1. Spirit Fanfics >
  2. Descobrindo o amor >
  3. Desentendimentos

História Descobrindo o amor - Desentendimentos


Escrita por: Aliciadarcy

Notas do Autor


Desculpem-me pela demora da postagem do novo capítulo. Espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Desentendimentos


Fanfic / Fanfiction Descobrindo o amor - Desentendimentos

Depois de observar Sam entrando no restaurante, Jason voltou-se para o rosto sisudo de Dean. O Winchester mais velho demonstrava no olhar que queria socar a cara do ex-amigo. Talvez estivesse exagerando, mas algo contra Jason acordou em si quando ele lhe propôs deixar Sammuel sozinho para se divertirem. Não sabia se era um pressentimento, extinto de caçador ou apenas sisma sua. Todavia, não daria confiança ao outro, muito menos perderia novamente seu tempo com alguém que dava conselhos contra Sam.


- E então, Dean? Pensou sobre o que eu te disse? - perguntou tímido, incerto.
- Pensei sobre o que? Sinceramente não me lembro de ter te pedido tempo para pensar em algo.
- Dean, você não pediu, mas...
- Além do mais, meu irmãozinho está me esperando - apontou para o prédio simples à sua frente - Não posso perder o meu tempo falando com você. Afinal, eu sou babá do Sam, esqueceu?


Jason suspirou resignado. Sabia que cometera um erro ao tentar arrastá-lo a algum lugar sem seu irmão caçula. O que não imaginava era que isso implicaria no fim da amizade dos dois.


- O seu irmão me parece uma boa pessoa, cara! Acho que ele perdoaria o vacilo de um amigo, principalmente se esse amigo tivesse lhe dado apoio quando mais precisou. 


Ao ouvir tais palavras, Dean sentiu amenizar a fúria de suas emoções e se lembrou de quando chegou àquela cidade. Seu Sammy e ele não teriam conseguido onde estudar se não fosse a intervenção daquele em sua frente junto ao pai, pois aquela cidade não lhes foi nenhum pouco hospitaleira. O senhor Mathew e Jason foram os únicos que ajudaram os Winchester.


- Olha, talvez eu tenha exagerado - suspirou passando as mãos pelos cabelos curtos, ainda irritado com o outro - Mas, entenda, eu não suporto alguém falando mal do Sammy, imagine então se tentarem machucá-lo? Eu sou capaz de matar para defendê-lo.


- Eu entendo, Dean, mas preciso que você releve o meu erro. Eu sou filho único e não sei o que é ter alguém sob minha responsabilidade. Eu juro que não quis desrespeitar sua amizade com o Sammy.
- O nome dele é Sam! Só eu posso chamá-lo assim!
- Calma, eu já pedi desculpas! Você vai continuar me tratando mal? Cara, se você apenas me disser que não devo me referir ao seu irmão por um apelido, eu entenderei sem necessidade de gritos e reclamações! Tudo bem? - estendeu a mão como sinal de paz entre eles.
- Você tem razão, Jason. - O rapaz retribuiu o gesto, apertando-lhe firmemente a mão e dizendo em seguida:
- Façamos assim: vamos tentar esquecer esta história? Só lembre-se de uma coisa: meu irmãozinho é o meu ponto fraco. Muito cuidado quando se referir a ele. Eu posso perdoar algo que seja contra mim, mas mexeu com o Sam...
- Sem problemas, Winchester. Como eu já lhe disse, foi apenas um erro meu. 
- Agora preciso entrar, Jason, é sério. Sam está me esperando. Depois nos falamos. - ao se virar sentiu uma mão o segurando pelo pulso. O loiro rapidamente a puxou de volta, mas Jason não pareceu se incomodar.
- Podemos conversar hoje à noite, junto com o pessoal. Lembra da festa na casa da Karen? Então, você leva o Sam. Não vai ter problemas. Vamos nos divertir em companhia dos nossos amigos, você fica com a Karen e o Sam com certeza  vai se enturmar rapidinho. Quem sabe, "descolar" uma namorada?


Ao ouvir isso, Dean sentiu um frio no estômago. Por alguns segundos, o ar lhe faltou. Como assim seu Sammy arrumar uma namorada? Como assim ficaria com a Karen e deixaria seu irmãozinho à mercê de qualquer um que se aproximasse dele? Uma raiva incontida tomou conta de si. Pensou em Sam, no seu jeito puro e inocente, na entrega total dele há algumas horas, nas declarações de amor que ele lhe dizia enquanto o possuia ferozmente. 


"Nenhum filho da puta ou vadia vai chegar perto do meu irmão ou não respondo por mim". - pensou, sem se dar conta do ciúmes que o corroia.


