Matt: Como estão as coisas?! - Grita para Sam, por cima da tempestade – Vai me responder?! - Sam olha para ele e quer ignora-lo, mas não consegue.
Sam: Volte lá pra baixo! - Berra tentando superar o barulho monstruoso – Esse não é um bom lugar para você! - Misteriosamente a tempestade para, mas o mar continua revolto.
Matt: Que estranho – Se questiona - É comum uma tempestade sumir tão rápido em alto mar? - Pergunta ao namorado.
Sam: Não mesmo – Responde secamente, sem olhar nos olhos dele – Ela com certeza tem origem mágica.
Matt: Estou preocupado – Olha cabisbaixo para Sam – Será que ela está bem? - Respira fundo.
Sam: Como se você ligasse – Sussurra.
Matt: Eu ligo sim – Fecha a cara e cruza os braços - Eu a amo. Eu te amo,
Sam: Sei – Olha para ele e ri.
Matt: O que tem de tão engraçado assim comigo? - Fica mais bravo.
Sam: Você fica engraçado quando está bravo - Balança a cabeça em negação - Principalmente quando quer esconder o que está sentindo.
Matt: Como assim? - Pergunta curioso.
Sam: Não precisa fingir para mim que está preocupado com ela – Olha dentro dos olhos dele – Sei que queria que ficássemos só nos dois juntos, mas eu a amo também, não posso deixa-la.
Matt: Eu a amo também - Suspira exausto de ter se que explicar novamente – Passou pela minha cabeça sim que ficaríamos só nós dois, mas eu não vou deixa-la. Ficar sem ela foi como se tivessem retirado em pedaço do meu coração, foi como se... - É interrompido.
Sam: Tivesse perdido uma parte sua insubstituível – Suspira olhando tristemente para Matt – Como se tivesse perdido um braço ou uma perna.
Matt: Foi muito pior – Soluça - Foi como se eu morresse um pouquinho.
Melinda: Ainda bem que estão se acertando – Surge numa nuvem de fumaça azul perto deles – Sabia que funcionaria.
Sam: Funcionaria o que? - Questiona.
Matt: Estava nos espionando? - Indaga sem graça.
Melinda: Sabia que o Feitiço Antidoto da Magia de Coração, que encontrei na herança de Lotte, funcionaria, essa tempestade é uma magia produzida por uma Cecaelia e tem o objetivo de espalhar a discórdia - Explica – E bem, sobre espionar, eu estava observando para saber se conseguiria liberta-los do feitiço, mas o antidoto funciona por pouco tempo. Precisa de algo muito mais poderoso vindo dos envolvidos.
Matt: O que? - Pergunta curioso.
Melinda: O beijo do amor verdadeiro – Revela.
Matt: Mas será que é... - Não consegue terminar.
Melinda: Se quiserem posso sair daqui e lhes dar privacidade – Sugere – Meu trabalho aqui terminou – Some numa nuvem de fumaça azul.
Sam: Eu sei que te amo – Conta – E a Lotte também.
Matt: Mas é de amor verdadeiro que estamos falando aqui – Diz preocupado – E se o que sentimos não for o suficiente? - Se preocupa – E se nos amarmos, mas não a Lotte? - Anda de um lado para o outro preocupado – Eu a amo. Eu a quero, mas também quero você.
Sam: Se acalme – Pede ao segura-lo pelos ombros - Só precisamos tentar. Eu sei que se pode amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Creio que seja possível. Eu amo vocês dois – Conta – Depois nos preocupamos com as consequências.
Matt: Mas... - Sam lhe rouba um beijo. Uma onda de energia multicolorida e quente se propaga ao longo do barco, libertando Sam e Matt do feitiço.
Sam: Parece que funcionou – Ofega ao se separar de Matt.
Matt: Isso mesmo – Fica preocupado - Mas o que isso quer dizer?
Sam: Eu não faço ideia – Diz também preocupado.
No andar de baixo. Carlos bate na porta do quarto de Jay.
Jay: Pode entrar – Chama.
Carlos: Tudo bem – Entra com uma bandeja nas mãos - Wally me disse que não quer comer nada. Eu me ofereci para trazer sua comida.
Jay: Pode colocar na mesa de cabeceira – Fala olhando para outro lado com as cobertas puxadas até a altura do pescoço.
Carlos: Está doente? - Pergunta ao depositar a bandeja no local – Quer que eu traga um remédio?
Jay: Não preciso de remédio - Puxa as cobertas até o nível do nariz.
Carlos: Tem certeza? - Se senta na cama – Se quiser eu posso... - É interrompido.
Jay: Eu só quero ficar sozinho por um tempo – Diz rispidamente.
Carlos: Certo – Respira fundo – Eu entendi a mensagem – Se dirige para a porta, mas algo passa pela sua cabeça - Não - Bate a porta e a tranca.
Jay: Me deixa quieto – Resmunga se cobrindo totalmente com as cobertas.
Carlos: Não - Puxa as cobertas de cima dele com rispidez – Para com isso.
Jay: Me deixa quieto – Cobre a cabeça com as mãos - Eu quero curtir minha dor de cotovelo em paz.
Carlos: Que história de dor de cotovelo é essa? – Se senta sobre ele com os joelhos na altura do quadril do moreno – Tá com inveja de quem, do Kurt? - Começa a ri.
Jay: Para de rir de mim – Tampa o rosto envergonhado - Você disse que ia ser meu amigo.
Carlos: Disse sim – Para de ri – Eu serei.
Jay: É melhor sair de onde está - Pede – Senão não será fácil manter a amizade.
Carlos: Ah – Debocha - Então está com problemas lá em baixo? - Zomba.
Jay: Para de rir e sai logo daí – Empurra os ombros de Carlos.
