Já era de manhã; Gambit tinha acabado de tomar banho e estava se preparando para sair quando ouviu alguém bater três vezes na porta da ala hospitalar.
Gambit:- Quem é? - Perguntou vestindo a camisa.
Logan:- É o Logan!
Gambit disse um palavrão baixo e abriu a porta. Logan entrou e fechou a porta sem pressa.
Gambit:- O que deseja, mon amy?
Logan: - Espero que tenha se divertido. – Disse ele com ironia, sem tirar os olhos do Gambit.
Gambit:- Vous nem imagina o quanto. – Respondeu ele, com o mesmo tom irônico. – Porque, o que quer dizer com isso?
Logan:- Porque essa foi a última noite que dormiu aqui.
Gambit:- Ótimo! – Disse ele com deboche. – Vai me transferir para um quarto?
Logan deu uma tapa violenta na mesa ao lado e disse com fúria:
Logan:- Olha aqui, eu não estou de brincadeira. Você sabe muito bem o que eu quero dizer.
Gambit:- Ok! – Ele falou alto e irritado. – Eu vou embora, non se preocupe.
Logan:- Você não presta assim como o resto daquela corja do Magneto.
Gambit:- Vous non está me julgando pelo que sou, mas sim pelo que Magneto representa.
Logan fez uma pausa, medindo as palavras. Aproximando-se da porta para sair, ele disse:
Logan:- Não é isso. Acontece que você já deu muitas provas do tipo de pessoa que é.
Gambit:- bem... – Exclamou ele em ar derrotado, pondo-se de pé. – Non adianta discutir com vous. Vou me despedir do pessoal. – Ele passou por Logan e foi até a cozinha.
Gambit estava faminto e o cheiro convidativo que vinha da cozinha tornou sua fome maior do que tudo. Ele adentrou a cozinha e encontrou todos postos a mesa.
Gambit:- Bom jour!
Todos responderam, ele avistou sua Vampira de olhos baixos e depois de sorrir para ela, que o correspondeu corada Gambit se sentou a mesa.
Por uns segundos o olhar de Vampira pareceu distante: Provavelmente refletia sobre o que quase aconteceu na noite passada.
Logan entrou na cozinha, sobre saltado, olhou para Gambit que parecia ter esquecido de dizer a todos que estava partindo.
Logan:- Parece que você está melhor, não é Francês? – Perguntou Logan insinuante.
Gambit:- Ah, sim. Bem, pessoal, já abusei de mais da hospitalidade de vocês; acho que já está na hora de partir.
Vampira teve um leve sobre salto e ergueu imediatamente os olhos verdes para ele.
Vampira:- Você... você já vai?
Gambit:- Oui! ( Sim! ) Acho que sei reconhecer quando já estou abusando das coisas.
Tempestade;- Abusando...? – Ororo pareceu não compreende-lo.
Vampira parecia nervosa. Passou as mãos nos cabelos e agitou-se enquanto observava Gambit terminar seu café.
Tempestade:- Bem, lamentamos que não queira ficar, Gambit. – Disse Ororo, erguendo a mão em um gesto de adeus. – O instituto teria se alegrado com a sua permanência aqui para a equipe.
Gambit:- Agradeço pelo convite, mas... no momento non posso.
Jean:- Apesar das medidas mais rigorosas de segurança que o professor tomou, você será sempre bem vindo se quiser nos visitar.
Gambit:- Ah... bem... muito gentil da sua parte... agradeço o que vous e Fera fizeram por mim. – Gambit levantou-se da mesa e disse: - Adeus, enton. Vou arrumar minhas coisas. – Ele foi se retirando da cozinha.
Bobby:- Tchau. – Disse Bobby. – Vamos sentir sua falta.
Vampira ergueu-se da cadeira sem terminar seu café da manhã e passou por Bobby a correr.
Tempestade:- Vampira! Não vai terminar o café? – Gritou ela inutilmente. Vampira já estava a dobrar o corredor.
Gambit estava arrumando suas coisas quando ouviu alguém estrar e bater a porta. Ele virou-se e viu Vampira ofegante á porta da ala hospitalar.
Vampira:- Vai mesmo embora sem falar comigo?
Gambit:- Non, eu ia falar com vous. – Respondeu ele impaciente. – Eu non sou louco de ir sem me despedir de ma belle.
