1. Spirit Fanfics >
  2. (Des)Alento >
  3. Capítulo 8

História (Des)Alento - Capítulo 8


Escrita por: jeonis

Notas do Autor


Bom, espero que não tenham desistido da fanfic e aqui está um novo capítulo (solta fogos de artifícios) ele é até grandinho do que os anteriores e espero arduosamente que eu consiga permanecer com ele nesse tanto de palavras 🤧 eu particularmente gostei do cap, tá legal, tá massa! Kkkk acho que tá diferente do que vocês vêem esperando, mas é aquele ditado: fazer o quê, né? Kkkk a música é linda, achei hoje e ela virou meu vício por uns dias $2 quero agradecer pelos +390 favs e pelos comentários anteriores <3 dedico esse cap especialmente para @Maykook52 que deve ter uns cinco comentário querendo uma att hsushsus fofa! desculpa fazer vcs sofrerem por uma att TT
boa leitura, anjos ❤️

Capítulo 9 - Capítulo 8


Me mantenha por perto

 E não me deixe partir

Em seu coração encontrei um lar

Um lugar que nunca tenha estado antes

Gavin James - The middle


Nem de longe Park Jimin pensou que o fatídico dia em que Jungkook parasse de ser tinhoso e admitisse que gostava de si seria tão... Rápido? Digo, o CEO tinha esperanças de no mínimo cinco ou seis meses se isso um dia chegasse a acontecer pelo tempo em que se aproximaram até ali e pelo futuro próximo já que, provavelmente, poderiam se aproximar ainda mais. Todavia, também tinha uma parte em sua mente lhe tirando as esperanças e já havia até se conformava de que iria se decepcionar num dia ou outro.

Antes de partar o beijo, Park pensou em apenas sentir a sensação deliciosa que era beijar o mais novo, inebriando-se por inteiro enquanto ia descobrindo como era beijar o mais novo sã. Mal sabia ele que deveria ser o milésimo e um beijo que Jungkook já dera em toda sua vida em apenas um dia, ou muito menos que os milésimos foram especialmente consigo. Foram poucos dos quais o moreno sentiu vontade e beijou tais pessoas que mereciam tal "mérito". 

Para Jungkook, admitir que gostava de Jimin cara a cara cogitava ser uma atitude impulsiva; o que não passava da mais pura verdade, mesmo que impulsivamente. Abrir mão do seu orgulho não era uma coisa fácil de decidir, e de agir, ainda mais com o CEO. Era ininteligível pensar que Jimin não era apenas o Jimin, e sim o Park, uma pessoa importante no seu país. Um empresário com muito status, mesmo ele não querendo, além de todas as mídias jornalísticas sobre si. Era muito pra Jungkook enfrentar de cara, não era tão fácil lidar assim como era tão fácil falar o que fizera alguns instantes atrás. Quando, injustamente, seu coração falou mais alto.

— Que bom que admitiu, estou tão feliz por isso... — Jimin, com seu gene gritante, se pronunciou alegre e confiante, tão positivo e lindamente com a situação. Mas a sua fala foi cortada pelo outro.

O empresário sentiu algo estranho pairando sob o ar, uma tensão incomum, quando Jungkook se afastou de si e sentou-se distante o suficiente considerado longe o bastante da ponta do sofá até o meio.

— Mas isso não quer dizer que... — o moreno titubeou, sem chances de continuar a falar já que Jimin o interrompeu.

— Que estamos namorando?

Jeon entreabriu a boca, mas se sentiria mil vezes pior se confirmasse isso em voz alta, então apelou em assentir e desviou o olhar para baixo. Jimin sorriu meio sem graça com a reação do outro; sendo uma resposta ambígua para o mais novo.

— Você me pediu em namoro?

— Não! Eu... — Jungkook respondeu rápido, logo calou-se, praguejando em mente sobre como aquele momento era horrendo demais para si.

Como poderia haver dois Jungkook em um planeta?, pensou o mais velho. 

— Eu pedi você em namoro? — Park sem dar ao luxo de questionários continuou, e Jungkook apenas deu o trabalho de negar mudo. — Não é necessário um namoro agora, Jungkook. — respirou um pouco pesado, também estava com pesos nas costas e tão ou mais incerto com a pseuda solução para ambos. — Podemos começar com você aceitando sair comigo, o que você acha?

