História Descobertas do coração de uma adolescente perdida.-Bubbline - Tempo

O beijo se aprofundava cada vez mais se tornando quente e intenso, aquilo me fazia soar de nervosismo porque era a minha primeira vez fazendo aquilo e de medo porque corria um sério risco de pegarem a gente e com certeza isso era algo que eu não desejava. Com o fôlego acabando, sai do beijo me afastando de Marceline encostando minhas costas na parede com as mãos na boca, na cabeça dela eu obviamente parecia o diabo fugindo da cruz.

- O que foi? – Perguntou sem entender o que estava realmente acontecendo para que eu agisse daquela maneira.

- Nada é que eu... só estou um pouquinho nervosa porque eu nunca fiz isso antes e também estou com medo de pegarem a gente. – Tirei minhas mãos da boca e me encostei na parede

- Francamente, você está preocupada com isso? E se pegarem, qual vai ser o problema?

Fiquei em silêncio e cruzei os braços olhando fixamente para o chão. Apesar de tudo isso estar acontecendo, Marceline não sabia que eu namorava o Finn, não sabia que nosso namoro estava uma bosta a ponto de eu ter traído ele com ela. Meu deus, minha cabeça está tão confusa, por que eu não terminei com o Finn antes de começar tudo isso? Se eu terminasse com ele, eu não o envolveria nisso sendo que ele não tem culpa nenhuma e muito menos Marceline.

-Acontece é que é meu primeiro beijo gay e eu não estou pronta para lidar com piadinhas vindo dos outros.

- Eu lido todo dia com isso e estou aqui, viva e forte – ela se aproximou de mim enquanto falava, ela parecia alterada com o que eu disse.

- É diferente, você é assumida, eu não sou e é a minha primeira vez fazendo isso. Entende? – Peguei em seu ombro e encarei ela.

- Então você é lésbica?

- Eu não sei – balancei a cabeça negando – Olha, isso é uma coisa pessoal e eu gostaria que você respeitasse o meu tempo, promete?

Ela ficou em silêncio e suspirou.

- Está bom Bonnie eu prometo.

Depois que ela acabou de falar, eu a abracei forte e para o meu alívio ela retribuiu mostrando que tinha aceitado o meu “tempo”. Ficamos na sala de música até a campainha da escola tocar anunciando que teríamos que voltar para sala porque o tempo da aula de química, no qual o professor tinha faltado, já tinha acabado.

Juro que na aula de Matemática eu tentava prestar atenção, mas a cada momento que eu olhava para o lado, eu e Marceline trocávamos olhares descaradamente na aula. Sinceramente eu nunca fiquei intima tão rápido com uma pessoa como com ela, afinal tudo com ela acontece de uma boa forma, não vou mentir. É, eu definitivamente estou viajando com essa história e quase estou me esquecendo do Finn. Ai merda.

No final das aulas eu sai apressada com o objetivo de não encontrar o Finn, tudo o que eu queria era ir para casa e pensar numa maneira de terminar com ele, mas quando sai do prédio eu vi uma cena um tanto quanto inesperada. Encostados numa árvore, Finn e a P.F conversavam alegremente como se fossem namorados, dava a entender que eles estavam juntos porque a P.F estava sentada no colo dele com o seu psvita na mão enquanto que ele orientava ela no tal jogo, aquilo me deixou um pouco feliz porque o que eu mais queria era um motivo para terminar com ele e a P.F era o melhor motivo.

Senti alguém pegar no meu ombro, era Fionna que quando viu a cena ficou de boca aberta.

- Meu deus, o que aqueles dois estão fazendo? Não notaram a sua presença Bonnie? – O tom de sua voz era de raiva, por isso segurei seu braço só por precaução.

- Fi, vamos embora? Quero falar com você uma coisa – desviei o olhar daquela cena e encarei a loira.

- Sim claro, aonde vamos?

- Vem comigo.

Fionna e eu conversávamos enquanto eu a conduzia para a pracinha perto da escola, era aquelas pracinhas humildes e aconchegantes que sempre existia em bairrinhos com poucos brinquedos e sempre bonita, aquela pracinha me fazia sentir confortável e me dava nostalgia pois eu me lembrava da minha infância. Era meu lugar favorito.

