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História Desacreditada - Capítulo 33: Volte pra mim.


Escrita por: ApenasLice

Notas do Autor


OiOi gente, tudubem? Espero que vocês gostem do capítulo já que ele tem a resposta pra todas as perguntas de vocês!!! Dois capítulos pro final da fanficccc, curiosos???
Grande beijo!!
-Alice

Capítulo 33 - Capítulo 33: Volte pra mim.


Fanfic / Fanfiction Desacreditada - Capítulo 33: Volte pra mim.

Elena Gilbert

Dois dias atrás, quando cheguei na casa de Caroline, me joguei em seus braços e chorei desesperadamente. Depois lhe contei tudo o que havia acontecido, desde o dia em que vi Damon e Katherine discutindo na casa de praia até o beijo de hoje.

Ela ouviu tudo pacientemente e depois que terminei de falar, desmarcou todos os compromissos que ela tinha pro dia e sentou-se no sofá comigo. Assistimos alguns episódios de uma série, Outlander, e não preciso dizer que chorei também com o romance central.

Eu chorei porque queria alguém que me amasse tanto quanto o par romântico da protagonista a amava. E eu pensei que tinha esse alguém, até vê-lo beijando a minha irmã.

Chorei porque deu erradíssimo com Stefan e também deu errado com Damon. E quando percebi já havia dormido.

Acordei com o meu celular tocando e dezessete chamadas não atendidas de Damon. Três mensagens.

“Elena, diga-me onde você está? Deixa eu explicar tudo pra você.

-Damon”

“Elena, estou preocupado, onde você está?

-Damon”

“Eu sei que agi de maneira errada, é só que eu amo você demais pra deixa-la ir embora assim, tão fácil. Por favor, me responda.

-Damon”

Desliguei meu celular, pois sabia que ele não desistiria.

E ele não desistiu. Ligou pra Caroline outras mil vezes no dia seguinte e então aparentou desistir.

* * *

Quando amanheceu, eu já estava acordada. Sentada no parapeito da janela do quarto de hóspedes de Caroline, via a chuva caindo. Estava chovendo há dois dias e eu nunca me identifiquei tanto com o tempo. Ambos instáveis.

Adormeci alguns minutos depois e só acordei, pois Caroline me cutucava. Ainda de olhos fechados, resmunguei. Suas próximas palavras foram cruciais pra que eu despertasse:

--Damon está lá fora.

Abri os olhos imediatamente e a encarei.

--Se você quiser, digo que você está indisposta e que mais tarde fala com ele.

Suspirei e logo então neguei com a cabeça. Não adiantaria ficar fugindo disso pra sempre, dois, talvez três dias já havia se passado. Precisava colocar um ponto final, definitivo, nisso.

E eu merecia resposta.

Troquei o pijama velho, mas confortável por uma calça de moletom e uma blusa lisa, enquanto calçava um par de pantufas. Penteei meu cabelo e o lavei com shampoo e condicionar seco. Escovei os dentes e lavei o rosto, depois me olhei no espelho.

Não estava bom, nem mesmo de longe, mas com certeza estava melhor do que antes. As olheiras ainda moravam debaixo dos meus olhos inchados e minha postura era péssima, mas dei de ombros, pois isso não significava muito.

--Onde ele está? –perguntei a Caroline quando cheguei à sala de estar.

Ela indicou a varanda da casa.

--Não aceitou entrar, está te esperando lá fora.

Assenti e abri a porta, encontrando-o imediatamente. Damon estava sentado nos degraus da entrada e quando ouviu a porta se abrir virou a cabeça rapidamente. Seus olhos estavam tão vermelhos quanto os meus, e ele parecia tão cansado e exausto quanto. Levantou-se. Fechei a porta atrás de mim e indiquei o balanço na varanda. Sentei-me e esperei que ele sentasse ao meu lado, mas ele puxou um banco e sentou-se a frente.

Merda, conversa com contato visual hoje não.

Respirei fundo, esperando que ele dissesse alguma coisa, mas apenas me encarava, decepcionado.

--O que você quer, Damon?

Ele endireitou a postura.

--Quero te contar tudo.

Ri de sua hipocrisia.

--Agora? Teria sido mais fácil ter contado antes.

