1. Spirit Fanfics >
  2. Depravada >
  3. My name is Sophia

História Depravada - My name is Sophia


Escrita por: RLCadete

Capítulo 10 - My name is Sophia


POV Sophia 

 

Abro meus olhos devagar e minha cabeça lateja com o pequeno esforço. Começo a me recordar pequenos fragmentos da noite passada e me sento devagar. O homem barbudo me chamando para entrar no carro depois ele me pede para bater nele.

- Ai. - reclamo com meu esforço em pensar.

Ainda estou nua de modo que posso ver algumas marcas roxas espalhadas pelo meu corpo, nem quero imaginar o que o maldito fez quando eu apaguei. Visto minhas roupas e dou uma última olhada no quarto antes de sair desesperada. Não vejo ninguém é agradeço por isso. Sai desesperada dali e em alguns minutos que mais pareceram horas estou em casa. Meu celular toca é eu atendo.

- Peter? 

- Finalmente garotinha, estive preocupado.- ele fala em um tom sarcástico.

- O que você quer? 

- Conseguiu?

- Sim, claro, é obvio que eu não consegui! Quase fui presa por isso. 

- Sim, eu soube. Presumo que você já saiba o que isso significa. -  ele deixa as palavras no ar me fazendo refletir.

- Eu sei das minhas responsabilidades Peter. - falo por fim e antes que Peter possa dizer qualquer coisa eu desligo.

Olho as horas é só agora me dou conta que tenho que ir para a livraria. Ainda está nascendo o sol de modo que eu ganhe mais tempo para me arrumar e cobrir esses roxos para não da explicações para ninguém. Tiro minhas roupas e vou tomar banho, rapidamente me arrumo e logo saio de casa e chego a livraria tão rápido quanto uma bala.

- Sophia. - Lucas me recebe com um brilho diferente. 

Abraço ele e Lucas parece não querer me soltar.

- Vou te fazer uma proposta irrecusável. - Lucas diz. - Saia comigo hoje a noite?

Estremeço dizendo que de noite não posso quando me lembro o que faço durante noite me calo. Preciso mesmo me distrair.

Então nem percebo quando abro a boca e começo a concordar: - É claro.

 

 

 

POV Justin

 

Mais um dia se passa é eu aqui sem a minha verdadeira felicidade, depois de trabalhar a noite toda saio da delegacia e começo a dirigir para a casa de Steice. No caminho, me vejo passando de frente a um prédio é vejo de relance a moça ruiva saindo toda arrumada e apressada, deve estar indo trabalhar. Sacudo a cabeça quando minha boca se abre em um sorriso.

 

Você não pode pensar nela, ela é uma ladra de quadros, uma ladra que você não prendeu.

 

Até hoje não sei muito bem porque ainda não a prendi, talvez porque em parte ela tenha facilitado para mim pegar aquelas porcarias. Mas tenho certeza que não foi por acaso, tudo tem um propósito, só espero que esse propósito seja bom. Saio de frente do prédio e dirijo para minha casa.

Chego em casa e estaciono o carro de qualquer jeito, subo as escadas e entro em meu quarto tirando minha roupa. Deito apenas de cueca e caio em um sono profundo.  

 

Acordo de manhã e me lembro de que dia é hoje, vou ensinar Sophia a andar de bicicleta. Levanto empolgado e troco de roupa apressado para vê-la. Desço as escadas sem comer nada e a encontro pronta para bater à porta. 

- Justin! - ela se empolga quando me vê e abre um sorriso radiante. 

Sopro sua franja e ela ajeita irritada.

- Vamos? - ofereço meu braço para ela. - Não quero que você caia mais daquela bicicleta.

- Ei, eu não cai. - ela faz careta e eu dou uma risada. 

Andamos para os fundos da minha casa e pego minha bicicleta, sento na mesma e olho para Sophia.

- Primeiro você...

- Justin? - ela me interrompe pondo as mãos em sua barriga como se estivesse sentindo dor. - Por que você me deixou? 

Me surpreendo pela pergunta é fico sem saber o que responder.

- Eu te amava, é você me deixou. - ela fala agora se encurvando.

- Eu não...

Paro quando ela tira sua blusa e vira de costas, fico perplexo, em suas costas duas asas pretas estão em forma de tatuagem, isso me parece familiar de algum lugar. 

- Por quê? - pergunto sem saber o que realmente quero saber.

- Por que tenho asas? Desde que você se foi eu tive que aprender a voar sozinha. 

- Mas...

Ela grita é um tiro acerta seu coração, olho desesperado olho ao redor é não vejo ninguém. Ela cai no chão e eu me agacho para segura-lá. 

- Por favor. - falo entre lágrimas.

- Tarde demais. - e então fecha os olhos.

 

- NÃOOO! - levanto minha cabeça e estou de volta ao meu quarto. 

Fora um sonho, me sinto aliviado, esfrego meu rosto e percebi que estou muito suado. Nos últimos dez anos tem sido assim, pesadelos constantes, não sei mais o que fazer. Levanto devagar e quase caio de susto quando meu celular toca bem alto. Atendo.

- Justin? Estou te esperando. - fala Steice.

