser bonita, eu só queria saber tudo.

- Ela era uma das alunas mais inteligentes da sala, e claro a mais bela. - Ele passou as mãos pelo o cabelo. - Eu só tinha olhos para ela, mas sabia que jamais ela iria querer alguma coisa comigo, eu era um vagabundo sem jeito, e a sua mãe tinha tudo para ser uma mulher bem sucedida e uma carreira brilhante pela frente. Mas sempre que eu me aproximava dela, ela se afastava ainda mais, mas como um bom homem fui atrás dela até eu conseguir conquista-la, fiz de tudo até o impossível, foi então que eu conseguir te-la.

Papai parecia navegar nos seus olhos e nas suas lembranças, mas antigas, o jeito como seus olhos brilhava ao falar da minha mãe me fazia sorrir, o que eu não tenho dúvida e o amor dele por ela, mesmo depois da sua morte, eu sei que mesmo casando novamente e tento outra vida ele jamais vai esquece-la.

- Ficamos namorando até o terminamos a escola, quando ela entrou na faculdade, venho a noticia que ela estava gravida, eu sabia que os pais da sua mãe iria me matar principalmente o seu avô, ele me odiava, mais que qualquer outra pessoa no mundo. - Ele da risada ao lembrar. - Quando ela contou o seu vô pegou uma faca e colocou no meu pescoço e disse: - Você vai se casar com a Caroline por bem ou por mal, seu maldito.

Nesse momento nós dois demos risada, ele sabia imitar meu vô como ninguém, eu sabia que os dois foram obrigados a se casar, mas não sabia como tinha sido, agora ele da risada, mas tenho certeza que na época não foi  bem assim, até hoje meu pai tem medo do meu vô, minha avó e uma mulher doce não consigo imagina-la fazendo mal para ninguém.

- Então nós casamos, ela tinha dezoito e eu vinte anos, não tinha nem se quer passado na frente de uma faculdade, mas por sua causa tive que entrar em uma, eu me lembro de quando você nasceu eu tinha que passar noites em claros segurando você para sua mãe tentar passar nas provas finais, e eu me lembro que tinha me dado muito mal nos primeiros semestres da faculdade por isso, era tudo novo para mim, mas no final deu tudo certo ou pelo menos pareceu da certo. - Em questão de segundos os olhos do meu pai encheram de lágrimas.

Eu o abracei, não queria ver ele chorar novamente pela a minha mãe, eu estou começando a me arrepender por ter perguntando isso para o meu pai, e além dele ficar triste eu acabei ficando também, mas essa não era a minha intenção de nenhuma maneira, só queria saber mais sobre ele apenas isso.

- Tudo bem. - Meu pai disse suspirando.

Eu sabia que ele não estava bem, e eu também acabei ficando mal por isso também.

Subi para o meu quatro, e tirei a minha roupa de escola, não tinha tirado desde da hora que eu cheguei da escola. Entrei no chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo o meu corpo nu, passei shampoo e depois o creme no meu cabelo, não fiquei muito já estava cansada e precisava fazer a minha lição de casa. Sai do banheiro e penteei meus cabelos e deixei eles soltos para secar, coloquei o meu ''pijama'', que era uma blusa que batia em minhas coxas e um short que eram bem curto, eu não sei como tem meninas que andam com esse tipo de shorts na rua, como se fosse uma roupa normal, mal consigo ficar com ele no meu quatro.

Liguei o notebook e pesquisei algumas coisas sobre o meu trabalho de bilogia. Depois de mais ou menos uma hora mexendo no computador desliguei, eu sabia uma hora ou outra teria que dormir, e enfrentar esses pesadelos horríveis, eu tinha que me acostumar com isso.