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História Depois do penhasco - Hannigram - Brincando de casinha...


Escrita por: FOF_isZ

Notas do Autor


Oieeee!

Voltei com mais um capítulo, espero que gostem.
Nesse cap tem um pequeno lemon e um pouco de angst.
Como sempre não betei, então me perdoem pelos futuros erros.

Boa leitura!

Capítulo 7 - Brincando de casinha...


As pontas dos dedos brincam com os pelos que cobrem o peito, seu rosto é sereno, olhos azuis brilhantes e sorriso radiante. Ele esfrega de levinho sua bochecha contra o peitoral do homem adormecido, felicidade emana de todos seus poros, e Will nem mesmo se importa com a dor leve em seu quadril e bunda.

Ele rola sobre a cama e senta lentamente no colchão, sua entrada envia uma pontada de dor e o faz gemer dolorido, no entanto sua atenção é toda monopolizada pelo homem dormindo tranquilamente na cama. Hannibal é uma bagunça serena – rosto relaxado, fios loiros caídos sobre a testa, corpo nu esparramado – Will tem aquela imagem como a sua favorita.

As cortinas estão abertas desde o dia anterior, a bandeja com os biscoitos deliciosos que Hannibal preparou para si e a xícara estão caídos no chão. Will recolhe tudo com muito cuidado e se certifica de tirar qualquer farelo, ele caminha e deixa tudo em cima da mesa perto da sacada.

Will olha mais uma vez para o homem adormecido na cama, é realmente uma bela visão, Hannibal passa um ar de vulnerabilidade enquanto dorme e Will se sente incrivelmente alegre com o pensamento. Saber que Lecter o quer da mesma forma que ele próprio o quer, o enche de amor e ternura – eles estão na mais pura sintonia.

O lençol cobre parcialmente a cintura para baixo e deixa o peitoral duro e peludo a mostra para o deleite do pequeno homem. Ele anda até Hannibal e deixa um pequeno beijo no canto de sua boca e um afago em sua bochecha, e então Will faz seu caminho para o banheiro – ao contrário do quarto em que estava ficando, o de Hannibal é uma suíte.

Ele encosta a porta e para em frente a pia, Will se olha durante um tempo no espelho: seu cabelo é um ninho de passarinhos, seu pescoço e ombros são cobertos de hematomas roxos escuros – ele vê várias marcas dos dentes do canibal em sua pele –, sua barriga tem algumas manchinhas avermelhadas, sua cintura e quadril tem as marcas dos dedos de Hannibal – e quando Will vira de lado, ele pode ver sua bunda branca igualmente ostentando os dígitos do psiquiatra.

O sorriso que se abre em seu rosto o assusta durante os primeiros segundos, mas depois ele dá de ombros e busca por uma escova de dentes. Will lava o rosto e escova os dentes, seus olhos admiram o belo trabalho do homem mais velho, e sinceramente Will tinha amado cada marca – isso só reforçava que ele pertencia a Hannibal.

Ao passar pela enorme banheira Will considerou entrar e tomar um longo banho de espuma, mas só de pensar que teria que se manter sentado a ideia foi embora tão rápido quanto chegou, e ele entrou no box. A sensação da água quentinha em contato com o seu corpo dolorido o relaxa automaticamente, acaricia seus músculos e traz uma sensação de limpeza.

Will não sabe quanto tempo fica no banho, mas quando ele sai enrolado em um roupão, que pegou emprestado, Hannibal já se encontra acordado e sentado desleixadamente com as costas encostadas na cabeceira da cama. Ele olha em sua direção e sorri preguiçoso, Will logo está se acomodando cuidadosamente sobre o colo do homem.

- Bom dia, Hanni. – Ele diz contra a pele da garganta do psiquiatra, seu nariz roça de levinho e Will solta um risinho satisfeito com toda aquela aproximação.

- Bom dia, caro mio. – Hannibal tem a voz rouca e profunda logo que acorda, e Will simplesmente ama vê-lo todo descabelado e sonolento. – Dormiu bem?

- Foi a melhor noite de sono que já tive em anos. – Confessa.

Os braços fortes envolvem seu corpo, o trazem para perto e afagam suas costas sobre o tecido felpudo do roupão. Will sente as bochechas se avermelharem com o olhar intenso do homem em si, é por isso que desvia seus olhos dele e começa a brincar com os pelos em seu peito – algo que se tornou um vício.

Hannibal observa com pura adoração o homem pequeno em seu colo. Will parece uma pintura – delicada, esplêndida e única –, uma cena montada pelo Estripador. O canibal envolve uma mão ao redor da garganta de Will, a forma submissa que ele sempre se deixa ser dominado, receptivo, aberto para qualquer coisa que Hannibal desejasse.