Eu e Fionna nos sentamos em um banco, ela me fitou enquanto eu sentava que nem chinês no banco.

-Vai, eu sei que você quer falar sobre aquela cena. Foi chocante não foi? Como ele teve coragem de fazer aquilo? Logo com você que namora com ele a quase um ano? Ele realmente não tem nada na cabeça. –Enquanto ela falava eu apenas ouvia não dando a mínima importância porque não era aqueles dois que me importava ali.

- Fionna, não é sobre isso que eu queria falar com você. Está certo, a cena foi inesperada, mas ao mesmo tempo me serviu de alívio.

Ela me olhou sem entender enquanto eu a olhava calma, eu estava tentando passar para ela a impressão de que realmente aquilo não me afetou porque eu já estava infeliz nesse relacionamento a meses e eu estava adepta a experimentar uma coisa diferente, seria difícil faze-la entender...

-Como assim te serviu de alívio?

- Olha Fionna, não sei se você sabe, mas eu estava infeliz no meu relacionamento com o Finn.

- Infeliz? Mas por que? Ele te fez alguma coisa?

- Não – ajeitei meu cabelo o tirando do meu rosto – Ele é ótimo, mas o clima entre a gente está frio, não tem mais aquele amor que tinha antes entendeu? E eu sinto que eu estou apenas prendendo ele.

Fionna ficou em silêncio por um momento, apesar dela aparentar estar triste por causa de nós, ela parecia ao mesmo tempo compreender porque lembro-me que ela já tinha passado por isso com o Príncipe de Fogo, o irmão da P.F.

-Eu entendo... Droga, porque que os meninos fazem isso? Esfriam o relacionamento quando está tudo indo tão bem? Meu irmão é um idiota, sinceramente. Você é inteligente, bonita, compreensiva e ainda por cima é fiel, por que que ele faz isso?

-Bom eu não sei, Fi. Só que, eu não quero mais namorar com ele.

- Sim eu entendo, mas não se preocupe porque eu vou te ajudar com isso.

Afirmei com a cabeça e nos abraçamos. Fionna tinha se tornado minha amiga mais próxima desde que ajudei ela quando Cake ficou grávida de Lorde, foi uma situação em que os pais de Cake não queriam que ela tivesse o bebê por ser muito nova e ainda estar no 3 ano do ensino médio e ela teve de abortar, nisso ela caiu em depressão e eu e Fionna a ajudamos a superar a perda do filho. Realmente, muito triste para Lorde também que durante tudo isso não saiu do lado da namorada.

- Vamos logo resolver isso? Finn deve estar em casa a essa hora, e amanhã é sábado então será mais fácil para vocês dois conversarem sobre isso e chegarem a um acordo antes que as aulas comecem para valer na segunda-feira – Fionna era assim com problemas, os resolvia rápido e sempre com uma boa ideia.

-Sim vamos.

Levantamos do banco e caminhamos rumo a casa dos Mertens, a casa de Fionna e Finn não era uma casa de luxo, mas era bem grande de dois andares, porém simples e aconchegante, não sei porque, mas me lembrava uma casa da árvore porque os muros da casa eram pintados com as cores verdes semelhantes a cor de uma folha e os portões eram marrons lembrando o caule de uma arvore.

-Ele deve estar no quarto, vem vamos.

Esperei Fionna fechar o portão e adentramos a casa que aparentava estar vazia.

- Você não disse que Finn estaria em casa? – Perguntei confusa

- Ele está em casa sim, nossos pais não estão em casa porque só voltam a noite do trabalho e a moça da limpeza já deve ter ido embora – ela jogou a sua mochila no sofá cinza – Vem deixa eu te levar no quarto do Finn.

Subimos a escada que dava acesso ao segundo andar e andamos o corredor escuro, as portas dos quartos estavam abertas e só a de Finn que estava fechada. Eu me pergunto o porquê.

-Finn? – Fionna chamou, mas não tivemos resposta.

Ela abriu a porta do quarto de Finn, e o que olhamos deixou os meus olhos e os de Fionna arregalados. Finn e P.F estavam seminus e se vestindo às pressas, provavelmente estavam nus antes de Fionna ter chamado por Finn, P.F estava completamente corada só de sutiã enquanto que Finn estava sem graça com a blusa na mão.