--Elena, você não tem noção de como foi e está sendo difícil pra mim. Deixe que eu te conte tudo e depois você diz qualquer coisa, tá? Saber que eu erro meu pode destruir a nossa história me faz querer perder a cabeça.

Assenti.

Não que fizesse diferença Damon, mas já destruiu.

--Eu tinha um irmão gêmeo, George.

--Que? –não entendi o que o irmão dele tinha a ver com isso. Damon pediu que eu deixasse-o continuar. Assenti.

--Éramos inseparáveis, ninguém se metia com a gente. Marcávamos presença em todas as festas. Seis anos atrás, numa das festas da faculdade dele, George se meteu numa briga. Naquela noite, eu tinha decidido ficar em casa. Uns caras bateram tanto nele que o mataram.

Tampei a boca com as mãos. Damon tinha um irmão gêmeo? Que havia sido morto apanhando?

--Eu fiquei sem rumo quando cai na realidade de que meu irmão nunca mais voltaria. Ficar em casa estava sendo impossível. Mamãe só chorava, meu pai nem mesmo ficava em casa e Adele perguntava o tempo todo por George. Decidi sair de casa e então fui pra Nova York. Comecei a trabalhar na empresa do teu pai e em algumas semanas conheci Katherine.

Gelei.

--Katherine raramente aparecia na empresa, mas sempre era muito simpática comigo. Sem perceber, comecei a me apaixonar por ela. Um dia, criei coragem e a chamei pra jantar comigo. Levei-a em um restaurante caro, comemos e conversamos. Ficamos quase um ano juntos, mas sem um compromisso especifico. Katherine foi o meu porto seguro depois da morte de George. Ela era tudo pra mim. Numa noite que saímos, ela disse que estava apaixonada por outro cara. Acho que o nome dele era Silas.

Ah sim, Silas! Lembrei-me de uma vez em que Katherine disse que precisava dispensar um cara com quem ela estava ficando há algum tempo, pois Silas a havia pedido em namoro.

--Ela terminou comigo naquele dia. Fiquei transtornado, pois eu precisava dela. Minha família não era uma opção naquela época, logo Katherine era tudo o que eu tinha. Eu a amava pra caralho, mas ela parecia estar só se divertindo comigo. Alguns dias depois do término, ouve um burburinho na empresa de que Katherine havia ido pra um intercâmbio. Comecei a beber muito, perdi as esperanças de ser feliz de novo e cheguei perto do alcoolismo. Uma vez, tentei me matar. Não via mais esperança pra nada Elena, nada. Bati meu carro enquanto pisava no acelerador. Eu nem mesmo me machuquei. Fiquei mais puto ainda por não ser capaz nem mesmo de me machucar. Um ano depois, quando eu estava começando a superar a falta de Katherine, ela voltou do intercâmbio.

Katherine havia tirado a paz de nossa casa por uma semana inteira, lutando por esse intercâmbio. Papai era totalmente contra, mas depois de tantos pedidos dela, ele cedeu.

--Nem mesmo olhava pra mim e quando aparecia por lá me tratava como um desconhecido. Aquilo acabou mais ainda comigo, até que em uma noite minha campainha tocou. Quando abri a porta, não encontrei ninguém. Olhei pros lados e nada, depois pro chão e vi. Um cesto, daqueles de pães, com um bebê dentro. Eu me lembro como se fosse hoje. Ele estava enrolado em uma mantinha, quietinho, dormindo profundamente. Atrás da cabeça dele, uma carta. Trouxe o bebê pra dentro e como ele continuou dormindo, comecei a ler a carta.

Querido Damon

Sei que lhe devo uma explicação. Quero dizer que pensei em você todos os dias desse ano, enquanto carregava essa criança comigo. Nunca sonhei em ter filhos, tampouco em formar uma família, mas desejei amar você como você dizia me amar. Quando decidi fazer o intercâmbio, não foi porque eu queria estudar ou conhecer a Grécia. Foi porque eu estava grávida. Com a ruina de minha família, a morte da minha mãe e tantos outros problemas, não podia me dar o luxo de aparecer grávida, solteira, nesse momento. Então sai do país pra que não precisasse me livrar da criança. Tive uma gestação tranquila, e já lhe aviso, ela é cheia de energia! Chutou-me todos os dias, a cada uma hora.
Não posso ficar com ela.
Peço-te que cuide bem dela, pois ela sempre será uma parte minha, contigo, que ninguém mais tem, Damon. Eu ainda te amo, mas é complicado voltar, simplesmente. Acredito que se for pra ficarmos juntos, um dia, você vai voltar pra mim.
Cuide bem dela e lembre-se que o meu sangue corre nas veias dela. Da nossa filha.

