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História Depois do Apocalipse - Não me odeie


Escrita por: vanessa-clara

Notas do Autor


Boa leitura pessoal, abraços e até amanhã.

Capítulo 77 - Não me odeie


 

Fechou rapidamente a porta atrás de si e se certificou de que ninguém a viu entrando no quarto. Ela soltou o ar que poupou enquanto subia correndo as escadas.

Não podia ser, não podia estar acontecendo com ela. Ela sabia desde o início que era má idéia deixar que ele entrasse em sua vida.

Como pôde ser tão inocente, se deixar levar pelo momento?

Ela não nasceu para aquilo. Besteira. Pessoas não nascem predestinadas para nada.

Porém, naquelas circunstâncias, ela tinha o pressentimento de que sim, ela estava predestinada a algo: SE FERRAR.

Vampira deu uma espiada no espelho e viu que seu rosto estava inchado de tanto chorar. Os olhos vermelhos, com resquícios da maquiagem. Não se importou com aquilo, aquilo era a menor das suas preocupações no momento. Ela estava um lixo.

Se trancou no quarto e se jogou na cama da forma mais humilhante possível.

Tempestade:- Vampira, está tudo bem, querida?

Vampira acorda com as batidas na porta, ela não sabia quanto tempo tinha se passado, mas Ororo estava mesmo batendo na porta do quarto dela como uma louca.

Tempestade:- Vampira, me responde ou eu serei obrigada a chamar o Logan e mandar ele arrombar a porta! – Ela encosta o ouvido na porta e suspira. – Estou preocupada, droga! Não vi quando você chegou e desde cedo não comeu nada. Não faz isso!

Vampira levantou o rosto do travesseiro que estava agora molhado de lágrimas e disse baixinho:

Vampira:- Estou bem! Vou tomar um banho e já vou sair. – Ela levantou, tirou a roupa e entrou rapidamente debaixo d` água. Minutos depois, ela saiu e encontrou uma Tempestade preocupada aguardando-a na sala.

Tempestade:- Meu Deus! Achei que você tivesse desmaiado. – Falou preocupada. – Está tudo bem?

Vampira:- Sim. – Respondeu com a voz trêmula. – Estava com uma dor de cabeça infernal. A Kitty já chegou? – Pergun tou olhando para o sofá. Estava fazendo de tudo para não encará-la.

Tempestade:- Tem certeza de que está bem? Eu posso ligar para o professor e ele pode voltar da ilha Muir para cuidar de você.

Vampira:- Não precisa, deixe o professor descansar. Eu já estou bem. – Respondeu abrindo um sorriso forçado.

Vampira teve que convencê-la de que estava bem. Até o último momento, Ororo relutou em deixá-la sozinha, mas acabou sendo convencida por Logan que prometeu cuidar dela e dos outros em sua ausência.

Ororo e Jean então, saíram em uma missão de reconhecimento.

Assim que elas saíram, Vampira fez um lanche e voltou para o quarto. Ela se trancou novamente e voltou a chorar e assim, logo adormeceu.

Ela acorda mais tarde com o barulho da janela se abrindo.

- Oh, não. Ele estava ali. Ele coloca alguma coisa em cima da cômoda, e a cama muda embaixo do seu peso quando ele sobe atrás dela.

Vampira queria se afastar dele, se mover para o outro lado da cama, mas ela estava paralisada.

Gambit:- Non brigue comigo, Vampira, por favor. – ele sussurra. Gentilmente, ele a puxa para seus braços, enterrando o nariz no cabelo dela, beijando-lhe o pescoço. – Não me odeie. – Ele respira suavemente contra a pele dela, sua voz era dolorosamente triste.

O coração dela aperta de novo e libera uma nova onda de choro e soluços silenciosos.

Ficaram deitados juntos assim, sem dizer qualquer coisa por muito tempo. Ele apenas a segurava, e muito gradativamente, ela relaxa e para de chorar.

Gambit:- Não era minha intenção magoá-la. – Ele diz depois de muito tempo.

Ela se vira muito lentamente em seus braços então ela podia encará-lo. Esticando a mão, ela acaricia sua bochecha e corre a ponta dos dedos pela barba por fazer dele. Ele fecha os olhos e exala levemente.

Vampira:- Desculpa. – Ela sussurra.

Ele abre os olhos e a olha intrigado.

Gambit:- Pelo o quê?

Vampira: - Pelo o que eu disse.

Gambit:- Você não me disse nada que eu não soubesse. – Seus olhos suavizam com alívio. – Desculpe-me você, eu te machuquei ao mentir e esconder de você o meu passado podre.

Vampira:- Eu pedi por isso. – Ela engole. Ela precisava dizer o que sentia. – Eu amo você e agora sei como é ficar longe de quem a gente ama.

Gambit:- Sei que não sou o que você esperava, mas... – Ele se cala. Os olhos dela se arregalam um pouco, e ela pisca.

Vampira:- Você é mais do que eu sonhei.

Gambit:- Eu não entendo. Eu sei que eu não presto, mas você pode estar certa como o inferno que eu não vou deixar Bella Donna atrapalhar nosso relacionamento de novo. Mas quero deixar claro que não será fácil, porque eu não poderei me desligar dela... porque temos um filho e eu precisarei estar o tempo todo me comunicando com ela para saber do garoto.

Vampira fecha os olhos, e ele pode ver uma infinidade de emoções cruzar o rosto dela. Quando ela os reabre, sua expressão está desolada.

Vampira:- Você está certo. Se eu soubesse antes que você tinha um filho com aquela vaca e eu não teria me envolvido com você. O melhor é deixar você ir. Eu não aceito que você continue mantendo contato com ela.

