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História Depois do Apocalipse - Mentiras, verdades e segredos


Escrita por: vanessa-clara

Notas do Autor


Boa leitura. estou postando mais cedo porque vou pro cinema e como prometi a vcs que postaria hoje, ai está.

Capítulo 76 - Mentiras, verdades e segredos


 

As portas do elevador abrem, e Vampira passa para o apartamento de Gambit. Gambit, no entanto, não estava esperando-a, ela resolveu ir sem avisar.

Abrindo as portas duplas com a chave reserva que ele havia lhe dado, ela vai em direção a sala.

Gambit estava no telefone, andando pela cozinha perto da bancada.

Gambit:- Ela está subindo? – Ele pergunta. Ele se vira para encará-la, enquanto desliga o telefone. – Onde diabos você estava que não atendia as minhas ligações? – Ele rosna, mas não faz nenhum movimento na direção dela.

Que merda, ele estava com raiva?

Vampira:- Você andou bebendo? – Ela pergunta, nervosa.

Gambit:- Um pouco. Eu não acho que está tão óbvio. – Ele suspira e passa as mãos pelos cabelos. – Eu deixei um recado e pedi para vous me ligar assim que possível. – Sua voz era suave. – Faz quatro dias que estou tentando falar com vous. Eu fiquei preocupado. Afinal, eu non fiz nada para você me ignorar desta forma.

Não fez? – Ela pensa. Ok, ela suspira, não queria começar a discussão.

Vampira:- Eu sai em missão. ( Ela mente ) Com a Ororo e a Jean, esqueci o celular. – Ela diz para ele. – Eu não sabia que ficaríamos fora por três dias.

Ele aperta os olhos e dá alguns passos em sua direção, mas para.

Gambit:- Você está estranha, o que há?

Ela dá de ombros e olha para os dedos.

Gambit:- Vampira, o que há de errado?

E pela primeira vez, ela escuta algo diferente do que raiva em sua voz. O que seria? Medo? Ela engole, procurando coragem para tocar no assunto que a incomodava.

Vampira:- Onde está a Bella Donna? – Ela pergunta, olhando para ele.

Gambit:- Espero que bem longe. – Ele vira-se de costas. – Se eu tiver sorte, em um hospital para loucos, suponho. – Ele diz, e seu rosto analisa o dela. – Vampira, o que é? – Ele se move na direção dela, até que está em pé bem na frente dela. – O que há de errado? Foi algo que eu fiz?

Ela sacode a cabeça afirmativamente.

Gambit:- O quê? – Ele pergunta preocupado.

Vampira:- Você mentiu para mim, por quê?

Gambit:- O quê? – Ele respira, arregalando os olhos em alarme. – Porque está dizendo isso? Como posso ter mentido? Sobre o quê?

Vampira:- Porque você fez isso comigo? – Ela diz tristonha. – Eu não estou falando sobre você, Remy. É sobre o Danny.

Gambit arregala os olhos e passa as mãos pelos cabelos. Ele não diz nada, enquanto tenta recolher seus pensamentos dispersos.

Gambit:- Quem te contou?

Vampira:- Não interessa. – Ela diz irritada. – Eu recebi uma mensagem anônima.

Gambit:- Vampira eu... – Ele se esforça para falar. – Eu ia te contar, só que eu precisava de tempo, tempo para processar isso tudo.

Vampira:- Não. Não! – Ela diz.

Gambit:- Acredite em mim. Vampira, eu amo você e ia te contar a verdade sobre o garoto. Deus sabe o quanto eu desejei que essa história não fosse verdade, que esse filho não fosse meu com a...

Ele não terminou a frase, quando escutou passos pela sala e uma voz dizendo:

Bella:- A porta estava entreaberta e eu entrei. – Ela fala e logo se aproxima da porta da cozinha, dando de cara com Gambit e Vampira. – Oh!  desculpe, não sabia que estava com visitas.

Gambit:- Puta que pariu, que porra vous quer aqui? – Ele grita ríspido.