- Eu não sei, cara! Preciso saber se o Sam concorda. Sem falar que o nosso pai ainda não chegou de viagem...
- Pelo menos me prometa que vai pensar na proposta. Você sabe onde a Karen mora. Caso mude de ideia...


Dean não respondeu. Apenas acenou com a cabeça, dando meia volta e atravessando a rua. Foi ao encontro de Sam.
No restaurante...


Sam olhava o cardápio tranquilamente, enquanto bebericava um copo com refrigerante. Estava tão concentrado que não percebeu o irmão à sua frente, olhando-o com um meio sorriso desenhado nos lábios.


- A leitura está boa, Sammy?


O mais novo soltou o copo sobre a mesa tendo um acesso de tosse. Dean levantou-se rapidamente e, dando tapinhas nas costas do menino, acalmou-o; logo depois, massageou suas costas até ele melhorar, voltando a sentar-se de frente a ele.


- Dean Winchester! Não faça mais isso! Você quase me matou de susto! - falou irritado.
- Que é isso, Sammy-boy! Você é que estava destraído com a leitura, seu nerd! - sorriu debochado.
- Cara, vê se cresce. Você age como criança!


O loiro se esticou mais à frente, falando em voz baixa.


"Não era isso que você dizia enquanto gemia nos meus braços, agora há pouco. "


Sammuel corou até a raiz do cabelo com o comentário do mais velho e este, por sua vez, gargalhou ao perceber o quão sem chão deixou o caçula.


- Oh! Você ficou vermelhinho! Que bonitinho! 


Sorriu ainda mais, atraindo assim a atenção de alguns clientes que também almoçavam naquele lugar.


- Eu não acredito que você vai ficar me zoando por causa disso - fuzllava-o com o olhar enquanto falava - Eu não sou uma de suas vadias e você sabe que me entreguei a você porque eu te amo!


O riso do loiro morreu na mesma hora ao ouvir tais palavras. Mas, o que realmente o preocupou foi o rosto entristecido do seu irmãozinho, depois de mais uma vez ter declarado o amor que sentia.


- Sammy! Desculpe-me, irmão! Eu só estava brincando.


O outro não lhe deu atenção e voltou a olhar o cardápio que anteriormente deixara cair na mesa.


- Você me desculpa? - insistiu, realmente arrependido com a brincadeira infantil.


- Sammy... 


O moreno o cortou abruptamente:


- Esquece, Dean! Onde eu estava com a cabeça em achar que você me respeitaria depois do que aconteceu entre nós? - jogou o cardápio sobre a mesa, ao falar. Dessa vez, evitou encarar o irmão.
- Não diga isso, Sam. Eu só estava brincando! É claro que eu te respeito. Você e o papai são as pessoas mais importante para mim! 
- Dean, eu não estou falando de importância, mas de respeito. São duas coisas completamente diferentes. E quer saber? vamos deixar de lado toda essa história, tudo que se passou e almoçarmos em paz. Preciso voltar para o motel e me concentrar na lição de casa. Também tenho teste amanhã.
- Esquecer? Como assim? Esquecer também o que fizemos? Você não está só falando desse nosso desentendimento? Sammy...
- Boa tarde, senhores! Já escolheram o que desejam comer? 


A garçonete ruiva, que se aproximou da mesa, ficou ao lado de Dean e lhe deu uma boa "pisacada" e um sorriso safado deixando seu corpo "casualmente" encostado no rapaz. Essa atitude não passou despercebida aos olhos de Sam, principalmente quando o loiro deu uma boa olhada no decote da garota. Isso foi a gota d´água para o mais novo. Como se não bastasse a brincadeira de mau gosto, ia aguentar seu amado olhando descaradamente para outra garota? 


- Não moça. Na verdade, meu irmão é que vai almoçar. Eu já estou de saída.


Sam levantou, pegou seu casaco do encosto da cadeira e simplesmente saiu, deixando um Dean atônito sob a mira de uma ruiva que só precisava de uma confirmação para atacar o rapaz ao seu lado. Porém, essa confirmação não veio. O loiro deixou sobre a mesa o dinheiro do refrigerante e saiu ao encalço do caçula, esquecendo a mulher que não acreditava que tinha sido dispensada.
____________
Ao sair do restaurante, Sam rapidamente cruzou a rua e entrou em um beco por trás de uma praça. Era um local de acesso a caminhões de descargas. Achava que assim despistaria o loiro. Ledo engano. Próximo a sair do local, sentiu uma mão calmamente o puxar. Quando percebeu, o irmão o abraçava, prendendo seus braços, mantendo-o pressionado contra seu corpo, impedindo-o de sair.