O couro cabeludo dele se arrepia quando cada fio de cabelo em seu corpo está atento, e seu mundo desaba, deixando um amplo abismo aberto para ele cair dentro.

Gambit:- Eu não quero ir. – Ele sussurra. – Mas também eu não posso abandonar o meu filho, será que você entende isso?

Vampira:- Eu não estou mandando você abandoná-lo. – As lágrimas nadam nos olhos dela mais uma vez. – Estou mandando você cortar qualquer tipo de relação com aquela vadia.

Ele estica a mão e gentilmente acaricia o rosto dela e enxuga uma lágrima caindo com o polegar.

Gambit:- Se você pula eu pulo, lembra? – Ele disse olhando-a nos olhos. – Eu vim para a vida desde que conheci você. – Seu polegar traça o contorno do lábio inferior dela.

Vampira:- Eu também. – Ela sussurra. – Mas eu não posso aceitar isso, Remy.

Ele respira como se ela o tivesse socado e tivesse deixado-o sem ar.

Gambit:- Você não tem que aceitar,  Vampira. Não... é minha obrigação, eu não tenho como cortar relações com a mãe do meu filho. Será apenas amizade, poderemos entrar num acordo.

Vampira:- Acordo? Que tipo de acordo? – Ela se irrita.

Gambit:- Bem, o juiz decidirá os dias em que eu poderei vê-lo e ficar com ele.

Vampira:- Isso quer dizer que terá de dividir o garoto com a vaca? – Ela respira e engole seco. – Ou seja... tais dias você ficará com o garoto e outros tais dias ficará comigo, é isso? Nossa relação será assim?

Gambit:- Eu não quero dividir os dias para ficar com você. Poderemos ficar juntos, você pode ficar comigo nos dias em que o Danny estiver comigo. Podemos programar nossos finais de semana juntos e nos divertir, eu, você e o Danny.

Vampira:- Não desse jeito. Bella Donna não vai deixar e você sabe disso. E eu não vou ser uma boa madrasta para o filho da minha rival. Não dá. – Ela dá de ombros.

Gambit:- Você nunca irá aceitar isso, não é? – Ele pergunta com medo.

Ela balança a cabeça tristemente.

Gambit:- Bem... é melhor eu ir, então. – Ele murmura triste.

Vampira:- Eu não quero que vá e você sabe disso. – Ela soa trêmula.

Gambit:- Não há nenhuma razão para eu ficar. Você não aceita as condições e eu não posso abandonar o meu filho.

Vampira:- Eu aceito e até entendo que queira fazer parte da vida deste garoto, porque ele é seu filho. O que eu não aceito é que você mantenha contato com a mãe dele, isso não. E não me peça para fazer parte de seus dias com ele, porque não vai rolar. Ele é apenas uma criança, mas o fato de ser filho dela... – Ela suspira pesarosa. – Não me agrada fazer amizades.

Gambit:- Então você não o aceita mesmo, essa é a verdade.

Vampira: - Você por acaso aceitaria se descobrisse que eu tenho um filho com outro homem? Por exemplo com o Joseph?

Gambit arregalou os olhos e não respondeu.

Vampira:- Claro que não, né? Você sabe como me sinto agora? – Ela sai da cama. – Eu não sou obrigada a aceitar. Eu vou me vestir. Gostaria de um pouco de privacidade. – Ela diz, sua voz plana e vazia enquanto o deixa em pé no quarto.

Ela se dirige para o banheiro, tanta coisa tinha acontecido naquele dia que sua cabeça parecia que ia explodir.

Ela teve seus olhos abertos e vislumbrou a extensão daquela depravação, e agora ela sabia que ele não era capaz de aceitar sua decisão ou de decidir sua própria vida. Seus piores medos tinham sido realizados. A dor era tanta que ela recusa-se  a tomar reconhecimento daquilo.

Ela de alguma forma escapou do seu corpo e era agora uma observadora casual do desenrolar daquela tragédia. Ela veste seu pijama rapidamente e sai do banheiro. Gambit continuava de pé de frente a janela esperando por ela. Vampira anda até a cama e retira o cobertor de cima, fazendo o melhor para ignorá-lo.

Vampira:- Eu preciso dormir, amanhã sedo tenho treino. Por favor, é melhor que vá. – Sua voz estava clara e calma, desprovida de emoção.

Gambit:- Vampira, eu não quero que fique com raiva, nós precisamos conversar com mais calma depois.

Vampira:- Tudo bem! – Ela balbuciou sem olhá-lo.

Gambit:- Eu amo você... – Ele dá um passo a frente e ela levanta as mãos.

Vampira:- Não, por favor. – Ela recua dele.

Pegando o sobre tudo de cima da cômoda, ele se dirige para a varanda. Vampira não o segue, apenas o observa se afastar.

Ele se vira para olhá-la e diz:

Gambit:- Adeus, Vampira. Quando quiser conversar me liga. – Ele murmura.

Vampira:- Tudo bem. – Ela diz.

Ele vai embora e novamente as lágrimas jorram de seus olhos verdes. Vampira sente a dor rasgando seu peito aos poucos. A dor mostra apenas que ela estava ali e que precisava superar todos os problemas para assim, seguir mais forte. Podia doer. Que doa!

As lágrimas caem e Vampira gostava de pensar que cada lágrima derramada era um pedacinho da dor que ia embora. ( Só que não. )

Do que adiantava chorar se não se esvaia do corpo todos os problemas?

Por outro lado, ela não via motivos para não chorar. Ultimamente tudo que tem feito é chorar. Por quê? Bem, isso só ela sabe.


Notas Finais


Gostaram? Bem as coisas não andam muito bem e acreditem, Bella Donna não vai desistir tão fácil. Aguardem, fortes emoções.


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