A pele pálida está cheia de marcas, o roupão caído em um dos ombros e meio aberto no peito, os cachos que Lecter tanto adora úmidos contra a testa e para o seu deleite: Will está nu por debaixo de todo aquele tecido. Hannibal aperta um pouco seu agarre ao redor do longo pescoço, ele consegue sentir Graham engolindo com dificuldade, seu pomo de Adão subindo e descendo sob a palma da mão, e então ele se inclina e rouba a boca de Will para si.

Ele tem gosto de pasta de dente e sua língua macia acaricia a sua própria, e Will não parece se importar com o fato de Hannibal ter recém acordado, pelo contrário, ele deixa que o psiquiatra use sua boca como ele bem entender. Suas mãos magras se enroscam nos fios bagunçados, puxa de levinho e esfrega as pontas dos dedos no couro cabeludo enquanto é beijado com dominância e fome, mas não deixa de ser tudo lento e exigente.

Hannibal ainda tem sua mão em seu pescoço e com a outra ele toca sua coxa sob o roupão – provocando-o, excitando-o. Will sente o pau desperto do psiquiatra abaixo de sua bunda, o lençol cobre a nudez do homem loiro impedindo que eles possam sentir suas peles se tocando.

- H-Hanni... – Sua voz se quebra contra os lábios macios, seu corpo está quente e ele se remexe sobre o colo do canibal achando que, de alguma forma, isso afastaria o crescente desejo de repetir a noite anterior.

- Você está cheiroso, caro mio. – Hannibal sussurra contra a concha de sua orelha, o aperto em seu pescoço some e Will geme manhoso quando sente as mãos grandes do psiquiatra em sua bunda, elas forçam para que ele se esfregue sobre a cintura de Hannibal. – Você está tão bonito com o meu roupão... Você nasceu para usar as minhas coisas, Will.

O moreno não diz nada, seu corpo dá todas as repostas que Lecter quer. Ele tem os olhos azuis brilhosos, as mãos nos ombros do psiquiatra e pose submissa. Will deixa que Hannibal abra seu roupão e revele sua nudez, os olhos avelã dançam sobre a imagem do ex-agente especial – adorando tudo aquilo. O corpo de Will é belo e macio – e cheira a Hannibal.

Will desce do colo e fica de joelhos no colchão, ele puxa com as pequenas mãos o lençol de cima da cintura e revela seu corpo nu. Graham passa os olhos por cada centímetro de pele desnuda, ele desce os belos olhos azuis até uma área específica e seus olhos se arregalam.

Will engole a saliva acumulada em sua boca e as bochechas coram; ele desvia o olhar do pau de Hannibal para seu rosto. – Hanni, eu... Eu posso te chupar? – A pergunta sai baixinha e tímida, mas os olhos azuis mostram todo o desejo, e Hannibal sente uma fisgada no baixo ventre.

- Faça o que quiser, querido.

Will parece radiante com a reposta do psiquiatra, ele toca primeiro a coxa e morde o lábio inferior ao voltar sua atenção para o meio das pernas de Hannibal.

Will sente o ar sumir com a visão, Lecter é delicioso – longo, grosso e com pelos dourados bem aparados. Graham entende porque de estar tão dolorido, Hanni é realmente grande em todos os sentidos.

Ele se inclina e beija abaixo do umbigo, há um caminho de pelos que levam para o pau perfeito, Will roça seu nariz ali e fecha os olhos, o roupão em seu corpo escorrega mais um pouco e fica preso em seus cotovelos. Seu couro cabeludo é acariciado pelo médico, um doce afago satisfeito – Will não sabe, mas a forma como ele olha para Hannibal, faz com que o ego colossal fique ainda mais inflado e grande.

Timidamente ele envolve o pênis em sua mão, Will testa movimentos de cima e baixo, é suave e lento, ele sente a textura, as veias e o peso contra a palma da mão. Seus dedos não fecham ao redor da grossura, e isso só faz com que Will fique orgulhoso de si mesmo – oras, ele levou Hannibal todo dentro de si, e ele amou.

Quando Will se sente mais confiante, ele deixa uma pequena lambida na glande robusta e avermelhada, sua língua recolhe um pouco do líquido brilhante e Will sente pela primeira vez o gosto de Hannibal. Sal e vinagre – é diferente, mas ele gosta. Ele lambe mais uma vez e desta vez se deixa demorar um pouco mais, o homem de cachos aprecia e geme excitado ao sugar delicadamente a pele brilhosa.

Ele se inclina mais para perto, uma mão se apoia na coxa do canibal e a outra desce para os testículos, Will dá uma última lambida em todo o comprimento e então engole o máximo que consegue. Will engasga e Hannibal limpa a saliva que escorre de seus lábios, o psiquiatra diz algo sobre ele ir com calma, mas Will se sente muito confiante quando seus dedos se apertam ao redor das bolas cheias e pesadas e Hannibal solta um gemido rouco.