Vampira suspirou e tentou se acalmar antes de falar.
Vampira:- Acha... acha certo o que está fazendo comigo? – Sua voz embargara derepente.
Gambit:- Non fala assim, chere. Eu tenho que ir.
Gambit parecia está distante, Vampira sentia isso e encontrava apenas um motivo para aquela decisão repentina que ele tomara de uma hora para outra, e o Logan era o responsável.
Vampira:- Foi o Logan, não foi?
Gambit a encarou surpreso.
Gambit:- Non... non foi ele. Vous sabe que eu teria de ir embora daqui mais cedo ou mais tarde, nunca disse que ficaria.
Vampira:- É mentira. - Ela disse tristonha. – Eu vou falar com ele. – Ela saiu batendo a porta.
Gambit:- Non, chere! – Gambit saiu atrás dela.
Vampira chegou ao quarto de Logan e viu que ele estava se aprontando para sair.
Logan:- Não sabe bater na porta não, guria?
Vampira:- O professor não vai gostar de saber que você está expulsando o Gambit daqui.
Logan fitou a Vampira em silêncio.
Logan:- Estou apenas tentando te mostrar todos os lados.
Vampira:- VÁ PRO INFERNO... eu estou cansada disso! O Gambit só está tentando me ajudar, enquanto você só está atrapalhando. – Os olhos dela estavam carregados de lágrimas. Gambit chegou ao quarto e viu a discussão
Gambit:- Chere... deixa isso pra lá.
Logan:- O que você andou inventando pra ela, seu Francês infeliz?
Vampira:- Ele não disse nada, eu deduzir. O problema aqui é você, que não está nenhum pouco satisfeito com a minha aproximação do Gambit, você tem agido estranho, ainda mais estranho que o habitual.
Logan:- Eu me preocupo com você, será que você não entende isso? Eu desconfio que ele esteja armando algo.
Vampira:- E onde está a novidade nisso? Desconfiado você sempre foi.
Logan se enfurece com Vampira e, desta vez ele grita com ela.
Logan:- Olha aqui guria, eu não vou ser tratado como um garoto petulante. Ele não é de confiança e eu não vou deixar que você caia na lábia desse desgraçado.
Gambit:- Vous está com ciúmes da Vampira. O ódio que vous sente por mim e o ciúme que tem dela são enormes.
Logan:- Cala a merda da tua boca se não quiser que eu fatie o outro braço.
Gambit quis avançar, mas Vampira se pôs no meio dos dois.
Gambit:- Eu non tenho medo de vous. Isso é mais do que ciúmes. Logan est um niais ( Logan é um tolo )
Logan:- Porque não fala a minha língua? Porque não me xinga na minha língua para que eu entenda e possa fazer você engolir, seu otário!
Gambit o olha cheio de ódio, seus olhos rubros brilhavam de raiva.
Vampira:- Deixa pra lá, Gambit! Não tem porque comprar briga com ele, é um homem das cavernas. – Ela disse puxando Gambit pra fora do quarto.
Logan:- Ele não é capaz. É um borra botas, morre de medo de mim.
Gambit:- Isso non vai ficar assim, vous ainda vai me pagar. – Gambit e Vampira saíram andando pelo corredor, mas Logan ainda falou alto o bastante para que eles escutassem:
Logan:- Por garantia ficarei de olho nela. Se você tentar algo suspeito, estarei por perto para fatiá-lo.
Gambit:- Connard! ( Idiota )
Gambit abriu a porta da ala hospitalar com fúria, derrubou a cadeira com um chute e começou a pegar todas as coisas que lhe pertenciam e jogá-las numa mochila.
Fera, que estava na salinha dos fundos assustou-se com a raiva que Gambit estampava na face.
Fera;- Minha Santa Querupita, você quer um calmante Gambit?
Gambit:- Non! – Ele falou alterado. – O que quero é ir logo embora daqui.
Vampira adentrou a sala com uma cara entristecida.
Vampira:- Fera... será que você poderia nos deixar a sós?
Fera;- Claro, querida! – Fera se retirou fechando a porta.
Vampira se aproxima de Gambit meio trêmula e diz:
Vampira:- Gambit...
Gambit:- Fale chere, estou ouvindo.
Vampira:- Porque você não espera o professor chegar e fala com ele sobre...