Ele ainda quer a minha opinião?, Jungkook ousou em pensar na hora, com os olhos pretos sem piscar inertes. Não podia mais ser um idiota por completo, já havia correspondido o sentimento com o loiro e não queria ver aquele meio sorriso estampado em seus lábios. Queria um mais emocionante. 

— Jungkook?

— Oi? — o mais novo ergueu o olhar em direção da voz que lhe chamava, Jimin o tirou dos devaneios, mas a realidade era a mesma, só estava disperso. Aquele maldito sorriso e aqueles malditos olhos caramelados em si o deixou querendo suspirar. Antes que sua mente deixasse obter pensamentos dos quais não queria ter, o respondeu. — Tá bom, eu não tenho nenhuma maneira de, sabe, da gente, digo, sobre a gente.

Jimin se perguntou onde estaria aquele Jungkook que tinha certeza do sim e do não, de saber o que quer e o que falar, embora estivesse saindo melhor do que esperado. Ele bem podia usar essa indiferença tímida do mais novo, mas não era bem assim que Park Jimin levava a vida, mesmo sabendo que seria uma boa ideia pedir Jeon em namoro ali mesmo, no entanto, o moreno cedendo para sair consigo, ah, isso sim era mais saboroso. Mas por quê disso? Oras, a sensação de poder buscar Jungkook ali na casa do Kim, entrarem no carro, chegarem a um local público juntos e deixar rolar o momento, já fazia com que o loiro quisesse isto logo de uma vez por todas.

Se possível o chamaria logo para ir a uma cafeteria ou até mesmo tomar um chá com pedaços de bolo de chocolate, ou talvez seria melhor o chamar para ir a sua casa. Sim... Não. Jungkook nunca aceitaria ir em sua casa, pelo menos não nessa altura do campeonato. Essa era a conclusão do Park. Droga, pensamentos como este sobre o Jeon já estava quase dominando a cabeça do loiro.

— Hm, eu vou indo, porque tenho uma coisa pra fazer, coisinha rápida. — Jimin teve uma ideia e se levantou do sofá, a sensação fria que sentia antes por Jungkook ter se afastado já havia esvaído, pois sair com o moreno lhe deixou nervoso e já pensava qual gravata iria usar no, quem sabe poderia chamar de, encontro.

Jungkook arqueou as sobrancelhas e maneou a cabeça para o lado direito. Achou estranho tal atitude repentina de Jimin e o assistiu, aflito e totalmente confuso, caminhar em direção a porta.

— As dez horas eu venho te buscar. Ou se você quiser iremos às oito. Nove? Certo, as nove e meia tô aqui.

Tão rápido quanto a fala toda fora dita, viu calado Jimin sair e fechar a porta.


•••

Ser um chefe era bom, Park confirmaria assentindo com a cabeça. Tinha tempo para ficar sem nada para fazer, no entanto, preferia estar na empresa e trabalhando até seu corpo dar um sinal de desgaste do dia. Preferia mil vezes ao cubo isso do que ficar sozinho sem fazer absolutamente nada. Era "famoso", mas era uma pessoa solitária no final das contas. Seus pais se mudaram para o exterior, manter a empresa de aviação de autoria familiar, e já se fazia três anos e meio. Até o final do ano completaria quatro anos longe do apoio de seus pais, contudo, ligava para os mesmos uma ou duas vezes por semana, já que ambos trabalhavam direto. Mas, com a descoberta de ser pai, Jimin não ligava para os mesmo há um bom tempo, digamos três meses. Talvez seja a adrenalina toda que percorria em seu corpo, lhe fazendo esquecer certos detalhes como este.

Jimin sabia, e imaginava, como sua mãe iria reagir ao saber que iria ser avó de primeira viagem. Ah, chega sorrira alegre por imaginar um sorriso contagiante nos lábios finos da mulher de fios brancos em como ela ficaria muito feliz e surpresa por saber do bebê. Seu pai também não iria ficar muito longe disso, possivelmente iria ficar sem fala, demoraria a dizer algo rente a descoberta e por fim bateria palmas. Estava tudo na mente do loiro. Park se questionava o porquê de ainda não ter os contado.