Então ele coloca o máximo que pode dentro da boca, ele suga e toca com a língua as veias saltadas, o que não cabe em sua boca ele envolve com a mão e faz movimentos de sobe e desce. Hannibal solta gemidos baixos de puro prazer, ele tenta ao máximo controlar a vontade de agarrar os cachos e forçar Will a engolir todo seu pau, então ele opta por afagar seu cabelo em forma de agrado e isso parece animar ainda mais o ex-agente que chupa com mais afinco.

- Você nasceu para fazer isso, Will. – Sua voz é profunda e quente quando toca os ouvidos do homem de olhos azuis. – Sua boca é perfeita, caro mio. – O elogio faz com que Will fique ainda mais vermelho, no entanto ele não para de dar prazer ao psiquiatra, ser elogiado por alguém como Hannibal sempre o deixa nas nuvens e excitado.

Ele pega o jeito rápido, Will sempre foi bom em aprender coisas novas, então quando ele nota já está levando metade do pau grosso em sua boca. O peso contra a sua língua, as veias, o sabor, a textura e o cheiro que emana daquela parte do corpo de Hannibal é delicioso – quase afrodisíaco –, e Will sente uma pontada de ciúmes ao pensar nas pessoas que já puderam apreciar o monumento que Hannibal Lecter é.

Ele pensa em Alana – ela na cama de Hannibal em Baltimore –, eles fazendo amor em todos os cantos da antiga casa do psiquiatra, em seu consultório – lugar onde Will sempre se sentia ele mesmo, que ele descobriu sua verdadeira face.

Seu peito se aperta e seus olhos se enchem de lágrimas, pensar em Hannibal com outras pessoas sempre o machucava. Ele aperta os olhos e força sua boca a engolir mais do longo comprimento, o sabor de Lecter está em todo seu paladar e isso faz com que Will esfrega suas coxas uma na outra e suas unhas se cavem na coxa do homem mais velho.

E então ele sente o toque de Hannibal, não em seu cabelo, mas em suas costas sobre o tecido do roupão. Primeiro foi suave e quase inexistente, então ele desce até encontrar a bainha e puxa para cima, deixando a bunda e a parte inferior das costas de Will a mostra. Will treme e geme abafado, sua bunda é tocada com gosto e ele consegue sentir o sorriso orgulhoso de Hannibal ao ver as marcas de suas mãos em seu corpo branco.

Suas nádegas são afastadas e deixam o pequeno buraco avermelhado e dolorido exposto, Will sente seu rosto quente com a exposição e ele se engasga com o pau em sua boca quando o dedo de Hannibal toca sua entrada. Ele apenas circula e assiste a forma como ela se contrai quando é tocada.

- H-Hannibal...? – Will chama pelo outro assim que tira sua boca do pau grosso, ele tem os lábios inchados e molhados, seus olhos azuis nublados e ele encara o psiquiatra.

- Vou cuidar de você, caro mio, deve estar tão dolorido, não é? – O tom é carinhoso e Will geme baixinho quando ganha um selinho. – Vem, amado. – Ele chama.

Quando Will percebe ele está sobre Hannibal, seu rosto em direção ao grande pênis e sua bunda na cara de Lecter que salpica beijinhos na junção de suas nádegas e coxas. Ele treme e sente seu próprio pau vazando de tesão, sua bunda dói e Will está tenso sem saber o que Hannibal irá fazer.

No entanto ele volta a dar prazer ao homem, ele suga com gula e lambe cada faixa de pele em sua frente, suas mãos apertam suavemente as bolas pesadas e deixam leves marcas de unha em suas coxas. Então Will relaxa a garganta e leva toda a longa base até o talo, seu nariz encosta nos pelos dourados que fazem cosquinhas, Hannibal tem um cheiro másculo e viciante, e Will tenta aguentar o máximo possível o incômodo estranho em sua garganta.

Hannibal geme e aperta com demasiada força a coxa de Graham, a sensação da boca quente de Will ao seu redor é enlouquecedor, a garganta se contraindo entorno de seu mastro é incrível – Lecter se sente no mais puro prazer. Will se afasta e respira com dificuldade, há uma fina linha de saliva molhando seu queixo, e ele solta um gemido alto surpreso quando sente a língua de Hannibal lá.

Ele se agarra nos lençóis bagunçados e geme, sua cabeça cai para trás e seu quadril se mexe sentindo a língua acaricia-lo. Will vira uma bagunça – suas coxas tremem, ele arranha tudo que vê pela frente e não consegue conter seus sons prazerosos. Hannibal segura a parte de baixo do roupão com uma mão e toca a borda da entrada com o músculo molhado. Os gemidos de Will são como música para seus ouvidos, então ele o toca com vontade, mas com delicadeza por saber que aquela área está dolorida.