Bella:- Calma ai, eu tentei ligar mas você não atende. Eu só vi avisar que estou indo embora com o Danny hoje. – Ela disse dando de ombros e Vampira se virou.

Vampira:- Já vai tarde. – Murmurou.

Gambit:- Você pode ir pro quito dos infernos se quiser, mas o Danny fica.

Bella:- Ele é meu filho! – Ela gritou para ele.

Gambit:- Não é apenas seu. – Gambit gritou mais alto e logo se arrependeu de suas palavras. Ele olhou para Vampira e ela baixou os olhos.

Gambit:- Vampira, por favor nos deixe a sós. – Ele pede.

Ela pisca para ele,e de repente, é incapaz de se mover. Ela não queria deixá-lo, deixá-lo com ela.

Gambit:- Vampira. – Ele pede mais uma vez.

Vampira não se move e seu olhar era de pura raiva.

Gambit:- Pelo amor de Deus, Vampira, faça como lhe peço, pela primeira vez na sua vida e vá esperar lá fora! – Ele agora olhava furioso para ela.

Vampira:- Por quê? – Vampira pergunta irritada.

Gambit:- Não interessa. – Os olhos dele estavam frios. – Eu preciso conversar a sós com Bella.

Vampira olha para Bella e percebe um pequeno sorriso atravessar seus lábios. Vampira deu alguns passos para sair e bateu a porta com ódio. A tensão era demais para ela suportar. Quando ela sai da sala, eles continuam a conversar. Ela fica escutando atrás da porta sem que eles percebam.

Bella:- Sabe, Remy. – Ela para em frente a ele, encarando-o. - Ás vezes eu acho que você ficou louco ou que fizeram lavagem cerebral em você. Olha para esse lugar, você merece coisa melhor do que uma adolescentezinha mimada e burra.

O corpo inteiro de Vampira tremeu de ódio ao ouvir aquelas palavras.

Bella:- Tá, ela é bonita e gostosa, eu confesso, mas não serve para você, pelo menos não serve mais. Você já tirou a virgindade dela, já conseguiu o que queria, o que você tá esperando para cair fora?

Gambit:- Cala a boca. Você não sabe de nada. – Ele tentava falar baixo para Vampira não escutar, caso ela estivesse por perto, mas a raiva o impedia. – Acabei de ficar feliz em saber que você vai embora.

Gambit se moveu para sair dali, mas Bella se moveu mais rápido, passando por ele e parando em sua frente.

Bella:- E seu sonho de voltar a País? De ser o líder do clã de ladrões? As festa, seu apartamento, suas roupas de grife? O que vai fazer sem tudo isso? Você vai se cansar rápido daqui. – Bella tentava convencê-lo, mas a verdade era que aquilo não o importava mais. Quando fez amor com Vampira pela primeira vez, algo mudou dentro de si.

Gambit:- Eu sempre soube que tudo o que fazia antes era errado, mas até então não me importava, não precisava de ninguém. Só que agora eu tenho a Vampira e ela nunca amaria o antigo Remy Lebeau. E eu mudei por ela, para ela, pelo amor que descobri sentir e também por mim mesmo. Eu sabia que, se não mudasse, seria infeliz. Eu amo a Vampira.

Vampira sentia o coração acelerar ao ouvir as palavras dele, tão doces e sinceras.

Bella: - Eu não entendo... – Ela diz furiosa.

Gambit:- Não espero que você entenda. Eu não entendia até o dia em que ela sofreu aquele acidente de carro e o medo de perdê-la foi maior do que qualquer coisa que eu já senti.

Bella:- Não! Você não ama ela. – Respondeu seca. – Quem ama não engana. Quem ama não mente. Eu sei o que é o amor. Eu amava meu irmão no dia em que você atirou nele e tirou ele de mim.

Vampira arregalou os olhos e Gambit recuou com as palavras da Bella, mas ela continuou.

Bella:- Você só pensa em você. Não mudou nada. Continua o mesmo Lebeau fútil, arrogante e egoísta. – Bella olhou por cima do ombro dele e ele não entendia seu gesto, até que suas palavras mataram as esperanças de Gambit de um dia ser feliz.

