Vampira ficou paralisada com as últimas palavras que emergiram da boca de Bella Donna. Sentiu uma dor incômoda em seu peito e de repente lágrimas começaram a cair de seus olhos sem parar, ela tinha que deixá-lo? Tinha mesmo que abrir mão do homem que verdejou de esperanças seu presente tão opaco?
O seu celular começou a tocar, Vampira o pegou automaticamente e atendeu sem nem olhar quem era, era a Kitty.
Kitty:- Vampira, o que aconteceu? Você não vêm pro colégio?
Vampira, porém, não respondeu e desligou o celular.
Kitty:- Vampira?! – Kitty chamou e só então percebeu que ela tinha desligado sem lhe responder. – Ela desligou.
Vampira estava sem reação, quando conseguiu chegar perto de um banco da praça, ela sentou-se automaticamente e chorou, ela ficou um bom tempo na praça, sentada em um daqueles bancos que um dia, ela tinha certeza que já haviam acomodado outra garota com o coração partido.
Enquanto se permitia sofrer, ela foi surpreendida por uma mulher que era responsável por varrer a praça. Ela disse:
Mulher:- Menina, seja o que for que estiver sentindo, sinta. Lágrimas são sentimentos que saem do corpo. Ruins, bons. Nós somos pequenos demais, sabe? E as vezes não cabe tanta coisa aqui. Então despejamos um pouco em forma de lágrimas. Chore.
A mulher foi embora e Vampira continuou chorando e depois de chorar bastante sentiu que não havia mais forças para chorar. Ela limpou as lágrimas e se levantou, decidida a voltar pra casa.
O trânsito aquela hora na avenida larga estava tranquilo, parecia mais dia de domingo.
Quando Vampira pôs o pé para atravessar, não se importou em olhar o sinal de trânsito, e como não havia nenhum carro em movimento ela caminhou sem se preocupar. Deu alguns passos a frente, ela continuava com uma expressão abatida na face, foi quando um carro vindo em sua direção numa velocidade moderada tentou frear. Vampira ficou imóvel e sem ação. Não havia tempo para correr ou ela não quis correr.
Tudo que sentiu foi um impacto forte sobre seu corpo. Ela foi jogada a uma certa distância de onde estava.
Logo, uma multidão a cercou. O motorista do carro que a atropelou, desceu do carro em desespero e foi tentar ajudar. Vampira estava dobrada ao meio, chorando convulsivamente. Ela apertava as costelas. O motorista se aproximou e viu que ela era uma garota esbelta e bela, de cabelos avermelhados com uma mecha branca na frente. O homem se ajoelhou e a segurou. Ele colocou a mão sobre o braço dela para acalmá-la e, ao fazer isso, seus joelhos se dobraram.
Ele deitou-a na pista e colocou-a sobre seu colo. Ele notou que ela estava entrando em choque e ele não sabia o que fazer para ajudá-la.
- Liguem para uma ambulância. Ela não está bem. – O rapaz pediu desesperado.
- Eles já estão a caminho, moço. – Disse um homem que já havia ligado para a equipe médica.
A medida que ela ficava mais fraca, ele continuava dizendo a ela para resistir, que a ajuda estava chegando.
_ Você vai ficar bem. – Afirmou, mas nem ele tinha certeza disso. Sua pele já estava ficando acinzentada.
Vampira:- Moço...?
- Estou aqui com você. – Ele disse alisando os cabelos dela. – Aguente firme, por favor, aguente firme ai.
Antes de fechar os olhos, ela sussurrou:
Vampira:- Não me deixa...
- Não vou deixá-la. – Ele respondeu passando a mão em seus cabelos.
A visão de Vampira aos poucos foi ficando turva e tudo que conseguiu ouvir antes de apagar foram barulhos de uma sirene.
Logo chegou a equipe de salvamento em uma ambulância, colocaram Vampira em uma maca e imobilizaram o pescoço dela. O rapaz que a atropelou abriu caminho, contou a policia o que aconteceu e entrou na ambulância para acompanhar Vampira.
Logo depois de deixar Vampira no hospital, o rapaz pegou o celular dela e entrou em contato com Ororo, já que foi este o primeiro nome que encontrou na lista de família do seu celular.
O celular toca no instituto e Ororo é quem atende.