Quem sabe o bebê uniria mais pessoas, trazendo o Sr. e a Sra. Park para Coréia, nem que fosse por uma semana ou dois dias.

Os prós e contras de ser um chefe tinha seu lado favorável e seu lado ruim, como aquele dia. Logo naquele maldito dia havia se esquecido que tinha uma reunião marcada com um CEO representante da Dinamarca. Droga, mil vezes droga.

Jimin jogou seu corpo pra trás sem hesitação no meio da cama espaçosa de seu quarto, seu celular na destra estava mostrando o número do telefone fixo de Kim Seokjin e não conseguia criar coragem de ligar para Jungkook. Droga, de novo. Por que isso tinha que acontecer logo consigo? Justo naquele dia? Já era oito horas da noite e teria que avisar, infelizmente, para o pai do seu filho que não iriam poder sair naquela noite por puro capricho do seu trabalho.

Só esperava que Jungkook entendesse seu motivo e que o imprevisto não passasse de uma mentira passiva. Estava tão animado antes, que Jimin quis saber se o moreno estava na mesma sintonia que ele, ansiando por saírem e ficarem juntos por uma noite tranquila. Coisa que não aconteceria. 

O toque de celular fez Jimin erguer a mão em seu rosto, vendo que era o contato do seu secretário. Kim Taehyung estava lhe ligando a cada vinte minutos e sabia que a ligação se tratava de quando exatamente o Park iria buscá-lo na casa do mesmo para irem a empresa de encontro com o novo sócio.

— Senhor Park?

— Oi, Taehyung. — Kim notou um certo desapontamento no timbre de voz do CEO, chega suspirou; preocupado com seu chefe e de como seria o resultado daquela noite. Não lembrava a última vez em que percebeu que Jimin estava de tal jeito. Mas assim que Park falou após lhe atender, foi como se a primeira vez fosse aquela, tendo o mesmo presentinho que tivera outrora.

— Desculpe estar ligando novamente. É que faz quase meia hora desde a hora em que o senhor me ligou e eu queria saber se tem como o senhor me buscar no mercado próximo da minha casa, naquele mercado vermelho.

Jimin cogitou em perguntar o porquê de não ir direto na casa de seu secretário ao invés do mercado, no entanto, não costumava ser invasivo, afinal Taehyung não disse nada sobre a mudança. E é claro que o castanho não iria dizer, já que não conseguia se abrir para seu superior. Não queria ter que encher os ouvidos do Park de seus lamentos, sobre como seu pai era um homem de cinquenta e dois anos homofóbico demais, a ponto de dizer todos os santos dias que não iria aceitar caso tivesse um amigo homem e vive afirmando que também tem um caso com o próprio chefe. "Oi, senhor Park. Eu liguei pra avisar que não vai ser possível você vir me buscar em casa para irmos a reunião, senão meu pai vai começar a me xingar e dizer que temos um caso proibido. Pode me buscar no mercado?" Taehyung ironizou ao pensar antes de ligar para o loiro.

— Claro que sim. — Jimin vociferou. — Vou tomar um banho e logo estou saindo de casa. — disse ao que levantou da cama e foi abrindo botão por botão da blusa social azul que usava, logo mirando seus olhos em seu roupão branco pendurado num gancho da parede do banheiro à sua direita. — Te ligo assim que eu sair daqui.

— Está bem então, senhor Park. 


•••

Jungkook estava nervoso. Uma coisa que rara das vezes acontecia e ele não tinha um dom de ficar assim por coisa banal. Aí que ele pensou bem e chegou a conclusão de que não era algo banal. Quando descobriu estar grávido, a última coisa que pensou no que aconteceria depois dali seria estar saindo com o pai de seu filho, sequer imaginou isso, mesmo Jimin sendo um homem inteligente, lindo e educado, Jungkook não pensava em Jimin com tais intenções. O que tiveram foi a coisa mais inusitada e casual que o mais novo tivera a coragem de fazer.

