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História Descendentes - Segunda temporada - O poder do amor


Escrita por: Maskarada

Notas do Autor


Jay reencontra alguém importante e precisará revelar seus verdadeiros sentimentos para conseguir a flor da cura. O que você faria se o tempo lhe desse uma segunda chance?

Capítulo 7 - O poder do amor


Fanfic / Fanfiction Descendentes - Segunda temporada - O poder do amor

Ele cerrou os punhos e tentou achar a flor. Mas não havia nada ali. Ele socou uma arvore que estava ali perto.

 

- Droga! Será que eu não consigo fazer um simples favor a ela? – Ele sussurrou.

- É claro que consegue. – Disse uma linda moça que ali estava.

 

 Ele se assustou. Se afastou e a encarou.

 

- Me desculpe se eu o assustei. – Ela sorriu. – Esperava que você me reconhecesse.

- Quem é você? – perguntou Jay desconfiado.

 

 Ela o encarou surpresa e riu.

 

- Eu sou a guardiã da flor. Ou seja, para você, eu sou sua mãe. – Ela sorriu e Jay se armou.

- Fale a verdade!

- Tão desconfiado quanto seu pai... – Ela suspirou. – Espero que tenha parado de roubar.

 

 Jay largou a arma. Era ela. De algum jeito era ela. Ele correu em sua direção e a abraçou.

 

- C-como...? – Ele perguntou deixando as lágrimas escorrerem.

- Eu não estou viva. – Ela deu um fraco sorriso acariciando os cabelos de Jay. – Só apareci para lhe guiar até a flor. Venha. – Ela o direcionava.

 

 Eles caminhavam em silencio. Havia tanto que Jay gostaria de dizer e perguntar a sua mãe...

 

- Você está bem? – Perguntou ela.

- Estou. – Respondeu ele friamente.

 

 Ela o olhava com pena. Ela tentou colocar sua mão no ombro dele, mas ele logo se afastou.

 

- Jay, você pode fazer suas perguntas. – Ela disse e ele a encarou. – Sei que tem perguntas. Assim como qualquer um teria depois de perder sua mãe.

- Porque ficou com um cara como papai? – Ele perguntou logo em seguida.

 

 Ela suspirou e olhou para o chão sorrindo.

 

- Eu sei que é difícil de acreditar, mas seu pai já foi um bom homem. Por um curto período, mas já foi.

- Eu não acredito nisso. Ele é um monstro. – Disse Jay cerrando os punhos.

- Os monstros não nascem sendo monstros, Jay. Todos nós temos algum motivo para nos tornarmos quem somos. Seu pai só não soube superar seu motivo.

- Ele seqüestrou Evie. – Disse Jay. – Ele me obrigou a fazer coisas horríveis durante minha vida inteira.

- Eu sinto muito por isso. – Ela sorria de uma maneira triste. – A culpa é minha. Sinto muito por isso... Se eu não tivesse...

- Nem vem com essa! – Ele disse zangado. – Eu fui o responsável pelo que aconteceu. Não venha com essa de colocar a culpa em si mesma. Eu te matei. – Ele disse e continuou andando, mas ela parou e o encarou.

- Ah Jay... – Ela dizia enquanto uma lágrima lhe escapava. – A culpa definitivamente não é sua.

- Da para parar com isso? – Disse Jay agora mais vermelho. – me mostra onde está a porcaria da flor logo.

- Quando começou a falar desse jeito...? – perguntou ela.

- Quando a minha mãe morreu. – Ele disse. – E ela não é você. Você é apenas uma figura criada para me guiar até a flor.

- Na verdade, quando isso aconteceu parte da minha alma veio junto Jay. – Ela disse calmamente.

 

 Ela o guiou até o centro da montanha. Onde haviam várias flores. Eles continuaram a andar em um silencio constrangedor.

 

- Você ama alguém?

- Não. – Ele disse seriamente.

- Qual a cor da flor que está em cima daquelas rochas? – perguntou a moça apontando para um monte de pedras gigantes amontuadas.

- Você é bem aleatória... – Ele disse voltando sua atenção a flor. – Ela é azul como todas as outras.

- E...? – Ela perguntou esperando mais uma resposta.