Gambit:- O quê? – Ele para de colocar suas coisas na mochila para encará-la. – Acho que nós já conversamos sobre isso, chere.
Vampira se aproxima dele palpitante.
Vampira:- Não, não conversamos.
Gambit:- Vous sabe muito bem que non dá. – Ele disse alterado. – Se eu ficar mais um segundo eu e o Logan vamos acabar nos matando.
Vampira:- Se o professor disser que você fica, o Logan não poderá fazer nada. – Ela disse hesitante. – Você não fica porque você não quer. Você nem ao menos assume que existe algo entre nós. – Vampira se dá conta do que acabara de dizer e se retrai, corada. – Quer dizer... bem...
Gambit:- O que vous quer dizer com isso?
Vampira:- Eu não preciso explicar, você é inteligente e sabe muito bem o que eu quero dizer. – Ela vira-se de costas e encara a janela.
Gambit:- Vous quer que eu assuma que nós estamos namorando, é isso?
Vampira:- Faça como quiser.
Gambit permaneceu ali, olhando para ela, cada minuto parecia uma eternidade, e, a tensão entre ambos só aumentava.
Gambit:- Sei que estamos juntos a bastante tempo, chere... mas por enquanto vamos deixar assim.
Vampira:- Do que está falando? – Perguntou ela virando-se para encará-lo.
Gambit:- Quero dizer que... estamos sim namorando, só que eu non vou assumir isso agora, chere.
Vampira riu sem graça e virou-se novamente de olhos marejados.
Vampira:- pensei que já estivesse na hora da gente assumir isso.
Gambit:- Vous sabe muito bem que eu quero muito isso. Só que ainda é cedo de mais para assumirmos um namoro.
Vampira se virou para ele.
Vampira:- SEDO? – Ela gritou. Seus olhos estavam marejados. – É sedo para assumir nosso namoro, você acha? Mas não achou sedo para tentar fazer sexo comigo ontem, não é?
Gambit:- O QUÊ?! – Ele se perturbou. – Vous está dizendo que é apenas sexo que quero de vous, é isso?
Vampira:- Não é o que você quer? – Sua voz saiu embargada.
Gambit suspirou, passou a mão nos cabelos e procurou escolher bem as palavras.
Gambit:- Eu non vou discutir com vous. Esse assunto pra mim está encerrado.
Vampira respirou fundo e as lágrimas jorraram de seus olhos verdes.
Vampira:- Você é insensível e imaturo!
Gambit:- Eu non sou imaturo, chere. O que eu non posso é decidir o resto da nossa vida baseada em uma única decisão.
Vampira:- É fácil pra você falar assim... aliás é a minha felicidade que está em jogo, você não tem nada a perder com isso. – Ela quis se retirar, mas Gambit a puxou contra si pelo braço.
Gambit:- Sei muito bem o que está em jogo aqui. E é muito mais que isso. Eu gosto de vous ma belle, acredite.
Vampira:- Gostar é muito diferente de amar. Você não me ama, Gambit. – Ela largou-se dele e ficou encarando sua face com os olhos repletos de uma mágoa mau contida.
Gambit aproximou-se dela, puxando-a contra seu peito.
Gambit:- Non é nada disso. Eu já dei muitas provas do amor que eu sinto por vous, chere.
Vampira se afastou um pouco dos braços dele e perguntou:
Vampira:- Você... você fez mesmo a sua escolha?
Gambit assentiu, sustentando seu olhar e apertando-a contra seu corpo.
Gambit:- Eu vou fazê-la feliz, eu juro.
Ela sorriu de olhos marejados. Gambit a puxou para um beijo terno e apaixonado. Ela retribuiu passando os braços ao redor do pescoço dele e sorrindo antes de afastar o rosto, apenas o suficiente para encontrar seus olhos.
Vampira:- Vou sentir sua falta. – Ela acrescentou embargando a voz.
Ele tocou os lábios dela com os dedos e beijou-os em seguida dizendo:
Gambit:- Eu sou louco por vous, ma vier. ( Minha vida )
Vampira:- Eu também. – Ela comentou selando os lábios dele. Ela enlaçou seu pescoço com os braços puxando-o ainda mais contra si, as mãos de Gambit deslizaram para a cintura dela, enquanto ele correspondia ao beijo de despedida.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.