Agora Jungkook lutava contra todos os sentimentos que sentia após os três meses estando em contato com o empresário, por muitas vezes não era a pessoa mais gentil do mundo quando estava ao lado do Park, num estado de defensiva que não obteve êxito em nenhuma perspectiva de não se envolver.

Por Deus, o moreno roeu todas as unhas só de relembrar quando Jimin saiu dizendo as coisas sem que ele respondesse, e ainda mais por ter marcado um encontro do nada. E então por que ainda não havia ligado para o Park e desmarcado? Estava evidente que não iria fazer isso, aliás, nem pensou e nem quis fazer isso. Teria um encontro a noite com o pai de seu filho e não seria ele a negar justamente depois de ter dado trégua.

Assim que deu oito horas da noite, Jin deslumbrava um gestante lindo rente seus olhos no meio da sua sala. O admirando tanto que qualquer um podia ver brilho em seus olhos, mesmo Jungkook ter falado mais uma baboseira de si próprio, em questão da calça jeans folgada, o retrucava a cada um minuto o quanto ele estava lindo pelo simples fato de ter uma barriga grande no meio. E era nessas horas que o menor não evitava acariciar sua barriga saliente e de sorrir ao se ter um diálogo mental com seu bebê e olhar para seu melhor amigo com as bochechas rosadas.

O Kim não dizia certos detalhes que via do moreno, de como ele estava ficando o uke grávido mais fofo de todo o mundo da vida yaoi e afins; as vezes até tinha vontade de lhe dizer tais coisas, mas sabia que Jungkook iria lhe encarar de uma forma indecifrável e não tinha certeza do que o mesmo falaria. Às vezes Jungkook era mais sensato do que o melhor amigo, parecia até o mais velho dali. A relação de amizade conteve mais afinidade após morarem juntos nesses poucos meses, Seokjin sentia-se o próprio irmão de Jungkook e tio do bebê que o mesmo carregava, embora sabia que não havia ligação alguma de sangue, e que mataria seu amigo e seu chefe se ele não fosse o padrinho do nenê. O afeto triplicou, já não se via fora da vida dos dois.

— Pra onde vocês vão? — o rosado quis saber, havia esquecido desse detalhe e o mais novo não havia dito. — Será que ele vai te levar pra um restaurante francês? Ou vão comer comida mexicana? Brasileira? Deve ser um desses, afinal, Jimin não tem cara de que gosta de comer fast food.

E com isso, Jungkook ficou ainda mais nervoso. Não iria se sentir nada bem num local desses, não sabia como agir e sabia muito bem a diferença palpável de marca das roupas entre ele e os demais. Droga.

— Eu realmente não sei... — desdenhou um tanto encolhido no sofá e passou a olhar os dedos das mãos que estavam inquietas.

— Como assim não sabe? — Kim virou seu rosto em direção ao menor, notando seu estado indiferente. Seu melhor amigo mudou de uma hora para outra, até achou estranho quando o mesmo lhe disse que ia sair com o Park naquele mesmo dia. Namjoon também ficou embasbacado ao receber a fofoca por ligação; o rosado não perdia uma. — Será...

— Será o quê, hyung? — o moreno já estava nervoso, com meias palavras do Kim o deixou curioso a demasiado.

Jin se levantou e não pode continuar o que tinha em mente, seu telefone fixo tocou do lado e foi atender. A voz do seu chefe lhe fez andar apressadamente até a frente do menor e o gestante perguntou quem era. Os olhos graúdos de Jungkook aumentaram e sua garganta secou ao escutar Seokjin dizer que era o CEO. Seu coração palpitou sem controle algum.

— Hm, Jimin? — o moreno mordeu o lábio inferior, meio incerto, meio animado.

— Oi, Jungkook. — ah, como o peito do empresário doeu tanto, também mordeu o lábio inferior pelo que tinha que falar, escutar o mais novo lhe chamando pelo nome era uma coisa que conquistou naquele dia e perderia esse privilégio no final dele. Com pesar nas costas, Jimin deu continuidade, mas lidaria com calma. — Você está bem?

— Tô. — Jungkook olhou para o rosado com uma das sobrancelhas arqueada, Jimin ligou só para perguntar isso?

— E o meu filho, hidratou ele com muita água desde a hora que saí?