Quando Will sente ser invadido ele solta um pequeno grito, uma mistura de prazer, surpresa e dor, ao mesmo tempo que arde, é bom e úmido. Nem em seus sonhos mais devassos ele imaginou que Hannibal beijaria aquele lugar, mas é tão bom que Will não consegue se conter – ele rebola na cara do psiquiatra e pede por mais. Seu rosto se contorce em prazer, suas costas formam um perfeito arco e ele tira sangue da pele das coxas de Hannibal.

Lecter se delícia com tudo aquilo, ele ama deixar Will fora de si, tocar seu corpo, ouvir seus gemidos manhosos e a forma como ele esfrega sua bunda desesperadamente em seu rosto – obrigando Hannibal a fodê-lo com a língua e sentir seu sabor. As nádegas são macias contra suas bochechas, sua língua adentra o pequeno buraco judiado com lentidão e o deixa molhado, sua mão aperta uma das bandas e a puxa para o lado, dando mais acesso ao interior apertado e quente e dolorido.

Will se sente fraco e seu tronco cai sobre as coxas de Hannibal, sua bunda fica para o alto e empinada, a visão é de tirar o fôlego e quando Lecter tira a boca de seu buraco, Will geme descontente. Hannibal molha um dedo com saliva e começa a prepara-lo com cuidado.

Graham não sabe quanto tempo o psiquiatra demora o preparando, mas quando ele percebe está deitado de lado, o roupão tinha sumido de seu corpo, Hannibal está dentro dele e uma de suas pernas é segurada para cima. Eles fazem amor, lento e doce e delicado, sua cabeça está deitada no braço do médico e ele segura a nuca do homem, eles trocam beijos bagunçados e cheios de ternura.

Hannibal toca seu corpo com delicadeza e beija as marcas de chupões e mordidas, Will geme de prazer e dor. Seu pau molhado é coberto pela mão de Hannibal e ele o toca na mesma velocidade das estocadas. Seus corpos molhados de suor dançam um contra o outro, os sons de prazer enchem o quarto.

Will abre os olhos e encontra o psiquiatra olhando-o cheio de amor e ternura, ele sorri perdido no prazer em sentir o homem tocando sempre sua próstata e acariciando seu pau.

Ele puxa Hannibal para mais um beijo e Will explode na mão do homem, mais algumas estocadas e ele sente Hannibal também atingindo seu ápice – Lecter morde a junção de seu ombro e pescoço tirando sangue e aperta o agarre em sua coxa.

Will respira forte e deita o rosto no colchão, ele solta um gemidinho quando Hannibal sai de dentro dele e segundos depois seu corpo é abraçado. Will sorri anestesiado e coloca sua mão sobre o braço que o envolve, seu pescoço é beijado e ele solta risinhos baixos felizes.

- Isso que eu chamo de começar muito bem o dia. – Hannibal ri e deixa um último beijo no pescoço branco, então ele solta Will e senta na cama, passa a mão pelos fios em sua testa e olha sobre o ombro: Will é perfeito, angelical e relaxado depois de ter um orgasmo.

- Preciso ir a cidade novamente, espero que não se importe em ficar mais uma vez sozinho, Will.

- Não se preocupe tanto, Dr. Lecter. – Ele rola para ficar deitado para o lado de Hannibal. – Você vai começar a dar aulas, em algum momento vou ter que me acostumar a ficar só... Até que eu arranje algo.

- Não se preocupe com isso por enquanto, caro mio. – Hannibal se inclina e beija a testa suada do homem relaxado na cama. – Quer me acompanhar no banho, querido?

Will sorri e se arqueia na cama, seu corpo todo se contorce e volta a relaxar segundos depois, ele estende os braços para o homem que sorri divertido ao notar o que Will queria. – Você acabou comigo, vai ter que me carregar.

- Tudo que você quiser, meu amor.

Hannibal o pega com cuidado em seus braços e Will segura em seu pescoço. Eles entram no banheiro incrível e Will é deixado dentro da banheira, ele geme de dor ao sentir sua bunda sensível e dolorida tocar a cerâmica fria e dura.

Hannibal não demora para abrir a torneira e deixar que o espaço se encha de água, ele se vira para o armário, suas costas são largas e musculosos – uma visão e tanto –, e Hannibal pega sais de banho e duas toalhas limpas.

Ele se volta para o homem com cachos na banheira quase cheia, ele deixa as toalhas dobradas em cima da pia, joga os sais com cheiro suave na água e fecha a torneira.

Will se movimenta para frente e dá espaço para que Hannibal se aconchegue atrás de seu corpo cansado, eles se ajeitam confortavelmente e ficam relaxando na água perfumada e quentinha.