Tempestade:- Alô?
- Oi! É com Ororo que estou falando?
Tempestade:- Sim! É ela! Quem fala?
- Eu me chamo Joseph, mas é sobre uma garota chamada Marry que quero falar.
Tempestade:- Anna Marry?! – Ororo se apavora. – O que aconteceu com ela?
Joseph:- É que ela foi atropelada, aqui em frente a praça central. Ela está no hospital.
Tempestade:- Como assim atropelada? – Ela falou assustada.
Logan ouviu a última frase e correu para a sala.
Logan:- O que foi?
Tempestade não lhe deu atenção.
Joseph:- É sério, moça.
Tempestade:- Ai meu Deus. Pra que hospital levaram ela?
Joseph:- Pro 24 horas.
Tempestade:- Vou correndo pra lá. Obrigada por ligar.
Tempestade desligou o telefone e comunicou a Logan e ao restante o que tinha acontecido com Vampira.
Vampira acordou em um lugar claro, olhou para o lado e viu um moço estranho. Ela tentou chamá-lo, mas estava tão fraca que não conseguia falar.
Percebeu que estava em um hospital, disso ela não tinha dúvidas.
Joseph a viu se mexer e se aproximou.
Joseph:- Garota, você está bem?
Vampira:- O que houve?
Joseph:- Foi um acidente... foi tudo muito rápido... você atravessou sem olhar, eu tentei livrar você... juro que puxei o carro para um lado e para o outro... mas não deu tempo... daí bati em você. Eu socorri você e já avisei a sua família.
Vampira;- Família?! – Ela perguntou perturbada.
Joseph:- Sim! No seu celular eu procurei e encontrei o nome casa e quem atendeu foi Ororo, ela já está a caminho do hospital.
Vampira:- E quem é você?
Joseph:- Eu me chamo Joseph.
Naquele exato momento, Ciclope estacionou o carro de frente ao hospital e o Wolverine saltou de dentro antes mesmo dele terminar de estacionar. Tempestade, Jean, Ciclope, Noturno, Fera e Wolverine adentraram as pressas a recepção do hospital.
Tempestade:- Moça eu estou procurando por Anna... Anna Marry que deu entrada aqui hoje cedo devido a um atropelamento.
Moça:- Vocês todos são da família? – A recepcionista perguntou olhando para todos.
Tempestade:- Sim, somos!
Moça:- Por favor sigam e aguardem por noticias no final deste corredor. – A moça gentilmente apontou a direção e eles seguiram apressadamente até lá.
Chegando lá, eles dão de cara com outra recepcionista.
Moça:- Posso ajudar?
Logan:- Claro que pode. – Ele rosna. – Onde fica o quarto que está a Anna Marry? Quero vê-la.
Moça:- Sinto muito, mas não está autorizado visitas ainda. – Ela responde gentilmente.
Logan encara a moça como se não acreditasse nas palavras dela.
Logan:- Eu vou entrar e você não vai impedir-me. – Ele fala alto o bastante para assustar a moça.
Tempestade:- Logan, pela Deusa, não comece.
O médico sai do quarto onde Vampira estava, atraído pelo falatório.
Médico:- Que gritaria é essa aqui? – Ele pergunta furioso. – O que vocês pensam que estão fazendo?! Isto aqui é um hospital precisam fazer silêncio.
Logan se aproxima do médico furioso.
Logan:- Anna... eu quero ver a Anna Marry.
Médico;- Ela está dormindo e ninguém pode entrar ainda.
Logan perde a paciência e o agarra pela gola do jaleco.
Logan:- Eu vou entrar e você não tente me impedir. – Ele grita.
Tempestade e Ciclope seguram Logan e ele solta o médico.
Médico:- Se quer que eu faça alguma coisa por sua filha, espere aqui fora, está bem?
Logan:- Ela não é minha filha. – Logan responde ainda nervoso.
Médico:- Não? – Ele questiona.
Tempestade:- É nossa sobrinha, nós somos os responsáveis por ela. – Ororo tenta contornar a situação.
O médico sorri e volta para o quarto.
Ciclope:- Logan, controle-se por favor. – Pede Ciclope impaciente.
Logan:- Vai te catar! – Ele rosna e se afasta.
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