Com amor e para sempre tua.

Katherine

Quando Damon terminou de ler a carta, eu sequei as lágrimas que desciam dos meus olhos.

--O bebê era Alasca. –contou-me o óbvio. Solucei. Então era por isso que Alasca tinha tantos traços meus. Meus não. De Katherine. –Decidi que Nova York não era lugar mais pra mim, então pedi transferência. Consegui o cargo de diretor em Mystic Falls e aproveitei a oportunidade. Comprei uma casa grande pra que eu morasse com a minha filha. Criei Alasca da melhor maneira que eu podia mas nunca sem esquecer Katherine. Cinco anos depois, quando eu já havia esquecido a sua irmã, você apareceu.

 Suspirei.

--Tão parecida com ela, Elena. Ficar perto de você me lembrava tudo o que eu sofri. Só que logo percebi como você e Katherine eram diferentes. Não imaginava que vocês eram parentes, e mesmo com a luta constante pra não me lembrar de Katherine ao estar contigo, descobri na festa de aniversário da empresa que vocês eram irmãs. Eu fiquei transtornado e me perguntei porque Deus estava fazendo isso comigo. Eu já te amava, mas então a odiei por ser irmã dela. É complicado explicar o que eu senti.

Assenti.

--Sabia que hora ou outra me encontraria com Katherine de novo, e quando isso aconteceu, agradeci por ter realmente a superado. Só que ela não me superou. Nós discutimos na casa da praia pois ela queria dizer a você toda a verdade, mas eu fiquei com medo. Depois teve o incidente com o teu pai, e ela disse-me que eu ainda podia pensar melhor. Que podia escolher entre você ou ela. Disse que te amava e escolhia você, mesmo não existindo essa de escolha. Katherine veio a Mystic Falls pois queria ver Alasca. Eu a levei para vê-la, de longe. Ela chorou. Tomamos café juntos e depois ela me beijou. Eu não deixei ela me beijar porque ainda a amo Elena, mas sim por respeito a toda a nossa história. Eu não sei, mas senti dó de Katherine. Te ver comigo deve ser difícil pra ela. Ver que a filha dela tem um relacionamento maior contigo...

Esfreguei meu rosto com as duas mãos, cansada de tudo o que ouvi. É claro que ele tinha as suas razões pra não me contar todo o teu passado, mas... Eu merecia mais do que isso. Eu merecia a verdade desde o inicio.

Levantei-me e ele se levantou também.

--Eu entendo. –apenas disse isso e me aninhei em seu abraço. Damon ainda cheirava ao perfume forte dele. Ainda tinha o abraço mais quente do universo. Esfreguei minha cabeça no seu peito e ele afagou minhas costas. Ele também estava chorando. –Eu te amo, Damon.

Sinto um beijo na ponta da minha cabeça. Damon também me ama.

--Elena, porque isto está soando como uma despedida?

--Porque é. Mas não posso te perdoar. –ouvi-me dizer. Ele soltou o ar que prendia e chorou mais alto. Nunca o tinha visto chorando. Ele sabia que eu não o perdoaria. Damon afastou minha cabeça de seu peito e beijou os meus lábios. Seu beijo dizia que me amava. Dizia que sentiria minha falta. Que entendia a minha posição. De que ele estava triste por não ter sido como sonhávamos, e principalmente, de que ele iria me deixar ir embora.

Uma hora depois, ele foi embora. Voltei pra dentro da casa de Car e me joguei no sofá.

Estava acabado. Tudo acabado.

 Levanto-me e vou até o banheiro, para lavar o rosto. Encosto minhas costas na parede do banheiro e volto a chorar. Minhas pernas perdem a força. Eu sinto saudade dele já.

--Damon, por favor, volte pra mim. –peço. Queria que ele voltasse, pois o amava. Mas eu sabia que eu nunca voltaria pra ele.

 



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