Eles terminam o banho e voltam para o quarto, Will opta por vestir algo leve: uma boxer e camisa de manga longa branca, ela fica grande em seu corpo e Will se sente incrível usando a roupa de Hannibal. Ele volta para a cama e começa arrumá-la enquanto o psiquiatra veste seu terno de três peças e ajeita seu cabelo com o clássico penteado.

Quando Hannibal está pronto e elegantemente vestido em seu terno escuro e gravata branca, Will está terminando de colocar todos os travesseiros e almofadas em cima da enorme cama – do jeito que sabe que Hannibal gosta. Ele pega a bandeja esquecida e sorri para Hanni, então ele sai do quarto e desce as escadas para poder chegar na cozinha.

Ele começa a lavar as poucas louças sujas e come o resto dos biscoitos – Will não vai deixar Hannibal saber que eles caíram no chão, seria uma desperdício jogar fora.

Ele ouve o telefone formal da casa tocar e logo a voz profunda de Lecter dança pelas paredes, ele está sério e Will consegue imagina-lo em pé, sua pose elegante posta e o dedo mindinho passando sobre uma das sobrancelhas.

Will sorri enquanto seca a vasilha que tinha os biscoitos, a xícara e a bandeja, ele demora um pouco para guardar tudo em seu devido lugar, e então começa a preparar o café da manhã. Ele coloca a água para esquentar, tira algumas frutas brilhosas e ovos colocando tudo sobre a bancada longa e bonita – Hannibal tem realmente um gosto refinado para as coisas.

Ele ainda fala ao telefone, sua voz é clara, mas Will não consegue entender sobre o que Hannibal está conversando. Will começa a preparar a salada de frutas, ele corta tudo e despeja dentro de uma vasilha de vidro de aparência cara.

Ele abre a geladeira e busca por algo que possa colocar nas frutas – doce de leite parece uma ótima ideia. Will não pensa duas vezes e adiciona duas colheres transbordando e mistura ansiosamente, quando ele prova um pouco seus olhos brilham e ele geme satisfeito e orgulhoso de si mesmo – está realmente gostoso.

Assim que Hannibal entra na cozinha, ele vê Will fazendo ovos mexidos, há uma porção generosa de tomates e pimentões picados sobre uma tábua de cortar carne, uma jarra de suco de laranja e uma pequena bagunça – talheres sujos, toalha jogada de qualquer jeito na pia e cascas ao lado de um pote de vidro com algo que Hannibal não consegue identificar. Will é gracioso enquanto cozinha – e desastrado –, ele mexe suavemente o quadril e cantarola algumas frases de músicas aleatórias enquanto tenta não queimar os ovos.

Hannibal se aproxima do corpo virado de costas e beija a nuca, Will dá um sobressalto e bate suas costas no peitoral do psiquiatra que ri divertido contra sua orelha.  Lecter envolve a cintura fina com as mãos e cola ainda mais seus corpos, Will cheira a ele e isso faz com que um sorriso orgulhoso se abra em seu rosto e deixe seus dentes perfeitos de fora.

- Você me assustou, Hannibal! – Will bufa, mas ele aceita o beijinho em seus lábios e não afasta o homem de si.

- Não foi a intenção, caro mio, me desculpe, mas admito que foi adorável sua reação. – Coloca um cacho atrás da orelha. – Está fazendo o café da manhã. – Não é uma pergunta, mas mesmo assim Will assente entusiasmado e sai do abraço de Hannibal para poder pegar a tábua de cortar carne.

- Não é nada grandioso ou tão gostoso quanto os seus, mas achei que poderia fazer algo simples para você não se atrasar. – Hannibal assiste com devoção as bochechas de Will ficarem rosadas, ele treme um pouco e adiciona aos ovos os tomates e pimentões e mexe com a espátula. – Não quero que saia de casa sem ter comido nada.

- Obrigado, meu amor. Eu adoro quando você cozinha para mim. – Ele deixa mais um beijo, mas desta vez é em cima de uma mordida arroxeada e Will geme baixinho por causa da pele estar dolorida. – O Sr. White me ligou... Ele queria saber que horas eu iria vê-lo em seu escritório. 

- Ele deve estar enlouquecendo de ansiedade para saber se você decidiu aceitar o convite, Hannibal. Vocês ficaram um bom tempo ao telefone. – Will abre os armários e busca por pratos, na quarta tentativa acha os pratos e pega dois, ele abre a gaveta e pega os talheres e busca por xícaras e copos.

- É rude ficar ouvindo a conversa alheia, Will.

Will cora. – Não estava ouvindo a sua conversa com o Sr. White, Dr. Lecter. – Ele desliga o fogão e passa ajeitar os pratos em cima da bancada. – O telefone tocou e deu para escutar você conversando com alguém. – Will começa a servir a ele e Hannibal. 