— Me ligou apenas para perguntar isso ou...? — esperou que o loiro terminasse e que fosse direto no que queria, sem enrolação.

O pior e suspeito foi ouvir o empresário suspirar fundo.

— C-claro que sim, sempre te liguei de noite pra saber como vocês dois estão.

— Hm.

— Também liguei pra avisar que hoje não iremos poder sair... — Jeon o interrompeu.

— Espera. Como assim, Park?

— Fiquei tão entusiasmado quando nos beijamos, que a ideia de termos um encontro me foi a melhor ideia que tive naquela hora. E eu faria de tudo pra estar ao seu lado, ainda mais você ter tido aceitado, mas...

— Mas? — Jungkook engrossou a voz, num deboche descontente. — Mas o quê, Park?

— Eu acabei esquecendo completamente que tenho compromisso hoje e...

— Que bom, passar bem.

Era engraçado a forma em que Seokjin estava encarando o mais novo, Jungkook até sorriria, mas estava possesso de raiva. O Kim tinha uma mão na cintura e a outra parada no ar com o telefone que o outro lhe entregou e com a boca aberta. Era quase como careta, inconformado em concluir que Jungkook e o seu chefe não iriam mais sair, porém, nítido em sua feição, que não entendeu o porquê.

— Solta a voz, Jungkook, por que tá me olhando com essa cara feia? Por que vocês não vão mais sair? O que ele disse?

Jungkook ousou em empurrar a ponta da língua no interior da bochecha direita, e logo desfez o laço dos braços, cruzando as pernas, antes de responder por ordem as perguntas de Seokjin. Jeon preferia poder não falar nada, guardar consigo, contudo, morava com o outro a sua frente, e é por ele que tem um lar.

— Tô olhando com essa cara feia pois é a única que tenho, seu chefinho tem um belo e importante compromisso justo hoje e não vamos poder sair. Quer saber de algo a mais?

Depois de uma analisada corporal e um instante para pensar, seu melhor amigo então se pronunciou.

— Você está bem?

Jungkook esperava tudo, menos isso.

— Hyung... — sua voz saíra mansa e Jungkook sentiu o corpo menos pesado, sem tensão ruim para abalar novamente. Mas não fora o suficiente para dialogar sobre Jimin e ele. — Eu já disse tudo o que você quis saber, mas eu realmente não estou querendo mais falar sobre isso, uh? Não vou sair com o Park, então eu quero deitar mais cedo, tudo bem?

— Park? — Jin arqueou as sobrancelhas. — Parou de chamá-lo de Jimin? — brincou.

— Argh, me leva a sério! — Jungkook sorriu soprado e despreocupadamente suas mãos foram para cima de sua barriga.

— Certo. — Jin coçou o queixo. — Não acredito que ele fez isso, mas também não quero mais saber... — deu uma pausa com um certo drama e sorriso de lado. — Ainda. Agora levanta essa bunda, nem pense em ir para o quarto porque eu não vou deixar você ir dessa vez, a gente vai tomar um café com biscoitos de baunilha.

— Mas não tem esses biscoitos aqui, hyung. — Jeon o lembrou e repentinamente uma vontade de comê-los o atingiu em cheio.

— Exatamente. — o rosado pegou a mão destra do amigo e o fez levantar com cuidado e então saiu o guiando em direção a porta. — A gente vai sair.

— Hyung... — resmungou o menor, com uma careta nada empolgante.

— Sem mais, Jungkook. Você aceita sair com o meu chefe e comigo não!?

— Não é i-isso.

— Ah, bom, então vamos.

Jungkook não teve como protestar e Jin o arrastou para saírem da casa, se demorasse mais em opinar para que trocassem pelo menos de roupas, Kim sabia que o mais novo iria se trancar no quarto e não era isso que ele queria. A cafeteria perto do seu trabalho era o lugar perfeito para Jungkook saborear da melhor doceria e bebidas doces da cidade.