Droga. Me esqueci que iria sair com Steice hoje, por quanto tempo dormi? Provavelmente doze horas seguidas, olho pela janela e o sol já descera, deixando em seu lugar uma bela lua cheia. 

- Justin?! - Steice grita. - Ainda está aí?

- Passo aí em meia hora. - respondi e desligo sem esperar alguma resposta. 

Tiro minha roupa com pressa e tomo um rápido banho. Visto uma calça preta e uma blusa da mesma cor com o símbolo do Pink floid. Penteio meus cabelos para trás e calço um tênis escuro, por fim passo perfume e saio depressa. Entro no carro é em menos de dez minutos chego a casa de Steice. 

- Amor! - ela exclama quando entra ao meu lado no carro e me dá um beijo rápido. - Senti saudades.

Não sei o que dizer, pois, por mais que eu odeie admitir, eu não senti. Lhe dou um sorriso discreto e volto minha atenção para a estrada em silêncio. Às vezes, senti como se de alguma forma eu a estivesse enganando, não sei, não gosto dela, não de verdade, mas gosto de sua presença. Olho de relance para ela, está concentrada, não olha para mim e não diz mais nada. Perdido em meus pensamentos nem percebo que já chegamos, um restaurante. Pego na caixinha que eu irei pedi-la em namoro e depois estará tudo oficial, mas, por que não estou feliz com isso? 

Adentramos o restaurante e o garçom nos guia para uma mesa, sentamos na mesma e pedimos algo para comermos. Pego na caixinha pronto a fazer a maior besteira da minha vida quando vejo aqueles cabelos ruivos tão semelhantes a ela, é que nos últimos dias vem tirando minha concentração. Paro o que estava prestes a fazer e me vejo vidrado naquela ruiva que eu não sei o nome. Mas minhas mãos fecham em punhos quando percebo que ela está acompanhada de outro homem, é tem mais, estão sorrindo alegremente. Não gosto de vê-la com outro, é ainda mais que esse outro esteja fazendo-a rir.

Desde quando você tem ciúmes da garota? 

Desde que ela se tornou responsabilidade minha, estou de olho nela é não posso esquecer disso. Mas ela está tão linda com aquele vestido preto que combina perfeitamente com a minha roupa. Droga, por que estou falando isso? 

Por uma questão de segundos ela para o que estava falando com o homem e nossos olhos se encontram, ela parece surpresa ao me ver, mas logo depois aponta com o queixo em direção ao banheiro é eu balanço a cabeça concordando. 

- Vou ao banheiro, volto logo. - falo para Steice e levanto.

- Não demore. - ela pega seu celular e começa a discar um número. 

Saio e deixo Steice falando com quem quer que seja. Meu foco agora é outro. Vou até o banheiro e não a encontro mais na mesa, certamente está me esperando onde indicou. Duas portas uma do lado da outra é uma parede de frente de ambas nos cobrem de todos que estão do outro lado. 

- Está me seguindo Justin? - ela pergunta em um tom provocador é um tanto acusatório.

- Essa é a minha função, não acha? Apesar de encontrá-la por acaso não vou desmentir. É eu acho que você me deve uma informação. 

- Diga. 

- Qual é o seu nome? Você disse que estava me devendo dois favores não? Quero um deles agora, é eu quero saber o seu nome. - aponto meu dedo para ela é ela sorrir.

- Isso é trapaça sabia? - tenta mudar de assunto mas eu já vivi situações demais assim para cair com facilidade. 

- Não mude de assunto e diga seu nome. 

Ela hesita por um momento é agora olhando para o chão ela entrelaça seus dedos uns nos outros é diz: - Sophia. 

De repente meu mundo paralisa é tudo o que consigo ver são suas órbitas verdes me olhando com tristeza. Junto os fatos é se for ela mesmo essa vai ser a melhor coisa da minha vida. 

- Por que tanto mistério com o meu nome? - ela pergunta casual e percebo que está estranha. 

- Sou eu quem pergunto isso.

- Bom, você já sabe o meu nome, agora se não se importa eu vou voltar para minha mesa. - ela se afasta e me lança um último olhar.

- Claro. Mas depois quero ter uma conversa séria com você Sophia. - digo e ela vai sem dizer mais nada. 

Devagar volto para minha mesa e escuto a voz de Steice falando com alguém no celular. 

- Eu não sei, deve ter vendendo ou sei lá, entregado para o dono. 

Paro e continuo escutando sem que ela note minha presença. 

- Tá, eu vou tentar, mas não é garantia. - ela fala por fim e depois desliga.

Espero um pouco e devagar sento em meu lugar. Olho para o lugar que Sophia estava mas agora está vazio e os dois foram embora. 

- O que eu perdi? - pergunto para Steice e ela abre um sorriso. 

Seja lá com quem Steice estava conversando, eu vou descobrir, é se for o que eu estou pensando, ela vai se arrepender, dou de ombros e presumo que possa ser nada demais. Mas algo dentro de mim diz para ficar em alerta. Deixo a caixinha em meu bolso é decido não usá-la. Não hoje, um dia, talvez.


Notas Finais


Instagram: @rl_cadete
Twitter: @RLCadete
Wattpad: @RLCadete


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...