- Que estranho... Por mais que ela seja igual as outras... Ela parece ser diferente.

- Exato. – Disse ela. – Aquela é a flor.

 

 Jay sorriu e correu para buscar, mas sua mãe o deteve.

 

- Não posso deixá-lo fazer isso.

- Como assim? – Perguntou Jay. – Foi por isso que vim aqui.

- Só aqueles que amam alguém de verdade podem ver e tocar na flor. Você disse que não ama ninguém, mas consegue vê-la.

- Se eu consigo vê-la, então posso tocá-la. – Disse ele tentando passar.

- Evie! – Ela disse e ele paralisou.

- O que? Onde?

 

 Sua mãe deu um sorriso bem carinhoso.

 

- Você a ama, não é?

- EU não do que você está falando...

- Desde pequeno você gostava dela não é mesmo? Me lembro de quando você chegava em casa e sorria ao dizer das brincadeiras que faziam. E também me lembro que em alguns dias você chegava muito bravo e triste porque ela sempre dizia que queria casar com um príncipe... Nem mesmo eu sabia como te alegrar em dias como aqueles.

- I-isso não significa nada. Eu era criança...

- Você falou do seu pai com tanto ódio quando disse que ele havia seqüestrado ela... também sei que quando fala algo de que gosta muito ás vezes engasga. Também sei que está aqui por ela. Certo?

 

 Jay ficou em silencio. Não haviam respostas para aquilo. Ele não podia negar. Ele gostava de Evie. Não só gostava, como amava. Faria de tudo para vê-la feliz.

 

- E se eu dissesse que ela sente o mesmo por você? – Ela sorriu.

- Seria mentira. – Ele disse. – Eu fiz ela ser aprisionada e ser torturada por um ano. Fiz ela ser seqüestrada. Eu fiz ela sofrer. Eu faço ela sofrer.

- Esse é o problema das garotas. Uma garota não muda tão fácil seus sentimentos. Principalmente se for verdadeiro. Evie te ama e isso não mudou. Então porque você não consegue dizer que a ama também?

 

 Lágrimas escapavam do rosto de Jay. Ele cerrava o punho e os dentes. Fechava os olhos e tentava dizer.

- Eu amo ela e sempre vou amar. Mesmo que ela não sinta o mesmo. E eu também amo você mãe. Eu nunca te disse isso, não é? Me desculpa... Eu tinha medo. Eu sempre tive medo. Esse é o meu medo. Sempre tive medo de amar.

 

 Ele disse se ajoelhando de tanto chorar. Ela se ajoelhou de frente a ele e o abraçou. Ele a abraçou de volta e desabafou o choro. Nunca havia chorado tanto em sua vida. Era como se o tempo lhe tivesse dado uma chance. Ele nunca pode chorar e ser abraçado por sua mãe.

 

- Me desculpa... – Ele soluçava.

- Shhhhh... – Ela dizia. – Você é o meu herói Jay. Você sempre foi bom por dentro e sabe disso. Eu sempre amei sua gentileza e sua determinação. Continue sendo um bom garoto, ta? – Ela dizia e chorava também. – Proteja aqueles que você ama. Seja forte. Você vai cair muitas vezes, mas o lado bom de cair lá embaixo é que só há uma saída: Por cima. Continue sendo um bom garoto como você sempre foi.

 

 Ela disse e eles se levantaram. Ela lhe enxugava as lágrimas e bagunçava seu cabelo.

 

- Pega aquela flor e leva para ela. – Ela sorriu.

- Obrigada mãe... – Ele suspirou e foi na direção da flor.

- Estou orgulhosa de você Jay. Eu te amo. – Ela sussurrou e ele se virou para vê-la, mas ela já não estava mais ali.

 

 Ele segurou a vontade de gritar e seguiu em frente. Arrancou a flor e desceu a montanha. Ele não conseguia parar de pensar nela. Ela era tão calma, jovem e bonita... mal pareciam parentes.

 

- Eu também te amo mãe... – Ele sussurrava no caminho de volta.

 

 

 

 


Notas Finais


Se quiserem sentir a emoção da cena de Jay e sua mãe ouçam Don't worry child! (Sugiro o cover de KHS e Sam Tsui)

Espero que gostem!


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