- Eu sei.  – Lecter faz com que Will o olhe nos olhos. – Nós estamos na mais perfeita sintonia e a nossa noite – e hoje pela manhã – só nos mostrou o óbvio.

- Foi perfeito. – Will diz radiante. – Você quer comer na sala de jantar? Não arrumei a mesa ainda.

- Não se preocupe, podemos tomar nosso café da manhã aqui mesmo, meu querido. – Hannibal dá um sorriso ameno, mas Will sabe que ele não gosta de fazer as refeições sem ser na sala de jantar.

O café da manhã é calmo e cheio de olhares cúmplices, às vezes Hannibal tocava sua mão sobre a mesa ou Will lhe oferecia um sorriso mais amplo que fazia com que suas bochechas doessem.

Sua salada de frutas foi praticamente devorada por ele mesmo, Hannibal comeu só um pouquinho para não magoa-lo – Graham sabia e isso só fez com que seu coração se enchesse de amor pelo psiquiatra.

Hannibal se despede com um beijo e sai para ver o Sr. White, deixando um Will já com saudades em pé na porta. Will entra e limpa a cozinha, organiza tudo, toma o remédio para dor que Hannibal deixou em cima da mesinha e para no meio da sala de estar, ele olha ao redor e suspira, então resolve conhecer mais a casa – qualquer coisa que faça o tempo passar.

Ele segue por baixo da escada que leva ao segundo andar, há um corredor com três portas, Will entra na primeira que está aberta. É o escritório de Hannibal – uma mesa enorme e muito bem organizada, duas janelas enormes com cortinas vermelhas, com duas poltronas, uma de frente para a outra, lembrando muito as que tinha em seu antigo consultório; estantes de livros que vão até o teto e um tapete escuro de aparência macia em frente a mesa. A sala é meio sombria e decorada com o ótimo gosto de Hannibal.

Will passa do batente e encosta a porta atrás de si, ele caminha de pé descalço até o tapete fofo e sente ele acariciando as solas de seus pequenos pés, Will não consegue não gemer contente e ele olha ao redor – tudo lembra e cheira a Hannibal. E antes que ele possa se auto repreender por estar bisbilhotando as coisas de Lecter, seus olhos já estão nas folhas sobre a mesa e seu lado – até então esquecido – de investigador já estava dando as caras.

Ele pega com cuidado a folha e vê um desenho. Will sente o ar sumir de seus pulmões, suas bochechas ficam avermelhadas e suas mãos tremem de leve ao olhar o que Hannibal desenhara.

Os riscos suaves de lápis formam um corpo, linhas sinuosas de azul na região dos olhos – Will tem olhos brilhantes sob os óculos, seu corpo está deitado sobre uma superfície, de pernas abertas, cordas envolvem seus pulsos, canelas e acima do joelho deixando-o preso e exposto. Ele está nu, seu olhar nublado e a mesa que está deitado é a da sala de jantar, a da antiga casa de Hannibal em Baltimore.

Will larga o papel como se ele tivesse o queimado, ele tem o rosto fervendo e os olhos esbugalhados – descrente. Assim que se recupera, ele ajunta do chão e coloca sobre a mesa, buscando por outros desenhos. Tem um de Abigail – ela usa um sobretudo preto bonito, um lenço vermelho ao redor do pescoço escondendo sua cicatriz e um sorriso de criança inocente enfeita seu rosto pálido. Na próxima folha grossa de papel é um outro desenho de Will, mas desta vez é seu rosto desenhado – não há cores além do azul em seus olhos.

Seu coração se enche de amor quando ele vê mais um desenho de Hannibal, mas este é o seu favorito – é genuíno, terno e meigo. Hannibal simplesmente desenhou ele e Abigail. No desenho eles estão sentados no chão, há um pinheiro com enfeites um pouco atrás e um tapete vermelho, Will está usando seus óculos de sempre e Abigail ostenta um rabo de cavalo no topo da cabeça e todos os seus cachorros estão deitados ao redor deles. Will sente seus belos olhos azuis transbordarem e quando ele menos percebe, já está chorando e soluçando agarrado ao desenho.

Graham não sabe quanto tempo ficou ali, no escritório de Hannibal, chorando feito uma criança magoada segurando o pedaço de papel, como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo; mas quando Will se acalma, ele limpa os olhos e sai do escritório trazendo o desenho dele com Abigail para a sala.

Ele se deita no sofá e fica olhando para o teto, seus olhos ainda estão um pouco úmidos e seu coração dói. Will imagina como seria passar um Natal de verdade ao lado de Hannibal e Abigail – sua infância não foi lá muito agradável, cresceu sem a mãe e seu pai trabalhava miseravelmente para sustentar a pequena casa e colocar um pouco de comida na mesa; não teve amigos na adolescência – ele era o garoto antissocial e esquisito da escola –, e durante a faculdade Will mal conseguia apresentar um trabalho sem parecer instável.