Bella:- O que vai acontecer quando sua namorada descobrir que você guiou os carrascos pelos túneis dos Murlockes. Que você participou do assassinato de uma família inteira de mutantes? Quando descobrir que você escondeu isso o tempo todo?

Imediatamente Gambit entrou em pânico.

:- Diz pra mim que não é verdade. – Ele ouviu um grito e não precisou se virar para saber quem era.

Gambit:- Vampira, meu amor. – Ele se virou e viu o horror no rosto dela. – Eu posso explicar. Não é verdade! Bella inventou isso. Não acredite nela.

Vampira:- Cala a boca. – Ela se afastou. – Pelo menos uma vez na vida fala a verdade, Remy. Fala a verdade, pelo amor de Deus!

Gambit se aproxima e segura ela pelos braços tentando fazer com que ela se acalme.

Gambit:- Vampira... Por favor escute.

E ela luta para fora de seu alcance, empurrando-o para longe. Lutando contra ele.

Vampira:- Não me toque! – Ela diz enfurecida. Vampira joga as lágrimas com raiva para fora dos seus olhos com as costas da mão, olhando para ele. – Isso era o que você realmente fazia? Assassinar inocentes, assim?

Gambit:- Vampira... me escute, eu não queria, eu juro que não sabia do que se tratava...

Vampira:- Você é um filho da puta fodido, é isso que você é!

Gambit:- Vampira, meu amor. – Ele tenta implorar, chocado.

Vampira:- Não se atreva a me chamar de seu amor! Você precisa resolver essa merda, Gambit! – Ela quis se afastar mas ele a impediu segurando-a pelo braço.

Gambit:- Eu posso explicar. – Ele tentou pela última vez falar com ela, mas Vampira fez um sinal negativo com a cabeça.

Vampira:- Fica longe de mim. – Ela lhe pediu com a voz embarga, e o coração dele rachou ao meio.

Com isso ela se livra da mão dele e se vira com firmeza, em seguida sai da sala, fechando a porta atrás de si.

Vampira aperta a maçaneta da porta e brevemente se encosta contra a porta. Lágrimas correm pelo seu rosto, e ela as limpa com raiva. Aquilo sim era um despertar de verdades e segredos, segredos sujos, manchados pelo sangue que ele derramou. Sangue inocente.

O ônibus para e Vampira entra, ela senta-se no banco de trás e olha fixamente para fora da janela, e a enormidade do que ela tinha feito lentamente a lavam. Merda, ela o deixou. O único homem que ela amou. O único homem com quem ela já dormiu. Ela suspira e as lágrimas começam a deslizar por seu rosto, ela as enxuga com as pontas dos dedos mas era inútil.

Logan bem que avisou e avisou, uma e outra vez. – Ele não é confiável. Ele tem um jeito estranho que eu não confio. Só ela não percebeu.

- Porquê? – Ela pergunta para si mesma. – Porque, porque, porque eu me apaixonei por alguém tão frio? Por quê? Porque eu não posso amar o Joseph? Ou alguém como eu?

Seus pensamentos estavam todos descontrolados e desordenados, ecoando e quicando no interior do seu crânio.

Aquele era um dia mais escuro da alma para ela. Estava tão sozinha. Ela queria sua mãe. E isso a fez recordar das últimas palavras dela de despedida no leito de morte.

:- Siga o seu coração, querida, e por favor, por favor, tente não pensar demais sobre as coisas. Relaxe e aproveite. Você é tão jovem querida, você tem tanto para experimentar, apenas deixe acontecer. Você merece o melhor de tudo.

Ela realmente seguiu o coração, e ela tinha agora um coração dolorido e um espírito angustiado e quebrado para mostrar. Ela tinha que ir. Era isso...

Ela tinha que ir embora. Ele não era bom para ela, e ela não era boa para ele.

E o pensamento de não vê-lo novamente praticamente a sufoca...


Notas Finais


Até amanhã. Beijosssss


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