Carlos: Coitadinho do Jay – Deita sobre ele – Quer ser só meu amigo, mas não consegue.
Jay: Isso é tortura – Choraminga – Eu não vou aguentar – Ele perde a paciência – Sai! - Empurra Carlos com força, que dá um giro sobre a cama e cai no chão - Desculpa, amor?
Carlos: Eu não brinco mais com você - Se levanta sério.
Jay: Me desculpa amor – Pede – Eu não medi minha força, por favor querido.
Carlos: Para de me chamar de amor – Pede rispidamente – Eu não sou mais seu namorado.
Jay: Eu sei – Suspira - É que é força do habito.
Carlos: Mas que merda é essa? - Não consegue destrancar a porta.
Melinda: Eu tranquei ela – Surge numa nuvem de fumaça azul, com os olhos tampados e explica rapidamente a situação para os dois - Então é isso. Só devem se beijar.
Jay: Pode abrir os olhos – Ri dela - Não estamos pelados.
Melinda: Sério? - Espia com um olho só.
Carlos: Verdade – Bufa cruzando os braços.
Melinda: Certo – Abre os olhos - Não estava a fim de ver o Carlos dando uma de peão de rodeio.
Carlos: Ei – Cora intensamente.
Jay: Não estamos mais juntos – Ri com o comentário de Melinda.
Melinda: E aquilo de você subir no colo dele agora pouco? - Cruza os braços - Foi uma encenação de Brokeback Mountain?
Carlos: Que exagero linda – Sacode a cabeça em negação - Nós não estávamos fazendo nada.
Jay: Eu nem tenho uma latinha de feijão ou ovelhas aqui – Debocha, mostrando debaixo dos lençóis.
Carlos: Isso não tem graça - Diz irritado – Podem parar com isso os dois, eu não estou achando a menor graça.
Jay: Parei já - Ergue as mãos em rendição.
Melinda: Você é muito fofinho quando está bravo – Aperta a bochecha do amigo com se ele fosse um bebê - O feitiço da porta só se abrirá quando se resolverem e derem o beijo de amor verdadeiro – informa - Até mais tarde – Some numa nuvem de fumaça azul.
Carlos: Espera aí – Chama em vão.
Jay: Me beija logo e vamos sair daqui – Diz.
Carlos: Não - Olha feio para ele – Eu não vou te beijar só pra sairmos daqui.
Jay: A gente combinou que ia continuar amigo – Lembra.
Carlos: E vamos continuar – Vira de costas e começa a examinar a porta – Tem que ter uma brecha nesse feitiço - Fica de joelhos, se curva para frente e olha pelo vão da porta.
Jay: Não faz isso – Respira fundo, olhando para a bunda de Carlos.
Calos: Isso o que? - Questiona sem entender.
Jay: Ficar me torturando – Cruza os braços.
Carlos: Mas o que eu fiz? - Fica em pé.
Jay: Fica arrebitando essa bunda maravilhosa – Morde os lábios - Isso é tortura.
Carlos: Eu não tenho culpa se é um tarado – Fica na ponta dos pés e examina a parte de cima da porta. Sua camisa escorrega para cima e a parte de cima de sua bunda fica a mostra.
Jay: Ai Meu Deus – Puxa Carlos para si – Chega disso.
Carlos: Chega do... - Não consegue terminar. Jay enfia a língua dentro de sua boca. Uma onda de energia positiva se espalha pelo navio.
Jay: Eu não quero ser só seu amigo – Se afasta ofegante – Quero você só pra mim.
Carlos: Eu não quero mais ficar sem você - Passa os braços no pescoço dele – Eu já cansei de brigar.
Jay: De agora em diante vamos confiar mais um no outro – Sugere – Eu não vou duvidar mais de você.
Carlos: Tudo bem. Eu também não duvido mais de você, moreno – Olha para a porta aberta e a fecha – Eu não quero essa porta aberta agora – Sorri - Alguém pode entrar - Entrelaça as pernas na cintura do moreno, que o joga na cama e se deita sobre ele.
Jay: Essa vai ser uma noite bem longa – Tira a própria camisa.
Carlos: É o que eu espero – Sorri ao distribuir beijos por seu abdome.
Na manhã seguinte, Melinda e Wally convocam todos na parte superior do navio.
Wally: Obrigado por estarem todos aqui hoje – Agradece – Queremos dizer que não desistiremos de chegar ao mar mais antigo desse universo, mas devemos tomar muito cuidado.
Melinda: Coisas espreitam nesses mares – Informa - Não só monstros. A magia de Úrsula e Morgana nos tentou recentemente – Conta – Embora nem todos os problemas tenham sido resolvidos – Olha para Kurt, Maeve e Alec – Podemos tentar resolve-los mais tarde.
Carlos: Pelo menos as coisas melhoraram um pouco – Sussurra de mãos dadas com Jay e vestindo sua jaqueta vermelha. Kurt os observa e se afasta, se sentindo muito triste.
Jay: Melhoraram muito – Dá um selinho nele e passa o braço por seu ombro.
Wally: Oferecemos a vocês esse café da manhã - Explica – Como o sinal de que estamos todos cientes dos perigos e que vamos enfrenta-los – Todos aplaudem e depois tomam o café da manhã.
No covil de Úrsula...
Morgana: Que droga – Bufa insatisfeita – Eles quebraram a maldição da nossa tempestade.
Úrsula: Nem toda ela – Lembra – Kurt ainda tem um amor não correspondido por Carlos. Maeve e Alec ainda estão brigados, assim como Lotte e Lou. Isso sem falar que Melinda e Wally ainda não sofreram os efeitos da maldição - Sorri – Ainda há muita água para rolar sob essa ponte.
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