Sua mente projeta uma sala iluminada por tons alaranjados, a lareira acesa com lenha queimando, meias ridículas penduradas ao lado da estante com globos de neves, um enorme pinheiro no canto da sala e sendo enfeitado por uma Abigail sorridente e um Will vestido em flanela e óculos. Hannibal estaria escorado no batente da porta da cozinha e ostentaria um sorriso presunçoso, Abigail faria com que eles cantassem as músicas natalinas ridículas, seus cachorros iriam correr de um lado para o outro, e então, comeriam a ceia deliciosa que Hannibal passou o dia todo preparando cuidadosamente.

Will abre os olhos e sorri diante de sua imaginação, ele quase consegue sentir o calor da lareira e o cheiro da ceia quase pronta, mas então sua mente traumatizada traz a tona aquela noite.

Alana caída em meio aos cacos de vidro, o reencontro entre ele e Abigail, o sentimento de surpresa e felicidade invadindo seu corpo – a euforia –, Hannibal o encarando com a mais pura frieza e o ferindo, Will achou que fosse morrer e ele preferia a morte do que ver o homem – que ele já sabia amar, mas que se recusava aceitar tal sentimento, matar a filha deles da mesma forma que Garret Jacob Hobbs tentou.

A dor ainda era grande em seu peito, Will se culpava por não ter ficado ao lado de Hannibal e não ter fugido com ele, nada daquilo teria acontecido – Jack não teria quase morrido por achar que poderia enfrentar sozinho o Estripador. Alana não teria sido jogada do segundo andar por Abigail, e Hannibal não teria tirado a filha deles.

Will carregava a cicatriz da ira de Lecter, o que acontecia com pessoas que o traiam. Ele tinha mostrado seu verdadeiro eu a Will, um novo jeito de ver o mundo, de ter uma família – braços para correr quando se sentisse desamparado.

Will limpa o rosto com um pedaço da camiseta e se levanta do sofá, ele deixa o desenho em cima da mesinha ao lado da poltrona e faz o caminho de volta para o escritório.

Ele entra e fecha a porta, abre as cortinas e busca por um livro, e opta por deitar no tapete. Will fica ali, lendo, ele não sabe quase tempo passa, mas ele acaba por adormecer em meio a sua leitura.

 

(***)

 

A Will acorda meio desorientado, confuso, pisca os olhos, rola e vê Hannibal deitado ao seu lado na cama. Seu rosto é neutro e olhar calmo, está sem o paletó, colete e gravata, e uma mecha loira cai sobre a testa, Will estende a mão e a coloca no lugar.

O quarto é mal iluminado com a luz do abajur ligado sobre a mesinha de cabeceira, os cobertores quentes envolvem o corpo de Will e ele não consegue desviar o olhar de Hannibal. Ele desce sua mão sobre o rosto esculpido, as pontas dos dedos trilhando as bochechas afiadas até pararem sobre a boca desenhada e ali descansam.

- Está irritado comigo? – Will sussurra sob a meia luz amarelada. Hannibal não demonstra nenhuma mudança diante de sua pergunta.

- Por que eu deveria estar irritado com você, caro mio? – Ele devolve.

- Eu entrei em seu escritório e mexi em suas coisas. – Seu corpo se inclina para perto do homem, as cobertas escorregam um pouco, e Will continua acariciar a bochecha. – Você nunca gostou que mexessem no que é seu, Hannibal.

- Você gostou dos desenhos?

Will cora, mas não se afasta, pelo contrário, ele agarra a camisa social escura e pisca deliberadamente os olhos azuis levemente avermelhados pelo choro. – Eu gostei...

- Eu tenho algo para você – Hannibal diz. – Mas antes que tal se banhar? Você está abatido e um banho lhe fará se sentir melhor.

- Irá me banhar?

- Quer que eu te dê banho, caro mio? – Hannibal tem um olhar divertido e sua voz faz carinho contra o rosto de Will.

- Eu quero...

Então Will se vê nos braços de Hannibal, suas roupas são tiradas com delicadeza e é colocado com cuidado dentro da banheira com água quente e espuma.

Will fecha os olhos e aprecia as mãos fortes e suaves de Hannibal tocando-o, limpando-o, acariciando-o com a mais pura devoção – e Will se sente incrível; amado.

Seu cabelo é massageado, tem a espuma do shampoo com cheiro de Hannibal, os dedos longos esfregam e o relaxam com os toques macios e certeiros. As mãos descem por seus ombros e seguem o caminho pelo peitoral magro, limpando e o deixando cheiroso.