•••

Só poderia ser ironia da vida seu melhor amigo ter o levado justamente para o mesmo lugar que saiu pela primeira vez com o CEO para conversarem sobre o, na época, feto. E se o mais velho não tivesse grudado ambas mãos para sair do carro e caminhar para a entrada do estabelecimento, provavelmente teria corrido para qualquer lugar que fugisse da porta da cafeteria. Sinceramente, se não fosse pelo capricho do Kim, Jungkook estaria com o nariz entupido e não torcendo o nariz como ele torcia agora, embora finalmente iria poder tomar um capuccino a vontade. Apenas por isso que via um lado bom de estar ali.

Seokjin não mediu esforços para guiar o garoto para um das mesas do fundo, perto do balcão, até se fez de um bom cavalheiro ao puxar a cadeira para que o menor sentasse.

— Você ficou muito bonito, Kook, acho que você só não caprichou na maquiagem. — Jin disse enquanto olhava cada detalhe do rosto alheio à sua frente, também viu quando Jungkook revirou os olhos. — Sequer passou um delineador? Vocês iam a um encontro...

— Eu sempre esqueço, hyung. — estalou a língua no céu da boca, seu amigo havia lhe dado certas maquiagens e não passava uma só das quais ganhou, por sorte não tinha espinhas e muitas das vezes concordou em ter passado pelo menos base no rosto para o amigo, sendo que nunca usava. Jeon logo se endireitou na cadeira de madeira e apoiou os braços cruzados na mesa. — Eu vou querer um capuccino, hyung, eu só tomei uma vez.

Essa única vez Jungkook lembrou muito bem de quando trabalhou por poucos dias em uma cafeteria da cidade e de como foi tão mágico o gosto fresco e doce da bebida. Era resto de um cliente que mal havia tomado pela metade, havia pagado quase 29 wons por menos de 200 mls. O moreno acabou sorrindo por ter lembrado de sua "arte".

— Hm, jura!? — Seokjin arqueou as duas sobrancelhas, meio desconfiado por não estar acreditando no que o outro falava. — Agora me veio na cabeça uma pergunta... Por que eu nunca te levei para tomar um café mesmo?

Jungkook sorriu balançando a cabeça em negação. — Somos adultos, hyung. — o garoto respondeu como se alguém tivesse perguntado qual era a cor do céu. — Você não tinha tempo nem quando estava na faculdade e muito menos eu tinha na correria de buscar um novo emprego a cada três, seis meses.

— Olha, se quiser, falamos sobre isso, mas será mesmo que aqui é um bom lugar para dizermos coisas tristes? — Jin olhou fixamente para o menor. — Aposto cem wons que hoje você não chora mais. — brincou, mas só no tom de voz, porque na real ele estava levando a sério todo esse papo. Não queria mais ver Jungkook entristecido, muito menos ali.

— Hyung! Assim não vale, não tenho como te pagar. — exclamou um pouco mais alto, mas logo caiu na gargalhada. — Isso é golpe baixo.

— São só cem wons, Kook. Não é p...

Foi tudo muito rápido. Uma hora o Kim estava vendo Jungkook gargalhar para si e de um instante para o outro via Jimin e Taehyung entrando e logo sentando numa mesa bem provável ter sido reservada, já que vira um dos atendentes tirando uma plaquinha branca que estava no meio da mesa, deixando sua frase cortada no ar.

Jungkook não tinha nada de bobo, notou facilmente quando seu hyung parou de falar do nada encarando algo atrás de si. Tentou olhar para o lado do ombro esquerdo, mas ao mesmo tempo voltou a sua posição fetal. Não podia ser o que estava pensando, suponhou o moreno.

— Não me diga que... — nem conseguiu terminar de falar, parecia cinco monstros de sete cabeças e que eles estariam saindo de sua boca assim em que finalizasse. Só podia ser a vida lhe pregando mais peças.

— Quer ir embora? — Kim perguntou e levou seus olhos em direção a Jungkook. Ele estava ereto demais, praticamente petrificado na cadeira e mal piscava os olhos pretos.

— Você ainda me pergunta, Jin? — disse com os dentes cerrados, quase sussurrando, evitando o máximo de movimento e queria sua voz baixa, plena.