- Solte-me, Dean! Eu estou avisando. Não estou de brincadeira. - falou tentando, em vão, se libertar do abraço de urso do loiro. Sem sucesso. O primogênito era mais forte e mais alto.
- Não solto! Precisamos conversar sobre o que aconteceu. - falou firme. Encarava o rosto contrariado do menor. 
- Eu não estou brincando, Dean!
- Ótimo! Eu também não!
- Você é um maldito egoísta, insensível.
- Sam... O que aconteceu no restaurante foi só uma brincadeira. - tentava acalmar o caçula.
- E como se não bastasse. você não tirava os olhos daquela ruiva.
- Sam...
- Como você justifica isso?
- Sammy...
- Solte-me seu bastardo, seu grosso, seu...


Dean perdeu a paciência e desistiu de tentar argumentar com o caçula. Foi então que os xingamentos de Sammuel morreram quando Dean o beijou à força. Ação essa que, de início, não foi bem recebida pelo menor. Ele tentava se libertar, empurrava o irmão e mantinha seus lábios selados. Buscava, em vão, fugir dos braços de Dean. Porém, o primogênito Winchester também não desistiu; mantinha-o preso em seus braços enquanto sua língua atrevida forçava os lábios do outro, pedindo passagem para um beijo. 


Finalmente, depois de longos segundos se debatendo nos braços do loiro, Sammuel cedeu e parou de se debater, permitindo que a língua do irmão abrisse caminho ao interior de sua boca em uma carícia íntima e ritmada. 

 


Quando o beijo se aprofundou, Sentiu-o deslizar as mãos em sua cintura. Sammuel circulou com os braços no pescoço dele, colando um pouco mais seus corpos à medida que o sentia esfregar sua ereção em uma de suas coxas, fazendo-o se arrepiar.


Sam suspirou nos braços do amado, perdidamente apaixonado por aquele loiro safado, debochado e atrevido. E, quando a falta de ar os afastou, lentamente o mais velho deslizou os lábios pelo pescoço do mais novo, intensificando o roçar de seu membro totalmente desperto.


- Dean! - gemia, perdido nas sensações.
- Sammy! Fica comigo...


Era uma súplica. Na verdade o loiro descobrira algo novo por Sam desde que fez amor com ele. Não. Na verdade não era novo, era antigo e agora sabia que sempre esteve lá. Guardado, encarcerado no fundo de suas emoções. Amava-o como um irmão dedicado e amoroso devia amar o outro. Mas também, amáva-o como amante, alguém em quem se devota os sentimentos, a vida, a alma. 


E o mais estranho de tudo isso, fora o fato de se descobrir apaixonado pelo moreno, era que ele, Dean Winchester, um conquistador de carteirinha, foi fisgado justamente pelo cara mais certinho e sério que já conhecera, seu próprio irmão mais novo.


O barulho de uma lata de lixo caindo os despertou do frenesi daquele momento. Ambos se separaram olhaando para o início do beco, vendo um lindo gato Siamês pulando de uma lixeira a outra. Os rapazes sorriram minimamente como se agradecendo por continuarem sozinhos. Sam foi puxado novamente contra o outro. Ele, mais uma vez, enlaçou-lhe a cintura, dessa vez com uma das mãos, enquanto fazia carinho no rosto do moreno com a outra. Olhavam-se.


- Sammy... Perdoe-me, vai! Eu não tive a intenção de ser insensível com você. 
Silêncio.
- Você nunca foi e nunca será qualquer um para mim. Foi só uma brincadeira.
Sam somente lhe encarava.
- E aquela ruiva era apenas uma oferecida que como outras não pode ver um homem bonitão como eu e logo não resiste e se oferece. - sorriu diante do que disse, ainda sem despertar a reação do menor. Ele permanecia calado, encarando-o.
- Fale alguma coisa, por favor! - então...
- Dean, o que realmente você sente por mim?


A pergunta foi direta e pegou o loiro de surpresa.


- Co-como assim? - gaguejou, soltando, o irmão, aos poucos.
- O que você não entendeu? Eu simplesmente te fiz uma pergunta: o que você sente por mim?


Não, não era uma simples pergunta. Para ele, Dean Winchester, essa nunca seria uma simples pergunta pelo fato de ter que abrir seus sentimentos, expôr o que sentia. Nunca fora uma pessoa que demonstrasse as emoções. Ainda mais esse recém-descoberto amor não-fraternal pelo garoto que segurara no colo, trocara as fraudas e salvara de ser morto, em um incêndio quando ele tinha seis meses de vida. Como guardaria para si o que sentia sem magoá-lo?

Continua...


Notas Finais


Boa noite!
Desculpem-me pela demora. Mas, façamos assim: que tal seus comentários para incentivar erra autora a se inspirar? Claro que seus comentários inspiram e me dão mais vontade de escrever sobre esses dois lindos, no qual sou fan assim como vocês.
Um excelente fim de semana!
Beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...