- Está bom, meu amor? – A voz suave de Hannibal se esfrega contra o pescoço molhado e o arrepia, no enquanto Will assente e escorrega mais para dentro da água quente e perfumada, deixando só a cabeça e uma parte da garganta de fora.

- Suas mãos são fantásticas, Dr. Lecter.

Hannibal sorri e volta ao trabalho de massagear o couro cabeludo e lavar os cachos, ele percebe que Will adora a sensação de ter alguém tocando seu cabelo e o psiquiatra faz questão de se dedicar a isto.

A forma entregue e relaxada de um Will Graham sob suas mãos é extasiante – Hannibal se sente poderoso... e eufórico –, isso só mostrando que Will não temia mais Lecter, pelo contrário, ele buscava constantemente ser tocado, adorado e amado pelo homem mais velho.

Hannibal o tira da banheira, seca seu corpo e o enrola em um roupão branco e macio, Will é conduzido até a cama e lá ele fica deitado esperando por Lecter.

Hannibal entra no closet grande e procura por um pijama seu que caiba no pequeno homem, ele acaba por escolher um de seda e cinzento; ele volta para o quarto e Will continua da mesma forma que o deixara, seus olhos ainda tem aquele tom melancólico em suas íris e olhar perdido em seus pensamentos.

Will é uma pequena marionete nos braços de Hannibal, ele o veste com cuidado e enxuga seu cabelo com uma toalha seca, no final ele tem beijos suaves plantados em sua bochecha, pescoço e nuca, e então Will é deixado deitado novamente na cama.

- Vou buscar o jantar, meu bem, volto em um segundo.

Will está tão fora do presente que ele nem percebe a forma carinhosa que fora chamado. Ele tem o olhar fixo no teto enquanto Hanni sai do quarto, seus olhos azuis estão inchados e avermelhados, tristes; nebulosos.

Quando Hannibal volta minutos depois Will permanece da mesma forma, irredutível e fora de órbita, o corpo mole em cima da cama e rodeado por uma áurea densa e amarga.

Hannibal deixa a bandeja em cima da mesa que tem no quarto, ele corta a carne em pedaços finos e pequenos e se acomoda ao lado do corpo imóvel, o copo de suco é deixado na cabeceira, e ele ajeita Will sentado escorado em travesseiros. Sua mão se esfrega em um carinho na bochecha pálida e ele vê a dor nos belos olhos azuis.

- Meu amor, você precisa comer um pouco. – Ele diz. – Abra a boca, por favor. – Ele dá comida em sua boca, o olhar sereno e preocupado em cima do moreno com cachos e quando Will resmunga satisfeito, Hannibal beija sua testa e se afasta.

Minutos depois ele volta e traz junto a si um pequeno caderno e uma caixinha preta. Ele abre os primeiros três botões da camisa e senta na cama, pega as mãos finas e frias e as beija com ternura, afasta um pequeno cacho úmido do rosto bonito e oferece a Will um sorriso pequeno, confortante.

- Eu tenho algo que lhe deixará melhor. – Ele chama atenção do homem para si. – É seu. – Então pousa delicadamente a pequena caderneta em seu colo. Will olha de Hannibal para o objeto e então o pega e o traz para frente do rosto. – Era de Abigail, ela escrevia nele enquanto esteve escondida em minha casa.

Will não sabe como reagir, mas ele toca com cuidado a capa de couro preta e aperta contra o peito, como se pudesse senti-la com todo seu coração.

A capa é lisa, então ele abre e a contracapa é cheia de adesivos e pedaços de revistas coladas; a primeira folha tem o nome dela escrita em sua letra pequena e formosa: Abigail Hobbs Graham-Lecter. Seus olhos se enchem assim que ele vê seu sobrenome e o de Hannibal ao lado do nome riscado que pertencia ao seu pai biológico – ela os considerava pais tanto quanto eles o consideravam como filha.

- Ela andava com essa caderneta para cima e para baixo, sempre escrevendo, colando qualquer coisa que recortava das revistas e jornais. Abigail dizia ser o lugar onde ela escreveria sobre seu mundo ao nosso lado, caro mio. – Ele toca seu queixo e o faz encara-lo com os olhos molhados. – Mata-la serviu como punição para mim também.

- Obrigado, Hannibal. Isso significa muito para mim.

- Eu sei.

Então Hannibal se arruma na cama e traz Will para o seu peito, ele acaricia suas costas enquanto o pequeno homem lê cada palavra do caderninho e se agarra aquilo como se sua vida dependesse disso. Em momentos Hannibal sente as lágrimas molhando seu peito, mas nada diz, ele só faz com que Will se sinta protegido em seus braços.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Vou procurar postar o próximo capítulo o mais rápido possível.
Beijos e até mais o/


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