O Kim assentiu, olhando mais uma vez em direção ao seu chefe. Jimin estava um tanto quanto aéreo enquanto mexia no celular sem sequer responder direito o que falava com Kim Taehyung. O secretário do CEO estava falante, porém em tom baixo e com uma certa elegância enquanto gesticulava a destra. E enquanto Jungkook dizia para seu melhor amigo levantar e ir logo embora, para passarem despercebidos, o celular do rosado começou a tocar. O desespero foi grande de ambos lados. O som era estridente por ser um local com apenas seis mesas ocupadas, a maioria das pessoas estavam sozinhas, com isso a virada que o Park deu em direção aos fundos do seu lado oposto lhe criou um vínculo entre as sobrancelhas. A chamada contínua foi barrada quando Seokjin atendeu, mas não foi necessário, pois Jimin havia deixado o celular em cima da mesa e agora caminhava em direção a mesa dos dois.

Sem pedir permissão, Park sentou em uma das cadeiras com toda sua ladainha tão formal, parecia abundantemente sexy demais para Jungkook não pensar de tal forma e, droga, o loiro de feição séria era como um enigma. 

— Eu não estou te seguindo. — Jeon disse firme, quase conseguia expandir a troca de olhar com o pai de seu filho.

— Ah, disso eu sei. — Jimin, galanteador até nas horas vagas, respondeu rápido e com tom divertido. — Você sequer me deixou falar direito, com certeza não fazia a menor ideia de que eu viria pra cá, certo?

— Acertou em cheio, Park.

— E será que foi ideia do Kim a te trazer para cá, certo também? — levou lentamente os olhos em direção ao rosado, este que mantia a boca entreaberta, assistindo tudo e opinando em mente, para logo então voltar sua atenção ao moreno.

— Acertou de novo.

— Acabaram de chegar?

— Hm, errou. Estamos já de saída.

— Hm, entendi.

Jungkook arqueou ambas sobrancelhas e maneou a cabeça para o lado, totalmente inconformado por sua presença não ter sido aclamada por Jimin. Contudo, o loiro foi mais rápido em sua fala.

— Posso beijar o meu filho?

— Você o quê? — Jungkook, é claro e evidente, arregalou os olhos, olhou para os lado e pôde ver as pessoas do seu arredor. Taehyung não estava mais sozinho, com ele agora tinha dois homens de terno e gravata, cada um com duas pastas e olhavam toda hora para sua mesa. Naquele momento Jungkook sentiu-se um pouco tolo e percebeu que fazia marra por puro ciúmes, achando que fora trocado pelo secretário sendo que o CEO estava ali para negócios... Será que negaria do Park beijar sua barriga? Por Deus, como não chorar por esse dia!?

— Você escutou, Jungkook? — como um belo melhor amigo, Seokjin retorquiu.

Jungkook então assentiu para o Park e viu ele alargar mais o riso que ostentava. A calma que o mais velho se agachou ao seu lado e acariciou com a mão primeiro antes de beijar a barriga, fez com que Jungkook não ficasse se sentindo nervoso e pareceu até uma hipnose ver Jimin formar um leve bico nos lábios e tocar sua barriga por cima da blusa. Foi mais intenso do que imaginou. Tão logo os olhos caramelados fixos nos seus ao que distribuiu mais três beijos em cada canto de sua protuberância. Jimin pareceu até mais atrevido em tocar com as duas mãos ao redor e beijar seu umbigo coberto. O moreno deixou até o ar falhar quando Jimin levantou a sua frente, sentindo o perfume inebriante e foi surpreendido ao receber um selinho em seus lábios e um beijo singelo na testa.

— Sei que não estavam de saída, mas sei que foi só me ver que você decidiu isso. — Park disse ainda parado, revezando seu olhar para sua mesa e para o rosto rubro do mais novo, precisamente no menor. — Não precisa ir embora, fique, uh? Coma algo dessa vez. Eu irei te levar para casa depois, amor. 




Notas Finais


🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯🤯

e aí, o que acharam? aaaaa

aliás, alguém aqui leu a 2shot "Pivot"? ela foi apagada de novo :( dessa vez por causa da sinopse curta, tô puta com o SF! vou ter que postar ela de novo arrrrrhhhh

qualquer coisa sobre a fic tem MP, tem meu twt/CCT: itsjeonwolrd 💖 bjs até mais nenêsszxxxx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...